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Anatomia do Sistema Nervoso “O sistema nervoso é o mais complexo e diferenciado do organismo, sendo o primeiro a se diferenciar embriologicamente e o último a completar o seu desenvolvimento” ➔ ASPECTOS DA FILOGÊNESE DO SN -filogenia é a linha de descendência de todos os seres orgânicos; -seres vivos > continuamente se ajustam ao meio para sua sobrevivência; -começa com a estruturação do protoplasma nos seres unicelulares > observamos as propriedade de: 1. Excitabilidade ou irritabilidade - propriedade do ser vivo ser sensível a um estímulo; percebe a ocorrência de estímulos; ex. ameba (unicelular) essa propriedade é geral e uniforme; 2. Condutibilidade - capacidade de conduzir a informação por meio de um impulso, determinando, assim, uma resposta em outra parte da célula; 3. Contratilidade - pode manifestar-se como encurtamento da célula (ex. ameba quando é tocada ou na presença de agente aversivo), fugir de estímulo nocivo. -a linguagem de expressão da vida se manifesta e se traduz funcionalmente no complexo estímulo-resposta > permite aos seres vivos se adaptarem continuamente a mudanças do meio externo, assim como reajustarem, a todo momento, o equilíbrio de seu meio interno; -E a base morfológica do SN se dá pelo arco reflexo > se constitui de sequências neurais a serem percorridas, ou seja, a captação do estímulo pelos receptores , sua condução a determinados locais que implicados em seu processamento , até sua condução e chegada aos efetores ou efetuadores da resposta. -essas propriedade representam mecanismos precursores tanto da função nervosa como da estruturação orgânica de um tecido nervoso e depois de um sistema nervoso; → Seres Unicelulares: possui todas essas propriedades; não se especializou e por isso possui reações rudimentares. ex. ameba → Seres um pouco mais Complexos: ex. esponjas; algumas das suas células possuem um sistema-sensório-motor-primitivo > capacidade de excitabilidade ( porção sensorial, mais profunda da célula ) e de contratilidade ( porção motora, mais profunda da célula ); dispõem-se na periferia do corpo, na vizinhança de orifícios ( epitélio que reveste esses orifícios ) que permitem a entrada de água para o seu interior, que também se fecham reflexamente; → Surgimento dos metazoários (pluricelulares) mais evoluídos: surge a diferenciação morfológica e a especialização funcional de células sensoriais (capacidade de excitabilidade e contratilidade) e células motoras (capacidade contrátil) > neurônios sensoriais > foram os primeiros neurônios; células especializadas na superfície para receber estímulos do meio ambiente *suas células musculares perdem o contato com o meio externo e se tornam mais profundas; ex. Celenterados (corais, águas vivas, hidras..) seus neurônios sensoriais (primeiros) já apresentam um receptor (porção mais periférica, formação particular) > capaz de receber e transformar vários tipos de estímulos físicos e químicos em estímulos/impulsos nervosos ; Esse neurônio transmite a informação à célula motora ( estrutura efetuadora/músculo ou glândula - resposta local ) > efetua a ação de resposta; tentáculos das anêmonas tem neurônios unipolares; possuem um sistema nervoso radial; → Platelmintos e anelídeos: possuem um sistema nervoso bilateral; mais avançado e complexo; a simetria radial foi precursora da antimeria (simetria bilateral) e da metamerização ou segmentação (divisão de partes iguais); ocorre a cefalização > os elementos nervosos tendem a se agrupar - SNC; onde aparece a cabeça, passando a boca a ter posição anterior; cabeça é agora o elemento rastreador do meio externo e orientador do deslocamento do indivíduo > já que muitos órgãos sensoriais localizam-se na cabeça; gânglio integrador se encontra tmb no terminal da cabeça (centralização) > centralização do controle sobre os demais elementos neurais; esse desenvolvimento de gânglios foram a 1° etapa para o aparecimento dos sistemas integradores em animais mais complexos ; é um SN (invertebrados) com simetria bilateral, ganglionar, ventral ao tubo digestivo, metamérico (segmentar) e simétrico (disposição bilateral); encontra-se um par de gânglios cerebróides e uma série de gânglios unidos por cordões nervosos ventral > correspondem aos segmentos do corpo do animal; neurônios (aferente) estão situados no epitélio da superfície do animal > ligados a outros neurônios (eferente), cujos os corpos estão em gânglio (SNC) > se conectam com músculos; *Neurônios de superfície → são os neurônios sensitivos ou aferentes ; especializados em receber estímulos traduzi-los em impulsos e conduzi-los para o SNC (centro); trazem impulsos a uma determinada área do SNC; refere-se ao que entra em determinada área do sistema nervoso; *Neurônios motor ou eferente → situados nos gânglios e especializados na condução do impulso do centro até o órgão efetuador ( músculo ); refere-se ao que sai de determinada área do sistema nervoso; ex. neurônios cujos corpos estão no cérebro → cerebelo - eferentes ao cérebro e aferentes ao cerebelo; deve-se sempre especificar o órgão ou área do sistema nervoso em relação a qual termos são empregados; quando não ocorre especificação → entende-se que os termos foram empregados ao SNC; termos aparecem pela primeira vez; -a conexão do neurônio sensitivo com o motor é a sinapse localizada no gânglio; -como é segmentado os estímulos podem entrar por um segmento e a resposta se efetuar nesse mesmo segmento > arco reflexo intrasegmentar > ex. de reflexos da medula espinhal dos vertebrados: arco reflexo patelar (arco reflexo simples), que acontece no exame que o médico bate no joelho ( pancada no ligamento patelar ) estimulando o tendão onde o impulso viaja ao longo das fibras aferentes no interior do nervo femoral chegando na medula espinal que transmite esse impulso para o nervo efetor, onde os axônios retornam dentro do mesmo nervo estimulando o músculo quadríceps fazendo com que rapidamente estique a perna ( reflexo de extensão ); Neurônio aferente + centro ocorre a sinapse + neurônio eferenteque se liga ao efetuador (músculos); como ele é segmentado pode ser necessário que a resposta se faça em outros segmentos > daí surge um terceiro neurônio no SN desses animais > neurônio de associação > faz a associação de um segmento com outros; constitui rede entre as células sensoriais e motoras; o estímulo então pode ser enviado para os outros segmentos, dando unidade à resposta, aumentando o número de sinapses e fazendo com que o animal reaja mais rápido com a participação de todo o organismo > arcos reflexos intersegmentares (ex. em mamíferos: coçar o gato no pescoço e ele mexer as pernas); -com o progredir da evolução, os 2 cordões nervosos bilaterais ventrais se fundem na linha mediana, desaparecendo a disposição metamérica, pois a massa nervosa se torna contínua > é um tubo oco ( medula espinal ) que se expande na extremidade anterior para constituir o encéfalo e é encapsulada em cavidades ósseas > canal vertebral (medula espinal) e cavidade craniana (encéfalo). -funcionalmente a medula evolui para se tornar um organizador sensório-motor de atividades comportamentais simples (reflexas) do tronco corporal e dos membros, e, ainda, uma via de condução de impulsos nervosos que se dirigem para o encéfalo e que dele provém - reflexos na medula espinal: tem um grande número de reflexos medulares sendo intersegmentares; a resposta eferente se origina em segmentos às vezes muitos distantes; O componente aferente conduz aos centros nervosos impulsos originados em receptores periféricos, informando-os sobre o que passa no meio ambiente; impulso aferente → medula espinhal em um segmento; ex. reflexo de coçar do cão; estímulo na pele → pata posterior do mesmo lado com movimentos rítmicos; primeiro o neurônio sensitivo é estimulado levando esse impulso para o neurônio de associação que tem um longo axônio descendente que liga esta parte da medula espinal aos segmentos que dão origem aos nervos para a pata, levando a resposta por meio dos neurônios motores até o músculo da pata posterior. ● EVOLUÇÃO DOS 3 NEURÔNIOS FUNDAMENTAIS DO SN → nos celenterados já surge a divisão do trabalhos e a especialização de células que vão receber os estímulos (sensitivo), conduzi-los (associação) e efetuá-los (motores). primitivamente tinha as células epitéliomusculares que tinham a função de receber e efetuar a resposta nervosa, mas depois ocorreu a separação; 1. Neurônio aferente ou sensitivo: surgiu na filogênese; leva ao SNC informações sobre as modificações ocorridas no meio externo; se liga ao receptor por sua fibra periférica, responsável por perceber e captar o estímulo (informação); no início ele tinha relação com a superfície naqueles animais menos evoluídos, mas com a evolução dos metazoários eles adquirem várias camadas celulares, fazendo com que esses neurônios fiquem mais no meio interno, adquirindo a função de levar informações do meio interno também; ocorre uma mudança da posição dos corpos dos neurônios durante a evolução onde nosso SN caminhou ao longo do processo evolutivo seguindo a tendência da centralização (cefalização) do corpo do neurônio, como ocorre nos platelmintos, e isto significa dizer que em nosso corpo existem regiões de maiores concentrações de células nervosas que exercem controle sobre as demais → isto por meio da seleção natural, pois a posição dessa célula nas superfícies não era vantajosa já que estava muito exposta podendo alguma coisa danificá-las, e como após uma lesão no corpo do neurônio não ocorre regeneração, e uma lesão no axônio do neurônio ocorre regeneração ocorreu que o axônio ficou mais próximo da superfície e o corpo mais distante e próximo do SNC para protegê-los de lesões. 2. Neurônio Eferente ou Motores: conduz o impulso nervoso ao órgão efetuador que pode ser um músculo ou uma glândula, determinando uma contração ou secreção; seu corpo surgiu dentro do sistema nervoso central e a maioria continuou nessa posição durante a evolução; 2 tipos: I. Neurônio motor somático → aqui temos o neurônio motor somático superior que encontra-se totalmente dentro do SNC e seu corpo fica na área motora do córtex cerebral ou em núcleos subcorticais (corpo estriado 1 , núcleo subtalâmico, teto do mesencéfalo 2 , núcleo rubro, formação reticulares e núcleos vestibulares); e o neurônio motor somático inferior tem o corpo dentro do SNC ( tronco encefálico e medula espinal ), mas alguns dos seus axônios vão fazer parte dos nervos espinais e nervos cranianos , onde liga-se por sua extremidade periférica aos músculos estriados esqueléticos inervando-o 1 um dos núcleos de base do diencéfalo. É formado pelo núcleo caudado e pelo núcleo lentiforme, que é o conjunto do putâmen e do globo pálido 2 contém os colículos. II. Neurônio motor visceral → inerva a musculatura lisa, cardíaca e glandular; aqui temos o neurônio motor visceral pré-ganglionar que tem o corpo dentro do SNC ( tronco encefálico e porção sacral da medula espinal ) e seu axônio se dirige a um gânglio visceral , onde faz sinapse com o neurônio motor visceral pós-ganglionar e o axônio deste vai até às estruturas que vai inervar (m.liso, cardíaco ou glandular) > esse último tem o seu corpo fora do SNC pois fica no gânglio visceral e pertencem ao Sistema nervoso autônomo (SNA); 3. Neurônio de associação ou interneurônio → normalmente não se processa uma sinapse direta entre o neurônio sensitivo e o motor, porque entre ele tem o de associação, que é multipolar; trouxe a possibilidade de aumento de sinapses, complexidade do SN e permitiu a realização de comporta mentos mais elaborados; localizam totalmente no SNC; com a evolução aumentou muito em número sendo maior na extremidade anterior dos animais , que é aquela que primeiro entra em contato com as mudança s do ambiente, quando o animal se desloca. por isso esta extremidade se especializou para a exploração do ambiente e para a alimentação, desenvolvendo um aparelho bucal e órgãos de sentidos complexos, como olhos, ouvidos,antenas, etc. Paralelamente, houve nesta extremidade uma concentração de neurônios de associação, dando origem aos vários tipos de gânglios cerebróides dos invertebrados ou ao encéfalo dos vertebrados, ocorrendo o aumento do encéfalo durante a filogênese dos vertebrados, sendo o processo de encefalização; além disso, constituem a maioria dos neurônios do SNC; ● Embriologia do Sistema Nervoso -permite entender muitos aspectos de sua anatomia; -Durante a evolução os primeiros neurônios surgiram na superfície externa; -São três folhetos embrionários → mas o responsável pelo desenvolvimento do sistema nervoso é o ectoderma; -para a formação da placa e tubo neural, ocorre primeiro o desenvolvimento da notocorda, que ocorre depois da formação e regressão da linha primitiva, sendo a etapa essencial no estabelecimento do eixo embrionário anteroposterior, pois define o eixo do embrião, dando-lhe uma certa rigidez, é a base para o desenvolvimento do esqueleto axial ( ossos da cabeça, coluna vertebral e esterno ), Indica a futura área dos corpos vertebrais e ajuda no desenvolvimento da placa neural. - daí o primeiro indício de formação do sistema nervoso consiste em um espessamento do ectoderma, situado acima da notocorda, formando a placa neural. -Sabe-se que a formação desta placa e a subsequente formação do tubo neural tem importante papel na ação indutora da notocorda e do mesoderma. -A placa neural cresce progressivamente, torna-se mais espessa e se invagina em torno de seu eixo central adquirindo um sulco longitudinal - sulco neural, que se aprofunda para formar a goteira neural > esse sulco é mediano, longitudinal com pregas neurais de cada lado; -as pregas neurais dessa goteira se aproximam e fundem-se e fecham-se para formar o tubo neural , se tornando coberto pelo ectoderma superficial que irá desenvolver-se na futura epiderme > processo chamado de neurulação > processos envolvidos na formação das pregas e tubo neural; -O ectoderma não diferenciado, então, se fecha sobre o tubo neural, isolando-o assim do meio externo; -No ponto em que este ectoderma encontra as pregas neurais da goteira neural, desenvolvem-se células que formam , de cada lado, uma lâmina longitudinal denominada crista neural >> localizadas dorsalmente ao tubo neural; formam uma massa achatada; são células do neuroectoderma em transição; migram para mesoderma; migram dorsolateralmente de cada lado do tubo neural; originam: 1. tecidos como o tegumento (melanócitos) 2. originam gânglios espinais, viscerais, sistema nervoso autônomo 3. células ganglionares - gânglios sensitivos 4. células de schwann 3 - formam a bainha dos nervos periféricos 5. formam meninges do cérebro - Pia máter e Aracnóide; 6. contribuem para a formação da medula da adrenal 7. componentes esqueléticos e musculares da cabeça 8. paragânglios 9. odontoblastos 10.células c da tireoide 11. anfícito -O tubo neural dá origem a elementos do sistema nervoso central ; -enquanto a crista dá origem a elementos do sistema nervoso periférico , além de elementos não pertencentes ao sistema nervoso . -Desde o início de sua formação, o calibre do tubo neural não é uniforme >> A parte cranial, que dá origem ao encéfalo do adulto, torna-se dilatada e constitui o encéfalo primitivo, ou arquencéfalo ; a parte caudal, que dá origem à medula espinal do adulto, permanece com calibre uniforme e constitui a medula primitiva ➔ Encéfalo ou Arquencéfalo -distinguem-se inicialmente 3 dilatações, que são as vesículas 4 encefálicas primordiais denominadas: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo . 3 tipo de células encontradas em todo o sistema nervoso periférico (SNP). 4 saco membranoso semelhante a uma pequena bexiga. -Com o subsequente desenvolvimento do embrião: → Prosencéfalo : origem a duas vesículas, telencéfalo e diencéfalo → Mesencéfalo: não se modifica → Rombencéfalo: origina metencéfalo e mielencéfalo *Telencéfalo >>> compreende uma parte mediana, da qual se evagina duas porções laterais, as vesículas telencefálicas laterais > A parte mediana é fechada anteriormente por uma lâmina que constitui a porção mais cranial do sistema nervoso e se denomina lâmina terminal ; essas vesículas crescem muito para formar os hemisférios cerebrais e escondem quase completamente a parte mediana e o diencéfalo ; *Diencéfalo >>> apresenta 4 pequenos divertículos: dois laterais (as vesículas ópticas, que formam a retina ); um dorsal ( forma a glândula pineal ); e um ventral ( infundíbulo , que forma a neurohipófise ). ➔ Cavidades do tubo neural -a luz do tubo neural permanece no sistema nervoso do adulto, sofrendo, em algumas partes, várias modificações. -A luz da medula primitiva forma, no adulto, o canal central da medula . -A cavidade dilatada do rombencéfalo forma o IV ventrículo . -A cavidade do diencéfalo e a da parte mediana do telencéfalo forma o III ventrículo . -A luz do mesencéfalo permanece estreita e constitui o aqueduto cerebral que une o III ao IV ventrículo . -A luz das vesículas telencefálicas laterais forma, de cada lado, os ventrículos laterais, unidos ao III ventrículo pelos dois forames interventriculares . -Todas as cavidades são revestidas por um epitélio chamado epêndima e, com exceção do canal central da medula , contêm o líquido cefalorraquidiano (LCR), ou líquor; ● DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO -dividido anatomicamente, embriologicamente (ontogênico), funcionalmente e em segmentação. -apenas uma divisão didática, pois todas as partes estão intimamente relacionada tanto do ponto de vista morfológico como funcional. ➔ ANATÔMICA -divididos em dois componentes: 1. Sistema nervoso central ou neuroeixo - alojados na medula espinal (canal vertebral) e encéfalo (cavidade craniana) > este contendo o cérebro ( telencéfalo e diencéfalo ), cerebelo e tronco encefálico ( mesencéfalo, ponte, bulbo ). 2. Sistema nervoso periférico - constituído por nervos ( espinhais e cranianos ), gânglios nervosos ( sensitivos e viscerais ) eas terminações nervosas ( sensitivas (receptoras) e motoras (efetores) ); ➔ EMBRIOLÓGICA -dividido em Prosencéfalo (telencéfalo e diencéfalo) > que formarão o cérebro; Mesencéfalo que continua mesencéfalo; rombencéfalo (metencéfalo e mielencéfalo) > 1. metencéfalo → forma o cerebelo e a ponte 2. mielencéfalo → forma a medula oblonga ou bulbo e medula espinhal que continua assim sendo. ➔ FUNCIONALMENTE -SNP dividido em: 1. Sistema Nervoso Somático - por meio desse o animal mantém contato/relação com o meio externo; relaciona o organismo com o meio ambiente; o componente aferente sensitivo colhe impulsos dos receptores periféricos e o conduz para os centros nervosos (SNC), enquanto o componente eferente motor liga os centros nervosos de comando superior aos músculos esqueléticos , resultando na efetivação de movimentos voluntários e automatizados ; recebe e processa informações da pele, músculos, olhos..; motricidade voluntária e sensorial consciente; vida de relação; 2. Sistema Nervoso Visceral - vida vegetativa; conjunto de estruturas centrais e periféricas que se ocupam do controle do meio interno; o componente aferente colhe impulsos nervosos/informações dos receptores das vísceras ( visceroreceptores ), ou seja, do meio interno (das vísceras), respondendo à elas pelo seu componente eferente motor , por intermédio de seus efetores ( musculatura lisa, cardíaca e estruturas glandulares ), exercendo controle sobre as vísceras; não temos como saber, porque os impulsos n. que chegam ao SNC não são conscientes; ex. tensão arterial, teor de oxigênio ; alguns impulsos viscerais tornam-se conscientes manifestando-se sob a forma de sensações ex. fome, sede, plenitudes gástricas e dor. há visceroreceptores especializados em detectar este estímulo ( seio carotídeo e corpo carotídeo ) situados próximos à bifurcação da traquéia; é uma sensibilidade visceral (não somática), pois é mais difusa, não permite localização precisa; ex. pode se dizer que dói a ponta do dedo mínimo, mas não se pode dizer que dói a primeira ou segunda alça intestinal. O estímulo da dor somática é diferente da dor visceral ex. distensão de uma víscera é dolorosa enquanto que na pele não é. grande parte das fibras de visceroreceptores conduz impulsos que não se tornam consciente, diferente das do somático Aqui temos como sendo representado pelo componente eferente motor o >> SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO dividido em Simpático (SNAS) e Parassimpático (SNAP) >> geralmente agem antagonicamente; E o SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO que envolve neurônios aferentes, de associação e eferentes, em uma localização intramural no trato gastrointestinal, podendo perceber automaticamente as variações do meio local e gerar reflexamente os necessários mecanismos adaptativos; OBS: divisão apenas didática, pois os arcos reflexos podem ocorrer com a participação do componente aferente de uma subdivisão e eferente de outra; os dois sistemas podem colabor e trabalhar harmonicamente. ex. uma intensa dor somática pode ser acompanhada de efetuação visceral representada por taquicardia, vasoconstrição periférica, sudorese e outros sinais > arco reflexo somatovisceral ; por outro modo, uma dor proveniente de vísceras abdominais pode resultar na contratura espástica da musculatura estriada da parede abdominal (efetuação somática) > arco reflexo viscerossomático. ➔ SEGMENTAÇÃO OU METAMERIA -divide o SN em Sistema Nervoso Segmentar e SN Supra-segmentar; 1. SN Segmentar → tanto na medula espinal e tronco encefálico é possível identificar a metameria (porções dispostas em série ou sequência), que é evidenciada pela conexão com os pares de nervos cranianos ( III-XII ) típicos e espinais; inclui todo o Sistema nervoso periférico + partes do SNC (medula espinal e tronco encefálico); os nervos cranianos I (olfatório) e II (óptico) estão conectados ao cérebro, portanto não incluem-se aqui; surgiu antes do supra-segmentar > sendo funcionalmente subordinado à ele para realização de comportamentos mais sofisticados; portanto a medula espinal pode responder automaticamente ̀a estímulos que chegam por conta própria (ex. reflexo patelar) e também pode ao mesmo tempo participar junto com os respectivos nervos, da expressão ritmada, coordenada e elegante da função motora de um animal em movimento. ● Arco reflexo segmentar - envolve estruturas apena do SN segmentar; ● Arco reflexo supra-segmetar - envolve estruturas apena do SN supra-segmentar. ● Ou pode ocorrer a associação dos dois 2. SN Supra-segmentar → incluem o cérebro e o cerebelo; não se distribuem metamericamente, mas em camadas concêntricas; órgãos existem um córtex; identifica-se a substância cinzenta sob a forma de lâmina ou manto (córtex) → não se observa em segmentar ; surgiram depois do SN segmentar. ● CONSTITUIÇÃO DO SN - TECIDO NERVOSO - constituído por neurônios e células da neuróglia; -Responsável pela troca de informações rápidas nos animais, captando estímulos ambientais (externos) ou do próprio corpo (internos), integrando e interpretando tais múltiplos estímulos recebidos e enviando ordens motoras para a coordenação das funções dos órgãos. Além disso, é responsável pelo comportamento e pela memória. -Este tecido é distribuído pelo organismo e interliga-se formando uma complexa rede de comunicações que constituem o sistema nervoso. ➔ Neurônios -é a célula neural; -principais funções detectar /receber estímulos sensoriais internos ou externos, conduzir, integrar e associar tais estímulos e transmitir /enviar respostas / ordens motoras, que atuarão sobre os músculos, órgãos e glândulas, atuando na adaptação às variações do meio. -constituída por: 1. Corpo celular (pericário) - composto pelo núcleo esférico, pouco corado sendo cada um com 1 nucléolo central e grande; e diversas organelas celulares e mitocôndrias, que serão responsáveis por produzir substâncias úteis e energia para o funcionamento correto da célula; 2. Dendritos - prolongamentos que partem do corpo celular (membrana celular); numerosos, curtose muito ramificados; aumentam a superfície disponível para estabelecer mais conexões com outros neurônios, captando sinais elétricos para serem retransmitidos pelo axônio para outros neurônios (redes neurais); 3. Axônio - cilindro eixo ou fibra nervosa de comprimento e diâmetro variável; prolongamento único que parte do corpo celular; geralmente longo, mas pode ser curto; com ramificação terminal ( telodendro ); ausência de aparelho de golgi e poucas mitocôndrias; podem chegar a ter até 1 metro de cumprimento, nos neurônios motores, por exemplo; transmitem informações do neurônio para outras células (nervosas, musculares, glandulares), ou seja, podem estar conectados com essas estruturas; MUITO microfilamento e microtúbulos. -condução do impulso nervoso vai do dendritos para o axônio; - dimensões, forma e prolongamentos variáveis (fibras nervosas); - Classificação quanto a forma: 1. Neurônio Multipolar → possui muitos dendritos saindo do corpo do neurônio e um único prolongamento. 2. Neurônio Unipolar ou Pseudounipolar → possui um dendrito principal e um único prolongamento (dendraxônio), que parte do corpo celular, dividindo-se, posteriormente, em dois. Um dos ramos assume o papel de dendrito e o outro de axônio. 3. Neurônio Bipolar → dois prolongamentos geralmente inseridos em polos opostos do corpo celular. -Classificação quanto à função: 1. Neurônio Sensitivo ou Aferente → é pseudounipolar ou bipolar; capta sensações do meio externo por meio dos receptores externos e leva ao SNC fazendo sinapse com outro neurônios por meio do corpo celular de gânglios sensitivos; Neurônios pseudounipolares são sensitivos e estão localizados em quase sua totalidade em gânglios sensitivos ( formações globosas inseridas na raiz dorsal de cada um dos nervos espinais e na raiz sensitiva do V par de nervos cranianos (trigêmeo )); neurônios bipolares também são sensitivos (relacionados com alguns dos nervos cranianos) > como o II neurônio da via óptica e o I neurônio das vias olfativa, auditiva e vestibular; o prolongamento central se relaciona com o SNC e o prolongamento periférico com diferentes tipos de receptores; 2. Neurônio Motor ou eferente → é multipolar; conduz o impulso nervoso do SNC ao SNP = responde o estímulo; efetor da ação = músculo estriado esquelético (somático) - corpos celulares estão no SNC. Efetor da ação = músculo liso, músculo cardíaco, tecido glandular (motor visceral) - corpos celulares fora do SNC. SNA. 3. Neurônio de Associação (Interneurônio) → neurônios multipolares; conexões interneurais são chamadas sinapses ; intercalado entre o n.sensitivo e o motor; localizam-se totalmente dentro do SNC; integra e elabora a resposta de um determinado estímulo; ➔ NEURÓGLIA OU CÉLULAS DA GLIA/NEURÓGLIA -células que junto com os neurônios constituem o tecido nervoso. Apresentam-se menores e em maior número que os neurônios e possuem diferentes formas e funções; - funções: 1. sustentação 2. produzir mielina 3. agem isolando (revestindo) os neurônios uns dos outros, evitando assim interferências na condução do impulso nervoso 4. levam substâncias nutritivas - nutrição 5. regulam a composição química dos líquidos intercelulares 6. removem excretas 7. fagocitam restos celulares. 8. modulação da atividade neural 9. defesa 10.reparação do tecido nervoso 11. não propagam impulsos e mantém as condições locais normais -podem ser classificadas quanto ao tamanho e ligação com o SNC e SNP 1. Tamanho - ★ Macróglia: Oligodendrócitos, astrócitos, cel. Ependimárias, cel. Satélites, cel. Schwann e cel. De Muller; ★ Micróglia: Microgliócitos. 2. Ligação com os sistemas - ★ Presentes no SNC: Oligodendrócitos, astrócitos, cel. Ependimárias, cel. Muller e Microgliócitos (ou micróglia). ★ Presentes no SNP: células de Schwann e cél. Satélites. ❖ SNC ➢ ASTRÓCITOS -maiores células; -com muitos prolongamentos que envolvem os capilares sanguíneos, constituindo pés vasculares que se ligam aos dendritos; -conhecidas como células aranhas ou estrelada - devido a inúmeros prolongamentos que irradiam de seu corpo celular e se ramificam; - segundo tipo de células mais presentes na neuroglia do SNC; -suas junções comunicantes desenvolvem um papel de comunicação entre os astrócitos; -classificados quanto à forma em 2 tipos: 1. Astrócitos fibrosos - Poucos prolongamentos; menos numerosos; predominantes na substância branca; 2. Astrócitos Protoplasmáticos - Muitos prolongamentos; bem ramificados (aspectos grosseiros); predominantes na substância cinzenta. -Funções : sustentam os neurônios pois os astrócitos ligam os neurônios ao capilar sanguíneo e a pia-máter 5 ; Ajuda na constituição da barreira hematoencefálica , através de projeções ( pedículos/pés vasculares terminal ) que isolam os capilares; Controlam a concentração dos constituintes do meio extracelular, mantendo o SNC em um meio controlado de íons e outras moléculas de forma a não prejudicar a transmissão do impulso e sinapses nervosas; Ajudam a manutenção e atividade do neurônio, fornecendo substratos energéticos e substâncias neuroativas ao neurônio; formam uma rede de comunicação por meio dos pés vasculares que transfere íons e moléculas, cicatrização; ➢ OLIGODENDRÓCITOS -possuem pequena quantidade de citoplasma; -núcleo pequeno e oval, com numerosas mitocôndrias, Retículo endoplasmático rugoso e complexo de Golgi bem próximos ao núcleo; -pequenas; arredondadas; -alguns poucos prolongamentos finos, numerosos e pouco ramificados; - funções: responsáveis pela mielinização (formação da bainha de mielina no SNC) das fibras nervosas no SNC , principalmente na substância branca, embora também tenha a mesma função na substância cinzenta; -pode mielinizar várias fibras nervosas, porém é uma mielinização curta sendo que uma fibra nervosa precisa de vários oligodendrócitos para que seja mielinizada de forma satisfatória. 5 mais interna e vascularizada das três membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal. ➢ MICRÓGLIA OU MICROGLIÓCITOS -menores células da neuroglia; -pouco numerosas com prolongamentos curtos com saliênciasespinhosas; -origem das células, vem, não do tecido nervoso e sim do sistema mononuclear fagocitário (integrante do sistema imune) - medula óssea; -alto poder fagocitário; -Representam uma variedade de macrófagos - são os macrófagos do SNC - atuando na defesa do tecido nervoso ; -responsáveis pela fagocitose de corpos estranhos, aderindo na sua membrana plasmática proteínas do mesmo (antígenos) que posteriormente serão apresentadas às outras células de defesa. - participa dos processos inflamatórios e da reparação do tecido nervoso; -removem restos celulares; - também podem ser encontrados pequenas células que podem levar a formação de novos Oligodendrócitos e astrócitos. ➢ CÉLULAS EPENDIMÁRIAS -Células em forma de cubo ou colunar/cilíndricas; -Constituem a neuroglia epitelial - tem um arranjo epitelial - remanescente do neuroepitélio embrionário; -Apresentam um arranjo epitelial; -células ependimárias que revestem os ventrículos são modificadas e formam o epitélio dos plexos coroides; - Localização: revestindo as cavidades (ventrículos) do encéfalo - revestem os ventrículos 6 encefálicos (III ventrículo, IV ventrículos e os 2 ventrículos laterais) - e suas comunicações (aqueduto do mesencéfalo e forames interventriculares) Reveste o canal central da medula espinhal. -São responsáveis pela produção do líquor (líquido cefalorraquidiano) e movimentação desse líquido pelos ventrículos através de seus epitélios ciliados. 6 cavidades do sistema nervoso central, formadas pela dilatação do tubo neural durante a embriogênese, responsáveis pela produção e circulação do líquido cerebrospinal (ou líquor). No sistema ventricular há quatro cavidades: dois ventrículos laterais, o III ventrículo e o IV ventrículo. ➢ CÈLULAS DE MULLER -Presentes na retina; -células da glia especializadas em dar sustentação aos neurônios sensíveis da retina; -formam uma barreira de difusão entre o humor vítreo e a retina e fornecem substratos energéticos aos neurônios; ❖ SNP ➢ CÉLULAS DE SCHWANN -função: mielinização das fibras nervosas dos neurônios do SNP (função é análoga a dos Oligodendrócito, porém, no SNP); -só podem mielinizar uma fibra nervosa somente em um segmento curto de tal forma que várias cel. De Schwann precisam se dispor, como em uma fila, para cobrir toda a extensão do axônio (ao contrário dos oligodendrócitos); - tem seu citoplasma enrolado várias vezes em si mesma, semelhante a um bolo de rocambole, esse enrolamento pode se repetir até 50 vezes; -Ao final de uma cel. De Schwann e começo de outra a uma fenda desmielinizada expondo o axônio do neurônio (Nódulo de Ranvier) . ➢ CÉLULAS SATÉLITES -Presentes no SNP, ao redor dos corpos dos neurônios nos gânglios nervosos ; -são menores que o neurônio; -forma cubóide com lâmina basal aderida ao tecido conjuntivo; - pequenas, achatadas, com núcleo heterocromático; -mantém um microambiente controlado em torno do neurônio, permitindo isolamento elétrico e uma via para trocas metabólicas; -Aquelas dos gânglios autônomos do intestino podem ainda participar na neurotransmissão e ajudar a coordenar as atividades dos sistemas nervoso e imune; - sustentação e suporte fisiológico aos neurônios do SNP. ➔ FIBRAS NERVOSAS OU AXÔNIOS -constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias; -compreende um axônio; -todo axônio é revestido/envolvidos por dobras únicas ou múltiplas -todo axônio é revestido por 3 envoltórios: 1. Bainha de mielina - principal; formada pelo enrolamento da membrana celular ao redor dos axônios (única ou múltipla); presente no SNP (células de schwann) e SNC (oligodendrócitos); funciona como isolante para a fibra nervosa > permite a condução mais rápida do estímulo nervoso; rica em lipóides > cor amarelada-esbranquiçada; Não envolve o axônio em sua porção inicial (próximo ao corpo celular) → motivo pelo qual distingue-se no SNC a: ➔ Substância cinzenta , que é constituída por corpos de neurônios e axônios sem bainha de mielina; dispõe-se formando o córtex cerebral (disposição em lâmina) ou núcleos (massas isoladas, arredondadas ou alongadas); também na medula espinal. ➔ Substância branca , que é constituída por axônios com bainha de mielina. 2. Neurilema ou Neurolema - segunda bainha; formada pelo enrolamento também da membrana celular (única ou múltipla), porém acompanhada de citoplasma ao redor dos axônios, quando estes se enfeixam para formar os nervos ( são constituídos por axônios de células nervosas que formam as fibras nervosas, agrupadas em feixes ); presente apenas no SNP; 3. Endoneuro - terceira bainha; camada de tecido conjuntivo; serve de sustentação às estruturas da microvascularização do axônio > essencial para sua manutenção. - Grupos de fibras podem formar: 1. FEIXES OU TRATOS : as fibras nervosas organizam-se em feixes → Cada feixe, por sua vez, é envolvido por uma bainha conjuntiva ( perineuro ); SNC; 2. NERVOS: Vários feixes agrupados paralelamente revestidos pelo perineuro formam um nervo; também é envolvido por uma bainha de tecido conjuntivo ( epineuro ) >> camada fibrosa mais externa que reveste o nervo; perineuro > células achatadas que revestem um feixe de fibras nervosas; endoneuro > envoltório conjuntivo constituído por fibras reticulares que envolve os axônios (células de schwann); não contêm os corpos celulares dos neurônios; SNP; cordões esbranquiçados constituídos por feixes de fibras nervosas reforçadas por tecido conjuntivo; Esses corpos celulares localizam-se no sistema nervoso central ou nos gânglios nervosos, que podem ser observados próximos à medula espinhal. *Quando partem do encéfalo, são nervos cranianos ; *Quando partem da medula espinhal, são nervos espinhais ou raquidianos . permitem a comunicação dos centros nervosos com os órgãos receptores (sensoriais) ou, ainda, com os órgãos efetores (músculos e glândulas). após sair do tronco encefálico, da medula espinhal ou dos gânglios sensitivos, as fibras nervosas motoras e sensitivas reúnem-se em feixes que se associam a estruturas conjuntivas, constituindonervos espinhais e cranianos. nervos podem ser: ● Sensitivos ou aferentes : quando transmitem os impulsos nervosos dos órgãos receptores até o sistema nervoso central; ● Motores ou eferentes : quando transmitem os impulsos nervosos do sistema nervoso central para os órgãos efetores; ● Misto : quando possuem tanto fibras sensitivas quanto fibras motoras. São os mais comuns no organismo; - Tipos de fibras: 1. FIBRAS AMIELÍNICAS: envolvidas por apenas um envoltório/ciclo de enrolamento celular (bainha de mielina) em torno do axônio; uma célula de schwann envolve vários axônios e forma uma bainha contínua; não possui nódulo de ranvier; *um único envoltório não promove isolamento > impulso é mais lento. 2. FIBRAS MIELÍNICAS: envolvidas por um número maior de ciclos de enrolamento celular (bainha de mielina); maior calibre; múltiplos envoltórios concêntricos em torno do axônio; possuem os Nódulos de Ranvier , que são pequenos espaços que ficam entre as células gliais que envolvem o axônio, onde a membrana do neurônio fica exposta (não tem dobras/envoltórios); aqui nessas fibras o impulso nervoso, em vez de se propagar continuamente pela membrana do neurônio, pula diretamente de um nódulo de Ranvier para o outro > condução saltatória do impulso; sendo mais rápido. *Mais calibroso o axônio, maior o número de envoltórios concêntricos > a condução do impulso nervoso é mais rápida em axônios de maior diâmetro. ➔ BASE FUNCIONAL (COMPLEXO ESTÍMULO-RESPOSTA) e BASE MORFOLÓGICA (ARCO REFLEXO) -a base morfológica que permite a expressão do complexo estímulo-resposta é o arco reflexo; -todos os seres vivos → expressão da vida → se faz em uma só linguagem, que está funcionalmente alicerçada no complexo estímulo resposta. -mecanismo permite aos seres vivos > adaptação às mudanças do meio externo e reajuste equilíbrio do meio interno; -base funcional da organização do SN é o complexo estímulo-resposta. -arco reflexo > se constitui pela sequência de estruturas neurais que serão percorridas pelos estímulos; inclui 5: 1. Receptores: percebe, recebe e capta o estímulo (informação); 2. Neurônio sensitivo ou aferente: se liga ao receptor por sua fibra periférica e participa da via aferente, conduzindo esse impulso/estímulo para o SNC; 3. SN Central: faz o processamento do estímulo; local onde se efetua a ligação do neurônio sensitivo com o neurônio motor por meio do neurônio de associação; 4. Neurônio motor: carreia o impulso/resposta do centro nervoso para periferia; 5. Efetor: realiza a resposta; pode ser músculo ou glândula. ➢ Receptores -estruturas especiais que agem como transdutores 7 > tem a capacidade transformar os estímulos recebidos (tato, pressão, visão, audição, etc) em impulsos nervosos > dessa forma, podem ser transmitidos pelas fibras nervosas a seus destinos; -classificação funcional: exteroceptores, proprioceptores, visceroceptores ou interoceptores 1. Exteroceptores: situam-se na periferia do corpo; ativados por agentes externos como frio, calor, pressão, luz, som, etc; funcionalmente são receptores somáticos; Quanto à localização são classificados em: ● exteroceptores gerais → distribuídos pelo corpo todo (cabeça também); relacionam-se às sensações de dor, temperatura, tato e pressão; ● exteroceptores especiais → situados apenas na cabeça; relacionado à visão → retina e audição → órgão de Corti. 2. Proprioceptores: localizados em estruturas do sistema locomotor, como músculos, tendões e articulações; receptores somáticos; 7 dispositivo utilizado na conversão de energia de uma natureza para outra. ● proprioceptores gerais → captam impulsos relacionados ao tônus muscular, estiramento de tendões e movimentos das articulações. ● proprioceptores especiais → integram o sistema vestibular; localizados dentro da orelha interna; sensíveis à mudança de posição da cabeça e à vibração causada pela emissão de sons graves. 3. Visceroceptores ou interoceptores: localizam-se em vísceras e ao longo dos vasos; relacionam-se às diversas formas de sensações viscerais, geralmente mal definidas e mal localizáveis (ex. dor, pressão visceral, fome e a sede ); muitos dos estímulos captados por essas estruturas não chegam a ser “sentidos” pelo animal > não se tornam sensações (ex. teor de o2, pressão osmótica do sangue, pressão arterial, glicemia e etc ). ● visceroceptores especiais → receptores olfativos e gustativos relacionados com olfação e gustação; considerados por estarem localizados em sistemas viscerais (respiratório e digestório). ➢ Tipos Funcionais de Arcos Reflexos 1. Arco Reflexo Somatossomático: são estimulados receptores somáticos (proprioceptores e exteroceptores) e o efetor é um músculo estriado esquelético ex. estímulo que cause dor em um dos membros é transmitido pelo n. sensitivo à medula espinal e com o n. de associação o estímulo chega ao n. motor somático que se liga à musculatura estriada esquelética. E esta contraindo-se promove promove o movimento de retirada do membro (reflexo de retirada), afastando-o do local onde foram gerados os estímulos nocivos; reflexo patelar > desencadeado por leve toque sobre o ligamento patelar (com proprioceptores), sendo o estímulo conduzido pelo n.sensitivo somático ao SNC (medula esp.), de onde por meio do n. motor somático é conduzido até o músculo quadríceps femoral que se contrai, promovendo a extensão do membro pélvico (reflexo somático simples); 2. Arco Reflexo Somatovisceral: ocorre estímulo dos receptores somáticos e o efetor/efetuador é um músculo liso, musculatura cardíaca ou estrutura glandular. ex. a incidência da luz na retina gera um estímulo exteroceptivo (especial) que é conduzido pelos n. sensitivos da via óptica até o teto do mesencéfalo e daí com a participação de neurônio de associação ao núcleo parassimpático do 3 par de nervos cranianos - nervo oculomotor. A resposta é então efetuada por meio do n. motor visceral parassimpático pré-ganglionar e do n. motor visceral parassimpático pós-ganglionar, resultando em miose (contração da pupila) por contração do músculoconstritor da pupila (músculo liso). 3. Arco Reflexo Viscerovisceral: ocorre estímulo de receptores viscerais (visceroceptores); efetuador é um músculo liso, cardíaco ou glândula. ex. dor visceral intensa pode desencadear taquicardia, vasoconstrição periférica, sudorese, e etc . 4. Arco Reflexo Viscerossomático: estímulos de receptores viscerais (visceroceptores); efetuador é um mśculo estriado esquelético ex. dor abdominal (visceroceptores) pode desencadear, reflexamente, contratura da musculatura estriada da parede do abdômen (efetor somático).
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