Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SISTEMA ENDÓCRINO Hormônios - São moléculas que agem como sinalizadores químicos. - São liberados por células especializadas chamadas endócrinas. - Sinalização Parácrina: células endócrinas que produzem hormônios que agem a uma distância curta. - Sinalização Justácrina: uma molécula é liberada na matriz extracelular, difunde-se por essa matriz e atua em células situadas a uma distância muito curta de onde foram liberadas. - Sinalização Autócrina: as células podem produzir moléculas que agem nelas próprias ou em células do mesmo tipo. - Os tecidos e órgãos nos quais os hormônios atuam são chamados tecidos-alvo ou órgãos-alvo. Esses reagem aos hormônios porque as suas células têm receptores que reconhecem especificamente determinados hormônios. HIPÓFISE - Localiza-se em uma cavidade do osso esfenoide - a sella turcica - que é um importante ponto de referência radiológico. - A hipófise se liga ao hipotálamo, situado na base do cérebro, por um pedículo que é a ligação entre a hipófise e o sistema nervoso central. - Ela tem origem embriológica dupla: nervosa e ectodérmica. - Consiste, na realidade, em duas glândulas: a neuro-hipófise e a adeno-hipófise, unidas anatomicamente e tendo funções diferentes, porém inter-relacionadas. - Neuro-hipófise: uma porção volumosa - a pars nervosa -, e do seu pedículo de fixação - o infundíbulo -, que se continua com o hipotálamo. - Adeno-hipófise - não tem conexão anatômica com o sistema nervoso. É subdividida em três porções: - a primeira e mais volumosa é a pars distalis ou lobo anterior; - a segunda é a porção cranial que abraça o infundíbulo, denominada pars tuberalis; - a terceira, denominada pars intermedia, é uma região rudimentar na espécie humana, intermediária entre a neuro-hipófise e a pars distalis, separada desta última pela fissura restante da cavidade da bolsa de Rathke. - Ao conjunto de pars nervosa e pars intermedia também se dá o nome de lobo posterior da hipófise. - A glândula é revestida por uma cápsula de tecido conjuntivo, contínua com a rede de fibras reticulares que suporta as células do órgão. - Capilares fenestrados com diafragma; Sistema Porta-Hipofisário; - Em virtude de sua origem embriológica e de seu sistema porta-hipofisário, a hipófise mantém com o hipotálamo importantes relações anatômicas e funcionais. De cima: neuro hipófise Debaixo: adeno hipófise Adeno-hipófise A pars distalis representa em torno de 75% da massa da hipófise. - É formada por cordões e ilhas de células - Os hormônios são armazenados em grânulos de secreção - Células secretoras da pars distalis: são classificadas em cromófobas (pouco coradas) e cromófilas (contêm grânulos bem corados). - As células cromófilas são constituídas de dois subtipos, as acidófilas e as basófilas, de acordo com sua afinidade por corantes ácidos ou básicos - As células cromófobas têm poucos grãos (ou nenhum) de secreção e são mais difíceis de serem reconhecidas que as células cromófilas. É possível que algumas das cromófobas sejam células cromófilas degranuladas ou células-tronco da adeno-hipófise. CÉLULA HORMÔNIO PRODUZIDO AÇÃO Somatotrópica Hormônio do crescimento ou somatotropina (GH) Promove o crescimento de ossos longos e age no metabolismo em muitos locais do organismo via somatomedinas (IGF-1) sintetizadas no fígado e em outros locais Mamotrópica ou lactotrópica Prolactina (PRL) Desenvolvimento da glândula mamária durante a gestação e estimula secreção de leite Gonadotrópica Hormônio foliculoestimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH) FSH promovt crescimento de folículos ovarianos e secreção de estrógeno nas mulheres e estimula espermatogênese nos homens Tireotrópica Hormônio estimulante da tireoide ou tireotropina (TSH) Estimula síntese e secreção de hormônio tireoidiano Corticotrópica Produtos da clivagem da pró- opiomelanoconina (POMC): hormônio adrenocortícotrõfico (ACTH) e hormônio melanotrópico (a-MSH) ACTH estimula secreção de glicoconicoides no córtex adrenal; MSH estimula produção de melanina rosa: somatotrópica ou mamotrópica (acidófilas) roxa: gonadotrópica, tireotrópica ou corticotrópica (basófilas) lilás: cromófobas capilares fenestrados com diafragma Pars tuberalis - é uma região em forma de funil que cerca o infundíbulo da neuro-hipófise. É uma região importante em animais que mudam seus hábitos em função da estação do ano (p. ex., animais que hibernam) por meio do controle da produção de prolactina. Pars intermedia - que se localiza na porção dorsal da antiga bolsa de Rathke, em humanos adultos é uma região rudimentar composta de cordões e folículos de células fracamente basófilas que contêm pequenos grânulos de secreção. Pars intermedia Neuro-hipófise Pars nervosa - Apresenta um tipo específico de célula glial muito ramificada, chamada pituícito, não contém células secretoras. - Contém cerca de 100 mil axônios não mielinizados de neurônios secretores cujos corpos celulares estão situados nos núcleos supraópticos e paraventriculares. - Os neurônios secretores fazem a neurossecreção, que é transportada ao longo dos axônios e se acumula nas suas extremidades, situadas na pars nervosa. Seus depósitos formam estruturas conhecidas como corpos de Herring - grânulos de secreção de ADH (vasopressina-arginina, também chamada hormônio antidiurético) e ocitocina. HORMÔNIO AÇÃO ADH É secretada quando a pressão osmótica do sangue aumenta. Seu efeito principal é aumentar a permeabilidade dos túbulos coletores do rim à água. Ocitocina Estimula a contração do músculo liso da parede uterina durante o coito e o parto, assim como das células mioepiteliais que cercam os alvéolos e ductos das glândulas mamárias. A secreção de ocitocina é estimulada por distensão da vagina, distensão da cérvice uterina e pela amamentação, por meio de tratos nervosos que agem sobre o hipotálamo. Pars Nervosa setas: pituícitos Circulo: corpos de Herring ADRENAIS 1 capsula 2 glomerulosa 3 fasciculada 4 reticulada 5 medula - são duas glândulas achatadas com forma de meia-lua, cada uma situada sobre o polo superior de cada rim, também chamadas suprarrenais. - é encapsulado e dividido nitidamente em duas camadas concêntricas: uma periférica espessa, de cor amarelada, denominada camada cortical ou córtex adrenal, e outra central menos volumosa, acinzentada, a camada medular ou medula adrenal. - Essas duas camadas podem ser consideradas dois órgãos distintos, de origens embriológicas diferentes, apenas unidos anatomicamente. O córtex tem origem mesodérmico, enquanto a medula tem origem neuroectodérmica. - Uma cápsula de tecido conjuntivo denso recobre a glândula e envia delgados septos ao interior da adrenal. O estroma consiste basicamente em uma rede rica de fibras reticulares, as quais sustentam as células secretoras. Circulação sanguínea (1) artérias da cápsula; (2) artérias do córtex, que se ramificam repetidamente entre as células da camada cortical e que acabam formando capilares sanguíneos que deságuam em vasos capilares da camada medular; (3) artérias da medula, que atravessam o córtex e se ramificam, formando uma extensa rede de capilares na medula - capilares fenestrados Córtex adrenal - secreta glicocorticoides, mineralocorticoides e andrógenos - pode ser subdividido em três camadas concêntricas cujos limites nem sempre são perfeitamente definidos em humanos: - zona glomerulosa: imediatamente abaixo da cápsula de tecido conjuntivo e é composta de células piramidais ou colunares, organizadas em cordões que têm forma de arcos envolvidos por capilares sanguíneos. Secreta aldosterona, contribui para manter o equilíbrio de sódio e potássio e de água no organismo, e consequentemente dos níveis de pressão arterial. - zona fasciculada:As células da zona fasciculada são poliédricas, contêm um grande número de gotículas de lipídios no citoplasma e aparecem vacuoladas em preparações histológicas rotineiras devido à dissolução de lipídios durante a preparação do tecido. Por causa dessa vacuolação, essas células são também chamadas espongiócitos. Secreta cortisol. fasciculada - zona reticulada: contém células dispostas em cordões irregulares que formam uma rede anastomosada. Essas células são menores que as das outras duas camadas e contêm menos gotas de lipídios que as da zona fasciculada. Grânulos de pigmento de lipofuscina são grandes e bastante numerosos nestas células em adultos. Produz andrógenos (principalmente deidroepiandrosterona) e, em menor grau, mineralocorticoides. - Controle da secreção: liberação de hormônio liberador de corticotropina na eminência mediana da hipófise (CRH) -> pars distalis da hipófise -> hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), também chamado de corticotropina -> estimula a síntese e a secreção de hormônios no córtex adrenal. * A secreção de aldosterona depende principalmente de outros fatores, primariamente da angiotensina II do sistema renina-angiotensina Medula Adrenal - células poliédricas organizadas em cordões ou aglomerados arredondados, sustentados por uma rede de fibras reticulares. Há células ganglionares parassimpáticas. Todas essas células são envolvidas por uma abundante rede de vasos sanguíneos. - O citoplasma das células (cromafins) da medular têm grânulos de secreção que contêm epinefrina ou norepinefrina, pertencentes a uma classe de substâncias denominadas catecolaminas. - Controle de secreção e ações dos hormônios da adrenal: Epinefrina e norepinefrina podem ser secretadas em grandes quantidades em resposta a intensas reações emocionais (p. ex., susto, pânico). A secreção dessas substâncias é mediada pelas fibras pré-ganglionares que inervam as células da medula. células ganglionares PANCREAS - Órgão de secreção mista (endócrina e exócrina) - As ilhotas de Langerhans são micro-órgãos endócrinos localizados no pâncreas, são grupos arredondados de células de coloração menos intensa, incrustados no tecido pancreático exócrino. - As ilhotas são constituídas por células poligonais, dispostas em cordões, capilares fenestradas. Há uma fina camada de tecido conjuntivo que envolve a ilhota e a separa do tecido pancreático restante. - tipos de células nas ilhotas: alfa, beta, delta, PP e épsilon. Em virtude de suas afinidades pelos corantes, são denominadas acidófilas ou basófilas - células produtoras de glucagon (células alfa) e de insulina (células beta) - alfa - acidófila - cora em rosA - glucagon - azuis mais clarinhos - célula beta - azul - insulina - BETA - BLUE - insulina - formam cordões de células exócrina ilhota septos de tecido conjuntivo – vasos – colágeno tipo I – ducto TIREOIDE - se desenvolve a partir do endoderma da porção cefálica do tubo digestivo - sintetiza os hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), que regulam a taxa de metabolismo do corpo. - é composta de milhares de folículos tireoidianos. A parede dos folículos é um epitélio simples cujas células são também denominadas tirócitos. A cavidade dos folículos contém uma substância gelatinosa chamada coloide. - A glândula é revestida por uma cápsula de tecido conjuntivo frouxo que envia septos para o parênquima. - é um órgão extremamente vascularizado por uma extensa rede capilar sanguínea fenestrados e linfática que envolve os folículos. - Outro tipo de célula encontrado na tireoide é a célula parafolicular ou célula C. Ela pode fazer parte do epitélio folicular ou mais comumente forma agrupamentos isolados entre os folículos tireoidianos. Produzem um hormônio chamado calcitonina, também denominado tirocalcitonina, cujo efeito principal é inibir a reabsorção de tecido ósseo e, em consequência, diminui o nível de cálcio no plasma. - O armazenamento de hormônio é feito no coloide. O coloide tireoidiano é constituído principalmente por uma glicoproteína denominada tireoglobulina, a qual contém os hormônios da tireoide T3 e T4. - A síntese e o acúmulo de hormônios tireoidianos ocorrem em quatro etapas (síntese de tireoglobulina, captação de iodeto do sangue, ativação de iodeto e iodação dos resíduos de tirosina de tireoglobulina) - Os principais reguladores da estrutura e função da glândula tireoide são o teor de iodo no organismo e o hormônio tireotrópico (TSH ou tireotropina) secretado pela pars distalis da hipófise. folículos coloide + células em volta = folículos - glândula endócrina do tipo folicular não cordonal linhas rosa - tecido conjuntivo denso de colágeno do tipo 1 - vasos de médio calibre e pequeno calibre - estroma da glândula calcitonina - parafolicular - células C adjacentes ao folículo PARATIREOIDES - São quatro pequenas glândulas. Localizam-se mais comumente nos polos superiores e inferiores da face dorsal da tireoide, geralmente na cápsula que reveste os lobos desta glândula - Cada paratireoide é envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo. Dessa cápsula partem trabéculas para o interior da glândula, que são contínuas com as fibras reticulares que sustentam os grupos de células secretoras. - Há dois tipos de células na paratireoide: as principais e as oxífilas. - As células principais predominam amplamente sobre as outras, têm forma poligonal, núcleo vesicular e citoplasma fracamente acidófilo; essas células são secretoras do hormônio das paratireoides, o paratormônio. - Na espécie humana as células oxífilas aparecem por volta dos 7 anos de idade e a partir daí aumentam progressivamente de número. São poligonais, maiores e mais claras que as células principais. A função dessas células é desconhecida. - O paratormônio se liga a receptores em osteoblastos. Essa ligação é um sinal para essas células produzirem um fator estimulante de osteoclastos que aumenta o número e a atividade dessas células, promovendo assim a reabsorção de matriz óssea calcificada e a liberação de Ca2 ' no sangue. - A calcitonina tem, portanto, ação oposta à do paratormônio. A ação conjunta de ambos os hormônios é um mecanismo importante para regular de maneira precisa o nível de Ca2+ no sangue. células principais, glândulas cordonais células oxífilicas
Compartilhar