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Fisiologia Gastrointestinal

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Fisiologia Gastrointestinal
Introdução
A função primária do sistema digestório é levar os nutrientes, a água e os eletrólitos do ambiente externo para o ambiente interno corporal. Para alcançar esse objetivo, o sistema usa 4 sistemas básicos: digestão, absorção, secreção e motilidade.
A DIGESTÃO é a quebra, ou degradação, química e mecânica dos alimentos em unidades menores que podem ser levadas através do epitélio intestinal para dentro do corpo.
A ABSORÇÃO é o movimento de substâncias do lúmen do trato GI para o líquido extracelular.
A SECREÇÃO no trato GI possui dois significados: ela pode significar tanto movimento de água e íons do líquido extracelular (LEC) para o lúmen do trato digestório (o oposto da absorção), mas pode também, significar a liberação de substâncias sintetizadas pelas células epiteliais do GI tanto no lúmen quanto no LEC.
A MOTILIDADE é o movimento de material no GI como resultado da contração muscular.
Resumidamente podemos enumerar algumas funções do sistema digestório também:
1. Propelir o alimento ao longo do trato gastrointestinal;
2. Degradar mecanicamente o alimento (começa na boca e depois através das contrações – movimentos peristálticos);
3. Misturar o alimento com as secreções gastrointestinais (amilase salivar, amilase pancreática, lipases, ácidos, entre outras.)
Existem alguns fatores que são determinantes para que as funções do trato digestivo possam acontecer, os fatores são:
1. Características da parede do TGI:
· Controle nervoso da motilidade gastrointestinal (sistema nervoso entérico e sistema nervoso autônomo)
2. E as funções e controle hormonal da motilidade são diferentes sem cada parte do TGI.
Anatomia Básica do Sistema Digestório
Podemos “dividir” essa anatomia em três partes principais:
OS ÓRGÃOS:
· Boca;
· Esôfago;
· Estomago;
· Duodeno;
· Jejuno;
· Íleo;
· Ceco;
· Colo;
· Reto;
· Ânus;
AS GLÂNDULAS ANEXAS:
· Pâncreas;
· Vesícula biliar;
· Glândulas salivares;
OS ESFÍNCTERES:
· Esofágico superior;
· Esofágico inferior;
· Piloro;
· Válvula ileocecal;
· Esfíncteres anais interno e externo; 
Processos Básicos do Trato Gastrointestinal
Em primeiro lugar devemos ressaltar que os processos básicos do TGI são coordenados pelos sistemas neuroendócrinos intrínsecos do TGI.
1. MOTILIDADE – sua função é misturar, triturar e realizar a progressão cefalocaudal dos nutrientes e a excreção dos produtos não absorvidos.
A motilidade é realizada pela musculatura do TGI – com exceção da cavidade oral, faringe, 1/3 superior do esôfago e esfíncter anal externo, que esses são comandados por musculatura estriada.
TIPOS DE CONTRAÇÕES DA MUSCULATURA LISA:
· CONTRAÇÃO FÁSICA – a contração e o relaxamento nesse caso são periódicos, ocorrem em segundos ou em minutos (rápidos) e esse tipo de contração ocorre no esôfago, estomago (corpo e antro), no intestino delgado e grosso.
· CONTRAÇÃO TÔNICA – é uma contração mantida e sustentada, corre por minutos e até por horas – ocorre principalmente nos esfíncteres e no fundo do estômago.
2. SECREÇÃO – no sistema digestório existem diversas substancias que são sintetizadas nos órgãos anexos do TGI (fígado, pâncreas etc)
Sua função principal é hidrolisar os nutrientes gerando ambientes de pH, tônus e de composição eletrolítica adequada para a digestão dos alimentos de forma normal, fisiológica. 
3. DIGESTÃO – a digestão é a hidrólise enzimática dos nutrientes orgânicos e sua função é fragmentar as moléculas em porções menores, para que possam atravessar a parede do TGI e serem absorvidas pela mucosa do revestimento interno.
4. ABSORÇÃO/EXCREÇÃO – essa etapa é um conjunto de processos resultantes de transporte de nutrientes hidrolisados na luz do TGI, através do epitélio intestinal, se direciona para a circulação linfática e sistêmica. A absorção tem seu predomínio no intestino delgado – onde são absorvidos vitaminas, aminoácidos, água e ácidos graxos. Já a excreção ocorre no colón sigmoide que é o chamado reservatório do material fecal. 
Características da Parede do Trato Gastrointestinal
A parede do TGI é formada de musculatura lisa unitária e possui duas camadas de formação: uma longitudinal e outra circular.
As fibras da musculatura lisa se intercomunicam por JUNÇÕES INTERECELULARES DE BAIXA RESISTÊNCIA ELEÉTRICA = as conhecidas Gap Junctions.
A excitação dessas células é conduzida por meio de todas as células do feixe muscular contraindo simultaneamente, isso já é conhecido por nós como SINSÍCIO. Essa condução simultânea só acontece pela presença das junções GAP que essa musculatura apresenta. 
Características da Musculatura Lisa do TGI
· A musculatura lisa está presente em quase todo o TGI. Exceto na boca, faringe, terço superior do esôfago e o esfíncter anal externo.
· Presença de junções GAP para a passagem de íons, passagem do AMPc e do IP3)
· A fibra muscular lixa é disposta em feixes envoltos por tecido conjuntivo.
· As fibras musculares não apresentam sarcômero.
· Os feixes dessas fibras musculares são inervados por um único neurônio, com varicosidades que liberam neutrotransmissores e dessa maneira ativam a fibra muscular lisa.
· A excitação dessa musculatura se dá por canais GAP.
Contração dos Músculos Viscerais Fásicos
Aqui nós iremos entender como que ocorre as contrações nos músculos viscerais fásicos. Isso corre por meio de um acoplamento-excitação que se dá pela despolarização da membrana plasmática por canais lentos de Na+ e de Ca2+.
A ativação dos canais de Ca2+ ocorre por voltagem dependência e isso irá aumentar o influxo de Ca2+ intracelular levando a CONTRAÇÃO MUSCULAR. 
Devemos entender que o aumento do Ca2+ intracelular mais o aumento da calmodulina ATIVA a cadeia leve da miosina quinase, dessa forma ocorre a fosforilação do IP3, levando a uma hidrólise do ATP o que irá ativar a ligação MIOSINA+ACTINA desencadeando a CONTRAÇÃO. 
E NO RELAXAMENTO? O QUE ACONTECE?
No relaxamento é cessada a excitação e a célula repolariza, ou seja, reduz a condutância de Na+ e Ca+2 e aumenta a condutância ao K+ (canais lentos).
É reduzida também a concentração de Ca2+ intracelular pela ativação do cotransportador Ca2+/Na+. Ocorre então por meio desse mecanismo, o desligamento da interação actina e miosina.
Propriedades da Musculatura Lisa do TGI
RITIMICIDADE – essa propriedade é de extrema importância ao bom funcionamento de todo o sistema digestório. É determinada por ONDAS LENTAS que despolarizam a membrana de 5 a 15 mV. As ondas lentas são produzidas por oscilações, ou despolarizações subliminares do potencial de membrana - são reguladas pelo sistema nervoso entérico e pelo sistema nervoso autônomo. 
OBS: a ritimicidade pode variar nas diferentes partes do TGI, por exemplo: no estômago: 3 ondas/min; no duodeno: 12 ondas/min. 
Alguns fatores podem variar o potencial de repouso da membrana, esses fatores são por sua vez alguns tipos de substâncias:
· Despolarizantes: estiramento do músculo, com a ação da acetilcolina levando a uma estimulação parassimpática e hormonal.
· Hiperpolarizantes: ação da norepinefrina e epinefrina que levam a uma estimulação simpática. 
A origem da ritimicidade se dá nas células intersticiais de CAJAL, célula essa que é conhecida como o marcapasso do músculo liso gastrointestinal.
O QUE SÃO CÉLULAS INTERSTICIAIS DE CAJAL?
· É um grupo de células com características de miofibroblastos;
· Localizadas na parede do TGI;
· Comunicam-se entre si por Gap Junctions;
· Propicia a propagação da excitação por toda a musculatura;
· São denominadas de MARCA PASSO;
· Gera o ritmo elétrico basal (REB)
Controle da Motilidade Gastrointestinal
O controle da motilidade permite que alimentos ingeridos sejam transportados durante um período de tempo adequado para que os nutrientes do lúmen sejam digeridos e absorvidos.
Esse controle da motilidade é exercido pelo sistema nervoso, por hormônios e por substancias parácrinas. 
CONTROLE NERVOSO DA MOTILIDADE
Os órgãos do sentido como o olfato, a visão e o paladar ao depararem com o alimento enviam um estímulo ao bulbo ativando o sistema parassimpático a partir do nervovago devido a excitação que o bulbo faz a um neurônio pré-ganglionar no nervo vago. Depois disso, o plexo entérico do organismo é ativado excitando neurônios pós-ganglionares parassimpáticos e entéricos intrínsecos. Toda essa ativação em série chega na mucosa gástrica desencadeando reflexos curtos e ativando também células efetoras da mucosa que irão no lúmen intestinal realizar a secreção de substâncias e a distensão de peptídeos e aminoácidos – tudo isso porque o TG entende devido aos reflexos externos que está por vir a chegada de alimento. 
Motilidade nas Diferentes Regiões do TGI
A MOTILIDADE GÁSTRICA ocorre durante a deglutição e é mediado por fibras vagais VIPérgicas que é um inibidor de motilidade. Tal inibição permite que o alimento seja armazenado na região do fundo do estômago.
OBS: VIP = peptídeo vasoativo intestinal 
Suas funções estão ligadas a neutralização do ácido gástrico e a absorção dos nutrientes. Os mecanismos reguladores desse tipo de motilidade são gástricos e duodenais.
Na motilidade gástrica ocorrem 3 processos:
· MISTURA: ocorre nas regiões média e distal do corpo gástrico. É iniciada com movimentos peristálticos na região do marca-passo (nas células Cajais);
· QUIMO: é lançado em pequenos volumes através do piloro;
· CONTRAÇÃO DO PILORO: é feito via estimulação da gastrina, secretina, CCK, Ach e noradrenalina.
A gastrina é eliminada no antro gástrico e no duodeno; a secretina no intestino delgado e é em resposta ao pH ácido do quimo gástrico; e a colecistocinina (CCK) que é lançada no intestino delgado pelos produtos lipídicos e proteicos do quimo – também auxilia na contração da vesícula biliar permitindo a saída de bile para o duodeno. 
A MOTILIDADE DO INTESTINO DELGADO é também denominada de contração peristáltica e aumenta seus níveis pós refeição em resposta a chegada de quimo no duodeno – reflexo gastroentérico.
· Hormônios estimuladores dessa contração: GASTRINA, CCK, INSULINA, SEROTONINA E MOTILINA (egula a contração da mucosa);
· Hormônios que inibem: SECRETINA E GLUCAGON
O principal padrão de motilidade do intestino delgado é a SEGMENTAÇÃO. São contrações da musculatura circular que dividem o quimo em fragmentos, otimiza a digestão e facilita a mistura das secreções entéricas. 
Esse tipo de motilidade também mistura o quimo e o coloca em contato com a superfície de absorção. 
A VÁLVULA ÍLEO-CECAL bloqueia o quimo por várias horas até a próxima refeição (reflexo gastrointestinal). Também impede que o fluxo retrógado do conteúdo fecal do cólon vá para o intestino delgado.
O esfíncter ileocecal diminui a velocidade do esvaziamento do conteúdo ileal para o ceco exceto depois de uma refeição. O grau de contração é controlado por reflexos provenientes do ceco mediados pelo plexo mioentérico e por meio do SNA simpático. 
A MOTILIDADE DO INTESTINO GROSSO está relacionada com a transformação do bolo fecal em um conteúdo pastoso devido à grande absorção de água e logo em seguida na altura final do cólon esse material fecal se torna mais rígido (duro) – mas mesmo assim, ainda contendo uma quantidade de água de nível fisiológico. 
As contrações que ocorrem a nível de intestino grosso são chamadas de HAUSTRAÇÕE.S As contrações segmentares possuem a função de misturar as vezes. Já os movimentos em massa são importantes e essenciais para propelir as fezes (de 1 a 3 vezes por dia).
Hormônios do TGI
Tipos de Secreção do TGI
1. Secreção salivar;
2. Secreções gástricas;
3. Secreção exócrina do pâncreas;
4. Secreção biliar;
Secreção Salivar
A saliva é um complexo fluido hiposmótico que contém água, íons, muco e proteínas, como enzimas e imunoglobulinas. Três pares de glândulas salivares produzem tanto quanto 1,5 litro de saliva por dia. As glândulas salivares são glândulas exócrinas, com o epitélio secretor disposto em agrupamentos de células como cachos de uvas, chamados de ácinos. Cada ácino circunda um ducto, e os ductos individuais juntam-se para formar ductos cada vez mais largos (como os caules em um cacho de uvas). O principal ducto secretor de cada glândula esvazia na boca. As secreções dos três pares de glândulas salivares variam em composição. 
As glândulas parótidas produzem uma solução aquosa de enzimas, ao passo que as glândulas sublinguais produzem uma saliva rica em muco. As secreções das glândulas submandibulares são mistas, com ambos, muco e enzimas. A produção de saliva é um processo de dois passos. 
1. O fluido inicial secretado pelas células acinares se assemelha ao líquido extracelular em sua composição iônica: uma solução isotônica de NaCl.
2. Conforme este fluido passa através do ducto no seu caminho para a cavidade oral, as células epiteliais ao longo do ducto reabsorvem NaCl e secretam K e íon bicarbonato até que a razão entre os íons no fluido do ducto seja mais parecida com a do líquido extracelular (alta em K e baixa em Na). As membranas apicais das células do ducto têm pouca permeabilidade à água, e a remoção efetiva de soluto do fluido secretado resulta em saliva hiposmótica em relação ao plasma.
CONTROLE DA SECREÇÃO SALIVAR
A salivação está sob controle autonômico e pode ser desencadeada por múltiplos estímulos, incluindo visão, cheiro, contato e até mesmo o pensamento no alimento. A inervação parassimpática é o estímulo primário para a secreção da saliva, mas também há alguma inervação simpática nas glândulas.
Suas funções estão relacionadas com digerir o alimento a partir da enzima amilase salivar, lubrificar os alimentos durante a mastigação beneficiando a deglutição e a fala; e ainda, além disso, exerce uma função protetora (ácidos e bactérias).
A Amilase salivar é responsável pela digestão do amido. A digestão química inicia com a secreção da amilase salivar. A amilase quebra o amido em maltose depois que a enzima é ativada por Cl-.
PONTOS IMPORTANTES:
1. A saliva é hipotônica em relação ao plasma, a qualquer fluxo secretório. Sua concentração de bicarbonato é de cerca de 120 mM a fluxos altos, conferindo a saliva um pH perto de 8, que neutraliza alimentos ácidos e os produtos da ação bacteriana em alimentos que se alojam nos dentes;
2. A composição da saliva é função do FLUXO SALIVAR. A saliva primária acinar tem composição próxima à plasmática, mas sofre alterações nos ductos estriados e excretores, com aumento da secreção de bicarbonato e potássio, cujas concentrações elevem-se com o aumento do fluxo salivar;
3. As funções da saliva são: proteção da mucosa oral e dos dentes, além da função digestiva. A saliva facilita a fonação e estimula os receptores gustativos da cavidade oral;
4. A alfa-amilase salivar hidrolisa o interior da cadeia dos carboidratos; sua ação continua no estomago antes da mistura do quimo com a secreção gástrica. Cerca de 75% dos carboidratos são hidrolisados da boca ao estômago. A lipase lingual é deglutida, e como age em pH ácido, hidrolisa trigliceróis no lúmen gástrico.
5. A regulação do fluxo salivar é efetuada apenas pelo SNA. A estimulação parassimpática para as glândulas sublingual e submandibular é via nervo corda do tímpano; para as parótidas, via nervo auriculotemporal. Aumenta e mantém a secreção. A estimulação simpática tem efeito bifásico: inicialmente, eleva a secreção, e posteriormente, a inibe (devido, a vasocontrição). 
6. O que aumenta o fluxo salivar? 
· Estímulos psíquicos;
· Reflexos condicionados;
· Olfação;
· Gustação;
· Audição 
· Ânsias de vomito;
 O que diminui o fluxo salivar?
· Medo;
· Fadiga;
· Sono;
7. O SNA parassimpático eferente tem efeito trófico sobre as glândulas, ocorrendo a atrofia em caso de denervação; 
Secreção Gástrica 
A secreção gástrica apresenta funções como a PROTÇÃO DA MUCOSA, por meio da liberação de muco e de bicarbonato; essa secreção também participa da DIGESTÃO DOS ALIMENTOS e do CONTROLE DA MOTILIDADE, através de substâncias como o ácido clorídrico, a pepsina, fatores intrínsecos, a gastrina e a histamina. 
REGIÕES SECRETORAS DO ESTÔMAGO
O corpo do estômago (maior parte do órgão) nos encontramos diversas células que compõem principalmente a GLÂNDULA OXÍNTRICAou GÁSTRICA do estômago. As glândulas oxíntricas estão localizadas na região inicial e mediana do corpo do estômago – é essa glândula que irá liberar o muco, HCL, o fator intrínseco e o pepsinogênio.
Já na região final do corpo e no início da região pilórica e do antro do estômago, nós encontramos as GLÂNDULAS PILÓRICAS que irão liberar muco e gastrina.
EM RESUMO: no lúmen gástrico nós temos a liberação do pepsinogênio pelas células principais e células parietais (localizadas no pescoço da glândula) das glândulas oxíntricas. Tais células irão liberar HCL. A presença do HCL faz com que haja uma conversão do pepsinogênio em pepsina (hormônio). E é essa pepsina que irá quebrar as proteínas em peptídeos no estômago e auxiliam no processo de digestão. 
Como já foi dito, as partes do estômago que realizam a secreção gástrica são compostas de diversas células. E agora, nós iremos descrever um pouco sobre cada uma delas:
CÉLULAS PARIETAIS – ficam localizadas no pescoço da glândula oxíntrica e são responsáveis pela liberação do HCL. Essas células, quando em repouso, elas se diferem delas mesmas de quando estão liberando o HCL. Pois, em repouso, elas possuem mais mitocôndrias ativas em sua estrutura e ainda apresentam estruturas tubo vesiculares que contém íons H+ em seu interior. Dessa forma, quando ocorre um estímulo e se inicia a liberação de HCL, essas mitocôndrias se ativam, levando a uma liberação de ATP significativa que irá promover uma movimentação das estruturas tubo vesiculares a ponto das mesmas se fundirem com as estruturas canalíticas, liberando grande quantidade de íons H+. * as células parietais secretam o íon H+ *
· Auxilia na digestão das proteínas;
· Converte pepsinogênio em pepsina;
· Possui ação bactericida;
Fatores estimulantes para a produção de HCL:
· Distensão gástrica = alimento chegando;
· Ativação de quimiorreceptores por peptídeos;
· Gastrina;
· Histamina; 
	Estimuladores de HCL
	Inibidores de HCL
	Histamina (aMP cíclico)
	Fator de crescimento epitelial
	Acetilcolina (receptor muscarínnico)
	Prostaglandinas
	Gastrina
	Somastotadina
Fator Intrínseco
O fator intrínseco é uma glicoproteína das células parietais que forma um complexo com a vitamina B12 no íleo, é levado junto ao quimo do estômago até essa porção do intestino delgado que é o íleo. (A vitamina B12 é um elemento importante encontrado na carne).
Este complexo, se torna resistente à digestão permitindo a absorção da vitamina B12. Esse fator é liberado em resposta aos mesmos fatores de liberação do HCL.
OBS: deficiência do fator intrínseco causa a deficiência da vitamina B12 o que irá acarretar em anemia perniciosa.
Pepsina
A pepsina é secretada como uma proenzima inativa, o conhecido pepsinogênio. Essa conversão acontece em meio altamente ácido (pH < 3,5) e quando em contato com a pepsina previamente formada.
A pepsina é capaz de digerir até 20% das proteínas de uma refeição – o restante acontece a nível de intestino.
A pepsina é estimulada pela acetilcolina e pela presença de ácido na mucosa gástrica.
Muco
O muco é uma secreção de líquido aquoso com HCO3 pelas células da superfície epitelial da mucosa. A formação de uma barreira mucosa alcalina sobre a superfície lumial gástrica é umas das funções do muco.
Essa secreção é estimulada por acetilcolina e por estímulos mecânicos. 
Mecanismos Protetores Gástricos
· Células parietais e principais são impermeáveis ao HCl;
· Junções fechadas entre as células epiteliais e as células adjacentes;
· As células danificadas são rapidamente substituídas – todo o epitélio pode ser reposto em até 3 dias. 
Gastrina
A gastrina ou células G, estimulam a secreção de ácido clorídrico, auxiliam no crescimento celular, aumentam a motilidade do trato gastrointestinal, aumenta a contração do esfíncter pilórico e ainda, atua nas células enterocromafins que irão levar a liberação de histamina.
Regulação da Secreção Gástrica
Essa regulação é feita por mecanismos NEURAIS e HORMONAIS.
Os eventos estimulatórios e inibitórios ocorrem em 3 fases:
· Cefálica: anterior à ingestão de alimentos;
· Gástrica: entrada do alimento do estômago;
· Intestinal: produtos parciais da digestão entram no duodeno;
FASE CEFÁLICA
Eventos excitatórios: pensar em um determinado alimento; estimulação por receptores de paladar ou de olfato;
Eventos inibitórios: perda de apetite ou depressão; e a diminuição da atividade parassimpática.
A fase cefálica é totalmente dependente da inervação vagal. Dessa forma, a ativação do nervo vago estimula a secreção de pepsinogênio, estimula a secreção de gastrina, histamina e até mesmo, de modo indireto, estimula as células parietais a liberarem HCl.
FASE GÁSTRICA
Essa fase se dá também por alguns fatores excitatórios como a distensão gástrica, a ativação de quimiorreceptores por peptídeos, pela cafeína e pelo aumento do pH. Se dá também pela liberação da gastrina no sangue.
Já a sua inibição acontece quando o pH do estômago se encontra menor que 2.
FASE INTESTINAL
Os eventos excitatórios dessa fase são o aumento do pH, a distensão do duodeno e a presença de gordura, ácido, ou quimo hipertônico ou irritantes ao duodeno. 
Secreção Exócrina do Pâncreas
O pâncreas é um órgão retroperitoneal e anterior a ele temos o estômago, as alças do intestino delgado, o cólon e o mento. 
O pâncreas se subdivide em: cabeça, processo ucinado, colo, corpo e cauda. 
A secreção exócrina do pâncreas tem função digestiva e costuma ser considerada analisando 2 componentes isotônicos secretados simultaneamente durante o processo digestivo. 
COMPONETE PROTEICO ou ENZIMÁTICO se dispõe de cerca de 20 precursores de enzimas digestivas, ou zimogênios. Esse componente, trata-se de um líquido alcalino, com concentração de HCO3 superior à concentração plasmática, que no duodeno irá neutralizar o quimo ácido proveniente do estômago. 
O pâncreas é inervado pelo SNA. 
· Fibras vagais - efetuam sinapses no interior do parênquima pancreático, de onde partem as fibras pós-sinápticas colinérgicas para os ácinos, os ductos e as ilhotas. A inervação vagal colinérgica estimula a secreção das células acinares (secreção enzimática). 
· Fibras simpáticas - para o pâncreas partem dos gânglios celíaco e mesentérico superior. São fibras noradrenérgicas que provocam vasoconstrição e diminuição secundária da secreção. 
Os nervos do SNA também têm fibras aferentes sensoriais, que conduzem estímulos do parênquima pancreático para o SNC, além de fibras aferentes de dor, ativadas por processos inflamatórios ou traumáticos.
AGENTES EXCITATÓRIOS DA SECREÇÃO PANCREÁTICA:
Os principais são a COLECISTOCININA e ACETILCOLINA.
A membrana das células acinares contém 12 diferentes tipos de receptores para a excitação agonista, sendo os principais:
· Receptores muscarínicos do tipo M3 , para a acetilcolina.
· Receptores para a colecistocinina (CCK).
· Receptores para o VIP (peptídeo vasoativo intestinal).
· Receptores para o GRP (peptídeo liberador de gastrina)
· Receptores para o CGRP (peptídeo relacionado com o gene da calcitonina)
OBS1: Ca2+, cAMP e cGMP são os principais segundos mensageiros das células acinares.
OBS2: O Ca2+ é o principal segundo mensageiro envolvido na secreção das células acinares. A elevação citosólica de Ca2+ se dá tanto em resposta à CCK como à acetilcolina.
OBS3: O cGMP é também gerado nas células acinares em resposta à estimulação por CCK e acetilcolina.
A secreção aquosa isotônica de NaHCO3, secretada pelos ductos excretores, neutraliza o quimo proveniente do estômago. A secretina é o principal estimulador da secreção pancreática de HCO3. A composição da secreção eletrolítica depende do fluxo secretório. O suco pancreático secretado no lúmen intestinal, em resposta a uma estimulação é isotônico, rico em HCO3 – e tem pH ≈8,2. Esta secreção tampona o HCl do quimo proveniente do estômago e facilita ação das enzimas pancreáticas. 
O principal estímulo para a secreção aquosa alcalina é a presença do quimo ácido no duodeno. Valores de pH < 3, estimulam as células secretoras de secretina, do duodeno e do jejuno proximal.EFEITOS DA SECRETINA: UM ANTIÁCIDO NATURAL
1. Estimulação da secreção pancreática aquosa alcalina lançada no duodeno, em resposta ao baixo pH duodenal, neutralizando o HCl.
2. Aumenta os ductos biliares a secreção aquosa de bile, rica em HCO3 
3. Inibição da secreção gástrica de HCl, agindo diretamente tanto nas células parietais como nas G antrais, produtoras de gastrina.
4. Redução de velocidade de esvaziamento gástrico, por sua ação motora contraindo o piloro até que o quimo seja neutralizado no duodeno.
5. Diminuição da ação trófica da gastrina sobre o crescimento da mucosa gástrica, reduzindo com isso a síntese de células G e das células parietais. 
6. Efeito trófico sobre o pâncreas, potencializado pela CCK, promovendo o seu crescimento e garantindo a secreção aquosa alcalina e a enzimática. 
7. Gênese de pH alcalino no intestino delgado, favorável à ação hidrolítica das enzimas pancreáticas.
Enzimas do Suco Pancreático
· Proteases;
· Amilases;
· Lipases;
· Nucleases;
A alfa-amilase pancreática é semelhante à amilase salivar.
· É responsável por clivar ligações glicosídicas no interior da cadeia polissacarídea;
· A sua ação hidrolítica sobre os polissacarídeos resulta em:
· Maltose;
· Maltotriose;
· Alfa-limite dextrinas;
As enzimas lipolíticas:
· Lipase pancreática (triacil-éster-glicerol-hidrolase) e a colesteroléster-hidrolase, lançadas sob formas ativas no duodeno. - Resultam em: glicerol, ácidos graxos livres, diacilgliceróis e colesterol.
· Fosfolipases são lançadas no duodeno como proenzimas, sendo específicas para a hidrólise de fosfolipídios, o que resulta em liso fosfolipídios. 
· Colipases, que não apresentam ação enzimática e atuam como cofatores para a ação da lipase.
Fisiologia Gastrointestinal
 
 
Introdução
 
A função primária do sistema digestório é levar 
os nutrientes, a água e os eletrólitos do 
ambiente externo para o ambiente interno 
corporal. Para alcançar esse objetivo, o sistema 
usa 4 
sistemas básicos: digestão, absorção, 
secreção e motilidade.
 
A DIGESTÃO é a quebra, ou degradação, 
química e mecânica dos alimentos em unidades 
menores que podem ser levadas através do 
epitélio intestinal para dentro do corpo.
 
A ABSORÇÃO é o movimento de s
ubstâncias 
do lúmen do trato GI para o líquido extracelular.
 
A SECREÇÃO no trato GI possui dois 
significados: ela pode significar tanto movimento 
de água e íons do líquido extracelular (LEC) 
para o lúmen do trato digestório (o oposto da 
absorção), mas pode
 
também, significar a 
liberação de substâncias sintetizadas pelas 
células epiteliais do GI tanto no lúmen quanto no 
LEC.
 
A MOTILIDADE é o movimento de material no 
GI como resultado da contração muscular.
 
Resumidamente podemos enumerar algumas 
funções do si
stema digestório também:
 
1.
 
Propelir o alimento ao longo do trato 
gastrointestinal;
 
2.
 
Degradar mecanicamente o alimento 
(começa na boca e depois através das 
contrações 
–
 
movimentos peristálticos);
 
3.
 
Misturar o alimento com as secreções 
gastrointestinais (amilase 
salivar, amilase 
pancreática, lipases, ácidos, entre outras.)
 
Existem alguns fatores que são 
determinantes para que as funções do trato 
digestivo possam acontecer, os fatores são:
 
1.
 
Características da parede do TGI:
 
®
 
Controle nervoso da motilidade 
gastrointes
tinal (sistema nervoso 
entérico e sistema nervoso 
autônomo)
 
2.
 
E as funções e controle hormonal da 
motilidade são diferentes sem cada parte 
do TGI.
 
Anatomia Básica do Sistema 
Digestório
 
Podemos “dividir” essa anatomia em três partes 
principais:
 
OS ÓRGÃOS:
 
®
 
Boc
a;
 
®
 
Esôfago;
 
®
 
Estomago;
 
®
 
Duodeno;
 
®
 
Jejuno;
 
®
 
Íleo;
 
®
 
Ceco;
 
®
 
Colo;
 
®
 
Reto;
 
®
 
Ânus;
 
AS GLÂNDULAS ANEXAS:
 
®
 
Pâncreas;
 
®
 
Vesícula biliar;
 
®
 
Glândulas salivares;
 
OS ESFÍNCTERES:
 
Fisiologia Gastrointestinal 
 
Introdução 
A função primária do sistema digestório é levar 
os nutrientes, a água e os eletrólitos do 
ambiente externo para o ambiente interno 
corporal. Para alcançar esse objetivo, o sistema 
usa 4 sistemas básicos: digestão, absorção, 
secreção e motilidade. 
A DIGESTÃO é a quebra, ou degradação, 
química e mecânica dos alimentos em unidades 
menores que podem ser levadas através do 
epitélio intestinal para dentro do corpo. 
A ABSORÇÃO é o movimento de substâncias 
do lúmen do trato GI para o líquido extracelular. 
A SECREÇÃO no trato GI possui dois 
significados: ela pode significar tanto movimento 
de água e íons do líquido extracelular (LEC) 
para o lúmen do trato digestório (o oposto da 
absorção), mas pode também, significar a 
liberação de substâncias sintetizadas pelas 
células epiteliais do GI tanto no lúmen quanto no 
LEC. 
A MOTILIDADE é o movimento de material no 
GI como resultado da contração muscular. 
Resumidamente podemos enumerar algumas 
funções do sistema digestório também: 
1. Propelir o alimento ao longo do trato 
gastrointestinal; 
2. Degradar mecanicamente o alimento 
(começa na boca e depois através das 
contrações – movimentos peristálticos); 
3. Misturar o alimento com as secreções 
gastrointestinais (amilase salivar, amilase 
pancreática, lipases, ácidos, entre outras.) 
Existem alguns fatores que são 
determinantes para que as funções do trato 
digestivo possam acontecer, os fatores são: 
1. Características da parede do TGI: 
 Controle nervoso da motilidade 
gastrointestinal (sistema nervoso 
entérico e sistema nervoso 
autônomo) 
2. E as funções e controle hormonal da 
motilidade são diferentes sem cada parte 
do TGI. 
Anatomia Básica do Sistema 
Digestório 
Podemos “dividir” essa anatomia em três partes 
principais: 
OS ÓRGÃOS: 
 Boca; 
 Esôfago; 
 Estomago; 
 Duodeno; 
 Jejuno; 
 Íleo; 
 Ceco; 
 Colo; 
 Reto; 
 Ânus; 
AS GLÂNDULAS ANEXAS: 
 Pâncreas; 
 Vesícula biliar; 
 Glândulas salivares; 
OS ESFÍNCTERES:

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