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AMANDA RODRIGUES PROBLEMA 5 MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS CARACTERÍSTICAS São bactérias aeróbias, necessitam da presença de oxigênio. São imóveis, não tem cílios, nem flagelos. Em forma de bastonete que não formam esporos. Sua parede celular é rica em lipídios, o que torna a superfície hidrofóbica e a micobactéria resistente a vários desinfetantes e colorações comuns de laboratório. Elas têm ácido micólico em sua parede celular, por isso elas não podem ser coloridas pelo método de Gram. São chamadas de bacilos “álcool-acidorresistentes”, pois mesmo não sendo coradas facilmente, após coradas, elas resistem à descoloração por ácido ou álcool. A técnica de Ziehl-Neelsen de coloração é empregada para a identificação das bactérias álcool-acidorresistentes. Nos esfregaços de escarro ou em cortes de tecido, as micobactérias podem ser demonstradas pela sua fluorescência amarelo-alaranjada após coloração com corantes de fluorocromo (p. ex., auramina, rodamina). CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS Nos tecidos, são bastonetes retos e finos, medindo cerca de 0,4 x 3 µm Em meios artificiais, são observadas formas cocoides e filamentosas, com morfologia variável de uma espécie para outra. São classificadas como micobactérias não pigmentadas de crescimento lento. REPRODUÇÃO Capacidade de crescimento intracelular em macrófagos alveolares. PATOGÊNESE INFECÇÃO PRIMÁRIA (ATÉ O ESTADO LATENTE) M. tuberculosis entra pelas vias aéreas respiratórias e partículas infecciosas penetram nos alvéolos, onde são fagocitadas pelos macrófagos. Mas elas são capazes de evitar que esse fagossomo se junte com o lisossomo, com isso elas não vão ser destruídas pela fagocitose e podem se reproduzir dentro dos macrófagos Com isso, o número de bacilos aumenta, enquanto isso os macrófagos podem liberar os bacilos, que serão ingeridos por outros macrófagos. Consequentemente, o número de células infectadas aumentará. AMANDA RODRIGUES PROBLEMA 5 Isso tudo desencadeia uma resposta inflamatória que traz outras células de defesa para a área. Em conjunto, essas células formam uma massa de tecido, chamado granuloma, característico da doença. O granuloma tem o centro de macrófagos infectados e ao redor outras células do sistema imunológico. Caso a infecção não seja controlada nesse lugar localizado, vai ter uma proliferação da infecção para os nódulos linfáticos do pulmão, isso causa uma reação imune. Complexo de Goan: nódulos linfáticos regionais + granuloma infectado. Ele pode ser evidenciado em uma raio x de tórax. Pra muitas pessoas essa tuberculose latente pode persistir por toda a vida da pessoa sem causar nenhum sintoma. Quando essa infecção progride, o nódulo de Goan fica cada vez maior e a pessoa vai acabar tendo uma tuberculose pulmonar. Além disso, essa infecção pode se espalhar ainda mais, indo para vários outros órgãos do corpo. Ex.: fígado, outras partes do pulmão, o cérebro e outros órgãos. Uma coisa que normalmente acontece com esse tipo de disseminação, é que a infecção atinge outros órgãos com algumas machas pequenas, chamada de tuberculose miliar. O indivíduo pode também ser infectado novamente, ter uma nova exposição ao vírus, e também ter reativação de uma infecção latente anterior, que é chamada de tuberculose secundária. A chance de alguém ter esse infecção secundária vai depender da imunidade do hospedeiro. ASPECTOS GERAIS DA TUBERCULOSE SINAIS/SINTOMAS SINTOMAS RESPIRATÓRIOS Tosse, presente na tuberculose pulmonar. É inicialmente seca, evoluindo para tosse com expectoração mucosa ou purulenta. Hemoptise, que é a tosse com presença de sangue. Dispneia, decorrente da destruição global do parênquima pelo processo inflamatório da doença, aparecendo principalmente em lesões avançadas. Dor torácica, surge do comprometimento da pleura. Rouquidão, decorrente do comprometimento da laringe. SINTOMAS GERAIS Febre e sudorese, sendo que a febre é de ocorrência vespertina; a sudorese é decorrente da resposta orgânica à febre, para manutenção da temperatura corpórea. Perda de peso ponderal. VACINA A vacinação visa impedir o aparecimento de formas extrapulmonares da tuberculose, pois estimula mecanismos imunológicos que evitam essa disseminação. A vacina mais eficaz contra a tuberculose é a BCG (Bacilo de Calmette e Guérin) Serve para a prevenção das formas mais graves de tuberculose: a tuberculose miliar e meníngea. É indicada para crianças menores de 5 anos, especialmente menores de 1 ano. AMANDA RODRIGUES PROBLEMA 5 A aplicação deve ser feita o mais rápido possível após o parto. É produzida a partir de bacilos vivos obtidos por atenuação da microbactéria bovina mycobacterium bovis. Deve ser aplicada via intradérmica no músculo inferior deltoide em dose única de 0,1ml. TRANSMISSÃO A principal porta de entrada são as vias respiratórias. É altamente contagiosa, sendo transmitida pessoa-pessoa pelo ar, por meio de tosse, espirro ou fala. FATORES DE RISCO A população sob maior risco de contrair a doença são os Pacientes imunocomprometidos (principalmente os com infecção por HIV) Que recebeu transplante, pois a pessoa está sendo tratada com drogas inibidoras de imunidade (imunossupressores) para evitar a rejeição do órgão. Pessoas que fazem quimioterapia. Indivíduos que fazem uso abusivo de álcool ou drogas. Desnutridos Diabéticos Com idade avançada Desabrigados Indivíduos expostos a pacientes doentes. RESPOSTA IMUNE CONTRA AS BACTÉRIAS SISTEMA IMUNE INATO BARREIRAS Tem as barreiras da membrana mucosa do trato respiratório, que se aspirarmos alguma bactéria, vai ter os cílios, o muco e a tosse para tentar expulsá-la. Também tem as defensinas, que são peptídeos que formam poros na membrana das bactérias. A microbiota da nasofaringe. Os macrófagos alveolares. RESPOSTA INFLAMATÓRIA E FAGOCITOSE FAGOCITOSE O PAMP vai ser reconhecido pelas células APC, que vão produzir citocinas: TNF (fator de necrose tumoral) Ativa os macrófagos, que vai produzir os óxido nítrico e os EROs (espécies reativas de oxigênio), causando a destruição da bactéria. IL-1 Responsável por causar a febre, e também estimula a liberação da PCR. PCR: substância, produzida pelo fígado, que se liga aos fosfolipídios da membrana das bactérias, faz a ativação do sistema complemento, a opsonização e a ativação do TNF-α. IL-6 AMANDA RODRIGUES PROBLEMA 5 Síntese de proteínas da fase aguda da inflamação. IL-8 Recruta macrófagos, neutrófilos e linfócitos B. IL-12 Ativa as células NK, que vai produzir interferon-gama, que ativa os macrófagos. SISTEMA IMUNE ADQUIRIDO BACTÉRIAS EXTRACELULARES O PAMP é reconhecido pelas células APC. E essas APC vão apresentar, por meio das MHC 2, os fragmentos para o TCD4+. Esse TCD4 vai ser convertido em Th2, que produz: IL-4 Estimula o Th2 e a proliferação de células B. IL-5 Também aumenta as células B. IL-10 Diminui a resposta imune. IL-13 Inibe os macrófagos, e estimula as NK e células B. As células B vão se diferenciar em plasmócitos que vai produzir anticorpos, esses anticorpos fazem a neutralização das bactérias, a opsonização e a ativação do sistema complemento. BACTÉRIAS INTRACELULARES Nesse caso, a própria célula será infectada.Ex.: Se uma célula APC for infectada, além do MHC 2, ela também vai apresentar os fragmentos por meio do MHC 1. E a diferença é que o MHC 1 vai apresentar para o TCD8, que produz perforinas e granzimas, causando apoptose e morte celular. E o MHC 2 vai apresentar para o TCD4, que vai ser convertido em Th1, que produz interferon-gama, que ativa os macrófagos, que produz EROS (espécies reativas de oxigênio) e óxido nítrico, causando morte celular. SISTEMA COMPLEMENTO BACTÉRIAS EXTRACELULARES São capazes de ativar o sistema complemento, normalmente isso acontece pela via alternativa. Com essa ativação, vai ocorrer a liberação de mediadores: MAC, que causa a citólise; O C3b, que a opsonização dessa bactéria, facilitando o reconhecimento pelos macrófagos; O C5a, que recruta os neutrófilos. REFERÊNCIAS Microbiologia Médica – Patrick Murray 7ª ed. Microbiologia Médica – Jawetz, Melnick e Adelberg 26ª ed. características características morfológicas reprodução patogênese infecção primária (até o estado latente) sinais/sintomas sintomas respiratórios sintomas gerais vacina transmissão fatores de risco sistema imune inato barreiras resposta inflamatória e fagocitose fagocitose sistema imune adquirido bactérias extracelulares bactérias intracelulares Sistema complemento bactérias extracelulares referências
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