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1 HAM V – Heloísa Paraíso 5ºP Exame Físico da Mão e do Pé EXAME FÍSICO DA MÃO INSPEÇÃO Membros totalmente despidos Bilateral Aumento do sistema simpático, que ocorre geralmente pós lesão nervosa (alteração simpática patológica). É possível observar edema de mão esquerda com impossibilidade de ver as proeminências ósseas (cabeça do metacarpo). A suspeita diagnóstica é de uma fratura de boxer (paciente que dá um murro acaba quebrando o quinto metacarpo e a proeminência desaba). Cisto sinovial (dos tumores de parte mole, grande parte são representados por cistos sinoviais, típicos do dorso da mão). Rotação do segundo dedo, que pode ser devido uma fratura. O normal é que na flexão todos os dedos apontem para o escafoide. 2 HAM V – Heloísa Paraíso 5ºP PALPAÇÃO Alteração de temperatura Deformidades Tumorações Consistência cística/endurecidas Aderidos a planos profundos ou não Pontos dolorosos Volar/dorsal/articular Creptos e estadilos Tenossinovite (infecção dentro da bainha do tendão) – irá observar aumento de temperatura no local. Comum em mordida de cachorro ou de humano. 4 sinais básicos de Kanavel´s: - Dor no trajeto da bainha do tendão - Alargamento simétrico de todo o digito (edema fusiforme), conhecido também como dedo em salsicha - Dor intensa na extensão passiva - Postura inflexa (posição de semiflexão do dedo) Moléstia de Dupuytren A fáscia palmar que deixa a pele da mão bem aderida. Em seu estado patológico ocorre sua fratura e deixa o dedo em inflexo. Os tendões extensores são divididos em compartimentos. O extensor longo do polegar faz uma curva passando pelo tubérculo de lister do rádio que é fundamental para extensão desse tendão. É necessário saber o marco anatômico ósseo para saber qual tendão esta palpando. Se palpar a tabaqueira anatômica vc consegue palpar o escafoide. E se possui dor nessa região, significa que tem fratura do escafoide. 3 HAM V – Heloísa Paraíso 5ºP Nesse espaço de 3cm entre o estiloide radial e o trapézio pode haver três diagnósticos: fratura do escafoide (palpação da tabaqueira anatômica), tendinite de Quervain (palpação do estiloide), Rizartrose (palpação do trapézio). IMPORTANTE saber o marco anatômico correto. ADM – AMPLITUDE DO MOVIMENTO Ativo e Passivo Em condições normais são iguais Prono e supinação Posição neutra com o polegar para cima 90° em cada direção Flexão – 70° a 80° Extensão – 60° a 70° Desvio ulnar – 45° Desvio radial – 15° TESTE DE CIRCUNDAÇÃO DO POLEGAR (faz o movimento de rotação do polegar) – paciente com rizartrose. Esse teste diferencia a tenossinovite de Quervain de rizartrose. (VÍDEO) 4 HAM V – Heloísa Paraíso 5ºP Rizartrose: é o termo dado à artrose (ou osteoartrose) que atinge a articulação da base do polegar. Ex da foto: picada de cobra Nessa cirurgia tira um pedaço da pele do antebraço junto com a artéria radial, pois o local do enxerto precisa ser vascularizado devido lesão de tendão (por isso leva a artéria junto). Isso pode ser feito porque a artéria ulnar consegue suprir a mão inteira se estiver em bom estado. 5 HAM V – Heloísa Paraíso 5ºP Todo tendão passa por um túnel e quando esse tendão está inchado ele prende nesse túnel e para poder soltar é preciso fazer o teste do gatilho. Dependendo do grau é preciso intervenção cirúrgica. PARTE 2 DA AULA LESÕES DE TENDÕES EXTENSORES Na inspeção é possível observar a conformidade da mão no padrão em “escadinha”, em que o quinto dedo é o mais fletido e o segundo o menos fletido, denominada posição de repouso normal da mão. Lesão de flexor → um dos dedos fica mais estendido Lesão de extensor → um dos dedos mais fletido LESÃO DE NERVO PERIFERICOS Exame físico permite identificar o nervo e o nível da lesão Exame sensitivo (áreas autônomas) Exame de força muscular 6 HAM V – Heloísa Paraíso 5ºP NERVO MEDIANO Sensibilidade VOLAR da metade radial do quarto dedo até o polegar Inerva flexor radial do carpo, flexor superficial dos dedos, flexor longo do polegar, flexor profundo do segundo e terceiro dedos Para avaliar: Atrofia tenar Mão de Benediction Pinça polegar-indicador Atrofia da região tenar devido síndrome do túnel do carpo já avançado. (Nervo motor da região tenar passa pelo túnel do carpo). Mão de Benediction O nervo mediano inerva os flexores profundos do segundo e terceiros dedos e do polegar. Então ao fletir a mão o paciente só possui o nervo ulnar, então a flexão é somente do quinto e quarto dedo. Além disso, ao fazer o movimento de pinça ele não consegue e a mão desaba. NERVO ULNAR Sensibilidade VOLAR E DORSAL do quinto dedo e metade ulnar do quarto dedo Inerva flexor ulnar do carpo, flexor profundo do quarto e quinto dedos, grande parte da musculatura intrínseca da mão Para avaliar: Atrofia hipotênar Garra ulnar Teste de abdução dos dedos Teste de Froment Teste de Abdução – paciente com a mao aberta será feita uma contraforça no sentido de fechar a mão. (Nervo ulnar inerva a musculatura intrínseca da mão que faz esse movimento de abertura) 7 HAM V – Heloísa Paraíso 5ºP Teste de Froment - o terapeuta segura uma folha e instrui ao paciente para realizar o mesmo procedimento, segurando a folha entre os seus dedos, indicador e polegar. A incapacidade de manter a folha entre a borda radial do indicador e do polegar fará com que o paciente faça uma flexão da falange distal para segurar o papel. NERVO RADIAL Sensibilidade DORSAL do punho e do primeiro até a metade radial do quarto dedo (proximal a IFD) Inerva todos os músculos dos 6 compartimentos extensores Extensão do punho, polegar e dedos “Punho caído” “Síndrome do sábado à noite” Fraqueza de extensão → lesão do nervo radial Sinal da paz → nervo ulnar preservado Sinal de joia → nervo radial preservado Mão fechada → nervo mediano preservado Sinal do OK → nervo mediano preservado 8 HAM V – Heloísa Paraíso 5ºP EXAME FÍSICO DO PÉ e TORNOZELO Anamnese Inspeção → presença de deformidades, ulceras, saliência óssea Em pé Repouso Movimento (marcha) Dos sapatos Palpação (sentado) Manipulação 26 ossos no pé O pé é dividido em 3 compartimentos: antepé (a partir dos metatarsos), mediopé (ossos do tarso) e retropé (calcâneo e talus). Localizar por região onde é a dor do paciente. Ligamento talofibular anterior e o ligamento calcâneofibular (cor roxa) → fazem parte do complexo ligamentar lateral e estabilizam o pé estaticamente IMPORTANTE! Complexo ligamentar lateral é formado: ligamento talofibular anterior, ligamento calneofibular e ligamento talofibular posterior. Em torsões são os mais lesionados. O ligamento talofibular anterior é o mais comumente lesado nas torsões de tornozelo. Nervo sural → responsável pela sensibilidade lateral do pé 9 HAM V – Heloísa Paraíso 5ºP Chamar a atenção: Tendão tibial posterior (cor azul) Cabeça do tálus → observar presença de deformidades ou não Tendão flexor longo dos dedos Ligamento deltoide → estabiliza medialmente o pé Flexor longo do hálux 10 HAM V – Heloísa Paraíso 5ºP Nó de Henry → junção entre o flexor longo do halux e o flexor longo dos dedos. IMPORTANTE: não se consegue fletir o halux sem fletir os outros dedos também e vice-versa, justamente devido essa ligação entre esses dois músculos. Por isso, em ruptura crônica do tendão de aquiles usa-se muito o flexor longo do halux. INSPEÇÃO ESTÁTICA Alinhamentodos MMII Arco plantar (desabamento ou superelevação) Deformidades nos dedos Deformidades no retropé Fraqueza dos tendões fibulares pode levar a desenvolver o pé cavo. Os tendões fibulares não irão equilibrar o tibial posterior e assim deixar o arco plantar excessivamente elevado. Irá causar também os dedos em garra. Geralmente são resultados de uma alteração neurológica. 11 HAM V – Heloísa Paraíso 5ºP PRINCIPAIS DOENÇAS QUE CAUSAM PÉ PLANO VALGO GRAVE Acomete mulheres de meia idade, obesas, sedentárias. Além disso, está associado ao diabetes e tabagismo. Artropatia de Charcot Refere-se à degeneração progressiva de uma articulação dos pés, pernas ou pélvis (articulações responsáveis por carregar o peso do corpo). Ocorre em pacientes diabéticos ou pacientes que possuem algum tipo de lesão neurológica periférica. RESUMINDO... Quem estabiliza a face medial do pé? → tibial posterior → lesão → pé plano (desabamento do arco medial) Quem estabiliza a face lateral do pé? → fibulares → lesão → pé cavo (elevação do arco medial) INSPEÇÃO DINÂMICA Teste das pontas dos pés Integridade dos T. calcâneo e tibial posterior Mobilidade da subtalar (articulação entre o talus e o calcâneo) 12 HAM V – Heloísa Paraíso 5ºP Paciente de costas → possível observar a parte lateral dos dedos → teste de “Too Many Toes” positivo (pé plano) Paciente de costas → Observa-se dedos mediais → teste de “Peak-a-boo” positivo (pé cavo) PALPAÇÃO Utilizar a anatomia topográfica Procurar por lesões (ulceras, telangectasias, edema, calos) Pulsos + enchimento capilar Observar os grupos musculares (atrofias) Distribuição de pelos (sistêmicas) Semmes-Weinstein: Utilizado em pacientes diabéticos. Compressão Látero-Lateral: para observar se tem neuroma de Morton, que é o espessamento de um nervo entre os ossos dos pés. Isso acontece porque o nervo é comprimido, geralmente pelo uso de calçados apertados. Geralmente o paciente se queixa de dor e muitas vezes de dormência. Kelikian-Ducroquet: para avaliar a flexibilidade de deformidades dos artelhos. A) posicionamento correto antes de aplicar a pressão plantar com ambos os polegares. Notar que os segundo, terceiro e quarto dedos apresentam-se de formatos em garra. B) aplicada a pressão plantar, ocorre correção das deformidades dos segundo e terceiro dedos (flexíveis) e mantem-se a deformidade do quarto (rígida). Pacientes com pé cavo ou diabéticos que teve perda da musculatura intrínseca do pé os dedos vão ficando em garra. Jack Teste: para observar a flexibilidade do pé plano, se é flexível ou rígido. Pé plano rígido já evoluiu para deformidade óssea e não tem muito tratamento a não ser evoluir para uma cirurgia. Quando forma a cava do pé → deformidade flexível Quando não forma a cava do pé → deformidade rígida. 13 HAM V – Heloísa Paraíso 5ºP Lesão do complexo ligamentar lateral → gaveta anterior positiva No teste da gaveta anterior para testar a integralidade do ligamento talofibular anterior e a porção ântero- lateral da cápsula articular, o terapeuta, segura firmemente com uma mão a tíbia e com a outra mão exerce uma tração anterior no nível de calcâneo e observa o grau de deslocamento. Para a realização do teste da gaveta posterior para testar a integralidade do ligamento talofibular posterior e porção posterior da cápsula articular, o mesmo procedimento deverá ser efetuado, mas agora a mão empurra o tálus no sentido posterior, mantendo com a outra mão a estabilidade da tíbia. Torção do pé → Realização do teste da gaveta anterior para ver se teve uma lesão ou não. Literaturas
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