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diabetes mellitus

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distúrbio metabólico caracterizado por 
hiperglicemia persistente, decorrente de 
deficiência na produção de insulina ou em sua 
ação ou ainda em ambos mecanismos. 
PREVENÇÃO 
Prevenção efetiva => atenção a saúde de modo 
eficaz. 
• Prevenção primaria: evitar o 
aparecimento da doença 
• Prevenção secundaria: prevenir suas 
complicações agudas e crônicas 
• Prevenção terciaria: reabilitar e prevenir 
limitações das incapacidades 
produzidas pelas complicações. 
CLASSIFICAÇÃO 
DM 1: crianças e jovens em excesso de peso, de 
início abrupto, rápida evolução para 
cetoacidose. Ocorre a destruição de células beta 
pancreáticas. 
DM 2: em adultos com longa história de excesso 
de peso e hereditariedade, de inicio insidioso e 
sintomas mais brandos. 
DM GEST.: condição de hiperglicemia 
detectado pela primeira vez na gravides. 
• Aumenta risco de DM futura e é 
necessário rastreamento após o parto. 
 
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO SBD (2019-2020): 
DM 1: 
• Tipo 1A: deficiência de insulina por 
destruição autoimune das células betas 
comprovada por exames lab. 
• Tipo 1B: deficiência de insulina de 
natureza idiopática. 
DM 2: perda progressiva da secreção insulina 
combinada com a resistência a insulina 
DM GEST.: hiperglicemia de graus variados 
diagnosticada durante a gestação, na ausência 
de critérios de DM prévio. 
OUTRO TIPOS DE DM: 
• Monogênicos 
• Diabetes neonatal 
• Secundário a endocrinopatias / doenças 
do pâncreas exócrino/ infecções/ 
medicamentos. 
DIABETES MELLITUS TIPO 1 
Destruição das células beta pancreáticos, 
determinando deficiência na secreção de 
insulina. 
• Essencial uso de insulina para prevenir 
cetoacidose, coma, eventos micro e 
macrovasculares e a morte. 
 
DIAGNOSTICO DE DM 1 
Geralmente realizado em paciente jovem 
(criança, adolescente, adulto jovens) com sinais 
e sintomas de hiperglicemia grave: 
• Poliuria 
• Polidipsia 
• Polifagia 
• Noctúria 
• perda de peso inexplicável 
sinais e sintomas evoluem rapidamente e 
progridem para cetose, desidratação e acidose 
metabólica caracterizando cetoacidose 
diabética. 
• Confirmação demonstrada pela 
hiperglicemia. A demonstração é feita 
com glicemia aleatória em jejum maior 
que 200 mg/dl. 
 
DIABETES MELITUS TIPO 2 
Etiologia complexa, multifatorial e envolve 
componentes genético e ambiental. 
Na maioria das vezes assintomática ou 
oligossintomática. 
Geralmente acomete a partir de quarta década 
de vida, embora em alguns países, sua 
incidência aumenta em crianças e jovens. 
• Países em desnutrição infantil (brasil) 
O desenvolvimento e a perpetuação da 
hiperglicemia ocorrem concomitantemente 
com: 
1) Aumento da produção hepática de 
glicose 
2) Resistência dos tecidos periféricos a ação 
da insulina 
3) Hiperglucagonemia 
4) Disfunção incretínica 
5) Aumento de lipólise 
6) Aumento se ácidos graxos livres 
circulantes 
7) Aumento de reabsorção renal de glicose 
8) E graus variados de deficiência na 
síntese e secreção de insulina pelas 
células beta pancreáticas. 
FATORES DE RISCO: 
• História familiar 
• Avançar da idade, obesidade 
• Diagnostico prévio de pré-diabetes ou 
DMG. 
• Sedentarismo 
• Presença de síndrome metabólica 
(hipertensão e dislipidemia). 
 
DIAGNOSTICO DO DM 2 
PROTOCOLO SEGUNDO SBD (2019/2020) 
 
CRITERIOS LABORATORIAIS PARA DIAGNOSTICOS C/ 
ADICIONAIS PUBLICADOS RECENTEMENTE 
 
DIABTES MELLITUS GESTACIONAL 
Consiste em condição diabetogênica, uma vez 
que a placenta produz hormônios 
hiperglicemiantes e enzimas placentárias que 
degradam a insulina, com aumento 
compensatório na produção de insulina e 
resistência à insulina, podendo evoluir com 
disfunção das células beta. 
• Gera riscos p/ mãe, feto e neonato. 
• Diagnostificado no segundo ou terceiro 
trimestre. 
• Transitório ou persistir pós parto. 
• Importante fator de risco para 
desenvolvimento de DM2. 
FATORES DE RISCO 
• Idade materna avançada 
• Sobrepeso, obesidade ou ganho 
excessivo 
• Deposição central excessiva de 
gordura corporal 
• História familiar em parentes de 
primeiro grau. 
• Crescimento fetal excessivo, 
polidrâmnio, hipertensão ou pré-
eclâmpsia. 
• Antecedentes obstétricos 
• Síndrome de ovários policísticos 
• Baixa estatura. 
CRITERIOS PARA CLASSIFICAÇÃO DO DMG 
Na primeira consulta pré-natal: 
Avaliar quanto a presença de DM prévio. 
Diagnostico será feita se um dos testes 
apresentar alterado. 
• Glicemia em jejum >126 mg/dl 
• Glicemia 2h após 75g de glicose >200 
mg/dl 
• Hemoglobina glicada >6,5% 
• Glicemia aleatória >200 mg/dl na 
presença de sintomas 
Mulheres sem diagnostico, mas com glicemia 
de jejum >92 mg/dl devem receber 
diagnostico de DM 
Sugere que seja feita a dosagem de glicemia 
de jejum em todas as mulheres na 1ª consulta. 
Toda mulher com glicemia em jejum < 92 
deve ser submetida a TOTG entre 24-28 
semanas. 
 
 
categoria Glicemia 
em 
jejum 
TOTG 2h 
após 
75g/glicose 
Glicemia 
casual 
Hemoglobina 
glicada 
normal < 100 < 140 <200 <5,7% 
Pré-
diabetes 
100 a 
125 
140 - 190 ... 5,7% - 6,4% 
DM >126 >200 > 200 c/ 
sintomas 
clássicos 
>6,5% 
CRITERIOS PARA O RESTREAMENTO EM ADULTOS 
• Histórico de 1º grau 
• Hipertensão arterial 
• História de DM ou de RN com >4 kg 
• Dislipidemia: hipertrigliceridemia (>200 
mg/dl) ou HDL-C baixo (<35 mg/dl) 
• Exame prévio de hemoglobina glicada 
>5,7%, TOTG ou glicemia de jejum 
alterada. 
• Obesidade severa, acanthosis nigricans: 
colar escurecido. 
• Síndrome do ovário policísticos 
• Histórico de doença cardiovascular 
• Inatividade física 
• Maior de >45 anos 
• Risco vascular moderado 
TRATAMENTO DE DM 
Todas pessoas com DM, deverão ser orientadas 
sobre a importância de adotar medidas 
p/mudar estilo devida e efetivas tratamento. 
DM TIPO 1 
COMPONENTES PRINCIPAIS: 
• Educação sobre diabetes 
• Insulinoterapia 
• Automonitorização glicêmica 
• Orientação nutricial 
• Pratica monitorada de exercício eficaz 
FLUXOGRAMA TERAPÊUTICO DEVERÁ OCORRER DA 
SEGUINTE FORMA: 
a) Insulina NPH associada à insulina 
regular. 
b) NHP associada à insulina análoga de 
ação rápida 
c) Insulina análoga de ação rápida 
associada a insulina análoga de ação 
prolongada 
OBJETIVOS GLICÊMICOS: 
Glicemia pré-prandial 
Crianças e adolescentes: 70 a 145 
Adultos: 70 – 130 
Gestantes: < 90 
Glicemia pós-prandial 
Crianças e adolescentes: 90 - 180 
Adultos: <180 
Gestantes: 1ª hora - <140 / 2ª hora - <120 
Glicemia ao deitar 
Crianças e adolescentes: 120 - 180 
Glicemia na madrugada 
Crianças e adolescentes: 80 -162 
Hemoglobina glicada 
Crianças e adolescentes: < 7,5% 
Adultos: < 7,0% 
Gestantes: < 6,0% 
 
DM TIPO 2 
Mudanças no estilo de vida e prescrição de ante 
antidiabético. A escolha baseia-se nos aspectos: 
• Mecanismo de resistência a insulina 
• Falência progressiva da célula beta 
• Múltiplos transtornos metabólicos 
• Repercussões micro e macrovasculares 
que acompanham a história natural do 
DM2 
O tratamento é dividido em três etapas 
• 1ª linha: biguanida 
• 2ª linha: biguanida associada a 
sulfonilureia 
• 3ª linha: insulina 
TRATAMENTO DE 1ª LINHA: 
Biguanida (metformina): aumento da captação 
muscular de glicose. Diminui produção 
hepática de glicose e triglicerídeos. Diminui 
LDL e aumenta HDL. 
TRATAMENTO DE 2ª LINHA: 
Biguanida + 2º agente hipoglicemiante 
ANTIDIABÉTICOS PODEM SER AGRUPADOS DO 
SEGUINTE MODO: 
Sulfonilureias e glinidas: incrementam a 
secreção pancreática de insulina 
Inibidores das alfaglicosidases: reduzem a 
velocidade de absorção de glicídios 
Biguanidas: diminuem produção hepática da 
glicose 
Glitazonas: aumentam a utilização periférica de 
glicose 
Peptídio semelhante a glucagon 1: exercem 
efeito incretínico mediados pelos hormônios 
GLP-1. 
GIP (peptídio inibidor gástrico): considerados 
peptídios insulinotrópicos dependentes de 
glicose. 
 
INSULINA 
Tratamento de 3ª linha. 
Indicada a casos dedifícil manejo e glicemia 
>300 mg/dl na DM2 
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DAS INSULINAS E 
ANÁLOGOS 
 COMPLICAÇÕES AGUDAS DO DIABETES 
CETOACIDOSE DIABETICA 
Complicação grave que pode ocorrer durante 
evolução do DM 1 e 2. 
Deve ser tratada em UTI por profissionais 
habilitados. 
Deficiência absoluta ou relativa de insulina 
SINTOMAS: 
• Polidipsia 
• Poliuria 
• Hálito cetônico 
• Fadiga, visão turva 
• Náuseas, vômitos e dor abdominal 
• Desidratação 
• Hiperventilação 
• Alteração no estado mental 
 
SINDROME HIPEROSMOLAR HIPERGLICÊMICA NÃO 
CETÓTICA 
Hiperglicemia grave (> 600 a 800 mg/dl), 
acompanhada de desidratação, alteração do 
estado mental, na ausência de cetose. 
Ocorre apenas no DM 2. 
Mortalidade mais alta. 
Pode ser desencadeada por eventos 
cardiovasculares, patologias agudas 
clinicas/cirúrgicas e/ou uso de medicamentos: 
• Glicocorticoides 
• Betabloqueadores 
• Diuréticos tiazídicos 
• Quimioterápicos 
• Antipsicóticos 
 
HIPOGLICEMIA 
Complicação aguda mais 
frequente em DM1, podendo ser 
observada em indivíduos com 
DM2 tratados c/ insulina. 
Pode ser facilmente tratada pelo 
paciente ou pais de uma criança. 
CLASSIFICAÇÃO DA HIPOGLICEMIA 
Nível 1: >54 mg e <70 mg/dl 
Nível 2: < 54 mg/dl 
Nível 3: evento grave – alteração 
física e mental. Necessita de 
assistência. 
 
COMPLICAÇÕES CRÔNICAS DO DM 
Microvasculares: retinopatia, nefropatia e 
neuropatia. 
Macrovasculares: doença coronariana, 
cerebrovascular e vascular periférica. 
 
PÉ DIABETICO 
Infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos 
moles associados a alterações neurológicas e 
vários graus de doença arterial periférica. 
CLASSIFICAÇÃO 
NEUROPÁTICO: 
• Perda progressiva da sensibilidade 
• Diminuição da sensibilidade pode 
apresentar-se como lesões traumáticas 
indolores ou a partir de relato, como 
perder sapato sem notar 
• Sintomas + frequentes: formigamentos, 
sensação de queimação 
VASCULAR (ISQUÊMICO): 
• história de claudicação intermitente 
e/ou dor à elevação do membro. 
• No exame físico: rubor postural do é, 
palidez à elevação do MI. 
• A palpação: pé frio, ausência de pulso 
tibial posterior e pedioso dorsal 
MISTO (NEUROVASCULAR OU 
NEUROISQUÊMICO): 
• Sinais e sintomas das formas vascular e 
neuropática. 
CLASSIFICAÇÃO DO RISCO DO PÉ DIABETICO 
GRAU 0: neuropatia ausente 
GRAU 1: neuropatia presente c/ ou s/ 
deformidades 
GRAU 2: doença arterial periférica c/ ou s/ 
neuropatia presente 
GRAU 3: história de ulcera e/ou amputação 
PERIODICIDADE DE AVALIAÇÃO DOS PÉS 
GRAU 0: anual 
GRAU 1: a cada 3 a 6 meses 
GRAU 2: a cada 2 a 3 meses. Avaliar 
necessidade de encaminhamento a equipe 
especializada. 
GRAU 3: a cada 1 a 2 meses, com médico e/ou 
enfermeira da AB ou equipe especializada. 
FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE 
ULCERAS: 
a) Deformidade dos pés 
b) Doença vascular periférica 
c) História de ulceração/amputação previa 
d) Neuropatia periférica 
e) Baixa acuidade visual 
f) Tabagismo 
g) Controle glicêmico insatisfatória 
h) Nefropatia diabética. 
Classificação da gravidade das infecções no pé 
diabético – Manual do pé diabético 
Grau de 
infecção 
Manifestações 
Sem 
infecção 
Sem sinais de inflamação 
Ulcera sem exsudato purulento 
Infecção 
leve 
Presença de exsudato purulento 
e/ou dois ou mais sinais de 
inflamação. 
Quando há celulite ou eritema, 
eles não ultrapassam 2 cm do 
bordo da úlcera. 
A infecção é limitada à pele ou 
aos tecidos subcutâneos 
superficiais. 
Não há outras complicações 
locais ou acometimento 
sistêmico 
Infecção 
moderada 
Presença de exsudato purulento 
e/ou duas ou mais 
manifestações de inflamação 
(ver acima) em paciente sem 
complicações sistêmicas e 
metabolicamente estáveis. 
 Além disso, deve apresentar 
pelo menos um dos seguintes: 
 ○ Celulite ultrapassando 2 cm 
do bordo da úlcera. 
○ Presença de linfangite. 
○ Acometimento abaixo da fáscia 
superficial. 
○ Abscesso de tecidos 
profundos. ○ Gangrena. 
○ Envolvimento de músculo, 
tendão, articulação ou osso. 
Infecção 
grave 
Exsudato purulento e/ou sinais 
de inflamação em paciente com 
toxicidade sistêmica ou 
instabilidade metabólica (febre, 
calafrios, taquicardia, 
hipotensão, confusão mental, 
vômitos, leucocitose, 
hiperglicemia grave, azotemia) 
 
EXAME FÍSICO DOS PÉS DE PACIENTES COM DM 
AVALIAÇÃO CLINICA GERAL 
Envolve a avaliação da anatomia (presença de 
deformidades, hidratação, coloração, 
temperatura, distribuição dos pelos, 
integridade das unhas e pele. 
AVALIAÇÃO NEUROLOGICA 
Compreende avaliação da sensibilidade (tátil, 
dolorosa-térmica e vibratória, avaliação de 
reflexos tendineos e avaliação da função 
motora. 
Objetiva identificar perda da sensibilidade 
protetora 
• Avaliação da sensibilidade tátil com 
monofilamento de semmes-weinstem de 
10 gramas 
• Avaliação da sensibilidade vibratória 
com diapasão de 128 hz 
• Avaliação do reflexo tendineo Aquileu 
AVALIAÇÃO VASCULAR 
• Palpação dos pulsos pediosos e tibiais 
posteriores 
• Os achados devem ser correlacionados 
c/ achados gerais na av. de pele. 
• Caso levante suspeita de vasculopatia e 
não consiga se palpar pulsos, 
encaminhar paciente p/ av. vascular 
complementar. 
AVALIAÇÃO DE FERIDAS 
Avaliar a ferida, quando presente, em relação: 
• Localização anatômica 
• Tamanho/tipo/ quant. De tecido 
• Exsudato 
• Bordas/margens 
• Pele perilesional 
• Infecção

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