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Universidade Federal da Bahia Metodologia Qualitativa - Terça e Quinta Tayonara Aillana dos Santos Jesus Ciências sociais – Antropologia WRIGHT MILLS, C. – Apêndice: “Do artesanato intelectual” In: A Imaginação Sociológica. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1975, p. 211-243. C. Wright Mills, foi um grande analista social, e autor de obras como como “A Elite do Poder” (1956), “A Nova Classe Média” (1951), “A imaginação sociológica” (1982), entre outros. Também foi professor da Universidade de Columbia até 1962, ano em que veio a falecer. Isto posto, no apêndice de sua obra “A imaginação sociológica” (1982), intitulado, “Do Artesanato intelectual”, Mills, propõe-se, a demonstrar como realiza seu ofício, visando principalmente demonstrar como ele, enquanto cientista social, trabalha naquilo que ele denomina “Imaginação sociológica”. O autor, inicia seu trabalho, evidenciando que se deve aprender a usar a experiência de vida no trabalho, visto que, sabendo controlar essa interinfluência entre ambos, nesse processo, é que se modelará o artesão intelectual. Assinalando este fato, propõe, então, o uso de um diário, um arquivo, visto que, segundo ele, “Manter um arquivo é empenhar-se na experiência controlada” (p.213). Destaca-se aqui, então, a “Imaginação Sociológica” que, de modo sucinto, seria a capacidade de ir de uma perspectiva a outra, estabelecendo nessa interação uma visão adequada de uma sociedade total. Aspecto esse, que difere o cientista social, do técnico. Destarte, o autor discorre por uma série de condições e técnicas as quais acredita tê-lo ajudado a aumentar suas possibilidades de estimular essa imaginação, de modo que, para ser um bom artesão, segundo ele, é necessário que se saiba incorporar a técnica e o método como parte deste artesanato; assim como saber escrever de forma concisa, além de desenvolver, o hábito, por exemplo, da classificação cruzada. Outro ponto, é preocupar-se em entender diversos pontos de vista, assim como, apresentar um certo conhecimento histórico, apontando então, ser necessário ir do trans-histórico as minúcias sub-históricas; além de estudar as estruturas mais amplas para compreender a influência destas, no então recorte de sua pesquisa, estando sempre disposto a desenvolver e rever opiniões, levando ainda adiante a tradição da análise social clássica, buscando pensar o homem como um agente histórico e social, e suas variadas sociedades humanas, além de, por fim, não abrir mão da autonomia moral e política.
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