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Alguns termos em neurologia: Paresia: perda parcial de força; Plegia: perda completa de força; Parestesia: alteração na sensibilidade – formigamento (diminuição da sensibilidade = hipoestesia; aumento da sensibilidade = hiperestesia; perda completa = anestesia); Gnosia: reconhecimento; Afasia; Disartria: alteração articular por alguma disfunção fono- articulatória (fala mole após consumo de álcool); Dislalia: troca silábica – R por L ou vice-versa (fala do Cebolinha); Praxia: destreza para fazer determinado movimento ou função (quando ocorre perda desse movimento = apraxia). Exame Neurológico: Anamnese: Idade, sexo, lado dominante, profissão; QPD (queixa principal e duração); HDA; História médica pregressa; História medicamentosa; História familiar; História social; Exame físico geral. Exame neurológico propriamente dito: 1. Marcha: O que observar? Simetria; Tamanho dos passos; Postura e balanço dos braços; Distância entre os pés; Joelhos, rotação da pelve, pés; Não perca de vista o movimento como um todo. Achados da marcha: Marcha parkinsoniana – passos curtos, sem bom balanço dos braços (rígidos), ao passar por um degrau ou tapete se para a marcha (congelamento). Ao retomar o movimento se tem passos rápidos até conseguir se estabilizar (freezing) + outros sinais, como a instabilidade postural, com o centro da gravidade jogado para frente, com uma postura mais inclinada e a bradicinesia e o tremor de repouso; Marcha hemiplégica – típica do paciente com AVC. Paciente com membro superior fletido e a perna estendida, com marcha em meia lua (perda de força de um lado do corpo e uma alteração de neurônio motor superior); Marcha miopática – típica das doenças musculares. Alargamento da base e um movimento em báscula do quadril (marcha rebolante ou anserina). Levantar miopática de Gowers; Marcha atáxica – lesões de fascículo posterior (propriocepção) da medula (grácil e cuneiforme). Doença clássica: sífilis terciária. Paciente com base alargada e o pés bem separados, levantando bastante os pés e bater o calcanhar com mais força (marcha talonante); Marcha cerebelar – aumento de base, com movimentos mais errados. Marcha epriosa (do bêbado). AVCs cerebelares, ataxias espinocerebelares e intoxicação alcoólica; Marcha em tesoura – acometimento do neurônio motor superior bilateralmente (hemistério D e E). O paciente cruza a linha média com as duas pernas. Espasticidade dos adutores (membros inferiores tendem a aduzir no caminhar); Marcha apráxica – o paciente perde a capacidade e destreza de andar (Alzheimer de longa evolução); Marcha antálgica – Alteração por causa da dor; Marcha ortopédica – pessoas com falha óssea ou sequela de fraturas; Marcha inconsistente – pessoas que tem uma marcha incongruente simulando transtornos psiquiátricos (marcha que não existe). Estado mental e funções corticais superiores: Englobam os seguintes aspectos: Atenção e concentração; Orientação; Linguagem e cálculo; Memória; Construções (semântica, verbal); Pensamento abstrato; Autopercepção e juízo crítico; O intelecto como um todo. Atenção às pistas e armadilhas dos testes que avaliam essas funções: Síndrome demencial; Estado confusional agudo (desidratação, hiponatremia); Baixo nível de inteligência; Depressão; Afasia. Conceituando as AFASIAS: Afasia motora (área roxa = área de Broca): área responsável pela palavra falada no giro frontal inferior. Uma lesão nesse giro promove a Afasia de Broca. O paciente entende tudo o que é falado, atendendo a comandados. Quando se pergunta o seu nome ele demora para falar (pode ocorrer a troca de palavras); Afasia de Wernicke (área verde = área de Wernicke): área responsável pela compreensão da palavra falada, no giro temporal superior, principalmente e no giro supramarginal também. O paciente não consegue entender o que está falando (invenção de palavras e jargões); Afasia de condução (área em azul = fibras arqueadas, que comunicam área de Broca com a de Wernicke). Alteração na repetição de palavras. Difícil encontra-la sozinha.