Buscar

Material de apoio - Procedimentos especiais

Prévia do material em texto

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Maitê Damé
2ª Fase Civil
INTERDIÇÃO
2ª Fase Civil
PESSOA NATURAL
Pessoa→ ente suscetível de direitos e obrigações
art. 1.º, CC: “Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na
ordem civil”.
A partir de quando a pessoa pode ser considerada sujeito
de Direito?
C
A
PA
C
ID
A
D
E 
C
IV
IL
 P
LE
N
A Capacidade de 
Direito/personalidade 
jurídica
comum a toda pessoa.
inerente a personalidade
toda pessoa é capaz de direitos e deveres
termina com a morte
Capacidade de 
Fato/exercício
relacionada com o exercício dos atos da vida civil
nem todas as pessoas possuem capacidade de fato
adquire-se com a maioridade civil ou emancipação
Teoria natalista -
nascimento
Nascituro possui 
direitos 
garantidos, mas 
não possui 
capacidade!
Aquisição da personalidade
• Personalidade jurídica = aptidão genérica para titularizar
direitos e contrair obrigações
•Art. 2.º A personalidade civil da pessoa começa do
nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a
concepção, os direitos do nascituro.
Incapacidades 
• As pessoas que não possuem a capacidade de fato tem
capacidade limitada e são chamadas de incapazes.
• Não existe incapacidade de direito, já que, conforme o art.
2.º, CC todos que nascem com vida adquirem a capacidade de
direito (mas não a de fato).
• As incapacidades são restrições impostas às pessoas, em
condições peculiares, que necessitam, em razão dessa
condição, de proteção especial.
Absolutamente incapazes
• Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos 
da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
• O absolutamente incapaz possui direito. Porém, não pode exercê-lo por 
si próprio. 
• Nestes casos, o ato jurídico é praticado por outra pessoa (o 
representante legal), em nome do incapaz. Trata-se da REPRESENTAÇÃO. 
• A inobservância dessa regra gera a nulidade do ato, nos termos do art. 
166, I, CC.
• A incapacidade absoluta é suprida através da representação pelos pais
ou tutores.
• o Estatuto da pessoa com deficiência alterou a teoria das 
incapacidades. Atualmente, não há outra hipótese de 
incapacidade absoluta que não seja em razão da idade (menor 
de 16 anos). 
• O art. 6.º do Estatuto da pessoa com deficiência (lei 
13.146/2015) determina que a deficiência não afeta a plena 
capacidade para gestão do plano familiar e existencial do 
indivíduo
• Art. 6o A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para: 
• I - casar-se e constituir união estável; 
• II - exercer direitos sexuais e reprodutivos; 
• III - exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a 
informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar; 
• IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória; 
• V - exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e 
• VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou 
adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas.
Relativamente incapazes
• Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os 
exercer: 
• I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
• II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
• III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir 
sua vontade;
• IV - os pródigos.
• Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação 
especial.
• A incapacidade relativa permite que o incapaz realize o ato, desde 
que esteja assistido pelo representante legal. Nesses casos, o 
próprio indivíduo, relativamente incapaz, pratica o ato, sendo 
assistido pelo representante legal. Trata-se da ASSISTÊNCIA.
• O suprimento da incapacidade relativa, por sua vez, se dá pela
assistência, ou seja, o relativamente incapaz pratica o ato
jurídico em conjunto com o assistente, sob pena de nulidade.
• O representante do relativamente incapaz são os pais ou
curadores.
• Maiores de 16 anos e menores de 18 anos.
• Aqueles indivíduos que estejam entre os 16 e os 18 anos de vida podem praticar atos da vida civil, mas 
assistidos pelos representantes legais, sob pena de ser anulado o ato. 
• Caso seja praticado o ato, poderá ser anulado (art. 171, I, CC), desde que a ação seja proposta no prazo 
de 4 anos a contar do momento em que cessar a incapacidade (art. 178, CC).
• Contudo, existem atos que podem ser praticados pelo relativamente incapaz, mesmo sem a assistência 
do seu representante legal, como p. ex., ser testemunha (art. 228, I), aceitar mandato (art. 666), fazer 
testamento (art. 1.860, § único), casar (art. 1.517, CC – necessita de autorização dos genitores).
• Havendo conflito de interesses entre o pai/representante legal e o relativamente incapaz, o juiz deverá 
nomear curador especial (art. 1.692, CC).
• Caso o relativamente incapaz pratique um ato ocultando sua idade, não poderá invocar a idade para 
eximir-se de obrigação, pois o Código não protege a má-fé (art. 180, CC)
• Se, contudo, não houver malícia por parte do relativamente incapaz, o ato será anulável (art. 171, I, CC) 
• Essa incapacidade só pode ser arguida pelo próprio incapaz ou pelo representante legal (art. 105, CC). 
• Deve-se observar que esse ato pode ser convalidado (art. 172, CC)
• Ébrios habituais e viciados em tóxicos
• Aqueles que sejam viciados em álcool (hébrio habitual e não eventual – tem que ser viciado) 
ou tóxicos serão considerados relativamente incapazes. Situações de uso de tóxicos ou álcool 
que seja habitual e reduza a capacidade de discernimento. Os que forem usuários eventuais 
e que, temporariamente não puderem exprimir sua vontade, serão enquadrados o inciso III, 
do mesmo dispositivo.
• Deverá haver um processo de interdição relativa, com a instituição da curatela, analisando se 
é caso de incapacidade ou não. Neste caso, o processo de interdição e curatela está disposto 
no CPC/2015, no art. 747 e seguintes. 
• Especificamente, o art. 753, § 2.º, CPC/2015 dispõe que a perícia a ser realizada no processo 
de interdição, definirá a extensão da mesma, ou seja, para quais atos o interditado estará 
impedido. 
• Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir a vontade
• Aqui enquadram-se todas as pessoas que não possam exprimir sua vontade, seja por 
situação permanente ou transitória. Nesse quadro estão os surdos-mudos, desde que 
não tenham recebido educação adequada e permaneçam isolados. Se tiverem 
recebido educação e puderem, por qualquer forma, exprimir sua vontade, serão 
capazes. 
• Também se encaixam os portadores de mal de Alzheimer.
• Em todos os casos, necessária a interdição, conforme já mencionado. 
• Alguns, mais desavisados, podem questionar: e os portadores de síndrome de down, 
são enquadrados como? Em razão do Estatuto da pessoa com deficiência que, 
sabiamente, alterou a teoria das incapacidades, estes indivíduos – até por questões 
de desenvolvimento e estímulo – são, via de regra, plenamente capazes. 
Eventualmente, pode ser caso de tomada de decisão apoiada ou, então, enquadrados 
como relativamente incapazes por força do inciso III, do art. 4.º, CC. Contudo, é 
situação excepcional. A regra é a capacidade plena. 
• Pródigos.
• Pródigo é aquele que dissipa seu patrimônio desvairadamente, aquele que gasta 
imoderadamente, colocando seu patrimônio em risco. Contudo, o pródigo só 
passará a ser considerado relativamente incapaz com a sentença de interdição que 
lhe qualifique como tal. 
• A justificativa da interdição do pródigo é o fato de que está permanentemente em 
risco de se submeter a miséria, colocando todo seu patrimônio fora. Sua interdição 
refere-se tão somente quanto a atos de disposição e oneração do patrimônio. Pode 
administrar seu patrimônio, mas não poderá praticar atos que venham a desfalca-
lo. Os demais atos (votar, ser jurado, testemunha, etc) poderá praticar.
• NO PROCESSO QUE ENVOLVA INCAPAZ COMO PARTE
• ABSOLUTAMENTE INCAPAZ
• NOME DO INCAPAZ, absolutamente incapaz,representado por NOME DO REPRESENTANTE, 
qualificação completa, conforme art. 309, CPC.
• RELATIVAMENTE INCAPAZ
• NOME DO INCAPAZ, relativamente incapaz, qualificação completa, assistido por NOME DO 
REPRESENTANTE, qualificação completa, conforme art. 309, CPC.
• Na qualificação, observar a peculiaridade contida no edital. Ex.: criança/adolescente 
não é convivente em união estável!
• TUTELA X CURATELA
• TUTELA refere-se a menoridade legal (indivíduos menores de 18 anos não
emancipados, não sujeitos apo poder familiar)
• CURATELA destina-se àquelas pessoas que são incapazes de gerir sua vida,
pessoas estas, devidamente interditadas. (conceitos baseados nas alterações
trazidas pelo CPC/2015 e pelo Estatuto da Pessoa Portadora de Deficiência, Lei
13.146/2015.
Curatela - Art. 1.767 e ss., CC e art. 747 e ss. CPC/2015
• A curatela visa a proteção de uma pessoa maior, mas que padeça
de alguma incapacidade ou de alguma circunstância que impeça
a sua livre e consciente manifestação de vontade.
• Em razão do Estatuto da Pessoa com Deficiência – lei
13.146/2015 –, a curatela só incide para os maiores
relativamente incapazes, que são os ébrios habituais
(alcoólatras), viciados em tóxicos, pessoas que por causa
transitória ou definitiva não puderem exprimir sua vontade e os
pródigos.
• Curador:
• Para ser curador de alguém é necessário que a pessoa tenha capacidade para os atos da vida civil. Contudo, não é 
admissível que qualquer indivíduo, aleatoriamente, seja nomeado curador. Há uma previsão de ordem legal no art. 
1.775, CC.
• Pode, ainda, haver a nomeação de dois curadores, nos termos do art. 1.775-A, CC, nos casos de pessoa com 
deficiência.
• Pessoas sujeitas à curatela:
• Estão sujeitas a curatela as pessoas que não possuem capacidade civil, com exceção dos menores de idade, que 
estão sujeitos à tutela. Art. 1.767, CC.
• A curatela será deferida durante o curso do processo de interdição (arts. 747 e ss., CPC/2015), que terá natureza 
declaratória, com eficácia ex tunc, de forma que o magistrado apenas declarará uma situação já existente.
• Prestação de contas:
• O art. 1.783, CC estabelece que quando o curador for o cônjuge e o regime de bens do casamento for o da 
comunhão universal de bens não haverá a obrigatoriedade de prestação de contas, salvo por determinação judicial. 
• Dessa forma, o curador deve periodicamente prestar contas ou todas as vezes em que for instado a tal mister, 
assim como o tutor. 
• Cessação da curatela:
• Ao contrário da tutela que é temporária, a curatela tem um ânimo 
definitivo. Todavia, ocorrerá o término da curatela por 
impossibilidade material da continuidade por parte do curador (por 
exemplo, se estiver doente) ou na hipótese de negligência, 
prevaricação ou incapacidade superveniente (aplicação analógica do 
art. 1.766, CC).
• Também cessa a curatela pelo falecimento do curador ou do 
curatelado.
•
• Processo de interdição:
• Para que alguém seja posto sob curatela, precisa passar por um processo de interdição, cujo procedimento 
está previsto no art. 747 e ss. do CPC/2015.
• Na inicial deve estar especificado o motivo e os fatos que demonstrem a incapacidade do interditando para 
administrar seus bens (art. 749, CPC/2015). Havendo necessidade, o juiz pode nomear curador provisório 
(art. 749, § único, CPC/2015), contudo, deverá haver laudo médico para provar as alegações do autor (art. 
750, CPC/2015).
• O juiz ouvirá o interditando em audiência ou, na impossibilidade de deslocamento, no local onde se encontrar 
(art. 751, § 1.º, CPC/2015), utilizando-se dos meios tecnológicos necessários para a entrevista. 
• O interditando pode (e deve) defender-se, no prazo de 15 dias (art. 752, CPC/2015).
• Haverá intervenção do MP como fiscal da lei (art. 752, § 1.º, CPC/2015).
• Após este prazo de defesa, haverá a produção de prova, com perícia no interditando (art. 753, CPC/2015). O 
laudo deve indicar os atos para os quais há incapacidade. Trata-se, portanto, de uma interdição relativa, já 
que os interditandos são sempre relativamente incapazes.
• Uma vez que se tenha o laudo e todas as provas, o juiz sentenciará. Na sentença, o juiz obedecerá alguns 
requisitos: 
• Se o interdito se recuperar, poderá levantar a interdição e a curatela, nos termos do art. 756, CPC/2015.
• Tomada de decisão apoiada:
• O art. 1.783-A prevê a tomada de decisão apoiada:
• A tomada de decisão apoiada visa o auxílio da pessoa com 
deficiência para a celebração de atos mais complexos – casos dos 
contratos. Trata-se de um processo judicial no qual a pessoa com 
deficiência elege duas pessoas, de sua confiança, para lhe auxiliar 
nos atos da vida civil. Com a nomeação dos apoiadores, toda decisão 
tomada por pessoa portadora de deficiência será válida e produzirá 
efeitos, nos limites do apoio acordado (art. 1.783-A, § 4.º, CC).
• OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
• A interdição se estabelece em benefício do maior de idade, mas incapaz. 
• Não tem réu. 
• Procedimento de jurisdição voluntária - Art. 719 a 725 e 747 a 763, CPC
• Fundamento legal da ação: arts. 4º e 1.767 e ss, CC; arts. 719 a 725 e 747 a 763, CPC; 
• Intervenção do MP – interesse de incapaz. Art. 178, II, CPC
• Na elaboração da inicial, verificar as disposições do art. 747 e seguintes do CPC e colocar 
pedido de entrevista, de realização de perícia, de publicação de editais, de expedição de 
mandado de registro, etc.
• Observar eventual necessidade – constante no enunciado – de pedido de curatela provisória 
(exercer algum ato de representação imediato, por exemplo) – art. 749, § único, CPC
• Observar eventual necessidade de pedido de gratuidade judiciária.
• Mencionar na inicial a causa da interdição e quando iniciou a causa de incapacidade
AÇÃO DE INTERDIÇÃO
AÇÕES DE FAMÍLIA
Art. 693 e ss., CPC
2ª Fase Civil
INVALIDADE DO 
CASAMENTO
Inexistência – casamento é como se 
nunca tivesse existido – não produz 
efeitos
Pessoas do mesmo sexo (possibilidade casamento 
homoafetivo – resolução 175, CNJ) 
Ausência de vontade
Casamento celebrado por autoridade totalmente 
incompetente
Nulidade – art. 1.548, CC – produz 
efeitos até a declaração de nulidade 
(1.561 + 1.563)
Infringência a impedimento matrimonial (1.521) Imprescritível 
Anulabilidade – 1.550, CC – produz 
efeitos até a declaração de nulidade 
(1.561)
Quem não completou a idade núbil – 16 anos
180 dias – ao fazer 16 anos (para o menor) e da 
celebração (para os pais) 1.560, § 1.º + 1.553 
(confirmação)
Menor em idade núbil, sem autorização dos pais (16 
a 18 anos)
180 dias – 1.555 – para o incapaz ao deixar de sê-lo e 
para os pais da celebração
Sob coação (1.558) 4 anos – 1.560, IV
Por erro essencial quanto a pessoa do outro (1.556 + 
1.557)
3 anos – 1.560, III
Pelo incapaz de consentir e manifestar de modo 
inequívoco sua vontade – alcóolatra e viciado em 
tóxico APENAS!
180 dias – 1.560, I
Por procuração cujo mandato tenha sido revogado 180 dias – 1.560, § 2.º
Celebrado por autoridade relativamente 
incompetente 
2 anos – 1.560, II + 1.554
Ação de nulidade e 
anulação do casamento
Ação de Alteração do Regime de Bens
• Possibilidade de alterar o regime depois da celebração do
casamento.
• REQUISITOS: devem ser cumulativos (Art. 734, CPC):
• a) autorização judicial;
• b) motivação relevante;
• c) ressalva dos direitos de terceiros.
• Efeitos: ex tunc ou ex nunc (depende da vontade das partes) –
mas o direito de terceiros é ressalvado.
• Não é necessária a lavratura de pacto antenupcial para a mutação do
regime de bens.
• Conveniente demonstrar, durante a ação, que não há prejuízo a
terceiros (através de negativas fiscais, de protesto e distribuição de
ações).
• É vedada a mutabilidade àqueles casados sob o regime de separação
obrigatória de bens, por ser uma imposição legal de ordem pública.
• Uma vez superada a causa da imposição, é possível alteração do
regime de bens de separação obrigatória (salvo hipótese de idade –
70 anos)
•REQUISITOS DO ART. 734, CPC
• Art. 734. A alteraçãodo regime de bens do casamento, observados os requisitos legais,
poderá ser requerida, motivadamente, em petição assinada por ambos os cônjuges, na qual
serão expostas as razões que justificam a alteração, ressalvados os direitos de terceiros.
• § 1º Ao receber a petição inicial, o juiz determinará a intimação do Ministério Público e a
publicação de edital que divulgue a pretendida alteração de bens, somente podendo decidir
depois de decorrido o prazo de 30 (trinta) dias da publicação do edital.
• § 2º Os cônjuges, na petição inicial ou em petição avulsa, podem propor ao juiz meio
alternativo de divulgação da alteração do regime de bens, a fim de resguardar direitos de
terceiros.
• § 3º Após o trânsito em julgado da sentença, serão expedidos mandados de averbação aos
cartórios de registro civil e de imóveis e, caso qualquer dos cônjuges seja empresário, ao
Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins.
Ação de Dissolução de União estável
• Já há união reconhecida
• Necessita apenas dissolver
• Art. 1.723, CC
• Pode ser consensual (ambos são autores) ou litigiosa (autor x
réu)
Ação de Reconhecimento e Dissolução de União estável
• Necessidade de reconhecer e dissolver a união estável
• Fazer prova da união, conforme requisitos do Art. 1.723, CC
• Pode ser consensual (ambos são autores) ou litigiosa (autor x
réu)
Ação de Divórcio
DIVÓRCIO
Não se admite, no divórcio, 
qualquer discussão a título 
de culpa.
CC
Direto – 2 anos separação 
fática prévia
Indireto – casados há mais 
de 1 ano + separação judicial 
+ trânsito em julgado + 1 ano 
+ conversão.
Constituição Federal
EC 66/2010
Sem exigibilidade de 
qualquer prazo prévio
 O divórcio judicial pode ser realizado sem a partilha de bens.
 O maior efeito do divórcio é a dissolução do casamento (a sociedade conjugal
termina com a separação, mas o vínculo do casamento só com o divórcio).
 Pode ser consensual (ambos são autores) ou litigioso (autor x réu)
AÇÕES POSSESSÓRIAS
2ª Fase Civil
Posse
• A posse é o domínio físico que alguém tem sobre a coisa, que vem a
ser protegido pelo Direito, sendo, portanto, concedido efeitos jurídicos
a este domínio.
• É o exercício de fato de um dos poderes inerentes a propriedade.
Posse x Detenção
• Na posse, o sujeito que possui o domínio físico da coisa age como se dono fosse, pois objetiva ter a
coisa para si. Já na detenção, embora tenha o domínio físico da coisa, o sujeito sabe que a coisa não é
sua e pretende devolvê-la após o uso (objeto da locação, livro da biblioteca, etc).
• O art. 1.198, CC prevê que “considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência
para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas”.
• Assim o detentor tem a coisa em razão de uma situação de dependência econômica ou de
subordinação. Ex.: o capataz da fazenda tem a detenção do imóvel, conservando a posse em nome do
proprietário, em cumprimento de suas obrigações.
• O detentor exerce a posse em nome de outrem. A ele, em nome próprio, não é permitido exercer
as ações possessórias, mas ele pode exercer o direito de defesa da posse alheira, por meio da
autotutela, nos termos do enunciado 493 das Jornadas de Direito Civil: “O detentor (art. 1.198 do
Código Civil) pode, no interesse do possuidor, exercer a autodefesa do bem sob seu poder”
(Enunciado n. 493).
• Mas é possível transformar a detenção em posse, desde que rompida a subordinação,
conforme entendimento do enunciado n. 301 das Jornadas de Direito Civil: “É possível a conversão
da detenção em posse, desde que rompida a subordinação, na hipótese de exercício em nome
próprio dos atos possessórios”.
Detenção – entendimentos do STJ
• O STJ tem entendimento firmado de que a ocupação indevida de bem público também se configura em
detenção: “Súmula 619, STJ. A ocupação indevida de bem público configura mera detenção, de
natureza precária, insuscetível de retenção ou indenização por acessões e benfeitorias”.
• O mesmo Tribunal decidiu que no caso de um proprietário que deixa seu veículo na concessionária para
a realização de reparos, que a concessionária é detentora do bem, não detendo sua posse e, com isto,
não podendo retê-lo em caso de falta de pagamento pelo serviço prestado. O STJ entendeu que a
concessionária tem a detenção do veículo, que “ficou sob sua custódia por determinação e liberalidade
da proprietária, em uma espécie de vínculo de subordinação” (STJ, REsp 1.628.385/ES, 3.ª Turma, Rel.
Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, j. 22.08.2017, DJe 29.08.2017).
Efeitos da posse
• O Código Civil estabelece, dos arts. 1.210 ao 1.222 os efeitos da posse. Tais efeitos
podem ser de ordem material ou processual.
• Os efeitos materiais dizem respeito a percepção dos frutos e suas consequências, ao
direito a indenização e retenção das benfeitorias, as responsabilidades e ao direito de
usucapião.
• Já os efeitos processuais dizem respeito a possibilidade de utilização dos interditos
possessórios, as ações possessórias e a legítima defesa da posse e do desforço
imediato.
• Percepção dos frutos
• Quanto a percepção dos frutos, deve-se, por primeiro, considerar se a posse é de boa ou má-fé.
Assim, o Código Civil prevê os seguintes dispositivos quanto ao recebimento (ou não) dos frutos.
• Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos.
• Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois
de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos
com antecipação.
• Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que são separados;
os civis reputam-se percebidos dia por dia.
• Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos
que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito
às despesas da produção e custeio.
• O possuidor de boa-fé tem direito aos frutos percebidos (colhidos). Já os frutos pendentes (ainda não colhidos) devem ser
restituídos, assim como aqueles que tenham sido colhidos por antecipação.
• O possuidor de má-fé deve devolver todos os frutos colhidos ou pendentes, bem como aqueles que deixou de colher por
culpa sua (art. 1.216, CC), devendo, neste último caso, ser responsabilizado no caso de perecimento do frutos não
colhidos por sua culpa (reparação de danos – responsabilidade civil). Mas tem direito, o possuidor de má-fé a ser
indenizado pelas despesas de produção e custeio.
• Os frutos naturais são aqueles provenientes da coisa principal (frutas, por exemplo). Estes, tão logo sejam separados da
coisa principal consideram-se colhidos.
• Os frutos industriais são aqueles que derivam de uma atividade humana (tudo o que venha a ser produzido em uma
fábrica, por exemplo). Estes, assim, como os naturais, logo após separados consideram-se colhidos.
• Os frutos civis derivam de uma relação jurídica ou econômica (rendimentos de aplicações financeiras, aluguel de imóveis,
por exemplo). Estes são percebidos na data prevista para vencimento do aluguel ou do “aniversário” da aplicação
financeira.
• Retenção e indenização das benfeitorias – 1.219 a 1.222
• Conforme estudado na parte geral, as benfeitorias são acessórios que se agregam a coisa principal, ou
seja, obras artificiais, realizadas pelo homem, na estrutura da coisa principal – já existente – com o
propósito de conservá-la, melhorá-la ou embelezá-la. Estas benfeitorias podem ser classificadas em
necessárias, úteis e voluptuárias.
• São necessárias as benfeitorias realizadas para evitar um estrago iminente ou deterioração da coisa
principal (reparos realizados na viga; troca do telhado).
• São úteis aquelas realizadas com o objetivo de facilitar a utilização da coisa (abertura de uma nova
entrada para servir de garagem para a casa).
• São voluptuárias aquelas feitas para o mero prazer, sem aumentoda utilidade da coisa (decoração do
jardim). Art. 96, CC.
• Benfeitorias necessárias. O possuidor de boa-fé tem direito a ser indenizado quanto a estas
benfeitorias (pelo valor atual) ou exercer o direito de retenção pelo valor delas. O possuidor de má-fé
tem direito de ser ressarcido apenas quanto a estas benfeitorias (aquele que tiver o dever de indenizar
tem direito de optar entre o valor atual da coisa e o custo dela), não possuindo direito de retenção.
• Benfeitorias úteis. O possuidor de boa-fé tem direito a ser indenizado quanto a estas benfeitorias
(pelo valor atual) ou exercer o direito de retenção pelo valor delas.
• Benfeitorias voluptuárias. O possuidor de boa-fé tem direito a ser indenizado quanto a estas
benfeitorias ou de retirá-las, desde que não haja detrimento da coisa (que não haja a desvalorização
do imóvel, por exemplo), caso não lhes sejam pagas. O possuidor de má-fé não tem direito a levantar
as benfeitorias voluptuárias.
• Responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa
• Os arts. 1.217 e 1.218, CC tratam da responsabilidade do possuidor com relação a perda ou deterioração da coisa:
• Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa.
• Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar
que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante.
• Pela redação dos dispositivos, percebe-se que essa responsabilidade é somente do possuidor de má-fé, que deverá
indenizar o proprietário em razão da perda ou da deterioração da coisa, mesmo que acidentais. Essa responsabilidade
somente será afastada havendo prova de que a perda ou deterioração ocorreria mesmo que a coisa estivesse na posse
do reivindicante (art. 1.218, 2ª parte).
• Ex.: João se apossa do cavalo de Pedro. Neste caso, se o cavalo morrer na posse de João por ter ingerido veneno, ele
deverá indenizar a Pedro. Contudo, se a morte do animal ocorrer por uma doença cardíaca grave, ou seja, mesmo que
estivesse na posse de Pedro ele morreria, não terá João o dever de indenizar. CUIDADO, pois, neste caso, depende de
PROVA!
• Proteção possessória
• Dentro dos efeitos da posse encontra-se a possibilidade que o possuidor tem de se utilizar das ações possessórias (ou interditos possessórios) para
proteção e defesa de sua posse. Importante observar que as ações possessórias tanto podem ser exercidas pelo proprietário detentor da posse, como
também por aquele que, embora não tenha a propriedade, se encontra na posse da coisa.
• Quanto a proteção possessória, o CC prevê os seguintes dispositivos:
• Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver
justo receio de ser molestado.
• § 1 o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de
desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
• § 2 o Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa.
• Art. 1.211. Quando mais de uma pessoa se disser possuidora, manter-se-á provisoriamente a que tiver a coisa, se não estiver manifesto que a obteve
de alguma das outras por modo vicioso.
• Art. 1.212. O possuidor pode intentar a ação de esbulho, ou a de indenização, contra o terceiro, que recebeu a coisa esbulhada sabendo que o era.
• Art. 1.213. O disposto nos artigos antecedentes não se aplica às servidões não aparentes, salvo quando os respectivos títulos provierem do possuidor
do prédio serviente, ou daqueles de quem este o houve.
• AÇÕES POSSESSÓRIAS
• Interdito proibitório – caso de ameaça ou risco ao exercício da posse do titular.
Proteção de perigo iminente.
• Ação de manutenção de posse – caso de turbação ou perturbação à posse, ou seja,
houve um atentado à posse, mas sem retirá-la do possuidor. Preservação da posse.
• Ação de reintegração de posse – caso de esbulho ou retirada da posse, quando o
atentado se concretiza e o possuidor é destituído da sua posse. Devolução da posse.
Cabível sempre que houver invasão, mesmo que parcial, do imóvel.
• Princípio da fungibilidade e da instrumentalidade das formas = mesmo que se ingresse com uma
ação de manutenção e a ação adequada seja a de reintegração, será processada (art. 554, CPC).
• Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a
proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados.
• § 1º No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos
ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério
Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública.
• § 2º Para fim da citação pessoal prevista no § 1º, o oficial de justiça procurará os ocupantes no local por uma vez, citando-se
por edital os que não forem encontrados.
• § 3º O juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade da existência da ação prevista no § 1º e dos respectivos prazos
processuais, podendo, para tanto, valer-se de anúncios em jornal ou rádio locais, da publicação de cartazes na região do
conflito e de outros meios.
• Havendo várias pessoas no polo passivo das possessórias, será procedida citação pessoal dos
ocupantes encontrados no local e por edital dos demais. Haverá intimação do Ministério Público e,
caso envolva pessoas em situação de hipossuficiência econômica (como nos casos de invasões de
terras). Nestes casos, ainda, o juiz determinará a publicidade da existência da ação e dos prazos
processuais através de jornais, rádios, publicação em meio digital (no site do Tribunal, por exemplo).
• Importante, ainda, considerar que as ações possessórias adotarão o procedimento especial, previsto no art. 554 e 
seguintes do CPC sempre que se tratar de ação de força nova (art. 558, CPC).
• Considera-se de força nova as possessórias ingressadas dentro do prazo de ano e dia (lembre-se da diferença entre 
posse nova e posse velha), cabendo medida liminar. 
• Se a posse for de mais de ano e dia, considera-se a possessória de força velha e, neste caso, não cabe a respectiva 
liminar e deve-se utilizar o procedimento comum. 
• Merece, ainda, destaque, a previsão do art. 565, CPC, que permite a concessão de medida liminar, nas ações 
possessórias coletivas, desde que realizada previamente uma audiência de conciliação. 
• Nas ações possessórias que tramitem pelo procedimento especial (de força nova), é admitido cumulação de pedidos (art.
555, CPC) e, ainda, que seja imposta medida para evitar nova turbação ou esbulho ou cumprir a tutela provisória ou final
(podendo ser requerida multa, portanto):
• Art. 555. É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de:
• I - condenação em perdas e danos;
• II - indenização dos frutos.
• Parágrafo único. Pode o autor requerer, ainda, imposição de medida necessária e adequada para:
• I - evitar nova turbação ou esbulho;
• II - cumprir-se a tutela provisória ou final.
• As possessórias de força nova, que adotam o procedimento especial, possuem natureza
dúplice, permitindo ao réu de qualquer ação possessória que, em contestação, apresente
pedido contraposto, alegando que sofreu ofensa a sua posse, demandar a proteção desta e
indenização pelos prejuízos sofridos.
• Nas ações possessórias não se permite propor ação de reconhecimento de domínio, salvo
contra terceira pessoa (art. 557, CPC). Se o réu provar a falta de idoneidade financeira do
autor para eventual sucumbência ou responsabilidade pelos danos, nos casos de
manutenção ou reintegração de posse, o juiz lhe concederá prazo de 5 dias para prestar
caução, sob pena de depósito da coisa litigiosa, ressalvada a impossibilidadeda parte
hipossuficiente (art. 559, CPC).
• Ainda, importante é a possibilidade prevista no art. 1.210, § 1º, CC, que permite a legítima defesa da
posse e o desforço imediato, como formas de autotutela ou autodefesa. Quando houver ameaça ou
turbação viável a legítima defesa da posse. Havendo esbulho, cabe o desforço imediato. Para que
esses institutos possam ser utilizados, deve-se ter uma defesa imediata, que o possuidor, ao agir, deve
fazer dentro do limite do indispensável para retomar/recuperar sua posse, evitando-se qualquer tipo de
abuso. São considerados como parâmetro o fim social e econômico, a boa fé objetiva e os bons
costumes.
• Contudo, sendo o caso de judicializar a demanda que discute a posse, o CPC, além das disposições
gerais quanto as ações possessórias, ainda apresenta disposições específicas para cada as ações de
manutenção e reintegração de posse e interdito proibitório.
Reintegração de posse
• Posse esbulhada. Posse retirada de forma violenta, precária ou clandestina.
• Os arts. 560 a 566, CPC fundamentam a ação de manutenção e reintegração de posse 
para as ações de posse nova, ou seja, com menos de ano e dia. As ações de posse 
velha, com mais de ano e dia, devem ser propostas pelo procedimento comum.
• Inicial deve provar a posse, esbulho ou turbação (em caso de manutenção) e data. 
• Juiz recebe a inicial e defere liminar independentemente de oitiva do réu.
• Citação do réu para audiência de justificação da posse e o autor deverá provar o 
esbulho/turbação (caso não tenha havido deferimento de liminar).
• Citação deve ser promovida dentro de 5 dias, com prazo de 15 dias para contestar. 
Havendo audiência de justificação, o prazo conta da intimação do deferimento ou não 
da liminar. 
• Litígios coletivos = turbação ou esbulho de mais de ano e dia – juiz deve designar 
audiência de mediação.
• Disposições gerais = art. 554 a 559, CPC
Manutenção de posse
• Posse turbada. Incômodo da posse. O possuidor segue exercendo a posse, mas 
alguém lhe importuna, lhe incomoda no exercício.
• Os arts. 560 a 566, CPC fundamentam a ação de manutenção e reintegração de posse 
para as ações de posse nova, ou seja, com menos de ano e dia. As ações de posse 
velha, com mais de ano e dia, devem ser propostas pelo procedimento comum.
• Inicial deve provar a posse, esbulho ou turbação (em caso de manutenção) e data. 
• Juiz recebe a inicial e defere liminar independentemente de oitiva do réu.
• Citação do réu para audiência de justificação da posse e o autor deverá provar o 
esbulho/turbação (caso não tenha havido deferimento de liminar).
• Citação deve ser promovida dentro de 5 dias, com prazo de 15 dias para contestar. 
Havendo audiência de justificação, o prazo conta da intimação do deferimento ou não 
da liminar. 
• Litígios coletivos = turbação ou esbulho de mais de ano e dia – juiz deve designar 
audiência de mediação.
Interdito proibitório
• Impedir a turbação ou o esbulho.
• Utilizado quando houver ameaça a posse.
• O objetivo é uma abstenção – não atentar contra a posse, ou seja, 
obrigação de não fazer, sob pena de multa – art. 567, CPC.
Nunciação de obra nova
• Sem previsão no CPC/2015
• Visa impedir a continuação das obras no terreno vizinho que 
prejudiquem o possuidor ou proprietário de uma coisa. 
• Ex.: vizinho que inicia a construção de um muro fora do lugar, 
invadindo o terreno alheio em alguns metros. 
• Trata-se de ação possessória que adota o procedimento comum e, 
portanto, eventual liminar deve observar os requisitos de concessão 
de tutela de urgência. 
Ação de dano infecto
• A ação de dano infecto visa prevenir que o vizinho que está 
demolindo seu prédio ou em que haja um vício de construção, cause 
prejuízo ao autor. Visa uma espécie de caução por eventuais danos 
futuros. Pouco usada na prática. 
• Segue o procedimento comum.
Embargos de Terceiro
• Os embargos de terceiro podem ser utilizados para a defesa da posse 
ou da propriedade naquelas situações de turbação ou esbulho 
ocorridos via judicial (arresto, sequestro, penhora, etc) e manejados 
por aqueles que não sejam parte no processo. Esta ação é de 
procedimento especial dos arts. 674 a 681, CPC (neste aspecto, 
sugere-se a análise específica deste procedimento especial).
Ação de imissão de posse
• A ação de imissão de posse deve ser manejada por aquele que 
pretenda ingressar na posse de um bem que nunca teve. Trata-se de 
uma ação petitória e não possessória. Geralmente, decorre do direito 
de propriedade. Ex.: alguém que adquire em uma alienação judicial 
um imóvel e não consegue tomar posse.

Continue navegando