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SE ESTE MATERIAL TE AJUDOU, DEIXE SUA CURTIDA PARA ME AJUDAR TAMBÉM! 💜👍 OS 5 ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA ESTÁGIO 1: RECONHECIMENTO DA NECESSIDADE Todos nós temos necessidades e desejos não satisfeitos, e isso causa um certo desconforto. De forma geral, podemos dizer que as necessidades são intrínsecas à condição da manutenção da vida, enquanto os desejos estão associados ao contexto sociocultural no qual o indivíduo está inserido. Assim, nós temos a necessidade de alimentação, todavia pode-se satisfazê- la comendo um sushi, uma feijoada, uma lasanha ou uma salada. Algumas necessidades podem ser satisfeitas por meio da aquisição de produtos e serviços. Portanto, o processo de decidir o que comprar se inicia quando uma necessidade, que pode ser satisfeita por meio de consumo, se torna forte o bastante para motivar alguém à ação de compra. Esse reconhecimento da necessidade pode surgir internamente (quando alguém sente fome, por exemplo), ou essa necessidade pode ficar adormecida até que seja despertada por um estímulo externo, como a propaganda ou a sugestão de um amigo. O processo de decisão pode ser desencadeado quando ficamos sem um produto existente – como ficar sem sabão - ou pela insatisfação com o produto que está sendo usado. Por isso alguns fatores influenciam a probabilidade de uma necessidade ser ativada. BLACKWELL, MINIARD e ENGEL, (2000) descrevem esses fatores. I. TEMPO Uma pessoa que tenha feito sua última refeição há várias horas, bem sabe que a simples passagem de tempo gerará uma insaciedade, ou seja, isso será um potencial ativador de necessidades de consumo. O tempo deteriora, gradualmente, o estado real do consumidor, até ele se tornar suficientemente discrepante do estado desejado. Uma pessoa que não se alimenta há muito tempo fica com fome, esse é o estado real. O estado desejado dessa pessoa poderia ser uma refeição bem saborosa. Quanto maior a fome, maior a distância entre o estado desejado. O tempo também influencia o estado desejado no envelhecimento de uma pessoa. À medida que envelhecemos, nossas necessidades e desejos mudam, influenciando assim em nosso comportamento de compra. II. MUDANÇAS DE CIRCUNSTÂNCIAS As mudanças de circunstâncias tratam de alterações nas situações atuais comuns na vida de uma pessoa. As necessidades podem ser ativadas devido às mudanças na vida de alguém. Um universitário que começou a trabalhar e precisa de roupas novas deve se vestir adequadamente no novo ambiente de trabalho. O nascimento de SE ESTE MATERIAL TE AJUDOU, DEIXE SUA CURTIDA PARA ME AJUDAR TAMBÉM! 💜👍 um filho resulta em novos alimentos, vestuários, móveis para casa ou até mesmo numa nova moradia. III. AQUISIÇÃO E CONSUMO DE PRODUTO Comprar uma casa, um carro, um ingresso ou até mesmo um sanduíche corresponde ao fator de aquisição e consumo de produto. Porém, nesse fator há estratégias para estimular a necessidade de produtos adicionais. A compra de um sofá, por exemplo, traz a necessidade de almofadas, tapetes e outros itens. A compra de um apartamento pode estimular a troca dos móveis. Uma avaria em um produto nos leva a lembrar de comprar outro. Esse é o reconhecimento de necessidade que ocorre por causa de uma mudança na situação real. ESTÁGIO 2: BUSCA DE INFORMAÇÃO Na busca de informação, recorremos ao conhecimento armazenado na memória ou à aquisição de informação no ambiente externo. Num primeiro momento, buscamos informações internamente na memória. Busca interna São os conjuntos de informações acessados ou o conjunto da lembrança. Assim um consumidor recupera da memória aqueles produtos e marcas que ele conhece. Depois, inicia-se uma busca na memória de longo prazo, ou seja, no conhecimento armazenado relevante para a pretendida compra. Muitas vezes, uma solução anterior é lembrada, assim como o grau de satisfação de compras anteriores. Essas características ajudam a implementar e determinar a confiança do consumidor na busca interna. Após identificar o conjunto da lembrança, o consumidor o divide em três outras categorias. • Conjunto de consideração: formado pelo conjunto de marcas e produtos que são aceitáveis para considerações posteriores. • Conjunto inerte: formado por marcas e produtos aos quais o consumidor é indiferente. • Conjunto inepto: formado por marcas e produtos considerados inaceitáveis pelo consumidor. Caso as informações do próprio consumidor não sejam suficientes, parte-se para a busca de informações no ambiente externo. Busca externa Quando a busca interna se torna inadequada ou insuficiente, o consumidor pode decidir coletar informação adicional do ambiente, como as marcas alternativas disponíveis, o critério de avaliação com o qual comparar as marcas, a importância do critério, o desempenho das marcas quanto aos SE ESTE MATERIAL TE AJUDOU, DEIXE SUA CURTIDA PARA ME AJUDAR TAMBÉM! 💜👍 atributos, etc. Essa busca por informação adicional caracteriza a busca externa. Essa busca pode ser continuada, ou seja, a aquisição de informação ocorre numa base relativamente regular, independentemente de necessidades de compra imediata ou eventual. Por exemplo, algumas pessoas que gostam de carros muitas vezes leem e se informam sobre o assunto, mas não têm a pretensão de trocar ou ter o modelo que tanto desejam. Dimensões ou grau da busca Qual a quantidade de busca que o consumidor faz para comprar um produto? O grau da busca é refletido pelo número de marcas, lojas, atributos ou fontes de informação consideradas durante a procura, assim como o tempo gasto em fazê-la Segundo BLACKWELL, MINIARD e ENGEL (2000), observadores gravaram a quantidade de tempo investida pelos consumidores enquanto tomavam suas decisões de compra dentro de quatro categorias diferentes de produto: cereal, café, margarina e pasta de dentes. Na média, os consumidores levaram menos de 12 segundos para tomar cada decisão. Cerca de metade gastou cinco segundos ou menos. Lembrando que esses dados podem variar de um consumidor para outro. O estudo do grau da busca gera insights para melhorar a venda. Investimentos em publicidade e ações no ponto de venda podem ser desperdiçados em segmentos que se baseiam em busca interna. Esse segmento responde melhor à distribuição de amostras grátis ou descontos de preços substanciais e bem divulgados. A busca externa se dá também em uma sequência. A sequência de busca é a ordem na qual ocorrem as atividades de busca. A sequência de busca pode ocorrer por marca, quando são examinados seus atributos antes de prosseguir para a próxima, ou por atributos, quando, por exemplo, primeiro se examina o preço de cada marca e depois prossegue-se com a inspeção da garantia de cada uma e assim por diante. A fonte de informação que os consumidores consultam no início da busca externa pode, em parte, determinar seu comportamento de compra. Fontes diferentes podem guiar o consumidor por caminhos de compra diferentes. Um conselho de um amigo ou uma promoção de um encarte de jornal podem ser fundamentais Assim, de acordo com KOTLER e ARMSTRONG (2003), de forma geral os consumidores podem buscar informações junto a fontes comerciais (sites, propagandas, vendedores, etc.), fontes públicas (mídia de massa, instituições de proteção ao consumidor, etc.) e fontes experienciais (manuseio, test drive, experimentação, etc.). Ainda há que se acrescentar as fontes pessoais, afinal familiares, amigos e colegas podem ser consultados também. SE ESTE MATERIAL TE AJUDOU, DEIXE SUA CURTIDA PARA ME AJUDAR TAMBÉM! 💜👍 ESTÁGIO 3: AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVA A avaliação de alternativa pode ser compreendida como o processo pelo qual uma alternativa de escolha é avaliada e selecionada. Os estágios de busca e avaliação estão, em princípio, associados, pois a aquisição de informação conduz, de alguma forma, a um certo nível de avaliação. Critérios de avaliação Representam as dimensõesou atributos particulares que são usados no julgamento das alternativas de escolha, ou seja, os consumidores definem seus critérios para escolher a alternativa que melhor lhes atende. Podem ser segurança, confiabilidade, nome da marca, país de origem, garantia, entre outros. O preço é um dos critérios utilizado com maior frequência, e considerado por muitos consumidores o mais importante. Entretanto, os consumidores não estão sempre procurando o menor preço possível ou mesmo a melhor relação preço-qualidade. Se todas as marcas custam a mesma quantia, o impacto do preço essencialmente desaparece. Outros fatores, como conveniência ou nome da marca, podem assumir maior importância. O nome da marca pode servir como indicador substituto de qualidade do produto. A importância pode depender da capacidade de o consumidor julgar a qualidade. Além disso, pode ser um influenciador quando é visto como um símbolo de status, como por exemplo, um relógio Rolex. Critérios diferem na sua influência sobre as seleções de produto. Alguns têm impacto maior que outros. Em viagens aéreas, é de importância óbvia para os consumidores a capacidade a companhia aérea proporcionar uma viagem segura. Entretanto, como a maioria dos consumidores percebe todas as companhias aéreas fornecendo viagens relativamente seguras, segurança não é um fator decisivo para selecionar uma empresa, por isso será necessário ter outros critérios de avaliação. Assim, na avaliação de alternativas, os consumidores consideram os atributos dos produtos ou das marcas pesquisadas. ESTÁGIO 4: COMPRA Após pesquisar e avaliar, o consumidor deve decidir se compra ou não o produto. Assim, o primeiro resultado da compra é a decisão de adquirir ou não um produto que supra as necessidades levantadas Se a decisão é comprar, uma série de decisões relacionadas devem ser tomadas, no que diz respeito às características, onde e quando efetuar a transação real, como receber ou estar de posse do bem, forma de SE ESTE MATERIAL TE AJUDOU, DEIXE SUA CURTIDA PARA ME AJUDAR TAMBÉM! 💜👍 pagamento, entre outras questões. Assim, a decisão de efetuar a compra é, na verdade, o início de uma nova série de decisões. Compradores estão vivenciando algumas modificações reais na maneira como fazem as compras atualmente. Estão gastando menos tempo fazendo compras fora de casa, devido ao tempo escasso e ao crescimento do comércio eletrônico nos dias atuais. Mas lembre-se de que nem todas as intenções de compra são consumadas. Sempre existe a opção de abortar o processo. Considerações econômicas, desemprego, mau atendimento, novas informações, alternativas desejadas não mais disponíveis, uma necessidade atendida de outra maneira ou outras necessidades se tornando mais importantes são fatores que influenciam essa opção. Esse estágio do processo de compra é muito dinâmico, por isso o consumidor pode decidir comprar um mesmo produto de várias formas e situações diferentes. Caso o consumidor compre o produto, ele deverá decidir como consumi-lo. O uso do produto pode ser feito de imediato ou na primeira oportunidade conveniente; ele pode ser armazenado para consumo posterior e ainda decidir não consumi-lo. ESTÁGIO 5: COMPORTAMENTO PÓS-COMPRA O processo de avaliação de alternativa não cessa, uma vez que a venda foi feita. As avaliações podem assumir duas formas: a satisfação ou a insatisfação do cliente. O indivíduo realiza uma compra com certas expectativas sobre o desempenho do produto ou serviço quando for usado. Uma situação que pode ocorrer após o estágio de compra é o arrependimento do comprador ou dúvida pós-decisão. Chamamos isso de dissonância cognitiva. Esta sensação é especialmente válida para produtos de alto envolvimento. A dissonância cognitiva pós-compra ocorre quando cada uma das alternativas seriamente estudadas pelo consumidor apresenta, ao mesmo tempo, características atraentes e não atraentes. Ao comprar pneus, por exemplo, o conjunto 1 escolhido por um consumidor pode ser o mais caro, mas oferece a melhor tração em estradas molhadas. Já o conjunto 2, não escolhido, foi indicado por um amigo, mas tinha uma garantia muito limitada. Após a compra, as características não atraentes do produto adquirido crescem em importância na mente do consumidor. O mesmo acontece com as características atraentes oferecidas pelas alternativas rejeitadas. Como resultado, começamos a duvidar da sensatez de nossa escolha e nos sentimos desconfortáveis e em dúvida se aquela foi a melhor compra. A dissonância normalmente aumenta a importância de decisão da compra ou a semelhança entre o produto escolhido e o produto rejeitado. SE ESTE MATERIAL TE AJUDOU, DEIXE SUA CURTIDA PARA ME AJUDAR TAMBÉM! 💜👍 Uma pessoa geralmente tenta diminuir a dissonância cognitiva confirmando sua escolha por meio da busca de informações de apoio em manuais, garantias, serviços de atendimento ao consumidor (carta, e-mail ou telefone). Pode ser importante para uma organização reforçar a sensatez da escolha do consumidor pela sua marca acentuando a superioridade do produto e outros diferenciais para que o consumidor não conclua que tomou a decisão insensata, evitando assim uma recompra improvável e/ou um “boca a boca” negativo. Dúvidas são transitórias; não significam, ainda, insatisfação. Podem ocorrer com ou sem julgamento prévio de satisfação ou insatisfação. Podemos então ter dúvidas que não significam uma dissonância cognitiva pós- compra. A dúvida da dissonância é forte o suficiente para realmente incomodar o cliente. A satisfação é o alcance do resultado esperado; é a avaliação pós-consumo de que uma alternativa escolhida pelo menos atende ou excede as expectativas. O oposto é a insatisfação. Assim, é necessário que a organização pondere sobre o nível de expectativa que ela pode criar no consumidor, via comunicações de marketing, e a capacidade da marca em satisfazer as necessidades/desejos por ela estimulados. No estágio de consumo pode ser incorporado ainda o descarte ou despojamento. O descarte pode acontecer de forma direta, reciclagem ou remarketing. Alguns autores tratam este estágio separadamente, todavia, para efeito didático, optou-se por incorporá-lo ao comportamento pós- compra. A forma direta acontece quando descartamos o produto diretamente no lixo. A reciclagem é muito comum hoje e envolve o aspecto ambiental. Muitas empresas utilizam os resíduos dos produtos como matéria-prima em sua linha de produção. Por exemplo, a reciclagem de garrafas pet ou de pneus de carro. Alguns produtos não são jogados fora. Dessa forma, o remarketing é a venda do produto para um terceiro. Um exemplo disso é a venda de carros usados ou brechós de roupas.
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