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Hiperprolactinemia e Tumor Hipofisário

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MEDNOTES
HIPERPROLACTINEMIA - Ginecologia
Quando pensar em tumor hipofisário?
Prolactina: Bases fisiológicas
· Hormônio produzido pela hipófise anterior
· Possui secreção pulsátil
· Diferente dos demais hormônios secretados pela hipófise anterior, a prolactina tem sua secreção determinada pelo estímulo inibitório da dopamina. Isto é, quanto maiores os níveis de dopamina, menor a secreção de prolactina.
· Ação estimulatória:
· Serotonina (prazer)
· Beta-endorfinas (exercício físico)
· TRH - hormônio estimulador da tireoide
· Estrogênios endógenos ou exógenos
Hiperprolactinemia
· É uma entidade clínica que cursa com níveis séricos de prolactina elevados, de causa variável
· Quando em níveis elevados, a prolactina bloqueia a secreção pulsátil hipotalâmica de GnRH, e com isso, todo o eixo hipotálamo-hipófise-ovário. O resultado é uma pseudomenopausa
Clínica
· Amenorreia
· Galactorreia 
· Infertilidade
· Diminuição da libido 
Diagnóstico
· Prolactina sérica - 01 dosagem apenas
· >25ng/mL = Hiperprolactinemia
Causas
· Fisiológicas: 
· Gravidez e puerpério
· Não-fisiológicas:
· Uso de fármacos (PRINCIPAL)
· Antidepressivos tricíclicos
· Inibidores da MAO
· Fluoxetina
· Sulpirida
· Haloperidol
· Metildopa
· Metoclopramida
· Cimetidina/ranitidina
· Opiáceos e alucinógenos:
· Anfetaminas
· Cocaína
· ACOs
· Hipotireoidismo (2ª mais comum)
· A redução dos hormônios tireoidianos estimula o hipotálamo a liberar TRH. Este hormônio possui efeito estimulatório sobre a prolactina
· Anorexia/estresse/exercício físico
· Beta-endorfinas + serotonina => aumento da prolactina
· Adenomas hipofisários
· Tumores secretores de prolactina (prolactinomas). São divididos em dois tipos:
· Microadenomas (<1cm)
· Macroadenomas (≥ 1cm) - menos comuns
· Os macroadenomas podem causar, além de hiperprolactinemia, sintomas neurológicos compressivos. Especialmente compressão do quiasma óptico
· Devemos pensar em causa tumoral quando diante de níveis muito elevados de prolactina (≥ 100ng/dL)
· Se < 100ng/dL, a probabilidade de adenoma é muito baixa
Diagnóstico
· Se prolactina <100ng/dL, excluir as principais causas, citadas anteriormente
· Se prolactina ≥ 100ng/dL, sempre descartar tumor
· Ressonância magnética é o exame de escolha
Tratamento
· Direcionado à causa
· Medicações - avaliar possíveis trocas medicamentosas
· Hipotireoidismo - repor hormônio tireoidiano
· Anorexia/exercício físico - reduzir estresse e/ou carga de atividade física
· Microadenomas
· Se assintomáticos: 
· Observação - evolução para macroadenomas é <10% dos casos
· Se sintomáticos: agonistas da dopamina
· Bromocriptina - muitos efeitos adversos (cefaleia, náusea, vertigem)
· Cabergolina - medicação de escolha
· 1 a 2g por semana, por 02 anos
· Dosar prolactina a cada 03 meses
· Repetir RNM se houver elevação da prolactina
· Macroadenomas
· Campimetria - pelo risco de envolvimento do quiasma óptico
· Bromocriptina/cabergolina
· Cirurgia transfenoidal (2ª linha)
· Radioterapia (3ª linha)

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