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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS CURSO DE PSICOLOGIA Camilla Castaldi Silva RA: 1393859 Isabella Mariana da Costa RA: 3215889 Lucas Gabriel Brandão Pressuti RA:5709765 Mateus Pereira Palma RA: 3260758 Samara Garanhani RA:3098850 Atividade Prática Supervisionada Intervenções Analítico Comportamental SÃO PAULO 2021 Camilla Castaldi Silva RA: 1393859 Isabella Mariana da Costa RA: 3215889 Lucas Gabriel Brandão Pressuti RA:5709765 Mateus Pereira Palma RA: 3260758 Samara Garanhani RA:3098850 Atividade Prática Supervisionada Intervenções Analítico Comportamental Trabalho apresentado à professora Patricia do Nascimento, em cumprimento às exigências da APS - Atividade prática supervisionada em intervenções Analítico comportamental da FMU para obtenção da nota semestral. SÃO PAULO 2021 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3 APRESENTAÇÃO DO CASO ...................................................................................... 4 ANÁLISE FUNCIONAL DO CASO .............................................................................. 5 1. A) Comportamento de queixa (comportamento clinicamente relevante – ............... 5 CRB) ............................................................................................................................ 5 B) Contingencia de três termos ................................................................................... 5 2. Analise e planejamento de intervenção .................................................................. 7 3 INTRODUÇÃO Esse trabalho apresenta um caso clinico na qual foi analisado e posteriormente apontado as queixas do cliente para em seguida ser feita a contingencia tríplice, com intuito de propor uma intervenção clínica. Relatos que o paciente, a começar pela infância, foi exposto a estímulos discriminativos, tais como a sensação de ser "observado por uma ou mais pessoas" (relato do mesmo), que ocasionaram em respostas operantes, dentre elas o desenvolvimento do "tique motor caracterizado por contração da musculatura da face", em que ocasionou consequências como "isolamento em sala de aula, incômodo em se alimentar na frente de colegas e dificuldade em iniciar contato social" (relatos do mesmo), com a finalidade de se esquivar da resposta de tique acometida pelo antecedente do contato social. 4 APRESENTAÇÃO DO CASO Paciente do sexo masculino, 26 anos, noivo, sem filhos, funcionário do serviço de entrega de uma farmácia. O paciente relatava retraimento social desde a infância, referindo lembranças de isolamento em sala de aula, incômodo em se alimentar na frente de colegas e dificuldade em iniciar contato social. Em situações nas quais se sentia observado por uma ou mais pessoas, foi sendo progressivamente acometido por tique motor caracterizado pela contração da musculatura da face. Nestas situações, procurava esconder parte do rosto com as mãos e encerrar contato social para sair do local. Em uma ocasião o tique foi notado por um colega, o que aumentou ainda mais sua esquiva à conversa com pessoas não íntimas. Aos 14 anos de idade, em evento escolar no qual os alunos se reuniam no pátio para cantar o Hino Nacional, o paciente foi acometido por aumento súbito de ansiedade frente à ideia de que estava sendo observado e de crítica alheia, o que o levou a sudorese, vertigem, com posterior queda ao solo. Após este evento, o paciente passou a apresentar uma série de desmaios em situações de exposição a aglomerações de pessoas nas quais poderia ser alvo de atenção, como na igreja e na escrita à lousa na escola. Há oito anos descontinuou os estudos, pois na ocasião de uma atividade escolar na qual cada aluno deveria se apresentar, abandonou a sala antes de sua apresentação por temor de desmaio. Como resultado de tudo isso, passou a evitar situações em que poderia ser observado, como frequentar restaurantes, lojas ou igreja e iniciou o uso de óculos escuros temendo acometimento de tiques. Procurou uma série de neurologistas para investigação dos desmaios, sendo encaminhado para psiquiatra que o diagnosticou como tendo Transtorno de Ansiedade Social (TAS) do tipo generalizado, segundo os critérios do DSMIV (APA, 1994). O paciente foi encaminhado para terapia após três anos de seguimento clínico e baixa resposta do tique e da ansiedade social ao tratamento medicamentoso. Apresentava-se há dois anos sem desmaios, mas possuía uma série de prejuízos funcionais inerentes ao TAS: trabalhava como entregador de farmácia somente com óculos escuros e não fazia contato visual com clientes, não se alimentava junto com colegas e tinha grande dificuldade em usar o telefone da empresa, não usava o banheiro público, não entrava em lojas com vendedor, possuía grande sofrimento em se expor a ambientes em que podia ser observado, e se dizia incapaz de entrar na igreja frente à vigência de seu casamento, que ocorreria após dois meses da primeira sessão terapêutica. 5 ANÁLISE FUNCIONAL DO CASO 1. A) Comportamento de queixa (comportamento clinicamente relevante – CRB) • Retraimento social = dificuldade em iniciar uma conversa, falar pouco e evitar contato social. • Ansiedade = Relação com contexto de perigo, aflição, incerteza, etc. • Desmaios = tontura, sudorese e queda ao solo. • Tiques motores = incomodo, desconforto e etc. B) Contingencia de três termos i. Comportamento-Alvo: Diante de situações na qual tinha tiques, cliente esconde parte do rosto com as mãos para encerrar contato social. Antecedente Resposta Consequência Efeito Diante de pessoas próximas a ele Considerando a existência tiques Esconder parte do rosto com as mãos Exime do contato com outras pessoas perante os tiques SR – (Esquiva) ii. Comportamento-Alvo: O cliente evita situações na quais poderia ser observado, pois já apresentou desmaios em situações de exposição a aglomeração de pessoas. 6 Antecedente Resposta Consequência Efeito Diante de situações na qual poderia ser observado. Considerando a existência de pessoas. Evita lugares com aglomeração de pessoas. Exime de qualquer situação na qual poderia ser observado. Evita possíveis desmaios. SR – (Esquiva) iii.Comportamento-Alvo: O cliente relata que em sua infância se isolava em sala de aula e sentia incômodo em se alimentar na frente de colegas. Antecedente Resposta Consequência Efeito Diante de situação na qual se sentia incomodado. Considerando a existência de pessoas. Não se alimentava com colegas de sala na escola. Exime de contato social e aproximação dos colegas de sala. SR – (Fuga) 7 2. Analise e planejamento de intervenção o paciente, foi exposto a estímulos discriminativos, como a sensação de ser observado por uma ou mais pessoas, que ocasionaram respostas operantes, dentre elas o desenvolvimento, em que ocasionou consequências como isolamento em sala de aula, incômodo em se alimentar na frente de colegas e dificuldade em iniciar contato social, Com o tempo, é possível notar que a intensidade e frequência dos estímulos discriminativos aumentam a intensidade e frequência das respostas, esses estímulos se colocam como reforçadores positivos. O reforço positivo é aquela consequência que é adicionada no ambiente aumentando a probabilidade futura de um comportamento, como o caso exemplifica através do primeiro desmaio aos14 anos, em que se reuniu com os alunos do colégio para cantar o Hino Nacional, gerando "aumento súbito de ansiedade frente à ideia de que estava sendo observado e de crítica alheia". Após esse episódio, foi observado o aumento de situações de aglomerações e exposição na vida do paciente que levaram a maior incidência do comportamento de desmaio, como consequência, como descreve a teoria da intensidade-magnitude: "quanto maior a intensidade do estímulo, maior também será a magnitude da resposta fornecida pelo individuo". Essas situações, ou estímulos discriminativos, passam a ser também estímulos aversivos que ocasionam respostas condicionadas (desmaios). Além disso, passou a adotar comportamentos de esquiva. Pode-se pensar em um método no qual o paciente não se esquive, como se comportaria a partir do momento em que passa a receber medicação (dada por um especialista), uma medicação em que diminua a frequência da resposta de desmaiar, evita os estímulos aversivos. Para tanto, é cabível colocar a prática da dessensibilização, em que o paciente entrará em contato com o estímulo aversivo, de modo menos intenso e de forma cautelosa, para que o indivíduo não aumente a angústia frente ao estimulo aversivo, nem o aumento consequente da resposta condicionada.