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Insuficiência Respiratória Aguda - Pediatria

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Fernando CL
5o Período - Med. Sta. Marcelina
IN����CIÊN�I� ��S�I��TÓRI� ��U��
DEFINIÇÃO
- Principal causa de óbito em crianças menores 5 anos
- Principal causa de admissão em UTI pediátrica
- Aproximadamente 2/3 dos casos ocorrem no 1o ano de vida (1/2 no período
neonatal)
- Desfecho após parada respiratória x parada cardíaca
a) 70% de chance de sobrevida caso apresente apenas parada respiratória
b) 10% de chance de sobrevida caso apresente parada cardiorrespiratório
- Quanto mais cedo forem detectados os sinais de desconforto respiratório ou insuf.
respiratória e quanto mais precoce o início da terapia apropriada (evitando-se a
evolução para PCR), maiores são as chances de sobrevivência
- Definição → Incapacidade súbita do sistema respiratório em satisfazer as demandas
metabólicas do organismo relativas à manutenção adequada de oxigênio e
eliminação de gás carbônico
a) Valores gasométricos de franca insuficiência respiratória:
+ PO2 menor de 60
+ PCo2 maior que 45-55
CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS-FISIOLÓGICAS
- Crânio
a) É maior, proporcionalmente, ao resto do corpo
b) Occipício pronunciado → faz com que exista uma inclinação da região frontal
para frente - limitação da passagem de ar pelo fato do pescoço estar mais
inclinado para frente
c) Provoca flexão da coluna cervical → obstrução da passagem de ar
d) Com a perda do tônus ocorre obstrução da passagem de ar
- Língua, mandíbula e partes moles
a) Língua é maior e mandíbula é menor
+ Com a perda do tônus muscular pode ocorrer deslocamento posterior
da língua, levando à obstrução da via aérea superior
b) 2 a 5 anos → aumento das adenóides, que funcionam como obstrução
mecânica
obs: crânio com occipício maior + língua maior + aumento das adenóides = 3 fatores
mecânicos que dificultam a entrada de ar
- Respiração Nasal
a) Predominantemente nasal até o 4o ao 6o mês de vida
Fernando CL
5o Período - Med. Sta. Marcelina
- Laringe
a) Criança → estreitamento na porção distal - formato cônico (“funil”)
b) Adulto → laringe de formato mais cilíndrico (com raio maior), o que beneficia
a passagem de ar
c) Laringe adulta está situada em relação superior e anterior à coluna cervical
+ Criança → glote se posiciona em C2-C3
+ Adulto → glote se posiciona em C4-C5
d) Criança → cordas vocais são côncavas e faz uma angulação ântero-inferior
e) Adulto → cordas vocais menos côncavas e mais horizontalizada
f) Áreas de estreitamento
+ Na criança menor de 1 ano está ao nível da cartilagem cricóide
+ No adulto é na glote.
- Epiglote
a) Mais longa e flácida
b) Angulada
c) Formato em “U” ou “V”
d) Tipo do fluxo → laminar (menor resistência) x turbulento (maior resistência)
- Calibre das Vias Aéreas
a) Diâmetro menor e em menor número
b) A resistência ao fluxo de ar é inversamente proporcional à quarta potência do
raio → reduções relativamente pequenas no diâmetro da VA resultam em
aumento na resistência ao fluxo de ar
- Diafragma
a) Inserção mais horizontal e elevada → limita a expansibilidade torácica
+ No adulto, o abdome é mais oblíquo - na inspiração, ocorre uma
pressão pulmonar negativa, abaixando o diafragma e aumentando a
área latero-lateral (mecanismo de alça de balde)
+ O diafragma oblíquo também auxilia no aumento do diâmetro
ântero-posterior (braço de bomba)
+ Como diafragma da criança é horizontalizado, esses mecanismos de
melhora da expansibilidade não ocorrem na fase infantil
b) Presença de fibras estriadas tipo II (branca, contração rápida e fatigáveis)
+ Com o desenvolvimento, estas fibras se tornarão “fibras estriadas do
tipo I” (vermelha, contração mais lenta, menos chance de fadiga)
- Caixa Torácica
a) Costelas mais horizontalizadas
b) Mais complacente (consistência mais cartilaginosa dos ossos)
c) Musculatura intercostal pouco desenvolvida
d) Resulta em maior esforço inspiratório para gerar volume corrente adequado
Fernando CL
5o Período - Med. Sta. Marcelina
- Superfície Alveolar
a) Aumento em tamanho e quantidade (velocidade 1 alvéolo/segundo)
b) Período neonatal → 24 milhões de alvéolos
+ Na criança há menos unidades de troca respiratória do que na idade
adulta e, por isso, neste período há maiores chances de evoluir para
Insuficiência Respiratória
c) 4 anos → 250 milhões
d) 8 anos (= adulto) → 300 milhões
e) Criança tem menor reserva para trocas → maior chance de insuficiência
respiratória
- Pulmão
a) Menor quantidade de elastina e surfactante → complacência pulmonar
diminuída
b) Os poros de Kohn (interalveolares) e os canais de Lambert (bronquíolo
alveolares) são ausentes ou em menor número e tamanho - estes canais são
constituídos com o tempo e realizam a circulação colateral
Kohn → a partir de 1 a 2 anos
Lambert → a partir de 6 anos
c) A ventilação em unidades obstruídas é mais difícil, com prejuízo à troca
gasosa e facilitando a ocorrência de atelectasias.
- Particularidades Anatômicas
a) Tamanho da língua X mandíbula
b) Superfície alveolar
c) Inserção do diafragma
d) Massa muscular do diafragma
e) Calibre das vias aéreas
f) Complacência pulmonar
g) Complacência torácica
h) Fibras musculares tipo II
ETIOLOGIA
- SNC - trauma crânio encefálico pode provocar distúrbios respiratórios
- Coluna Vertebral - trauma raquimedular pode acarretar distúrbios respiratórios
- Sistema Nervoso Muscular
- Tórax e Pleura
- Vias aéreas superiores - Obstrução de vias aéreas
- Sistema Cardiovascular - ICC
- Vias aéreas inferiores - Pneumonias, por exemplo
Fernando CL
5o Período - Med. Sta. Marcelina
FISIOPATOLOGIA
- Respiração é um processo biológico de troca de oxigênio e gás carbônico através de
membranas permeáveis
- Didaticamente, a respiração pode ser dividida em:
a) Etapa externa (captação)
b) Etapa sanguínea (distribuição - transporte de O2 através do sangue)
c) Etapa celular (processamento – mitocôndria)
- As trocas gasosas dependem da relação alveolar e da relação perfusão
capilar-pulmonar
- Mecanismos fisiopatológicos:
a) Distúrbio de difusão
+ A interface entre o alvéolo e o capilar exerce dificuldade da passagem
de troca - geralmente, ocorre por processos pulmonares que levam
ao aumento da distância alvéolo-capilar
b) Hipoventilação
+ Ventilação volume minuto insuficiente para suprir a demanda
metabólica, resultando em uma hipoxemia e uma hipercapnia.
Exemplo → Depressão respiratória, afinal a unidade alvéolo-capilar
não está prejudicada, o problema é em outra região
c) Desajuste ventilação/perfusão
+ Mais Comum
+ Predomínio da perfusão sobre a ventilação
+ Exemplo → pneumonias
d) Alteração do espaço morto
+ Espaço morto = ar que não é utilizado na troca gasosa
e) Shunt
+ Áreas são perfundidas, mas não são ventiladas por algum motivo
+ Exemplo → Atelectasia (colabamento do pulmão, que inibe a troca de
ar) - o capilar está ok, mas a unidade alveolar está prejudicada
CONCEITOS
- Volume minuto (VM) → VM = Volume Corrente x Frequência Respiratória
- Volume corrente (VC)
- Volume de reserva inspiratório (VRI)
- Volume de reserva expiratório (VRE)
- Volume residual (VR)
- Capacidade inspiratória (CI)
- Capacidade residual funcional (CRF)
- Capacidade pulmonar total (CPT)
Fernando CL
5o Período - Med. Sta. Marcelina
- Metabolismo
a) Taxa metabólica mais alta → maior demanda de O2
+ Criança 6 a 8 ml/kg/min
+ Adulto 3 a 4 ml/kg/min
b) Capacidade Residual Funcional
+ Capacidade Residual Funcional (CRF) e reserva de O2 são mais
baixas → na vigência de disfunção respiratória, as crianças se tornam
rapidamente hipoxêmicas
CLASSIFICAÇÃO
- TIPO I
a) Hipoxemia + PaCO2 normal ou baixa
b) Comprometimento da relação Ventilação/Perfusão (insuficiência pulmonar)
- TIPO II
a) Hipoxemia + PaCO2 elevada
b) Ventilação alveolar inadequada (insuficiência ventilatória)
+ Exemplos → Trauma raquimedular, TCE, intoxicação por droga -
centro respiratório não funciona direito, não ventila direito, não capta
CO2 e também não elimina CO2
obs: tanto a Insuficiência Respiratória do Tipo 1 quando do tipo 2 cursam com O2 baixo
FASES DA INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
- FASE 1 → qualquer complicação (laringite, pneumonia, crisede sibilância) em que o
volume corrente não está adequado
a) PaO2 → Diminuição da pressão de O2
b) PaCO2 → Mantém-se estável, afinal o CO2 é um gás mais difusível
Fernando CL
5o Período - Med. Sta. Marcelina
- FASE 2 → Continuação do agravo
a) PaO2 → O organismo, na tentativa de melhorar o volume minuto, provoca
aumento da frequência respiratória (taquipnéia) na tentativa de aumentar a
captação de oxigênio - portanto, a PaO2 se mantém estável
b) PaCO2 → Diminuição do CO2 no sangue devido a taquipnéia, afinal nesta
condição há eliminação de CO2
- FASE 3 → Paciente entra em fadiga por realizar inúmeros movimentos respiratórios
a) PaO2 → Esta fadiga faz com que a captação do O2 não seja mais a mesma,
provocando uma diminuição da PaO2 no sangue
b) PaCO2 → Por conta da fadiga, a FR já não é alta… Além disso, ocorre
retenção do CO2 (hipercapnia)
- FASE 4
a) PaO2 → Queda (diminuição) importante do O2
b) PaCO2 → Retenção (aumento) importante de CO2
+ Nesta fase, pode ocorrer parada cardiorespiratória
obs: Nós devemos buscar intervir entre a FASE 2 e a FASE 3!
DIAGNÓSTICO
- Frequência respiratória (FR)
- Esforço respiratório
- Expansibilidade torácica
- Frequência cardíaca (FC)
- Nível de consciência
a) Caso a criança fique torporosa, provavelmente, ela está em uma hipoxemia e
uma hipercapnia relevante
- Ruídos respiratórios
- Saturação de 02 por oximetria
- Coloração de pele
- Perfusão periférica
Fernando CL
5o Período - Med. Sta. Marcelina
- Gasometria arterial (PaO2/PaCO2) → laboratorial
a) Especificar que é gasometria arterial e não venosa!
b) Valores de referência
+ pH → 7,35 a 745
+ PCO2 → 35 a 45 mmHg - paciente em franca insuficiência
respiratória estará com aumento do CO2 (hipercapnia)
+ PO2 → 80 a 100 mmHg
+ SatO2 → 95 a 97%
+ Excesso ou déficit de base → -2 a +2
+ HCO3- → 22 a 26 mEq/L
obs: Este paciente com Insuficiência Respiratória estará, em princípio, com acidose
respiratória, que evolui para acidose metabólica (acidose mista)
+ Por estar com acidose respiratória, irá fazer uma alcalose para compensar - logo,
um problema respiratório, para compensar, teoricamente, fará uma alcalose. Para
ocorrer essa alcalose, o rim demora de 24-48h para compensar.
+ Portanto, em princípio, teremos: acidose respiratória + acidose metabólica (porque
ainda não conseguiu compensar) = acidose mista
+ O rim começa a reter bicarbonato, na tentativa de compensar com uma alcalose
metabólica
METAS TERAPÊUTICAS
- Garantir a patência e a manutenção da via aérea superior
- Oferecer suporte respiratório (oxigenação e ventilação)
- Otimizar suporte cardiovascular
- Tratamento da doença de base
Fernando CL
5o Período - Med. Sta. Marcelina
- Garantir a patência e a manutenção da via aérea superior
a) Posicionamento adequado
b) Aspiração das vias aéreas
c) Abertura das vias aéreas
d) Dispositivos adicionais
- Oferecer suporte respiratório
a) Oxigenoterapia
b) Cânula nasal de alto fluxo
c) Ventilação não invasiva
d) Ventilação mecânica
- Indicações para VM
a) Apnéia e/ou PCR (indicação absoluta)
b) Insuficiência respiratória, evoluindo para falência respiratória
c) Profilática → pós-operatório de grandes cirurgias
d) Promoção de trocas supranormais → hiperventilação no tratamento de
hipertensão intracraniana
obs: Pneumonia comunitária → Penicilina cristalina
obs2: Pneumonia bacteriana → agente streptococcus pneumoniae → Penicilina

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