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2º estudo de caso- Divórcio Litigioso

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2º ESTUDO DE CASO 
 
JOSÉ JOÃO DA SILVA E MARIA LUCIA DA SILVA, casaram-se no dia 12 de 
junho de 2004, pelo regime de Comunhão Universal de Bens, conforme 
Registro de Casamento lavrado sob nº. 123456, às fls. 123A do livro VIII, do 
Cartório do Registro Civil da cidade de Maria Bonita de Lampião; 
 No entanto, cerca de 4 anos posteriores ao casamento, o requerido passou a 
adotar um comportamento agressivo, com certa frequência de ocorrência de 
início, com palavras ofensivas, apatia familiar, mentiras que foram evoluindo a 
um grau de ofensas inadmissíveis ao convívio comum. O ápice foi quando, 
após uma discussão por conta do controle remoto da televisão da sala, o 
requerido jogou um copo contra a requerente, acertando sua face, quebrando-
lhe o nariz 
Dessa União o casal obteve três filhos esses com idade entre 3 anos, 2 anos e 
de 1 ano, cujo último filho está sob a guarda de seu pai, mantendo – o em casa 
para que a requerida não possa manter qualquer tipo de contato, 
especialmente visitas. 
O casal possui um imóvel de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) a partilhar 
precisando urgente dessa partilha, pois a requerida não tem onde morar, 
porque na época em que foram casados, a Sra. MARIA LÚCIA, não trabalhava 
fora, cuidando apenas da casa, do marido e filhos. Após o fim do casamento a 
mesma conseguiu um emprego, mas ainda não teve condições de comprar 
uma nova residência para poder criar seus filhos com a mesma educação e 
dignidade que a época de casada. 
 
Assunto: AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C GUARDA DE FILHOS E 
PARTILHA DE BENS 
 
Fundamentação Jurídica: Art. 34 da Lei nº 6.515/77, que diz que a ação de 
divórcio litigioso deve seguir o rito comum ordinário, ou “procedimento comum’’ 
( Arts. 318 à 512, CPC), com observação das normas especiais do capítulo do 
CPC que trata das ‘’ações de família“( Arts. 693 a 699). 
 
 
Doutrina: A visitação não é somente um direito assegurado ao pai ou à mãe, é 
direito do próprio filho de com eles conviver, o que reforça os vínculos paterno 
e materno-filial. (...) Consagrado o princípio proteção integral, em vez de 
regulamentar as visitas, é necessário estabelecer formas de convivência, pois 
não há proteção possível com a exclusão do outro genitor. Maria Berenice 
Dias (Manual de Direito das Família, 2011, p. 447). 
Jurisprudência: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C 
ALIMENTOS. GUARDA E PARTILHA DE BENS. PARTILHA DE BENS 
IMÓVEIS ADQUIRIDOS NA CONSTÂNCIA DO CASAMENTO. PRESUNÇÃO 
IURIS TANTUM. SUB-ROGAÇÃO DEVE SER COMPROVADA. GUARDA 
COMPARTILHADA. IMPOSSIBILIDADE. PENSÃO ALIMENTÍCIA. 
MAJORAÇÃO. 1. Com o casamento das partes, é de se presumir que o 
patrimônio formado é fruto do esforço comum, de modo que, uma vez 
dissolvida a relação, a cada parte incumbe a metade dos bens, não tendo sido 
elidida a presunção legal pelos fatos trazidos pela apelada. 2. No caso em 
análise, o recorrido não comprova a existência de exceção à regra (sub-
rogação ou pagamento anterior ao casamento), de modo que os bens imóveis 
adquiridos na constância do casamento devem ser partilhados entre os 
litigantes. 
(TJ-GO -APL: 00158178820168090076, Relator: JAIRO FERREIRA JÚNIOR, 
Data de Julgamento: 11/04/2019, 6ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ de 
11/04/2019).

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