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Tema 06 – Retorno sobre investimento e relatórios de avaliação Bloco 1 Benedito Décio da Silveira Camargo Junior Capacitação e Desenvolvimento W BA0233_V1.0 Retorno sobre investimento e relatórios de avaliação Objetivos • Refletir e compreender a importância do ROI em avaliação T&D. • Introduzir uma concepção básica de BSC como alinhamento estratégico que pode incluir T&D. • Indicar aspectos a serem observados em relatórios de avaliação de T&D. Retorno do investimento em treinamento • Alguns ainda resistem à ideia de treinar seus empregados com receio de perdê-los para a concorrência, preferindo recrutar funcionários com alguma experiência e treinamento. • Poucos encaram o treinamento como forma de reduzir custos e aumentar a produtividade. Retorno do investimento em treinamento • Muitos consideram o treinamento como função social, e não econômica, uma despesa e não um investimento que pode trazer valiosos retornos. AVALIAÇÕES QUALITATIVAS • COLABORADORES: uma prática é a aplicação de pesquisa para identificar as expectativas e necessidades dos colaboradores antes do treinamento e seu impacto, posteriormente. • Dessa forma, é possível conferir o clima organizacional e entender se houve melhora no desempenho, além de aumento na motivação e satisfação dos funcionários. • EMPRESA: pode ser feita em diferentes níveis: • Gestor: ao observar o comportamento dos colaboradores, perceber se as competências abordadas no treinamento são aplicadas em suas funções dentro da empresa e se suas habilidades foram melhoradas. • Aprendizagem: testar se o conhecimento proposto no treinamento foi apresentado de maneira satisfatória e se foi bem assimilado pelos participantes. • Indicadores: antes e depois do treinamento para fins de comparação. Consiste em averiguação sobre os indicadores de erros ou situações problemáticas na empresa. AVALIAÇÃO QUANTITATIVA: O CÁLCULO NA PRÁTICA • A maioria dos gestores quer trabalhar com números. De fato, alguns resultados são tangíveis, como aumento do faturamento ou do volume de vendas. • Aspectos como a melhora no atendimento ao cliente ou na motivação dos colaboradores podem ser difíceis para comprovar se não houver um retorno financeiro imediato. • O mesmo ocorre com os resultados intangíveis conquistados por T&D como o maior entrosamento entre os membros de uma equipe ou o aumento do conhecimento sobre determinado assunto depois de um treinamento. • Surge a necessidade de transformar os resultados dos treinamentos em dados mensuráveis. • O estudo do ROI tem se mostrado muito importante. A fórmula para o cálculo de ROI é simples: • ROI = Lucro Líquido – Valor Investido Como determinar o retorno sobre investimento Custo-benefício: processo de determinação dos benefícios econômicos de um programa de T&D. Informações sobre o custo são importantes por várias razões: • Entender os gastos totais do treinamento, englobando custos diretos e indiretos. • Comparar os custos de programas de treinamento alternativos. Como determinar o retorno sobre investimento • Avaliar a proporção de dinheiro investido em desenvolvimento, administração e avaliação do treinamento • Comparar o que foi gasto em treinamento para diferentes grupos de funcionários. Como determinar o retorno sobre investimento • Medir o ROI de programas T&D em função da necessidade de mostrar os resultados para justificar os aportes de recursos em T&D. Determinação dos custos A contabilidade também pode ser usada para calcular custos. Algumas categorias de fontes de despesa são: • Custos de desenvolvimento ou compra do programa. • Materiais instrucionais para instrutores e aprendizes. • Equipamentos e ferramentas. Determinação dos custos • Instalações. • Viagens e hospedagem. • Salários do instrutor e equipe de apoio. • Custo da perda de produtividade enquanto os funcionários participam (ou temporários para cobri-los). Determinação dos benefícios Para identificar benefícios potenciais do treinamento, analisar as motivações que levaram à realização. Vários métodos podem ser úteis na identificação dos benefícios do treinamento: • Literatura técnica, acadêmica e profissional que resume os benefícios relacionados com um programa T&D específico. Determinação dos benefícios • Programas-piloto que avaliam os benefícios com um pequeno grupo de aprendizes. • Observação de profissionais de bom desempenho que ajudam a definir o que eles fazem diferente em relação aos trabalhadores não preparados. • Aprendizes e seus gerentes que dão estimativas dos benefícios do treinamento. Para calcular o ROI, siga estes passos: 1. Estabeleça indicadores (qualidade, acidentes). 2. Atribua um valor aos indicadores. 3. Determine a mudança no desempenho após descartar outras possíveis influências nos resultados do treinamento. Para calcular o ROI, siga estes passos: 4. Obtenha volume anual de benefícios do treinamento, comparando os resultados financeiros $$$ após o treinamento com os anteriores a ele. 5. Defina os custos (custos diretos + indiretos + custos de desenvolvimento + despesas gerais). Para calcular o ROI, siga estes passos: 6. Calcule o valor total de benefícios: o valor dos benefícios menos os custos do treinamento (resultados operacionais). 7. Calcule o ROI, dividindo os resultados operacionais pelos custos. Tema 06 – Retorno sobre investimento e relatórios de avaliação Bloco 2 Benedito Décio da Silveira Camargo Junior Capacitação e Desenvolvimento Retorno sobre investimento e relatórios de avaliação Objetivos • Refletir e compreender a importância do ROI em avaliação T&D. • Introduzir uma concepção básica de BSC como alinhamento estratégico que pode incluir T&D. • Indicar aspectos a serem observados em relatórios de avaliação de T&D. • A Era do Conhecimento tornou obsoletas muitas das premissas fundamentais da concorrência industrial. • As empresas não conseguem mais obter vantagens competitivas sustentáveis apenas com a alocação de novas tecnologias e ativos físicos e com a gestão eficaz dos ativos e passivos financeiros. • As empresas da Era do Conhecimento estão baseadas em novo conjunto de premissas operacionais: processos interfuncionais, ligação com clientes e fornecedores, segmentação de clientes, escala global, inovação e trabalhadores do conhecimento. • Cada vez mais as empresas são valorizadas por resultados que vão além da área financeira, o que se nota, inclusive, com o surgimento de expressões como responsabilidade social das empresas e balanço social. • A era em que à iniciativa privada cabia apenas a produtividade e a contribuição para o crescimento do PIB está cedendo espaço para uma nova era em que é grande a necessidade de se discutir questões sociais. • Portanto, o aspecto financeiro não é mais o único a ser considerado na avaliação de programas de T&D no nível de valor final. • Balanced Scorecard (BSC) define a visão e a estratégia de uma organização em termos de metas e objetivos específicos e mensuráveis. • Metodologia estratégica mais abrangente, não considera somente a analise financeira no processo de gestão, mas incorpora outros indicadores importantes, mensurados a partir de expectativas de satisfação dos clientes, nos processos internos e na inovação e aprimoramento contínuo. • A premissa é: inovação e aprimoramento dentro de uma organização, acoplados aos processos de negócios eficazes e eficientes, culminam em satisfação do cliente por produtose serviços de qualidade. • O BSC busca esclarecer, em todos os níveis da empresa, a sua missão e estratégia em que toda medida para constituí-lo deve ser um elemento de uma cadeia de relações de causa e efeito. • Essas medidas, em geral, são medidas essenciais de resultados, que refletem indicadores de ocorrências, como lucratividade, participação de mercado, satisfação e retenção de clientes e habilidades dos funcionários. Devolutiva de avaliações em T&D • Todas as etapas são importantes para o gerenciamento do processo de avaliação de TD&E, mas esta pode ser considerada a mais relevante. • Um dos graves problemas na área de avaliação de ações educacionais é o “engavetamento” de avaliações realizadas. Devolutiva de avaliações em T&D • A partir do momento em que os dados são coletados, cria-se uma expectativa nos respondentes da avaliação e, em função disso, os resultados precisam ser devolvidos. • A partir desta etapa, todos os subsistemas são ajustados a fim de que as ações educacionais possam tornar-se cada vez mais efetivas. • Os resultados devem ser retornados para todos os participantes do processo de treinamento (dos responsáveis pelo levantamento de necessidades até o público-alvo do curso). • Determine para quem os dados precisam ser devolvidos (colaboradores, gestores, diretores, a própria área de gestão de pessoas). • De que forma serão apresentados (reunião formal, jornais informativos, portal web etc.). • Principalmente, quais as decisões a serem tomadas após a devolução dos resultados (aperfeiçoamento dos cursos avaliados, mudanças nos procedimentos adotados, etc.). Estrutura do relatório de AT Um relatório de AT deve conter, ao menos, 4 partes: • Introdução técnica ou teórica sobre o assunto de AT. • Descrição suscinta da metodologia utilizada pelo sistema de avaliação. Estrutura do relatório de AT • Apresentação dos resultados da avaliação, utilizando os recursos necessários para sumarização e apresentação dos dados, como tabelas e gráficos. • Discussão dos dados apresentados, com a proposição de recomendações para melhoria do sistema de TD&E e outros sistemas organizacionais. • Introdução deve apresentar a justificativa e a fundamentação técnica ou teórica da avaliação. • A parte de metodologia tem como objetivo descrever os procedimentos e instrumentos de medida utilizados para o levantamento de informações no sistema de avaliação. • Essa descrição é essencial para o leitor do relatório compreender: a) Que público participou da avaliação; b) Os instrumentos utilizados para coletar as informações; c) Como foi realizada a coleta de dados do sistema, incluindo a forma de obtenção dos dados; d) As estratégias de analise de dados utilizadas no relatório. • A seção de resultados do relatório tem como objetivo apresentar os resultados das análises realizadas no banco de dados do sistema de avaliação. • Nessa seção deve-se procurar sistematizar as informações, sumarizadas em recursos como tabelas e gráficos, sem omitir nenhuma informação essencial para a compreensão da avaliação. • Esses recursos devem ser adequados ao tipo de análise realizada para que a estrutura dos resultados seja lóogica e de fácil compreensão para o leitor do relatório. • A quarta parte tem papel relevante com o objetivo de apresentar recomendações de modificação do sistema de treinamento a partir dos indicadores observados no levantamento de informações, bem como indicar quais aspectos funcionam de forma adequada. • Essas recomendações podem ser relativas ao sistema de T&D, como a melhoria do levantamento de necessidades de treinamento ou a modificação de questões relativas ao planejamento e à execução do treinamento. • As recomendações também podem ser expandidas para outros sistemas ou ao ambiente organizacional de forma mais geral. • A parte final do relatório cumpre o papel de elemento influenciador nas tomadas de decisão. • Funciona como ligação entre o sistema de AT e os outros componentes do sistema organizacional, propiciando a apresentação de soluções adequadas para fatores diagnosticados. • Com essa abordagem de AT será́ possível indicar fatores que influenciam o resultado do treinamento a longo prazo, bem como a influência provocada pelas ações instrucionais sobre o comportamento humano no trabalho. 44
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