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COMPONENTE ANIMAL EM SISTEMAS INTEGRADOS DE 
PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA 
 
André Brugnara Soares
1 
Regis Luis Missio
1 
Daniel Schmitt
2 
Ricardo Beffart Aiolfi
3
 
Felipe Luiz Chiamulera Deifeld
3
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: este arquivo foi recortado do capítulo original, se referindo 
somente a parte referente a utilização de bovinos de corte 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
 Professores do Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato 
Branco – PR. E-mail: soares@utfpr.edu.br; regisluismissio@gmail.com 
2
 Pós-doutorado, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 
Pato Branco – PR. E-mail: daniel.schmitt@veterinario.med.br 
3
 Alunos do Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato 
Branco – PR. E-mail: ricardobeffartaiolfi@gmail.com; lipe_deifeld@hotmail.com 
 
mailto:soares@utfpr.edu.br
mailto:daniel.schmitt@veterinario.med.br
mailto:ricardobeffartaiolfi@gmail.com
 2 
Bovinos de Corte 
 
Grupo genético 
 
O grupo genético talvez seja um dos primeiros questionamentos em qualquer sistema 
pecuário. Na região sul, onde predomina o clima subtropical, existe um número bem maior de 
raças que podem ser utilizadas em relação à região tropical, haja vista o maior número de 
raças europeias em relação às raças zebuínas utilizadas no Brasil. Nas últimas décadas, na 
região sul, houve avanço na utilização de raças britânicas e suas derivações (Brangus e 
Braford) em relação à utilização de raças continentais, o que está associado ao aumento da 
demanda de carne de qualidade em decorrência do marketing e organização das associações 
de raças. Isto resultou no surgimento de programas de incentivo ao pagamento por qualidade, 
organizado pelas associações de raças (Aberdeen Angus e Hereford, principalmente). 
As vantagens produtivas das raças britânicas se referem à maior precocidade 
reprodutiva, velocidade/precocidade de terminação e qualidade de carne (Minish & Fox, 
1982; Cundiff et al., 1993; Thrift et al., 2010), especialmente em razão da maior 
marmorização (contém as substâncias flavorizantes), que é responsável pelo sabor da carne 
(Quali et al., 2006; Thu et al., 2006). Além disso, as raças britânicas são mais adaptadas ao 
Sul do Brasil, especialmente no que se refere ao rebanho de cria, que ocupa áreas marginais. 
A utilização de raças de grande porte, neste contexto, é menos recomendada em virtude das 
maiores exigências de nutrientes para mantença, que em condições limitantes de alimentação 
reduzem os índices produtivos/reprodutivos (Pelicioni et al., 1999; Ribeiro et al., 2011). 
As raças sintéticas, especialmente Braford e Brangus, também merecem destaque, pois 
surgem como alternativa para melhorar os índices reprodutivos, já que o gado europeu pode 
ter reprodução reduzida nas temperaturas extremas do verão, período no qual ocorre a estação 
de monta na maior parte dos sistemas de produção. As vantagens para os cruzamentos Bos 
indicus x Bos taurus na reprodução resultam da sua capacidade para manter a eficiência 
reprodutiva em temperaturas e fotoperíodo extremos ao longo do ano (Randel, 2005). 
As raças zebuínas (Nelore e Tabapuã, principalmente) apresentam importância para os 
cruzamentos na região sul, que visam, principalmente, combinar vantagens de taurinos e 
zebuínos, e explorar a heterose. Os animais produzidos a partir deste cruzamento apresentam 
elevado desempenho ponderal e qualidade de carcaça. Excetuando-se oportunidades 
mercadológicas (bonificações associadas às raças), a utilização de animais cruzados ocorre 
 3 
quando se visa elevado desempenho animal. A expressão do maior potencial genético de 
animais cruzados depende das condições nutricionais, o que, na presente discussão, está 
associado com uma das prerrogativas dos SIPA, que é maximizar a produção e qualidade do 
pasto pela utilização de forrageiras melhoradas geneticamente. Na Tabela 2, por outro lado, 
verifica-se comparação qualitativa complementar de diferentes biótipos bovinos. 
 
Tabela 2: Características de carcaça e carne de diferentes tipos biológicos. 
Composição genética Peso final PCQ, kg AOL YG QG 
Brahman vs. Bos taurus 
Aberdeen Angus ≥
* 
> = = > 
Hereford ≥ > = = > 
Brahman vs. outros Bos indicus 
Gir < = = = = 
Indubrasil = = = < = 
Nelore = = = = = 
Brahman/Zebu vs. Taurinos adaptados 
Tuli < < = ≤ > 
Senepol = = = = = 
Bos indicus derivados (Brangus, Beefmaster) vs. Bos taurus 
Aberdeen Angus = = = = ≥ 
Hereford = = = = ≥ 
Bos indicus derivados (Brangus, beefmaster) vs. Taurinos adaptados 
Bonsmarra < < = < = 
Romosinuano < < = ≤ = 
Taurinos adaptados (Senepol, Tuli, Romosinuano, Bonsmarra) vs. Bos taurus 
Aberdeen Angus > ≥ ≤ ≥ ≥ 
Hereford > ≥ ≤ ≥ ≥ 
YG = Yield grade (rendimento cárneo); QG = Quality grade (percentagem de carcaças classificadas na classe 
“Choice”, que leva em consideração grau de marmoreio, maturidade fisiológica, coloração, firmeza e textura da 
carne); *Superioridade do Aberdeen Angus em relação aos Bos indicus. Fonte: adaptado de Thrift et al.(2010). 
 
Verifica-se que os zebuínos, que representam a base da bovinocultura brasileira (70-
80% do rebanho é Nelore ou “anelorado”), apresentam desvantagens qualitativas em relação 
aos europeus, especialmente em relação às raças britânicas. De forma geral, os zebuínos 
apresentam carne com menor maciez e marmoreio, e coloração mais escura, o que é agravado 
pela elevada idade de abate e utilização de machos não castrados. A alternativa para contornar 
as limitações qualitativas, buscando melhorias nos preços de comercialização, é o cruzamento 
industrial com raças britânicas através da inseminação artificial. A utilização da raça 
Aberdeen Angus, neste sentido, tem sido a mais utilizada (ASBIA, 2014). 
 4 
Muito importante pontuar que através dos sistemas silvipastoris, em que o componente 
arbóreo é inserido no SIPA, é possível adicionar genética de raças europeias, britânicas, à 
base genética do rebanho do Brasil tropical, que é gado zebu. Isso é proporcionado pela 
melhoria das condições de bem-estar animal causado pelos renques de árvores (vide capítulo 
sobre o componente arbóreo). Com isso a qualidade da carne poderia ser melhorada para 
atingir mercados de melhor remuneração, aproveitando o marketing e a tendência de consumo 
de algumas raças em particular. 
 
Precoces e superprecoces 
 
Na busca pela elevação de produtividade de sistemas tradicionais de produção de gado 
de corte, a maior resposta biológica ocorre pela redução da idade ao primeiro parto, redução 
da idade de abate e aumento da taxa de natalidade. A baixa taxa de desfrute (número de 
animais vendidos em relação ao efetivo do rebanho), neste contexto, é explicada basicamente 
pela baixa taxa de natalidade e elevada idade de abate dos sistemas tradicionais de produção 
(Beretta et al., 2002). A elevada idade de abate, segundo Beretta et al. (2002), é resultado do 
baixo nível nutricional pós-desmame. O longo período de recria, desta forma, é um dos 
entraves para a redução da idade de abate, fator de grande importância para a qualidade de 
carcaça e carne, sendo considerada, portanto, nos programas de pagamento por qualidade. 
Além das vantagens qualitativas e aumento da taxa de desfrute, a redução da idade de 
abate permite maior produtividade, melhor eficiência do empreendimento, giro mais rápido de 
capital, liberação de áreas para outras categorias e incentivos fiscais (superprecoces tem 
redução do ICMS em alguns estados). O sistema de produção de bovinos superprecoces na 
grande parte do território brasileiro, entretanto, envolve normalmente o uso do confinamento 
(após desmamar dos animais). Na região sul, a utilização dos SIPA, que visam utilização de 
materiais forrageiros de elevada produção e qualidade durante o inverno, pode ser uma 
alternativade menor custo para produção desta categoria animal (Tabela 3). A utilização de 
raças de acabamento precoce, a suplementação e o creep feeding são fatores de produção 
importantes para a terminação bovinos superprecoces, independente do sistema de produção. 
 
Tabela 3: Terminação de novilhos e novilhas Braford com 14 meses de idade em pastagem de 
aveia + azevém + suplementação (sorgo triturado na quantidade de 1% do peso corporal). 
Itens Novilhos Novilhas 
Peso inicial, kg 184,80 183,20 
Peso de abate, kg 365,80
a
 310,30
b
 
 5 
Ganho médio diário
*
, kg 1,15 0,81 
Peso de carcaça quente, kg 203,40
a
 165,60
b
 
Espessura de gordura subcutânea, mm 4,10 5,10 
Cor, pontos 4,58 4,50 
Força de cisalhamento, kgf 5,68 6,77 
Marmoreio, pontos 3,67
b
 5,58
a
 
*não apresenta análise estatística. Fonte: adaptado de Vaz et al. (2010). 
 
A produção de bovinos superprecoces estritamente a pasto pode ser considerada uma 
realidade para a região sul do Brasil (Aguinaga et al. 2006). A análise de produção desta 
categoria deve considerar a exigência mínima quanto ao peso de carcaça (160 – 180 kg), bem 
como o peso de desmame dos animais. Considerando a utilização de raças britânicas, período 
de pastejo em pastagem de inverno de 150 dias, peso ao desmame de 250 kg aos sete meses 
(março/maio) e peso de carcaça quente de 180 kg (considerando 50% de rendimento = 360 kg 
de peso corporal), o ganho médio diário necessário para atingir o ponto de abate seria 0,733 
kg/dia, facilmente atingido em pastagens de inverno da região sul do Brasil (Tabela 4). 
 
Tabela 4: Ganho médio diário em pastagem de aveia e azevém submetida a doses de 
nitrogênio. 
Doses, kg 
Meses 
Média 
Julho Agosto Setembro Outubro 
0 0,766 1,053 0,880 0,921 0,925 
150 0,822 1,063 1,036 0,882 0,969 
300 0,982 1,058 1,000 1,107 1,045 
Média 0,857 1,058 0,972 0,970 -- 
Fonte: Lupatini et al. (2013). 
 
Vale destacar que uma cultura agrícola tem duração média de quatro meses. Desta 
forma, nas regiões em que não se realiza safrinha, considerando-se 30-60 dias para o 
estabelecimento do pasto, tem-se seis a sete meses para produção animal. Na região sul, tem 
se conseguido até cinco meses de pastejo em pastagem de inverno em SIPA. Na região 
tropical, existem arranjos produtivos (Figura 4) que permitem similar período de pastejo, 
entretanto pode haver limitações quanto ao desempenho animal em pastagens tropicais. 
 6 
 
Figura 4. Opções de consórcio, sucessão e rotação de culturas existentes para a SIPA nas 
regiões Centro-Oeste e Sudeste (Adaptado de: Vilela et al., 2015). 
 
Em revisão de literatura, Silva et al. (2009) verificaram que o ganho de peso de 
bovinos em pastagens de Urochloa decumbens ou U. brizantha, sem suplementação, durante 
o período seco, atinge no máximo 600 g/dia, o que seria incompatível com a terminação de 
animais superprecoces. Estes autores verificaram também que a frequência de ganhos mais 
elevados (600 – 1200 g/dia) aumenta com a elevação do nível de suplementação, ocorrendo 
com suplementos de médio a alto consumo. Mesmo havendo melhora da qualidade dos pastos 
recuperados pela utilização de SIPA durante o período seco, é prudente supor que esta 
alternativa de terminação na região tropical ainda necessite ser viabilizada/validada. Outro 
aspecto importante é a baixa utilização de raças precoces (britânicas) e/ou cruzados com 
britânicas para produção de bovinos superprecoces. Em levantamento na região centro-oeste e 
sudeste, Costa Junior et al. (2013) verificaram que os animais cruzados com raças europeias 
perfaziam apenas 18% do total de animais terminados. 
Caso a terminação não seja possível no primeiro inverno, o que pode ser resultado do 
peso a desmama, cuja média brasileira é baixa (próximo a 180 kg), a opção é produzir animais 
precoces (24 meses = dois dentes incisivos permanentes). Para tanto, é necessário que os 
animais permaneçam na propriedade, o que exige que se mantenha área com pastos tropicais. 
Na região sul sugere-se, em função da maior capacidade suporte das gramíneas tropicais, que 
a área para estoque do gado deva apresentar relação de 2:1 a 3:1 (lavoura/pasto tropical). 
Estas áreas de estoque estão normalmente localizadas em áreas marginais. 
 7 
Em propriedades com reduzidas áreas marginais, a opção seria utilizar a área de 
reserva legal, onde não pode ser praticada a agricultura, mas pode ser utilizada de forma 
sustentável para obtenção de produtos de origem animal, desde que não promovam a 
supressão da vegetação. Na região tropical, onde os SIPA apresentam como principal objetivo 
a recuperação dos pastos, as áreas de lavouras ocupam normalmente 1/3 a 1/4 da área útil, ou 
seja, reforma-se 1/3 a 1/4 das áreas de pastos anualmente. Desta forma, a relação entre a 
quantidade de áreas de lavoura e de pastos se aproxima de 1:3 a 1:4. 
 
Machos castrados e não castrados 
 
A grande maioria dos bovinos machos abatidos no Brasil não é submetida à castração, 
o que se deve, em parte, ao fato das indústrias frigoríficas brasileiras não exigirem. Isto se 
deve ao fato da produção de carne bovina estar voltada (85%) para o mercado interno, onde o 
consumo e a demanda por carne de qualidade é dependente primeiramente da renda da 
população. Na região sul, por outro lado, a maior demanda é por animais castrados, em que o 
abate de animais inteiros, nos frigoríficos que os aceitam, ocorre com até dois dentes incisivos 
permanentes. Nesta região, existe certa dificuldade de comercialização de animais inteiros, 
exceto reprodutores, logicamente. Desta forma, quando os frigoríficos aceitam animais 
inteiros, torna-se vantajoso a produção desta categoria em razão da maior eficiência alimentar, 
ganho de peso e rendimento de carcaça, resultado da ação dos hormônios sexuais. A 
superioridade no ganho de peso dos inteiros em relação aos castrados, segundo dados da 
literatura (Restle et al., 1997; Restle et al., 2000; Silva et al., 2012), gira em torno de 10-15%. 
As desvantagens da utilização destes animais nos sistemas produtivos estão 
relacionadas com a dificuldade de manejo, especialmente relacionado à sodomia. Outro 
aspecto importante está relacionado com a menor deposição de gordura de cobertura em 
relação aos castrados, o que pode limitar/dificultar sua utilização voltada para obtenção de 
bonificações em programas de pagamento por qualidade da carne. Por outro lado, existem as 
desvantagens do ponto de vista da qualidade da carne, que afetam todos nós “carnívoros”, já 
que a carne é mais escura, menos macia, com menor marmoreio e palatabilidade. 
O uso de animais cruzados, produtos do cruzamento industrial entre B. indicus e B. 
taurus, inteiros, sobre pastagens de alta qualidade e corretamente manejadas e adubadas, com 
a presença de renques de árvores para melhorar o conforto animal, representa a situação ideal 
na busca por alta produção animal por ha de um produto de alta qualidade. 
 
 8 
Fêmeas de descarte 
 
Além do abate de vacas de descarte, tem sido utilizado o abate de novilhas jovens 
como estratégia em sistemas produtivos com altas taxas de natalidade. Tal fato representa 
alternativa para melhorar a qualidade da carne (Vaz et al., 2010). Animais com menor peso 
adulto, como as fêmeas, apresentam maior precocidade, o que está diretamente relacionado 
com a quantidade de gordura corporal. O menor peso adulto, entretanto, normalmente 
determina que as fêmeas tenham menor peso de abate e pesos de carcaça, porém, atingem 
acabamento de carcaça de forma mais rápida que os machos (Coutinho Filho et al., 2006). 
Em função da maior precocidade de terminação, o peso de abate mínimo exigido para 
esta categoria é menor em relação aos machos, entre 330 e 360 kg (11 e 12 @). Esta exigência 
visa atingir peso de carcaça fria mínimo de 160-180 kg, similar ao exigido para machos 
superprecoces. Para vacas de descarte, por outro lado, a exigência mínima quanto aopeso de 
abate é similar aos machos, no mínimo 480-500 kg. Logicamente que existe a demanda por 
acabamento, que é no mínimo de 3 mm de espessura de gordura subcutânea. 
O preço de comercialização praticado para novilhas abatidas jovens (dois dentes), com 
adequado acabamento, já tem sido similar ao preço pago aos machos em determinadas 
regiões. Isso está associado a carne de novilhas ser bem aceita pelos consumidores em razão 
de seu elevado conteúdo de marmoreio, superior aos dos machos (Vaz et al., 2010). Além 
disso, em razão do tamanho dos cortes cárneos, do excelente aspecto visual (EGS e cor) e 
ossatura mais suave em relação aos machos e vacas de descarne, a carne de novilhas pode ser 
confundida com a carne de animais superprecoces, o que é de interesse para o setor varejista 
em razão do maior preço de comercialização. O preço de comercialização das vacas de 
descarte, entretanto, é menor em relação aos machos, em torno de 10% (Pascoal et al., 2011). 
O benefício da utilização de novilhas é o menor período necessário para terminação 
em relação aos machos, desde que o desempenho no período de recria não seja limitante. A 
terminação desta categoria, desta forma, pode ser útil em situações em que a opção de 
consórcio, sucessão e rotação de cultura resulte em menor período de entressafra (Figura 4). 
As vacas de descarte podem, muitas vezes, apresentar elevado peso corporal, o que 
resulta em período ainda mais curto para terminação. Entretanto, este fato depende do 
adequado manejo do pasto e do peso corporal inicial. Por exemplo, considerando novilhas (18 
meses) com 250 kg e vacas de descarte com 370 kg, o ganho de peso para atingir o peso de 
abate é de 110 kg para ambas as categorias. Neste caso, as vacas apresentam desvantagem em 
relação às novilhas (Tabela 5), visto que as vacas apresentam menor eficiência alimentar em 
 9 
razão das maiores exigências para mantença e ganho de peso, o que pode resultar em menor 
ganho médio diário (Restle et al., 2001). Além disso, o preço de comercialização das novilhas 
pode resultar, dependendo do grupo genético e idade de abate, em bonificações. Isto, 
associado ao fato de geralmente o preço de comercialização das vacas ser penalizado, pode 
determinar vantagens ainda maiores com a utilização das novilhas. 
 
Tabela 5: Desempenho produtivo e características de carcaça por animal e por hectare de 
bovinos de diferentes categorias, suplementados em pasto diferido de Brachiaria brizantha 
cv. Marandu. 
Itens Novilhas Vacas Novilhos 
Peso inicial, kg 314,06b 371,06a 402,22ª 
Peso de abate, kg 349,56b 437,28b 483,94a 
Peso de carcaça quente, Kg 161,12c 196,86b 227,56ª 
Rendimento de carcaça, % 49,57b 48,39c 50,56a 
Ganho médio diário, kg/dia 0,43c 0,80a 0,68b 
Ganho de peso vivo total, kg/ha 63,90c 79,47b 98,07a 
Fonte: Adaptado de Ítavo et al. (2007) 
 
Vale destacar, entretanto, que propriedades que adotam a estação de monta de 
primavera/verão, embora o exato período e duração sejam variáveis de região para região, a 
identificação das vacas que devem ser descartadas ocorre normalmente no outono, por conta 
do desmame, período que antecede a entressafra na produção de grãos. Em função disso, a 
terminação de vacas de descarte em pastagens, especialmente na região sul, é bastante 
utilizada. Vale lembrar que o ganho médio diário em pastagens hibernais adubadas na região 
sul supera 900 g/dia (Restle et al., 2001; Hellbrugge et al., 2008; Lupatini et al., 2013), o que 
no exemplo anterior exigiria um período máximo de utilização do pasto de 112 dias. 
 
Cria, Recria ou Terminação 
 
A fase de cria é àquela com menor eficiência biológica dentro do ciclo produtivo, o 
que significa que investir na alimentação das vacas para aumentar a produtividade (kg de 
bezerros/ha) é um processo pouco eficiente (Barcellos, 2011). Este argumento, contrário aos 
investimentos em alimentação do rebanho de cria, tem sido utilizado para se referir à 
necessidade de aumento de produtividade via ganho de peso dos bezerros até o desmame, que 
depende até os quatro meses de idade essencialmente da produção de leite da vaca. No 
entanto, a eficiência reprodutiva é intimamente relacionada com o peso e condição corporal 
das matrizes, aspectos estes determinantes para atingir adequadas taxas de prenhez e 
 10 
natalidade, que apresentam maior impacto sobre a produtividade e, portanto, assumem maior 
importância que o ganho de peso dos bezerros. 
A título de exemplo, suponhamos um rebanho de 100 vacas de cria, lotação de 1 
vaca/ha, taxa de prenhez de 50%, taxa de mortalidade até um ano de 8% e peso ao desmame 
de 180 kg de peso corporal (machos e fêmeas), índices que se aproximam da média brasileira. 
A produtividade, neste caso, é de 82,8 kg de peso corporal de bezerros/ha/ano. 
A elevação da taxa de natalidade para 85% e a elevação do peso de desmame para 220 
kg, de forma independente, elevaria a produtividade para 140,4 kg e 101,2 kg de 
bezerros/ha/ano, respectivamente. Corroborando, resultados obtidos por William (1973), 
apresentados na Tabela 6, demonstram que a reprodução responde por 85% do valor 
econômico relativo da pecuária de corte, enquanto o ganho de peso responde por apenas 10%. 
Além disso, verifica-se que os atributos reprodutivos apresentam baixa herdabilidade, 
indicando melhores respostas as melhorias das condições alimentares. 
 
Tabela 6. Comparação entre os diferentes atributos econômicos em pecuária de corte. 
Atributo Valor econômico relativo Herdabilidade, % 
Reprodução 85 10 
Ganho de peso 10 40 
Qualidade de carcaça 5 50 
Fonte: adaptado de William (1973). 
 
Os baixos níveis nutricionais a que o rebanho de matrizes é normalmente submetido, 
caracterizado por áreas de pastagens marginais (problemas relacionados à fertilidade do solo, 
solos rasos, afloramento de pedras e declividade acentuada) e com limitada resposta aos 
insumos agrícolas (Barcelos et al., 2011), determina que as matrizes com cria ao pé não 
concebam durante o período de estação de monta (90 dias normalmente). Na ausência de 
adequada disponibilidade e qualidade dos pastos, em virtude das condições adversas do 
período seco (na região tropical) e outono/inverno (na região sul), que ocorrem entre maio a 
setembro, as vacas mobilizam suas reservas corporais, perdendo peso e escore de condição 
corporal, chegando à estação de monta de primavera/verão (dezembro-janeiro) sem condições 
de conceber. Desta forma, o fornecimento de alimentação adequada neste período é essencial 
para obterem-se índices reprodutivos adequados. O período em questão é o de entressafra 
agrícola, onde estão localizadas, temporalmente, as pastagens dos SIPA. Na região sul do 
Brasil tem se verificado que alguns produtores antecipam a estação de monta (Ago – Nov), o 
que permite parição sobre pastagens de inverno (Jul - Set), normalmente em SIPA, 
possibilitando que o melhor nível nutricional das vacas ocorra no pós-parto. 
 11 
Na impossibilidade de manter nível nutricional adequado no pré e pós-parto, o 
fornecimento de nível nutricional no pós-parto traz melhores resultados sobre os índices 
reprodutivos (Tabela 7), o que está associado a redução do período de anestro. A parição em 
cima de pastagens cultivadas, entretanto, pode elevar a problemas de parto (distocia) como 
resultado da superalimentação no terço final da gestação, período de maior crescimento fetal. 
Os produtores têm contornado tal situação através da escolha adequada dos reprodutores, 
especialmente pela utilização da inseminação artificial, que possibilita a escolha de touros 
com reduzida Diferença Esperada na Progênie (DEPs) para peso ao nascer, importante 
especialmente para novilhas e primíparas. 
 
Tabela 7. Taxa de concepção de vacas alimentadas com alto ou baixo nível de NDT antes e 
depois do parto. 
Nível de NDT (pré-parto) Nível de NDT (pós-parto) Taxa de concepção (%) 
Alto Alto 95 
Alto Baixo 70 
BaixoAlto 95 
Baixo Baixo 20 
NDT = nutrientes digestíveis totais. Fonte: adaptado Pires et al. (2004). 
 
A opção pela recria de bovinos em SIPA tem menor risco, já que a receita bruta 
depende do ganho de peso vivo por área, não havendo limitações, de forma geral, quanto ao 
peso corporal de entrada e peso corporal para abate e/ou acabamento de carcaça. Nestes casos, 
um modelo simples de negócio é o arrendamento das áreas de pastagens, que pode ser 
baseado no ganho médio diário. Desta forma, o produtor de grãos recebe metade do ganho de 
peso dos animais durante o período de pastagem, porém os custos de manejo do gado, que não 
são muitos, ficam por conta do arrendador. 
Em fazendas de ciclo completo, por outro lado, o período de recria pode ser mais 
engessado em razão das metas quanto ao peso corporal/idade de abate e acasalamento das 
novilhas, que impactam de forma significativa a taxa de desfrute da propriedade. Vale 
destacar que a utilização de animais em recria apresenta outra vantagem que se refere a maior 
eficiência alimentar, o que está associado à composição do ganho de peso, que envolve maior 
deposição muscular em relação aos mais velhos (maior deposição de gordura). 
A opção pela terminação é normalmente favorável quando a relação de troca (preço do 
boi gordo/preço boi magro) é elevada (quanto maior que 1, melhor). Esta estratégia visa, 
principalmente, agregar valor ao produto. Para tanto, o manejo do pasto visa primariamente 
maximizar o desempenho individual, sem perder demasiadamente a produtividade por área, 
 12 
de forma atender a demanda dos frigoríficos, notadamente quanto ao peso de abate e 
acabamento de carcaça. Essa estratégia de produção, entretanto, apresenta maior necessidade 
de planejamento, já que ao final da janela do período de entressafra os animais devem 
desocupar as áreas de pastagens para plantio das culturas de cereais. 
O atraso na saída dos animais pode penalizar a produtividade das lavouras. Por outro 
lado, a retirada dos animais sem atingir a condição de abate pode acarretar inúmeros 
transtornos, que podem, inclusive, acarretar em prejuízos financeiros. A utilização da 
suplementação dos animais é uma alternativa para viabilizar/garantir a terminação de bovinos 
no período de entressafra em SIPA. O confinamento estratégico ao final do período de 
pastagens também é uma alternativa que pode garantir o acabamento dos animais. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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