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17. N1 - Saúde baseada em evidências

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A Dengue é uma doença viral, causada por quatro sorotipos diferentes 
(DENV 1, DENV 2, DENV 3 e DENV 4), transmitida pela picada da fêmea 
contaminada do mosquito Aedes aegypti, que é essencialmente diurno e 
necessita de um local com água parada e preferencialmente limpa para pôr os 
seus ovos, e pode matar se não tratada corretamente. Por apresentar sorotipos 
diferentes é possível pegar a doença novamente, já que o corpo produz 
anticorpos para apenas o sorotipo que entrou em contato, e normalmente a 
doença é mais grave. Os sintomas da doença surgem entre 3 a 15 dias depois 
que o indivíduo foi picado e os sintomas duram em média uma semana e pode 
ser classificada em clássica e hemorrrágica (mais grave). Na dengue clássica 
os sintomas são: febre alta de surgimento repentino (39º a 40°), dores de 
cabeça, atrás dos olhos e no corpo, manchas e coceira na pele, náuseas, 
vômitos e tontura; na hemorrágica já ocorre dores abdominais intensas e 
contínuas, vômitos que não cessam, sangramentos na boca, nariz e gengiva, 
sede, dificuldade respiratória, sonolência e agitação. 
O diagnóstico é feito analisando os sintomas do paciente, mas exames 
auxiliares como a prova do laço que mostra contagem de pontos vermelhos em 
uma determinada área, o hemograma e isolamento do agente podem também 
ser realizados. O tratamento é inespecífico e conta em controlar os sintomas 
com antitérmicos e analgésicos (nunca salicilatos e Aines), além de repouso e 
hidratação. 
No caso exposto, Maria de 60 anos é uma senhora viúva, saudável e 
humilde que não teve oportunidade de completar seus estudos (se sentindo 
mal por isso), pois teve que criar seus filhos. Eles a visitam esporadicamente 
fazendo com que ela fique sozinha a maior parte do tempo. Não gosta de ver 
TV e nem ouvir rádio, não possui amigos e não gosta de visitas, inclusive os 
agentes de saúde nunca conseguiram entrar em sua casa, ou seja, Maria não 
tem contato com o que acontece no mundo fora de sua casa, por isso não 
estava ciente de que sua cidade estava em alerta contra a dengue. Em sua 
casa possui um quintal onde cultiva plantas diretamente no solo, mas a grande 
maioria delas estão em vasos e a mesma nunca se preocupou em limpá-los, 
ficando com água acumulada. Chegou a ver que tinham vários mosquitos, mas 
achou ser apenas pernilongos. 
Com tudo isso, certo dia Maria acordou bem indisposta, com febre de 
39°C, manchas vermelhas na pele e fortes dores no corpo. Quando procurou o 
médico, relatou seus sintomas, onde foi examinada e realizado alguns exames 
para comprovação da dengue. Ela foi orientada sobre conduta terapêutica da 
doença e como se dá a proliferação do mosquito. 
Maria, diante do ocorrido, ficou preocupada de seus filhos e netos 
pegarem quando viessem em sua casa, questionando o médico sobre uma 
possível vacina que pudesse prevenir. 
O médico trabalha utilizando a medicina baseada em evidência, onde 
todo tratamento clínico e cuidados são baseados de forma criteriosa na melhor 
evidência científica existente na atualidade, apresentando segurança, 
efetividade, eficiência e eficácia. Por isso, o médico explicou sobre a existência 
de uma vacina para dengue (dengvaxia), que é fabricada a partir de um vírus 
atenuado com os 4 sorotipos, que é indicada para pessoas de 9 a 45 anos de 
idade, que moram em áreas endêmicas e que já tenham sido infectadas pelo 
menos uma vez pela dengue (mesmo assim não confere 100% de proteção). 
Ela é administrada em 3 doses com intervalo de 6 meses entre as doses. Não 
é indicada para ser aplicada em pessoas que nunca tiveram a doença, pois os 
estudos demonstraram que elas podem ter maior risco de agravamento da 
doença, necessitando de internação hospitalar. 
Sendo assim, o ideal ainda é prevenir a doença, controlando a 
quantidade de vetores da doença na natureza, destruindo seus criadouros. 
Para isso, cuidados simples como: tampar caixas d’água, manter calhas 
limpas, deixar garrafas sempre viradas com a boca para baixo, deixar lixeiras 
bem tampadas, não deixar água acumulada em locais expostos e no caso da 
Maria principalmente limpar ou preencher os pratos das plantas com areia, é 
fundamental. 
 
REFERÊNCIAS 
 
Agência Nacional de Saúde Suplementar. Combate ao mosquito Aedes 
aegypti. Disponível em: https://www.ans.gov.br/prevencao-e-combate/ 
combate-ao-mosquito-aedes-aegypti Acesso em: 10 mai 2021. 
 
Aps L. R. M. M. et al. Eventos adversos de vacinas e as consequências da não 
vacinação: uma análise crítica. Rev Saúde Pública. p. 52-40. 2018. 
https://www.ans.gov.br/prevencao-e-combate/%20combate-ao-mosquito-aedes-aegypti
https://www.ans.gov.br/prevencao-e-combate/%20combate-ao-mosquito-aedes-aegypti
 
Dib, R. E. (Org.). Guia Prático de Medicina Baseada e evidências. 1. ed. São 
Paulo, Cultura Acadêmica, 2014. 
 
Ministério da saúde. Dengue - aspectos epidemiológicos, diagnostico e 
tratamento. Brasília 2002. Disponível em: https://bvsms.saude. 
gov.br/bvs/publicacoes/dengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratame
nto.pdf Acesso em: 10 mai 2021. 
 
Sanofi Pasteur. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) atualiza a 
bula da vacina contra a dengue. Disponível em: https://www.sbmt. 
org.br/portal/wp-content/uploads/2019/03/PDF-1.pdf Acesso em: 10 mai 2021. 
 
Santos, V. S. Dengue. Disponível em: https://www.biologianet.com/ 
doencas/dengue.htm Acesso em: 10 mai 2021. 
 
Vacina da dengue (Dengvaxia): quando tomar e efeitos colaterais. Out, 2020. 
Disponível em: https://www.tuasaude.com/vacina-contra-dengue/ Acesso em: 
10 mai 2021. 
 
 
 
 
 
https://www.biologianet.com/%20doencas/dengue.htm
https://www.biologianet.com/%20doencas/dengue.htm
https://www.tuasaude.com/vacina-contra-dengue/

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