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Baixo peso e baixa estatura Pediatria

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Pediatria- S5 
 
Baixo peso e baixa estatura 
Caso Clínico: Escolar, G. M. A., 
masculino, 11 anos, é levado à 
consulta pois os pais estão 
preocupados com a sua altura. É o 
menor aluno de sua sala de aula. 
HF: nasceu de parto cesáreo, a 
termo, peso ao nascer de 2900 Kg e 
comprimento ao nascer de 49 cm. 
Teste do pezinho normal. 
Medidas atuais: peso 30 Kg, 
estatura 129 cm, estatura do pai: 
173 cm e estatura da mãe: 152 cm. 
G1P1 Tanner. 
 
 Crescimento: 
- Fenômeno característico da 
criança e do adolescente. 
- É característica particular, por ser 
único e próprio de cada indivíduo. 
- Há vários fatores envolvidos: 
genéticos, neuroendócrinos, órgãos 
terminais (cartilagem de 
crescimento), nutricionais, 
ambientais. 
 Crescimento normal: 
- É processo contínuo, mas não 
linear. 
- Fases do crescimento: 
 Intrauterino: fatores placentários 
e nutrição materna. 
 Lactente: período de crescimento 
rápido, porém desacelerado. 
Independe do Gh. Principais fatores: 
nutricionais e ambientais. 
 Escolar ou pré-puberal: 
crescimento linear, velocidade de 
crescimento constante, 
desaceleração bem lenta e 
influência do Gh. 
 Adolescente ou puberal: 
influência dos hormônios sexuais. 
Estirão rápido, até que seja atingido 
o pico de crescimento, seguido por 
um período de desaceleração. 
 
(voltar aqui para ver a explicação 
sobre velocidade de crescimento) 
 Fisiologia neuroendócrina: 
 
 
Pediatria- S5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outros hormônios envolvidos: 
- Hormônios tireoidianos 
- Glicocorticoides 
- Esteroides sexuais 
 Abordagem da criança com 
baixa estatura: 
- História clínica e exame físico 
- Definir se há baixa estatura 
- Avaliar velocidade de crescimento 
- Avaliar alvo genético 
- Avaliar estágio puberal 
- Avaliar idade óssea 
- Avaliar proporções corporais 
História clínica: 
 Condições gestacionais e 
condições do parto. 
 Estado nutricional. 
 Sinais e sintomas de doença 
sistêmica preexistente. 
 Uso de medicações crônicas. 
 Desenvolvimento neuropsicomotor. 
 
Exame físico: 
 Avaliação do estado físico e 
nutricional. 
 Peso / estatura / proporcionalidade 
SS/SI (segmento superior e 
segmento inferior) 
 Medida de envergadura. 
 Dismorfismos. 
Obs: Se o paciente está baixo, e a 
idade óssea está abaixo da idade 
dele, significa que ele ainda pode 
crescer. 
 
Obs: PIG abaixo do percentil 10. 
 
Definir se há baixa estatura: 
 Inferior ao escore Z (abaixo 
de Z 2) ou percentil 3 para o 
gráfico estatura por idade. 
 < 1,5 DP no canal familiar. 
 Velocidade de crescimento < 
p10. 
 
 
Avaliar velocidade de crescimento: 
 Velocidade de crescimento 
em cm/ ano. 
 Recomendado calcular por 
um período mínimo de 4 
meses. 
 
 
 
Avaliar alvo genético: 
 
 
 
 
 
Pediatria- S5 
 
Avaliar estágio puberal: 
 
 
 
Turner: 
- M = mamas 
- G = genitália 
- P = pelos 
 
A menina entra na puberdade a 
partir dos 8 anos, sendo o primeiro 
marco o broto mamário. 
 
O menino entra na puberdade a 
partir dos 9 anos, sendo o primeiro 
marco o crescimento do testículo. 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliar idade óssea: 
 
- A estatura final é obtida quando 
ocorre a fusão completa entre 
epífise e metáfise óssea. 
 
- Radiografia de mão e punho E: 
utilizando como referência o Atlas 
de Greulich-Pyle. 
 
 
 
 
Avaliar proporções corporais: 
 
- Segmento superior (SS): diferença 
entre estatura e segmento inferior. 
 
- Segmento inferior (SI): sínfise 
púbica até o chão. 
 
 Relação SS/SI normal: 
patologia do esqueleto 
possivelmente ausente. 
 Relação SS/SI diminuída: 
avaliar coluna. 
 Relação SS/SI aumentada: 
encurtamento dos membros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pediatria- S5 
 
Variantes da normalidade: 
 
* Velocidade de crescimento no 
limite inferior da normalidade. 
 
A criança com atraso constitucional 
do crescimento e maturação vai 
entrar na puberdade atrasada e, 
quando entrar, vai ter o estirão, 
adequando-se à estatura ideal de 
acordo com o alvo genético. 
 
 Baixa estatura idiopática: após 
descartar doença renal crônica, 
anemia, hipotireoidismo, hormônio 
do crescimento. Nesse caso, avalia-
se reposição do hormônio Gh. 
 
Obs: Idade cronológica é 
considerada a mesma da criança 
até 1 ano de diferença. 
 
 Causas de baixa estatura: 
 
 Retardo do crescimento 
intrauterino 
 
- Crescimento fetal pode estar 
comprometido por fatores maternos, 
fetais ou placentários. 
 
- Maioria dos PIG faz catch-up até 
os dois anos de idade e 10-20% 
permanecem abaixo do esperado. 
 
- Padrão de liberação de GH 
alterado, com pulsos menos 
frequentes e com menor amplitude. 
 
- Idade óssea atrasada (porém sem 
bom prognóstico na estatura final). 
 
 Fatores psicossociais 
 
- Criança vítima de abuso ou 
negligência. 
 
- Desenvolve uma síndrome clínica 
semelhante com a deficiência de 
Gh. 
 
- Cursam com transtornos de 
comportamento. 
 
- Quando retirados do ambiente 
hostil, reassumem um padrão 
normal de crescimento. 
 
 Condições crônicas 
associadas 
 
- Doença renal crônica 
 
- Acidose tubular renal 
 
- Infecção urinária de repetição 
 
- Disfunção hepática 
 
- Anemia crônica 
 
- Doenças que cursam com má 
absorção (ex: doença inflamatória 
intestinal, fibrose cística, doença 
celíaca). 
 
- Desnutrição 
 Déficit de ingesta proteico-
calórica ou de oligoelementos 
 Atraso na velocidade de 
crescimento 
 Idade óssea atrasada 
 Período de maior 
vulnerabilidade: do desmame 
aos 5 anos 
 Se crônica, há alteração da 
estatura e do peso 
 
 Causas endocrinológicas 
 
- Hipotireoidismo 
 Congênito ou adquirido 
Pediatria- S5 
 
 Velocidade de crescimento 
diminuída 
 Idade óssea atrasada em 
relação à idade cronológica 
 Desproporção peso e 
estatura 
 Alteração cognitiva, atraso do 
DNPM e hipotonia 
 Macroglossia- “fácies 
cretínica” 
 Constipação intestinal 
 Obesidade 
 Pele pálida, seca, 
descamativa. Cabelos secos 
e quebradiços. 
 Potencial reversibilidade 
quando tratado 
adequadamente 
 
- Síndrome de Cushing 
 Ocorre devido ao 
aumento do cortisol 
 Causas: administração 
exógena de corticoide ou 
tumores produtores de 
ACTH e cortisol 
 Velocidade de 
crescimento reduzida 
 Ganho de peso 
(obesidade central) e 
aumento do apetite 
 HAS e diminuição à 
tolerância à glicose 
 Estrias violáceas 
 Gibosidade em região 
cervical 
 
- Deficiência do hormônio de 
crescimento 
 Congênita: hipoglicemia, 
micro pênis / criptorquidia, 
icterícia prolongada 
 Adquirida: trauma, tumor de 
SNC, infecção, irradiação 
 Idiopática 
 Peso e comprimento normais 
ao nascimento 
 Velocidade de crescimento 
diminui a partir 1-2 anos de 
vida 
 Baixa estatura proporcional 
 Atraso na idade óssea 
 Fácies de “boneca” (fronte 
olímpia, maxilares pequenos, 
base nasal achatada, voz 
aguda e cabelos finos). 
 
 Doença celíaca 
 
- Doença autoimune devido 
intolerância ao glúten. 
 
- Diarreia crônica, baixo peso e 
distensão abdominal. 
 
- Déficit de crescimento. 
 
- Anemia ferropriva refratária. 
 
- Hipotrofia muscular, especialmente 
de glúteos e MMII. 
 
 Osteocondrodisplasias 
 
- Condição de transmissão genética 
caracterizadas por um defeito 
intrínseco na cartilagem ou nos 
ossos. 
 
- Baixa estatura desproporcional. 
 
- Crescimento dos ossos longos 
prejudicados, mas o crescimento 
vertebral não está afetado. 
 
- Acondroplasia e hipocondroplasia 
são as formas mais comuns. 
 
 Síndromes 
 
- Síndrome de Turner 
 Cariótipo: 45 X0 
 Ao nascimento: linfedema em 
mãos e pés 
 Baixa implantação capilar e 
pescoço alado 
 Pectus escavatum e cubitus 
valgus 
 Hipertelorismo mamário 
Pediatria- S5 
 
 Válvula aórtica bicúspide e 
coarctação da aorta 
 Rins em ferradura ou 
duplicação do sistema 
pielocaliciano 
 Atraso puberal 
(hipogonadismo 
hipergonadotrófico) 
 
- Síndrome de Down 
 
- Síndrome de Prader-Willi 
 
- Síndrome de Noonan 
 Cardiopatia congênita 
(estenose valvar pulmonar), 
deficiênciaintelectual, 
criptorquidia (em homens), 
anormalidades esqueléticas, 
dismorfismos faciais como 
hipertelorismo, fendas 
palpebrais com inclinação 
para baixo, orelhas baixo 
implantadas. 
 
- Síndrome Silver Russel 
 Atraso do fechamento da 
fontanela, assimetria no 
comprimento dos membros, 
fácies triangular e pequena, 
fronte proeminente, 
micrognatia e clinodactilia do 
quinto dedo da mão. 
 
Obs: Corticoide ajuda no 
crescimento. Mas se for usado de 
maneira crônica atrasa o 
crescimento. 
 
Hipertelorismo = afastado. Pode ser 
ocular ou mamário. 
 
 Abordagem da criança com 
baixa estatura 
 
Passos: 
1) Colocar no percentil 
2) Alvo genético 
3) Colocar o alvo no percentil e ver 
se a estatura atual está caminhando 
no mesmo percentil do alvo. 
 
Ver se a criança já entrou na 
puberdade, para calcular direitinho 
de quanto deve ser a velocidade de 
crescimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pediatria- S5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Avaliação complementar: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Tratamento 
 
 Indicações e Gh: 
 
- Deficiência de Gh 
 
- Insuficiência renal crônica 
 
- Síndrome de Turner, Prader Willi, 
Nooman 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Baixa estatura idiopática 
(questionável) 
 
- Retardo do crescimento 
intrauterino (questionável).

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