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Desenvolvimento Motor - Ebook 4

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Bruno Nascimento Carvalho
DESENVOLVIMENTO 
MOTOR
E-book 4
Neste E-Book:
INTRODUÇÃO ����������������������������������������������������������� 3
MECANISMOS DE CONTROLE PARA 
AQUISIÇÃO DE NOVAS HABILIDADES 
MOTORAS ������������������������������������������������������������������4
Fatores a serem considerados na elaboração de 
intervenções direcionadas ao processo de aquisição 
de novas habilidades motoras �������������������������������������������������4
CONTROLE CENTRAL E FEEDBACK �����������������10
PROCESSOS DE ADAPTAÇÕES 
TEMPORAIS (DA MATURAÇÃO AO 
ENVELHECIMENTO) E A CAPACIDADE 
DE AQUISIÇÃO DE NOVAS HABILIDADES 
MOTORAS ���������������������������������������������������������������� 22
Estágios de desenvolvimento motor e capacidades de 
aquisição de novas habilidades motoras ������������������������������22
DESENVOLVIMENTO MOTOR, 
CAPACIDADE FÍSICA E POTENCIAL DE 
AQUISIÇÃO DE NOVAS HABILIDADES 
MOTORAS ����������������������������������������������������������������26
CONSIDERAÇÕES FINAIS ������������������������������������31
SÍNTESE �������������������������������������������������������������������� 32
2
INTRODUÇÃO
Este módulo se propõe a possibilitar compreensão 
dos mecanismos determinantes para aquisição de 
novas habilidades motoras� Destes, daremos mais 
ênfase em relação aos aspectos do controle central e 
do feedback� Em seguida, estabelecemos compreen-
são sobre a influência das adaptações que ocorrem 
nos processos maturacionais e de envelhecimento 
com o potencial de aquisição de novas habilidades� 
Por fim, relacionamos o processo de desenvolvimen-
to motor com as alterações na estrutura/capacidades 
física e o potencial de aquisição de novas habilidades 
motoras�
Figura 1: Representação de habilidades motoras� Fonte: 
Freepik.
3
MECANISMOS DE 
CONTROLE PARA 
AQUISIÇÃO DE NOVAS 
HABILIDADES MOTORAS
Fatores a serem considerados 
na elaboração de intervenções 
direcionadas ao processo 
de aquisição de novas 
habilidades motoras
No primeiro módulo, definimos aprendizagem motora 
como a área de conhecimento que estuda o processo 
de aquisição/aprimoramento de habilidades motoras 
e os profissionais que lidam com o processo de rea-
bilitação pós lesões/doenças que também atuam no 
segmento da aprendizagem motora (GÓES, 2020).
Segundo os conceitos teóricos do modelo de desen-
volvimento motor de Gallahue (2013), apresentado 
anteriormente, o processo de aprendizagem motora 
ocorre sequencialmente em três fases/estágios:
 ● Fase ou estágio – inicial: o indivíduo apre-
senta muitos erros de execução e movimentos 
descoordenados�
 ● Fase ou estágio – intermediário: há um refina-
mento da habilidade motora e melhor aptidão para 
executar o movimento�
4
 ● Fase ou estágio – final/proficiente: a habilidade 
é desempenhada de forma proficiente e totalmente 
automatizada.
ESTÁGIO 
INICIAL
ESTÁGIO PROFICIENTE
ESTÁGIO 
INICIAL
ESTÁGIO 
PROFICIENTE
PR
ÁT
IC
A
PR
ÁT
IC
A
Figura 2: Ilustração da aquisição de novas habilidades mo-
toras. Créditos: SILVA; SILVA; GONÇALVES; COSTA (2018)
Conforme exposto na figura acima, o processo de 
melhorias em relação aos estágios de aprendizagem 
motora (desempenho) na execução das habilida-
des motoras é dependente da prática (GALLAHUE; 
OZMUN; GOODWAY, 2013; SILVA; SILVA; GONÇALVES; 
COSTA, 2018).
Em relação ao aumento de prática, há de ser con-
sideradas propostas de intervenção que ofereçam 
problemas motores elaborados, ao invés de sim-
plesmente propiciar uma repetição mecânica dos 
5
movimentos ao indivíduo; deve-se propor estratégias 
que façam o indivíduo procurar respostas adequadas 
aos problemas motores e, assim, obter experiências 
que irão auxiliar na execução de habilidades motoras 
no futuro (SILVA; SILVA; GONÇALVES; COSTA, 2018).
O processo deve possibilitar a exploração de diferen-
tes soluções relacionadas aos problemas motores, en-
volvendo tentativas de um esforço cognitivo conscien-
te que envolve: organização, execução, avaliação e 
modificação de ações motoras (TANI; CORRÊA, 2016).
A intervenção deve fornecer melhorias em relação 
ao processo de aprendizagem motora; além do au-
mento de prática, deve-se considerar outros aspec-
tos, como: um correto fornecimento de instruções, 
a complexidade da tarefa, considerando o nível de 
aptidão do indivíduos, as demonstrações, as metas 
e um correto uso dos diferentes tipos de feedback 
(GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2013; GÓES, 2020; 
TANI; CORRÊA, 2016).
O profissional de educação física fornece informa-
ções prévias à realização da prática por duas formas 
de explicação: instrução verbal e demonstração. A 
utilização das instruções verbais se refere a “o que 
fazer”, e as demonstrações se relacionam a “como 
deve ser feito” (GÓES, 2020).
No momento de fornecer instruções para os alunos/
clientes, os professores/instrutores devem consi-
derar o processo de aprendizagem individual (nos 
estágios iniciais de aprendizagem, uma intervenção 
6
relacionada ao movimento humano deve fornecer 
somente as informações essenciais para execução 
das tarefas). Uma estratégia a ser utilizada nos está-
gios iniciais de aprendizagem é o uso de instruções 
bem direcionadas aos aspectos que precisam ser 
aprendidos/melhorados das habilidades motoras�
Além disso, independentemente do período da vida, 
os indivíduos possuem diferentes capacidades para 
assimilar as informações recebidas (SILVA; SILVA; 
GONÇALVES; COSTA, 2018). As instruções verbais 
podem ser direcionadas para aspectos como: o ob-
jetivo da tarefa, sua especificidade (o que fazer de 
fato) e seu modo de execução (TANI; CORRÊA, 2016).
A complexidade se refere ao número de partes e ao 
nível de dificuldade de uma tarefa. Conforme expos-
to, o processo de aquisição de novas habilidades 
motoras considera o pressuposto que um indivíduo 
inicialmente possui uma menor capacidade para 
execução das tarefas; nesse sentido, deve ser con-
siderada a utilização de tarefas com menor comple-
xidade (SILVA; SILVA; GONÇALVES; COSTA, 2018).
Uma das estratégias estabelecidas na literatura so-
bre o processo de aprendizagem motora é a utili-
zação da definição de metas, as metas podem ser 
definidas a curto ou longo prazo; e tem finalidade 
de promover maior comprometimento, dedicação 
e motivação, durante a prática na realização das 
tarefas (GÓES, 2020).
7
Um recurso a ser utilizado para facilitar o proces-
so de ensino-aprendizagem é o uso da demons-
tração, no qual o cliente/aluno pode comparar a 
execução da habilidade motora com um padrão 
de movimento estabelecido. Vale ressaltar que a 
habilidade motora deve ser demonstrada de forma 
lenta, considerando o potencial de retenção de 
informações e o estágio de desenvolvimento do in-
divíduo (SILVA; SILVA; GONÇALVES; COSTA, 2018). 
A demonstração também pode ser associada a 
um momento de elaboração de um modelo, que 
favorece a capacidade de imitação e possibilita 
a aprendizagem por meio de observação (TANI; 
CORRÊA, 2016).
Há uma boa perspectiva em relação à otimização 
do processo de aprendizagem com associação de 
instruções verbais e não verbais, pois a demonstra-
ção pode facilitar a compreensão das instruções 
verbais, minimizando a compreensão de instruções 
complexas�
Além disso, há evidências de efeito superior em re-
lação às associações cognitivas dos clientes/aluno, 
no processo de ensino-aprendizagem, com o uso 
da demonstração associada a instruções verbais, 
quando comparadas ao fornecimento delas sepa-
radamente (TANI; CORRÊA, 2016).
8
SAIBA MAIS
O livro “Aprendizagem motora e o ensino do es-
porte” possui um tópico específico sobre a uti-
lização de instruções verbais, demonstrações e 
outras estratégias no processo de aprendizagem 
motora (página 46). Consulte na plataforma Minha 
Biblioteca�
Acesse o Podcast 1 em Módulos
9
CONTROLE CENTRAL E 
FEEDBACK
O movimento humano é o produto final de um proces-
so que envolve a participação de vários mecanismos 
de controle do sistema nervoso central (SNC) (TANI; 
CORRÊA, 2016).Há um série de teorias cognitivas 
relacionadas à estruturação inicial do controle de 
movimento� Essas teorias se baseiam em como as 
estruturas centrais controlam os movimentos (GÓES, 
2020). Apresentamos, de forma comprimida, as prin-
cipais teorias sobre esse processo:
 ● Teoria reflexa: teoria que apresentou uma série 
de questionamentos, porém, serviu de embasamento 
inicial para as teorias subsequentes sobre controle 
central, em relação aos movimentos� Na concepção 
dessa teoria, o comportamento humano é baseado 
em reflexos. Os movimentos humanos considerados 
mais complexos, nessa perspectiva, são resultan-
tes de uma combinação sucessiva de reflexos mais 
simples. Em aspectos práticos, os reflexos neurais 
produzidos por meio da medula espinhal conduzem 
à ativação/inibição dos diferentes grupamentos 
musculares�
 ● Teoria hierárquica: nessa teoria há uma divisão 
do SNC que o divide em três níveis hierárquicos – 
que, em conjunto, controlam o movimento humano:
 ○ Nível inferior: composto por medula espinhal e 
tronco encefálico�
10
 ○ Nível intermediário: composto pelas divisões mo-
toras e sensórias do córtex cerebral�
 ○ Nível superior: composto por regiões associativas, 
predominantemente, as divisões frontais do cérebro�
Inicialmente, essa teoria considerava o conceito de 
“cadeia direta”, em que o nível superior é o determi-
nante dos níveis inferiores. Atualmente, a literatura 
considera que há um processo integrativo e depen-
dente do tipo de tarefa a ser executada�
 ● Teoria reflexo-hierárquica: concepção que o con-
trole motor se inicia através dos reflexos, e estes 
determinam uma estruturação dos níveis hierárqui-
cos do SNC.
 ● Teoria de programação motora: teoria que se 
pauta nos conceitos da fisiologia, no processo de 
controle motor; utiliza o pressuposto de que o mo-
vimento não é dependente do reflexo, com base na 
compreensão que a medula espinhal possui potencial 
de produzir ações locomotoras sem determinações 
descendentes cerebrais�
Dessa forma, foi estabelecido que a ação motora 
pode ocorrer sem estímulos, e, subsequentemente, 
foi estabelecido o conceito de padrão motor central 
(também conhecido na literatura como programa 
motor). Vale mencionar que a excitação do padrão 
motor pode ocorrer por estímulo sensorial ou pelos 
processos de controle central�
Os conceitos acima acerca da teoria de programação 
motora estabeleceram uma maior importância em 
relação à ação do SNC no controle motor. Vale res-
saltar que ela não delimita a substituição dos aspec-
11
tos reflexivos mencionados nas teorias anteriores; 
essa teoria somente agrega valor para o potencial 
de aquisição de habilidades motoras (GÓES, 2020).
Além disso, essa teoria considera o pressuposto que 
o cérebro realiza o processamento e armazenamento 
das informações para produzir os comportamentos. 
As informações são processadas por meio do SNC 
em estágios (cognitivos discretos, percepção, toma-
da de decisão e uma ação de resposta) (GÓES, 2020).
Nessa concepção, em decorrência ao estímulo inicial, 
a informação é enviada ao cérebro (que, no esque-
ma abaixo, é retratado como parte executiva) por 
intermédio do sistema nervoso central e periférico� 
Essa informação é processada por meio do SNC, 
que delimita um estímulo (mensagem) baseado nas 
informações armazenadas, direcionado para os mús-
culos e articulações (que realizam uma ação efetora) 
e irão delimitar uma ação motora (resposta).
Estímulo Erro
Estado 
real
Estado desejado
Feedback informa sobre o 
estado real do sistema
Esquema de teoria da programação motora
Executivo
Comparador
Efetor
Resposta
Figura 3: Esquema da teoria de programação motor� Fonte: 
GÓES (2020)
12
SAIBA MAIS
O livro “Controle e aprendizagem motora: intro-
dução aos processos dinâmicos de aquisição de 
habilidades motoras” possui um tópico específico 
sobre a utilização das teorias de controle motor, 
baseado em aspectos cognitivos (informados aci-
ma) e em relação aos sistemas dinâmicos.
GÓES, S. M.. Curitiba: Intersaberes, 2020. O livro 
está disponível na plataforma Biblioteca Virtual. 
Não deixe de ler!
Conforme exposto no tópico anterior, o processo 
de aprendizagem motora é dependente da prática 
(TANI; CORRÊA, 2016), e a prática pode ocorrer de 
duas maneiras:
 ● Prática física – situação na qual o cliente/aluno re-
aliza as ações motoras da habilidade a ser aprendida.
 ● Prática mental – situação em que o indivíduo não 
executa os movimentos da habilidade motora; nesse 
processo, ocorre um desempenho mental da tarefa, 
sem as ações motoras�
Em seu livro sobre aprendizagem motora e ensino do 
esporte Go Tani (2016), expõe uma série de efeitos e 
mecanismos relacionados à prática mental e como 
ela influencia e beneficia a prática física nos aspec-
tos motores do processo de ensino-aprendizagem. 
Apresentamos, de forma sucinta, alguns teóricos:
13
 ● Jacobson (1930) – primeiro direcionamento para 
uso da prática mental; segundo a concepção des-
se pesquisador, com o processo de imaginação, o 
organismo, através do SNC, realiza disparos com 
pequenas ativações elétricas para a musculatura� 
Vale ressaltar que a excitação elétrica muscular é 
pequena e não possui potencial de indução de altera-
ções em níveis mecânicos, sua função é basicamente 
direcionada ao preparo muscular (análise feita por 
eletromiografia).
 ● Sackett (1934) – considera que a prática mental 
beneficia o entendimento cognitivo-simbólico das 
habilidades motoras e, posteriormente, apresenta 
potencial de promover facilitação para o desenvol-
vimento de soluções motoras e estratégias para a 
promoção de aumento do desempenho�
 ● Rawlings (1972) – corrobora o direcionamento 
que os benefícios da prática mental no processo 
de aprendizagem motora são relacionados a um 
controle amplo, que não engloba somente aspec-
tos cognitivos�
 ● Mackay (1981) – fornece um direcionamento 
no qual a imaginação é um momento de prepa-
ro para as ações motoras, com embasamento no 
conceito de padrões semelhantes às ondas cere-
brais de movimentos reais, em relação a quando o 
processo é somente imaginado (análise feita por 
eletroencefalograma).
 ● Denis (1985) – seu conceito teórico possui um 
encaminhamento no qual a prática mental realiza 
uma função de direcionamento para o processo ima-
14
ginativo, com um papel organizacional cognitivo, 
inicialmente; e, posteriormente, para indivíduos com 
domínio parcial da habilidade motora (estágios mais 
avançados) com um papel recordativo, em relação 
a sensações cinestésicas e visuais�
 ● Vealey e Greenleaf (2009) – desenvolveram um 
conceito baseado na perspectiva do esporte, no qual 
o processo de imaginação como prática mental for-
nece um embasamento direcionado a três aspectos:
1. Desempenho e aprendizagem: há três pressupos-
tos sobre esse aspecto: o primeiro com um direcio-
namento de que a prática mental apresenta potencial 
de complementar a prática física; o segundo dire-
cionado para um momento imaginativo de preparo 
psicológico, antes da execução da habilidade motora 
propriamente dita (como um momento de preparo 
antes da execução da habilidade motora); o último 
com a finalidade de proporcionar estabilidade ao 
atleta, trazendo uma sensação de relaxamento.
2. Pensamentos e emoções: o processo imaginati-
vo da prática mental pode melhorar os aspectos do 
controle de pensamentos/emoções com a indução 
de uma série de melhorias, como: aumento da au-
toconfiança e da motivação, em relação ao controle 
de atenção e ansiedade�
3. Pesquisas de atletas bem-sucedidos: a literatura 
científica indica que atletas de alto nível e bem-suce-
didos utilizam de forma mais ampla e sistemática o 
15
processo imaginativo, em comparação a seus pares 
menos bem-sucedidos�
 ● Schmidt (2010) – conceito robusto dos benefí-
cios da prática mental relacionados a: ativação dos 
estágios de processamento que utilizam aspectos 
cognitivos e simbólicos na tomada de decisão na 
execução das habilidades motoras, contribuem noprocesso de programação motora que possibilita 
uma representação clara do estado desejado; ativa-
ção cerebral relacionada aos músculos que serão re-
crutados na execução dos movimentos propriamente 
ditos, e, por fim, em relação a todos os aspectos 
necessários à tarefa�
Considerando as definições acerca da prática mental, 
há um consenso estabelecido que, independentemen-
te, do nível de aptidão dos indivíduos, ela propicia 
benefícios, em relação ao processo de aprendizagem 
e execução de novas habilidades motoras (TANI; 
CORRÊA, 2016).
O desenvolvimento do potencial de aprendizagem 
motora também é determinado pelos tipos de fee-
dback, que é a resposta elaborada pelo professor/
instrutor em relação ao movimento, ou executada 
pelo aluno/cliente em determinada tarefa� Essa res-
posta é relativa ao desempenho e influencia direta-
mente a aquisição de uma nova habilidade motora 
(GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2013).
16
Outra definição sobre o feedback é a informação 
gerada a uma resposta motora disponível ao apren-
diz durante/após uma ação motora (TANI; CORRÊA, 
2016). Em aspectos práticos, o professor/instrutor 
fornecerá um retorno ao cliente/aluno relacionado à 
execução do movimento� Com base no feedback, o 
indivíduo que executou a tarefa irá comparar o seu 
próprio desempenho com o padrão de movimento 
ideal (GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2013).
 O feedback pode ser classificado em relação a al-
guns aspectos: aos diferentes tipos de feedback que 
podem ser fornecidos, e a outros fatores que podem 
ser determinantes na execução e aprendizagem das 
habilidades motoras a longo prazo (SILVA; SILVA; 
GONÇALVES; COSTA, 2018):
1. Uma das classificações em relação aos tipos de 
feedback é o seu fornecimento pelo instrutor/pro-
fessor para o aluno/cliente:
 ● Feedback positivo: resposta positiva do professor/
instrutor ao aluno/cliente com um direcionamento 
de que a tarefa foi bem executada�
 ● Feedback negativo: resposta negativa do pro-
fessor/instrutor com um direcionamento de que a 
tarefa foi mal executada e/ou possui necessidade 
de correções�
2. Há o feedback em relação à percepção do indiví-
duo que executa as tarefas:
17
 ● Feedback interno: relaciona-se à percepção 
do sistema sensorial do indivíduo ao executar os 
movimentos�
O feedback obtido por meio de canais sensoriais do 
próprio cliente/aluno ao executar habilidades mo-
toras também é conhecido na literatura como feed-
back intrínseco/inerente� Ele é fornecido por fontes 
externas de percepção (exterocepção), como visão, 
audição e olfato; ou por fontes internas perceptivas 
(propriocepção), por meio dos receptores articula-
res, tendinosos ou musculares – as informações 
externas e internas são combinadas e integradas 
através do SNC e geram informações cinestésicas 
para o indivíduo (TANI; CORRÊA, 2016).
 ● Feedback externo: são as informações externas 
fornecidas por outros indivíduos, em relação a quem 
executa as habilidades motoras�
3. O feedback aumentado é o principal entre os di-
ferentes tipos de feedbacks externos abordados na 
literatura, ele ocorre com direcionamento para mo-
dificar/melhorar as informações sensórias obtidas 
pelo feedback interno:
 ● Em relação ao fornecimento de informações du-
rante a execução das tarefas, e possui uma relação 
com as informações já fornecidas pelo próprio sis-
tema sensorial do indivíduo�
18
 ● Com um direcionamento para novas informações, 
que não foram fornecidas previamente pelo feedback 
interno, e que não são necessariamente relacionadas 
aos movimentos executados no momento (nesse 
caso, são relacionadas aos motivos da execução 
do movimento).
Assim como o feedback interno, o aumentado possui 
outras nomenclaturas na literatura científica, sendo 
conhecido como feedback extrínseco ou aprimo-
rado (TANI; CORRÊA, 2016). Esse tipo de feedback 
é fornecido quando o indivíduo executa uma tarefa 
e percebe, por meio do feedback intrínseco, que há 
erros nas ações motoras, no entanto, ele não possui 
capacidade de correção dos erros sozinho e há a 
necessidade de orientações de terceiros�
Nesse contexto, o feedback extrínseco executa papel 
de direcionamento para soluções cognitivas rela-
cionadas aos problemas motores; vale mencionar 
que as orientações fornecidas por ele devem ser 
específicas sobre a detecção de erros e com dire-
cionamento para o padrão de movimento correto 
(TANI; CORRÊA, 2016).
O feedback aumentado possui dois tipos de direcio-
namentos para o processo de aquisição de novas 
habilidades motoras:
 ● Com objetivo de fornecer um rápido direcionamen-
to ao cliente/aluno para melhorar uma habilidade 
motora – nessa ocasião, o feedback é fornecido logo 
após ou durante a execução da habilidade para que 
19
o cliente/aluno consiga desenvolver rapidamente o 
entendimento sobre suas ações motoras�
 ● Com o objetivo de fornecer motivação ao aluno, 
o instrutor/professor fornece um direcionamento 
positivo em relação à execução da tarefa (feedback 
positivo) para promover sua contínua execução.
FIQUE ATENTO
O professor/instrutor deve ter cuidado ao fornecer 
correções para o aluno/cliente em relação à má 
execução das tarefas (feedback negativo), pois o 
excesso de correções pode induzir a sensações 
negativas e prejudicar o processo de aprendizagem 
de novas habilidades motoras�
O feedback aumentado também pode ser compre-
endido em relação à forma de conhecimento:
 ● Conhecimento de resultado: informação verbal 
acerca de uma ação motora em relação ao objetivo 
pretendido;
 ● Conhecimento de performance/cinemático ou 
cinético: informação sobre o padrão de movimento 
realizado pelo indivíduo.
A maioria das evidências científicas é direcionada 
para o estudo do conhecimento de resultado. Há um 
direcionamento que aponta a otimização do proces-
so de aprendizagem motora, baseado no conjunto 
da prática com um fornecimento de controle de re-
20
sultado controlado pelo cliente/aluno, em relação a 
um processo controlado por fontes externas; nesse 
caso, os feedbacks são relacionados às demandas 
específicas, informadas pelo indivíduo que está exe-
cutando a ação motora (o aluno/cliente informa o 
que ele precisa de orientação) (TANI; CORRÊA, 2016).
21
PROCESSOS DE 
ADAPTAÇÕES TEMPORAIS 
(DA MATURAÇÃO AO 
ENVELHECIMENTO) 
E A CAPACIDADE DE 
AQUISIÇÃO DE NOVAS 
HABILIDADES MOTORAS
Estágios de desenvolvimento 
motor e capacidades de aquisição 
de novas habilidades motoras
O ser humano, a partir de sua concepção até o fim da 
vida, realiza uma série de adaptações desenvolvimen-
tistas (lembrando que o conceito de desenvolvimento 
se relaciona à mudança de função, independente-
mente de ela ser positiva ou negativa); conforme 
ocorrem as modificações em curso temporal no de-
senvolvimento humano e no desenvolvimento mo-
tor, também ocorrem modificações no potencial de 
aquisição de novas habilidades motoras�
Conforme apresentado anteriormente, o processo 
de desenvolvimento motor pode ser dividido em es-
tágios e fases de desenvolvimento. As habilidades 
motoras são classificadas em movimentos de esta-
bilização, locomoção e manipulação. Além disso, o 
potencial para execução das habilidades motoras 
se associa às modificações das fases de desenvol-
22
vimento motor, segundo a teoria clássica de desen-
volvimento motor de Gallahue (2013).
Os primeiros movimentos voluntários são executados 
na infância (na segunda fase/estágio de desenvol-
vimento motor), conforme a teoria, entre o 1º e o 2º 
ano de vida, e são direcionados a uma capacidade 
rudimentar de estabilização, locomoção e manipu-
lação (GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2013; SILVA; 
SILVA; GONÇALVES; COSTA, 2018).
 ● Movimentos rudimentares estabilizadores: são 
relacionados ao início da infância; são movimentos 
de equilíbrio estático em relação a: cabeça, pescoço 
e tronco�
 ● Movimentos rudimentares locomotores: são ca-
racterizados pelos movimentos de rastejar, engati-
nhar e andar�
 ● Movimentos rudimentares manipulativos: são 
relacionados ao ato de agarrar/soltarobjetos�
Com a continuação do processo de crescimento e 
desenvolvimento, entre o 2º e o 7º ano de vida, as 
crianças entram em uma fase/estágio fundamen-
tal de desenvolvimento motor e ocorre progressão 
na aquisição das habilidades motoras (GALLAHUE; 
OZMUN; GOODWAY, 2013; SILVA; SILVA; GONÇALVES; 
COSTA, 2018):
 ● Movimentos fundamentais estabilizadores: ocorre 
o desenvolvimento da capacidade completa de ficar 
em pé sem apoios; há o desenvolvimento da capaci-
23
dade de realizar rolamentos para frente e para trás, 
além de se equilibrar somente em um pé�
 ● Movimentos fundamentais locomotores: nesse 
período, ocorre um aumento na capacidade de cor-
rida, salto, saltito e galope�
 ● Movimentos fundamentais manipulativos: a crian-
ça desenvolve a capacidade de chutar, arremessar 
e saltar�
Entre o 7º e o 14º ano de vida, ocorre o último está-
gio/fase da classificação de desenvolvimento motor 
de Gallahue (2013), com uma progressão para mo-
vimentos especializados:
 ● Movimentos especializados estabilizadores: exe-
cução de movimentos de locomoção em bases ins-
táveis. (exemplo: caminhar na trave da ginástica).
 ● Movimentos especializados locomotores: exe-
cução de movimento de locomoção com maior de-
manda física e cognitiva. (exemplo: execução do 
nado crawl).
 ● Movimentos especializados manipulativos: a 
criança desenvolve capacidade de executar movi-
mentos manipulativos específicos. (exemplo: toque 
do voleibol e arremesso do basquetebol).
Na concepção do autor, o processo de desenvolvi-
mento humano e motor é contínuo; ele se baseia 
no conceito de desenvolvimento ao longo da vida� 
Dessa forma, o potencial para a aquisição de novas 
habilidades motoras também é contínuo, porém os 
24
períodos sensíveis para a promoção de um máximo 
desenvolvimento com atividades motoras que requi-
sitem habilidades motoras específicas em períodos/
estágios determinados são as mencionadas acima�
Vale destacar que o desenvolvimento ao longo da 
vida pressupõe que devem ser ofertadas oportuni-
dades de aprendizado até o fim da vida, promovendo 
o aumento dos aspectos relacionados à qualidade 
de vida dos indivíduos, assim como o desenvolvi-
mento de diferentes tipos de habilidades motoras 
(GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2013).
O processo de desenvolvimento motor ao longo da 
vida conceitua que a vida adulta é um momento de 
manutenção das competências e capacidades mo-
toras adquiridas durante a infância/adolescência 
(SILVA; SILVA; GONÇALVES; COSTA, 2018). E o pro-
cesso de envelhecimento é compreendido como um 
momento de declínio fisiológico, com redução das 
capacidades motoras, em que o exercício físico é 
utilizado como uma ferramenta de manutenção da 
qualidade de vida�
25
DESENVOLVIMENTO 
MOTOR, CAPACIDADE 
FÍSICA E POTENCIAL DE 
AQUISIÇÃO DE NOVAS 
HABILIDADES MOTORAS
No módulo 2, apresentamos as informações e o em-
basamento teórico acerca das diferentes teorias de 
desenvolvimento motor; além disso, trouxemos da-
dos sobre o processo de desenvolvimento humano, 
com enfoque nas modificações temporais, segundo 
diferentes teorias. Vale ressaltar que as teorias, de 
forma geral, abordam as modificações em nível cog-
nitivo, físico e social�
O enfoque do último tópico é realizar uma relação 
das modificações no processo de desenvolvimento 
motor, com o potencial de aquisição de novas ha-
bilidades motoras e as alterações relacionadas ao 
desenvolvimento, em potencial, de capacidades físi-
cas� Para estabelecermos essa relação, vamos nos 
basear nos conceitos referentes aos aspectos físicos 
da teoria do desenvolvimento humano dos domínios 
de comportamento (estudado anteriormente) e nos 
conceitos da teoria de desenvolvimento motor de 
Gallahue (2013).
Segundo o direcionamento da teoria de desenvolvi-
mento humano, até os três anos de vida, ocorre uma 
série de modificações relacionadas aos processos 
de crescimento e desenvolvimento físico que possi-
26
bilitam um rápido aumento na capacidade de execu-
ção das habilidades motoras (COSTA; BIERDZYCKI; 
LOPES, 2019). A teoria de desenvolvimento motor 
considera que as primeiras modificações que per-
mitem o desenvolvimento da capacidade inicial de 
movimentos voluntários ocorre entre o 1º e o 2º 
ano de vida, quando há um controle incipiente das 
crianças em relação aos músculos estabilizadores 
(GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2013; SILVA; SILVA; 
GONÇALVES; COSTA, 2018).
A teoria de desenvolvimento humano considera mo-
dificações entre o 3º e o 6º ano de vida, com um 
direcionamento para modificações na composição 
corporal, processo de crescimento acentuado, au-
mento de força, e aumento das habilidades motoras 
finas em geral (COSTA; BIERDZYCKI; LOPES, 2019). 
A classificação dos estágios de desenvolvimento 
motor direciona as mudanças em relação aos movi-
mentos fundamentais entre o 2º e o 7º ano de vida, 
com uma indicação para alterações relacionadas 
ao desenvolvimento das capacidades de coordena-
ção associada ao aumento da coordenação motora 
grossa (GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2013; SILVA; 
SILVA; GONÇALVES; COSTA, 2018).
Sequencialmente, a teoria de desenvolvimento huma-
no utiliza o período da vida entre 6 e 11 anos de idade 
(classificado como terceira infância), no qual indica-
-se que há um aumento da força; este corrobora para 
aumento do potencial, em relação às capacidades e 
habilidades atléticas (COSTA; BIERDZYCKI; LOPES, 
27
2019). A teoria de desenvolvimento motor classifi-
ca o último estágio/fase de desenvolvimento como 
um período entre o 7º e o 14º ano de vida, com a 
nomenclatura de fase motora especializada. Nesse 
período, há uma maior capacidade de refinamento e 
combinação das habilidades motoras (GALLAHUE; 
OZMUN; GOODWAY, 2013; SILVA; SILVA; GONÇALVES; 
COSTA, 2018).
A teoria de desenvolvimento humano continua rea-
lizando outras classificações sobre os períodos de 
desenvolvimento. O próximo estágio compreende 
dos 11 aos 20 anos de idade (classificação de ado-
lescência), no qual se considera um período em que 
há o estabelecimento da maturidade reprodutiva e, 
assim, interferências de questões sociais e uma alta 
taxa de crescimento físico (COSTA; BIERDZYCKI; 
LOPES, 2019).
O contexto específico do desenvolvimento motor não 
realiza distinção dos 14 anos de idade até o final da 
vida; no entanto, os autores acreditam que, até os 
18 anos de idade, é um momento da vida no qual 
as habilidades motoras ainda apresentam grande 
potencial para serem aperfeiçoadas (GALLAHUE; 
OZMUN; GOODWAY, 2013; SILVA; SILVA; GONÇALVES; 
COSTA, 2018).
Gallahue (2013), em seu modelo teórico, não especi-
fica as alterações desenvolvimentistas nos momen-
tos direcionados ao envelhecimento, no entanto, ele 
realiza uma classificação em relação à idade:
 ● Adulto jovem (18 a 40 anos de idade)
28
 ● Meia idade (40 a 60 anos de idade)
 ● Velho jovem (60 a 70 anos de idade)
 ● Velho mediano (70 a 80 anos de idade)
 ● Velho mais velho (mais de 80 anos de idade)
A teoria de desenvolvimento motor considera que, a 
partir do momento em que o indivíduo ingressa na 
classificação de adulto jovem (18 anos de idade), 
ocorre uma série de modificações em relação às 
demandas sociais/ambientais, que delimitam uma 
menor oferta de estímulos motores e, consequente-
mente, uma menor possibilidade de desenvolvimento 
motor (GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2013).
 Outros autores que se baseiam na concepção de 
desenvolvimento motor da teoria de Gallahue (2013) 
fornecem um direcionamento que a idade adulta 
(18 a 40 anos) é um momento no qual o indivíduo 
apresenta potencial de manutenção em relação às 
capacidades motoras (SILVA; SILVA; GONÇALVES; 
COSTA, 2018).
De fato, os estudiosos que se baseiam na teoria de 
desenvolvimento motor ao longo da vida o compre-
endem como um processo contínuo que, até deter-
minado período da vida, se relaciona a um momento 
de potencial progressão na capacidade de desenvol-
vimento e realização de habilidades motoras, com 
posterior período de potencial regressão (BACIL; 
SILVA; MAZZARDO,2020).
29
A teoria do desenvolvimento humano considera que 
no período entre 20 e os 40 anos de idade (jovem 
adulto) ocorre um momento de auge de capacidade 
e desempenho físico e, ao se aproximar do fim desse 
período, há uma redução das capacidades físicas e 
desempenho – dependentes das interferências do 
estilo de vida (COSTA; BIERDZYCKI; LOPES, 2019).
A teoria de domínios do comportamento consi-
dera que, no período entre os 40 aos 60 anos de 
idade (meia idade), ocorre redução na capacidade 
sensorial, vigor e destreza do indivíduo (COSTA; 
BIERDZYCKI; LOPES, 2019). A redução dessas valên-
cias é determinante para aquisição das habilidades 
motoras; dessa forma, mesmo que não esteja claro 
nas teorias de desenvolvimento motor, se pressupõe 
que o processo de ensino-aprendizagem de habili-
dades motoras seja executado com maior nível de 
dificuldade.
Na concepção de desenvolvimento motor ao lon-
go da vida, não há uma especificação do momento 
exato da modificação de aquisição de novas habili-
dades motoras� Entretanto, há um direcionamento, 
que é relacionado ao processo de envelhecimento� 
Pressupõe-se que, com o início desse processo, são 
estabelecidas modificações relacionadas ao declínio 
e à perda fisiológica. Nesse contexto, ocorre perda de 
capacidades e habilidades motoras, e o exercício é re-
alizado com um direcionamento de evitar o processo 
de perda (SILVA; SILVA; GONÇALVES; COSTA, 2018).
Acesse o Podcast 2 em Módulos
30
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este último módulo foi proposto com a finalidade 
de apresentar/discutir os aspectos relacionados à 
aquisição de habilidades motoras� Dentre eles, de-
mos maior ênfase ao controle central e aos aspectos 
ligados ao fornecimento de feedback�
Posteriormente a isso, relacionamos questões que 
foram discutidas parcialmente em módulos ante-
riores; mas que são vitais para uma compreensão 
integral do processo de desenvolvimento motor� 
Relacionamos as modificações na estrutura física 
dos indivíduos (apresentadas na teoria dos domínios 
do comportamento e na teoria de desenvolvimento 
motor de Gallahue) com os diferentes estágios de 
desenvolvimento motor e o potencial de aquisição 
de habilidades motoras�
31
SÍNTESE
A relação que estabelecemos entre as modificações na 
estrutura/capacidade física dos indivíduos (apresentada na teoria dos 
domínios do comportamento e na teoria de desenvolvimento motor de 
Gallahue), com os diferentes estágios do desenvolvimento motor e o 
potencial de aquisição de habilidades motoras.
Os fatores que norteiam o processo de aquisição de habilidades 
motoras, com maior ênfase em relação ao controle central e os aspectos 
relacionados ao fornecimento de feedback.
RELAÇÃO ENTRE HABILIDADES MOTORAS, 
ESTÁGIOS/FASES DESENVOLVIMENTO MOTOR E 
CAPACIDADES FÍSICAS
Este e-book foi proposto com a finalidade de discutir os aspectos 
relacionados à aquisição de habilidades motoras e sua relação com 
aspectos discutidos anteriormente (estágios de desenvolvimento motor 
e alterações na estrutura/capacidade física em curso temporal).
Ele pode ser divido em duas grades partes:
DESENVOLVIMENTO
MOTOR
Referências Bibliográficas 
& Consultadas
BACIL, E. D. A.; SILVA, M.; MAZZARDO, O. 
Crescimento e desenvolvimento motor. Curitiba: 
InterSaberes, 2020. [Biblioteca Virtual]
COSTA, R. R; BIERDZYCKI, B. P; LOPES, D. D. G. P. 
S. Aprendizagem e controle motor. Porto Alegre: 
Sagah, 2019.
FRAZÃO, L. M. et al� Questões do humano na 
contemporaneidade. São Paulo: Summus, 2017 
[Biblioteca Virtual]
GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C.; GOODWAY, J. D. 
Compreendendo o desenvolvimento motor: be-
bês, crianças, adolescentes e adultos. 7. ed. Porto 
Alegre: AMGH, 2013. [Minha Biblioteca]
GÓES, S. M. Controle e aprendizagem motora: 
introdução aos processos dinâmicos de aquisição 
de habilidades motoras. Curitiba: InterSaberes, 
2020. [Biblioteca Virtual] 
MAGILL, R. A. Aprendizagem motora: conceitos e 
aplicações. São Paulo: Blucher, 2000. [Biblioteca 
Virtual]
SHUMWAY-COOK, A; WOOLLACOTT, M. H. Controle 
motor: teoria e aplicações práticas. 3. ed. Barueri: 
Manole, 2010. [Minha Biblioteca]
SILVA, J. V.; SILVA, M. H.; GONÇALVES, P. DA S.; 
COSTA, R. R. Crescimento e desenvolvimento 
humano e aprendizagem motora. Porto Alegre: 
Sagah, 2018. [Minha Biblioteca]
SILVA, P. V. R. Teorias psicológicas do desenvol-
vimento e da aprendizagem. São Paulo: Pearson, 
2013. [Biblioteca Virtual]
TANI, G; CORRÊA, U. C. Aprendizagem motora e 
o ensino do esporte. São Paulo: Blucher, 2016. 
[Minha Biblioteca]
	INTRODUÇÃO
	MECANISMOS DE CONTROLE PARA AQUISIÇÃO DE NOVAS HABILIDADES MOTORAS
	Fatores a serem considerados na elaboração de intervenções direcionadas ao processo de aquisição de novas habilidades motoras
	CONTROLE CENTRAL E FEEDBACK
	PROCESSOS DE ADAPTAÇÕES TEMPORAIS (DA MATURAÇÃO AO ENVELHECIMENTO) E A CAPACIDADE DE AQUISIÇÃO DE NOVAS HABILIDADES MOTORAS
	Estágios de desenvolvimento motor e capacidades de aquisição de novas habilidades motoras
	DESENVOLVIMENTO MOTOR, CAPACIDADE FÍSICA E POTENCIAL DE AQUISIÇÃO DE NOVAS HABILIDADES MOTORAS
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
	SÍNTESE

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