EMBARGOS A EXECUÇÃO

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#4237106 Fri Jun 18 13:57:07 2021 
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 4ª VARA DO TRABALHO 
DE TERESINA-PI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROCESSO DE Nº 0034300-65.2020.5.17.0004 
Exequente: José da Silva 
Executado: Manoel Andrade 
Manoel Andrade (“Embargante”), estado civil, profissao, residente e 
domiciliado, CEP nº. 55666-77, inscrito no CPF sob o nº., com endereço eletrônico, ora 
intermediado por seu mandatário ao final firmado – instrumento procuratório acostado –
, esse com endereço eletrônico e profissional inserto na referida procuração, o qual, em 
obediência à diretriz fixada no art. 287, caput, do CPC, indica-o para as intimações que 
se fizerem necessárias, vem, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, 
com suporte no art. 884, caput, da Consolidação das Leis do Trabalho, a presente 
AÇÃO DE EMBARGOS À EXECUÇÃO 
em face de José da Silva (“Embargado”), estado civil, profissao, residente e 
domiciliado, CEP nº. 55666-77, inscrito no CPF sob o nº., com endereço eletrônico, em 
razão das justificativas de ordem fática e direito, abaixo delineadas. 
I – DA TEMPESTIVIDADE 
O Art. 884 da CLT prevê: 
“Art. 884 – Garantida a execução ou penhorados os 
bens, terá o executado 5 dias para apresentar embargos, 
cabendo igual prazo ao exequente para impugnação.” 
A presente ação tem por fundamento desconstituir ato constritivo judicial (bens 
móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado), em face de 
execução da ação trabalhista ajuizada pelo Embargado. 
Nessa ação, supracitada, a fase processual que ora se apresenta é a intimação do 
Embargante sobre a constrição judicial (penhora) sobre o bem móvel. 
De outro ângulo, constata-se que a presente oposição à execução fora ajuizada 
em xx/xx/xx, dentro do quinquídio legal para tal desiderato. 
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Logo, tempestivo os presentes Embargos à Execução. 
II – DA SINTESE FÁTICA 
José da Silva ajuizou ação trabalhista tombada sob o n. 0034300-
65.2020.5.17.0004, em trâmite perante a 4ª Vara do Trabalho de Teresina/PI, tendo 
conseguido sentença de procedência em face de Manoel Andrade, seu ex-empregador 
pessoa física, que atualmente trabalha como taxista. 
Após a interposição de todos os recursos, muitos dos quais meramente 
protelatórios, a sentença transita em julgado, com o valor de R$ 20.000,00. Iniciada a 
execução ex oficio pelo Juiz do Trabalho, foi realizada a penhora sobre um automóvel 
do executado. 
Ocorre, Exa., que o ora Embargante utiliza o automóvel como taxi, além do que, 
o valor do bem é de R$ 30.000,00, ou seja, superior ao valor da execução. 
Por tais circunstâncias, ajuíza-se a presente ação de Embargos à Execução, 
objetivando anular a indevida constrição judicial em destaque. 
III – DO MÉRITO 
3.1 – DA NULIDADE DA PENHORA 
Consta-se que a constrição recaiu sobre o automóvel que o Embargante utiliza 
como taxi para o seu sustento. 
Com efeito, o artigo 833, V, do Código de Processo Civil qualifica como 
absolutamente impenhorável o bem móvel necessários ou úteis ao exercício da profissão 
do executado. 
A ordem jurídico-positiva privilegiou a sobrevivência pessoal em prejuízo de 
outros débitos, ainda que decorrentes da relação de emprego. 
“Art. 833. São impenhoráveis: 
“V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os 
utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis 
necessários ou úteis ao exercício da profissão do 
executado;” 
Desta feita, reconhecidamente, o automóvel penhorado por este D. Juízo possui 
o manto da impenhorabilidade, haja vista que é bem móvel necessário para o exercicio 
da profissão do executado, que é taxista. 
Logo, deve este D. Juízo reconhecer a impenhorabilidade do bem e determinar o 
levantamento da constrição outrora realizada. 
3.2 – DO EXCESSO NA EXECUÇÃO 
O art. 917 do CPC dispõe: 
“Art. 917. Nos embargos à execução, o executado 
poderá alegar: 
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III - excesso de execução ou cumulação indevida de 
execuções;” 
Constata-se nos autos da Ação de Execução que fora penhorado o automóvel de 
proprietário do ora Embargante, cujo valor é de R$ 30.000,00. 
Ora, Exa., o valor da execução é de R$ 20.000,00. Ou seja, o valor no bem 
penhorado é muito superior ao da dívida existente. 
Assim, configurado o excesso de penhora, requer seja esta corrigida pelo juízo e 
seja excluído o bem impenhorável. 
A embargante pleiteia que seja liberado o bem penhorado, cujo valor é superior 
ao débito. 
IV – DOS PEDIDOS 
DO EXPOSTO, requer-se: 
a) Que sejam os presentes embargos distribuídos em apenso ao processo principal de 
referência; 
b) Que sejam julgados procedentes os presentes embargos, e recebidos em seu efeito 
suspensivo, ao teor do artigo 739, § 1º do CPC; 
c) Reconhecer o automóvel penhorado como empenhorado, ato contínuo, determinar o 
levantamento da constrição outrora realizada; 
d) Reconhecer o excesso na execução, haja vista o valor originário do débito. 
e) Seja citado o Embargado para impugnar a presente ação. 
Dá-se a causa o valor de R$ 30.000,00. 
 
Termos em que pede e espera deferimento. 
Advogado 
OAB/UF