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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DE UMA DAS VARAS CÍVEIS DA COMARCA DE XXX, ESTADO DE XXX.
NOME DO AUTOR, qualificação completa..., por seu Advogado signatário (instrumento de mandato anexo), vêm, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 318 e seguintes do Código de Processo Civil e 1.238 do Código Civil propor
AÇÃO DE USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO (PROCEDIMENTO COMUM)
em face de REQUERIDO, qualificação completa, REQUERIDO, qualificação completa, (colocar uma ou mais partes e qualificar), pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
I - DA JUSTIÇA GRATUITA
Preliminarmente, cumpre salientar que o Requerente não possui condições financeiras de arcar com custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo de seu sustento e de sua família (declaração de hipossuficiência anexa), requerendo desde já os benefícios da Justiça Gratuita com fulcro no art. 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal que manda: “o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”; com sustentáculo na Lei 1.060/50 e consoante aos arts. 98 e 99 § 4º do Código de Processo Civil:
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
II- DA PRIORIDADE PROCESSUAL
 Cumpre dizer, que o Requerente trata-se de pessoa idosa, possuindo 68 anos de idade, conforme documento de identidade anexo e por esse motivo possui prioridade na tramitação de processos e procedimentos judiciais, conforme disposto no Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003) em seu art. 71:
“É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância. § 1o O interessado na obtenção da prioridade a que alude este artigo, fazendo prova de sua idade, requererá o benefício à autoridade judiciária competente para decidir o feito, que determinará as providências a serem cumpridas, anotando-se essa circunstância em local visível nos autos do processo. (grifos nossos).
III - DA LEGITIMADE PASSIVA
 O antigo proprietário do imóvel objeto desta demanda, Sr. XXX, faleceu em 17/10/1989, deixando quatro filhos e uma viúva.
Sendo dois filhos do primeiro casamento (XXX e XXX) e dois filhos do segundo casamento (XXX e XXX).
Dessa maneira estão inclusos no polo passivo desta demanda: a ex mulher do Sr. XXX á época do negócio jurídico realizado objeto desta demanda (Sra. XXX) e a viúva (Sra. XXX), bem como, todos os seus herdeiros, sendo assim, seus quatro filhos. 
IV - DOS FATOS
Há 45 (quarenta e cinco) anos, aproximadamente, isto é, desde 10 de julho de 1973, o Requerente têm a posse, mansa, pacífica e ininterrupta, de imóvel urbano, com área de 300,00 m² (trezentos metros quadrados quadrados), conforme planta e memorial descritivo anexos.
O referido imóvel está registrado junto ao XXX Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de XXX.
Cumpre dizer, que o Requerente adquiriu o imóvel do Sr. xxx por meio de compromisso de venda e compra, contrato particular assinado em xxx e registrado em cartório, no valor de Cr$ 13.200,00 (treze mil e duzentos cruzeiros), sendo uma entrada de Cr$ 200,00 (duzentos cruzeiros) de entrada e 59 prestações mensais iguais de Cr$ 220,00 (duzentos e vinte cruzeiros) cada.
Outrossim, todas as parcelas da referida venda e compra foram pagas e foi emitido recibo de quitação pela Requerida e esposa do Sr. xxx à época da quitação, conforme documento anexo.
Logo após a compra do imóvel, o Requerente e sua esposa construíram cômodos e se mudaram para a nova casa e residem nela até hoje, tendo formado e criado sua família nesse imóvel e possuindo boas relações de convivência com a vizinhança.
É importante frisar que, neste longo período, o Requerente cuidou do imóvel usucapiendo com animus domini, já que o comprou e o adquiriu de fato, inclusive durante todos esses anos efetuando o pagamento das contas de IPTU, energia e água, conforme documentos anexo.
Ainda, o Requerente possui recibo de pagamento realizado para a empresa xxx em referência a pavimentação e construção de guia da rua referente ao respectivo imóvel, tal fato se deu ainda na década de 80.
Ocorre que neste ano, o Requerente e sua família se viram na necessidade de regularizar a escritura do imóvel, para evitar quaisquer problemas futuramente em relação ao título da propriedade.
Necessitando obter o seu título de propriedade da área usucapienda, o Requerente providenciou o devido levantamento planimétrico realizado pelo XXX, conforme mapa, memorial descritivo e ART , anexos, com os devidos rumos e confrontações que estão nos documentos supra citados que seguem anexos.
Assim, o referido imóvel possui uma área de 300 m² (trezentos metros quadrados) e 106,45 m² (cento e seis metros quadrados e quarenta e cinco centímetros) e esta situado na Rua XXX.
É importante frisar, que nunca quaisquer dos Requeridos ou o antigo proprietário tentaram reaver o imóvel de qualquer maneira que seja, até porque se o fizessem, não estariam agindo de boa-fé, dado a situação explanada nesta exordial.
A posse do Requerente ultrapassa o dobro do tempo previsto no artigo 1.238 do Código Civil e sempre foi exercida de forma mansa, pacífica, ininterrupta e de boa-fé, o que o legitima a promover a presente ação de usucapião extraordinário.
V - DO DIREITO
Incialmente, há de ser ressaltado que o ordenamento jurídico brasileiro prevê a possibilidade de Ação de Usucapião como forma de regularizar o registro imobiliário de imóvel urbano ou rural, cuja a aquisição se deu pela ocorrência de prescrição aquisitiva, fruto da posse mansa, pacífica e ininterrupta.
Dentre as diversas modalidades de aquisição de propriedade originária, através da usucapião, está a espécie extraordinária, expressamente entalhada na redação do caput do art. 1.238, parágrafo único, do Código Civil que assim dicciona:
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
Assim, o Requerente preenche todos os requisitos do art. 1.238 do Código Civil em vigor.
Dessa forma, entende-se que o Requerente preenche todos os requisitos para permanecer e regularizar o terreno em questão, uma vez que este encontra-se com a posse da área há 45 (quarenta e cinco) anos, ultrapassando expressivamente o tempo requisitório.
Salienta-se ainda que a posse ensejadora do usucapião deve ser exercida com animus domini, sendo considerado como o mais importante de seus requisitos, vez que atua como base de sustentação do próprio instituto.
Nesse sentido, valiosa é a lição de Orlando Gomes, com bastante propriedade, que:
“A posse que conduz à Usucapião, deve ser exercida com animus domini, mansa e pacificamente, contínua e publicamente. a) O animus domini precisa ser frisado para, de logo, afastar a possibilidade de Usucapião dos fâmulos da posse. (...) Necessário, por conseguinte, que o possuidor exerça a posse com animus domini. Se há obstáculo objetivo a que possua com esse animus, não pode adquirir a propriedade por usucapião. (. .) Por fim, é preciso que a intenção de possuir como dono exista desde o momento em que o prescribente se apossa do bem.”
Dito isto, é necessário destacar que durante esses 45 anos, o Requerente sempre exerceua posse com animus domini, inclusive os próprios Requeridos desde sua aquisição em 1973 sempre souberam e reconheceram que a área em comento é de posse do Requerente.
Outrossim, pela redação do dispositivo legal, ora aludido, além de exercer a posse com animus domini, o tempo de posse é fundamental para a conversão da posse em propriedade.
Portanto, observa-se que o Requerente atende todos os requisitos mencionados acima, quais sejam, sempre exerceu publicamente a posse com animus domini e encontra-se estabilizado na área por mais de 45 anos, sem interrupção.
Cumpre salientar que o Requerente não possui nenhum outro imóvel, assim, consta na Certidão do XXX Cartório de Notas que o Requerente possui um imóvel juntamente com seus seis irmãos, contudo, tal imóvel é fruto de herança de seu falecido pai e que foi vendido ainda em 2011, não tendo ainda, o comprador (XXX), realizado o registro deste imóvel em seu nome, conforme certidão anexa.
Conforme se pode facilmente verificar, a Ação de Usucapião Extraordinária, encontra-se amparado pelo entendimento de nossos Tribunais, como bem demonstra o exemplo abaixo:
USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA - Na usucapião extraordinária, havendo o animus domini, basta comprovação de dois requisitos: o tempo contínuo e a posse mansa e pacífica, independentemente de título e boa-fé – Loteamento irregular – Possibilidade de usucapião - Presença dos requisitos legais para a prescrição aquisitiva extraordinária – Recurso desprovido.
(TJ-SP - APL: 00138486120108260048 SP 0013848-61.2010.8.26.0048, Relator: Alcides Leopoldo e Silva Júnior, Data de Julgamento: 06/10/2015, 1ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 06/10/2015):.
Diante disso, observa-se ainda que o conjunto de provas que confirmam a posse do Requerente são fundamentais para a procedência da lide, deixando claro que há mais de 45 anos este exerce animus dominis na área em comento.
Assim é o entendimento jurisprudencial, vejamos:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÕES DE USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA E REINTEGRAÇÃO DE POSSE. SENTENÇA QUE JULGOU PROCEDENTE O PEDIDO FORMULADO NA USUCAPIÃO MANTIDA. Caso em que, em relação ao prazo para aquisição do domínio através da usucapião extraordinária, cumpre observar o art. 550 do Código Civil de 1916, diante da regra de transição do art. 2.028 do Código Civil de 2002, bem como o art. 1.238 do mesmo diploma legal. PRESENTES NOS AUTOS PROVAS QUE CONFIRMAM A POSSE COM ANIMUS DOMINI EXERCIDA PELA AUTORA DA USUCAPIÃO, ORA RECORRIDA, POR MAIS DE 20 ANOS, DE FORMA CONTÍNUA E SEM OPOSIÇÃO. DEMONSTRADOS, PORTANTO, OS REQUISITOS NECESSÁRIOS para a aquisição pela via da usucapião, a procedência do pedido deduzido nesta demanda é medida impositiva, e, por consequência, improcede o pleito reintegratório formulado pela demandada, ora recorrente. RECURSO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70052377355, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luiz Renato Alves da Silva, Julgado em 28/08/2014)
(TJ-RS - AC: 70052377355 RS, Relator: Luiz Renato Alves da Silva, Data de Julgamento: 28/08/2014, Décima Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 15/09/2014).
Portanto, diante das provas robustas demonstradas pelos comprovantes de conta de energia e IPTU; Fotos do Imóvel; Planta, ART e Memorial descritivo do terreno; Contrato de venda e compra; Certidão de cartório constando o registro do compromisso de venda e compra; Recibo emitido pela Requerida (ex cônjuge) dando a quitação; Recibo de pagamento realizado para serviço de pavimentação da rua; Relação dos confinantes e rol de testemunhas abaixo;
Assim não restam dúvidas que tal área é de posse do Requerente há 45 anos e este possui o direito e a legitimidade sobre o imóvel e seu consequente registro no Cartório de Imóveis competente.
Assim sendo, segue a relação dos confinantes do aludido imóvel:
*XXX
*XXX
*XXX
Segue a relação das testemunhas:
* XXX
* XXX
Por fim, o Requerente precisa da tutela do Poder Judiciário, para obter a regularização do registro do respectivo imóvel, cuja sua aquisição se deu pela ocorrência da prescrição aquisitiva, fruto da posse mansa, pacífica e ininterrupta por mais de 45 anos.
VI - DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer-se:
I) Que seja deferido a gratuidade da Justiça, nos termos da Lei nº 1060/50 e art. 98 do Código de Processo Civil;
II) Que seja dispensada a audiência de conciliação, conforme previsto no art. 334, § 5º do Código de Processo Civil;
III) Que seja concedida a tramitação prioritária no feito, por tratar-se de pessoa idosa.
IV) A citação de todas as partes Requeridas nos seus respectivos endereços, por meio postal, para que, querendo, apresentem contestação no prazo legal, sob pena de revelia;
V) A Intimação do Ministério Público para intervir no feito;
VI) A citação dos confinantes, indicados abaixo, para que, querendo, apresentem resposta no prazo legal, sob pena de revelia;
VII) A intimação, por via postal, do representante do Município de Campinas/SP, para que manifeste eventual interesse na causa;
VIII) Requer diligências deste I. Juízo para localizar o endereço e os dados da Requerida XXX e realizar sua regular citação;
IX) Ao final, sejam JULGADOS PROCEDENTES todos os pedidos contidos na presente demanda para declarar o imóvel usucapiendo de propriedade do Sr. XXX e expedindo-se o competente mandado para o Cartório de Registro de imóveis desta Comarca.
Pretende provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, em especial pela juntada de documentos (anexos), perícia técnica e oitiva de testemunhas.
Dá-se à causa o valor de (Valor Venal do imóvel).
Nestes termos, pede deferimento.
Local, Data.
NOME DO ADVOGADO
OAB/UF Nº XXX

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