Buscar

Emergências pediátricas - Aula 10 - SAVP

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

1 
Beatriz Machado de Almeida 
Emergências pediátricas – Aula 10 
OBJETIVOS PRINCIPAIS 
• Como organizar o time de ressuscitação. 
• Como reconhecer os sinais de falência 
cardiorrespiratória na criança. 
• Compreender as regras do BLS. 
• Identificar PCR e seus ritmos. 
• Como abordar uma criança em PCR. 
• Compreender o algoritmo da PCR na criança. 
EPIDEMIOLOGIA 
• Causas de PCR na criança: importante lembrar que 
as crianças normalmente param em ritmos não 
chocáveis, devido a disfunções respiratórias e 
cardiovasculares. 
❖ Hipoxemia. 
❖ Choque. 
❖ Colapso súbito (arritmias – FV – fibrilação 
ventricular/TV – taquicardia ventricular sem 
pulso) – 5-15%. São ritmos chocáveis e são bem 
raros. Normalmente ocorrem devido à quadros 
agudos por causas externas – choque elétrico, 
trauma, intoxicação, cardiopatia prévia, 
alguma injúria cardíaca anterior. 
 
• Sobrevida pós-PCR após alta hospitalar: a 
sobrevida pós parada é menor do que a do 
adulto. É importante evitar que chegue ao ponto 
de parada, porque reverter é difícil. 
❖ Ambiente extra-hospitalar: <10% das crianças. 
❖ Ambiente intra-hospitalar: 33%-43% das 
crianças. 
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR) 
Ausência de batimentos cardíacos e movimentos 
respiratórios. 
• Ausência de pulso. 
• Inconsciência. 
• Apneia ou gasping. 
O paciente pode apresentar uma parada 
respiratória sem parada cardíaca, mas o contrário 
nunca. Na PCR deve haver ausência de pulso, 
inconsciência e apneia ou gasping. Deve-se 
reconhecer em até 10 segundos. 
ELO DA CADEIA DE RESSUSCITAÇÃO 
 
PALS - Foco na prevenção. O elo na cadeia de 
ressuscitação da criança: elo intra-hospitalar e elo 
extra-hospitalar. 
No intra-hospitalar: Como evitar a PCR? 
• Reconhecer e prevenir precocemente a 
insuficiência cardiocirculatória. 
• Reconhecer hipoxemia, o choque e intervir, 
chamando o time de parada. 
• RCP de alta qualidade. 
• Ressuscitação avançada – começar com o suporte 
básico, chamar o avançado que irá trazer o 
desfibrilador – identifica se o ritmo chocável e 
intervém, e todas as outras coisas como: drogas, 
acesso. 
• Cuidados pós PCR. 
• Recuperação. 
A prevenção para o meio extra-hospitalar 
(normalmente acontece por eventos súbitos) será 
voltada para os eventos agudos – traumas, altura, 
choque, envenenamento, intoxicações acidentais. 
MECANISMOS DE PREVENÇÃO 
• Insuficiência respiratória e choque → falência 
cardiopulmonar → PCR por hipóxia. 
• Arritmia ventricular → PCR súbita (avalia-se se 
são chocáveis). 
TIME DE REANIMAÇÃO 
LÍDER 
• Organiza o grupo. 
SAVP – Suporte Avançado de Vida em Pediatria 
 
2 
Beatriz Machado de Almeida 
Emergências pediátricas – Aula 10 
• Observa a performance. 
• Direciona os membros do time. 
• Apto pra realizar todos os procedimentos. 
• Concede feedback ao grupo após RCP. 
MEMBRO 
• Entende seu papel. 
• Encontra-se disposto, apto e habilitado para 
atuar. 
• Domina a sequência do PALS. 
• Comprometido com o sucesso do time. 
É importante que cada um tenha seu espaço e 
direcionar cada um para uma função. Exemplo: 1 na 
via aérea, 2 pessoas intercalando na RCP e 1 ou 2 
pessoas no preparo e administração das 
drogas/tempo/anotações. 
BLS – BASIC LIFE SUPPORT 
BLS é pedra fundamental para o PALS. 
 
A principal mudança no lactente é a respiração. O 
lactente e a criança maior respiram mais rápido: 1 
respiração a cada 2-3 segundos, o que dá 20 
incursões por minuto. Cuidado para não hiperventilar. 
Na criança menor que o 1 ano (que o PALS considera 
lactente), o pulso palpado é o braquial. Usa dois 
dedos para massagem (dois polegares). 
Uma grande diferença é que na criança e lactente, 
quando há 1 socorrista, faz 30:2. E sendo 2 
socorristas, faz 15:2. Enquanto, no adulto, sempre é 
30:2. 
LACTENTES (<1 ANO) 
Na foto a seguir, vemos a palpação do pulso braquial, 
e o uso de dois dedos para massagem em lactentes, 
sendo com uma ou duas mãos. 
 
RCP DE QUALIDADE 
• 100 a 120 compressões por minuto. 
• Comprimir 1/3 do diâmetro do tórax. 
• Permitir tórax retornar à posição normal. 
• Minimizar interrupções (10 segundos). 
• Não hiperventilar (1 ventilação a cada 2 a 3 
segundos = 20 a 30 por minuto). 
• Rodiziar compressões a cada 2 minutos: antes 
disso, deve-se minimizar a interrupção da 
massagem cardíaca. 
Criança não responsiva, sem respiração afetiva → 
ativar serviço de emergência DEA/desfibrilador. 
 
 
Em 10 segundos, verificado que a criança não tem 
pulso, vai iniciar a RCP, até que chegue o 
desfibrilador. Se a criança tem o pulso, mas não 
respira bem ou está inconsciente, vai ser feito uma 
respiração de resgaste, pois tem parada 
respiratória, mas não tem parada cardíaca. 
E pode começar compressão cardíaca, se a criança 
começar a bradicardizar, pois FC<60 com falência 
cardiopulmonar na criança é igual a ritmo de 
parada, devendo fazer a RCP. 
 
3 
Beatriz Machado de Almeida 
Emergências pediátricas – Aula 10 
Lembrar de, a cada 2 minutos, verificar se o pulso 
voltou e como está o ritmo. 
Quando chega o DEA, deve ser instalado sem parar 
a massagem. O DEA vai avaliar o ritmo e mandar 
afastar do paciente quando ele for chocar. Se for 
ritmo chocável, vai fazer o choque e deve-se iniciar 
RCP novamente de imediato. E se for não chocável, 
deve voltar para RCP e, a cada 2 minutos, vai rever 
ritmo e pulso até que o suporte avançado chegue. 
Qualquer pessoa leiga, treinada em BLS, pode fazer 
isso! Pode fazer massagem, ventilação (se tiver uma 
máscara), colocar um DEA. 
Só vai iniciar suporte avançado, quando chegar VA 
avançada, acesso venoso, droga. Isso que vai 
diferenciar o suporte básico do avançado. Isso vai 
requerer uma equipe treinada para ressuscitação. 
 
Então, no suporte avançado, o passo a passo inicial 
é o mesmo. Avalia 10 segundos para saber se a 
criança está responsiva. Se tem resposta, vamos 
diagnosticar e tratar, partindo para o ABCDE. Se 
não tem resposta, ou seja, está parado, vai verificar 
se tem pulso. Não tem pulso, parte para RCP. Se a 
criança sem respiração efetiva, mas com pulso, 
parte para ventilação de resgaste, sendo uma parada 
respiratória, mas não cardíaca. Vai pegar acesso, 
iniciar drogas, vai ter monitor disponível. 
IMPRESSÃO INICIAL 
 
Esquema 1: é para quando a criança não está parada. 
Faz ABCDE, avaliação completa, avaliação 
secundária e terciária. 
Esquema 2: Sempre avaliar terreno, identificar e 
intervir. Continuar sempre o ciclo. 
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA 
• A → abertura de vias aéreas. 
• B → respiração. 
• C → Circulação. 
• D → disfunção. 
• E → exposição. 
FALÊNCIA CARDIORRESPIRATÓRIA 
Lembrar sempre dos sinais de gravidade na 
exposição, pois a criança pode evoluir para um choque. 
Sempre intervir para que a criança não pare. 
Reconhecer a Falência Cardiopulmonar 
A – Via 
aérea 
Pode ou não estar patente 
B - 
Respiração 
Bradipneia/respiração inefetiva 
 
 
 
 
C - 
circulação 
Bradicardia e hipotensão 
TEC lento 
Pulsos centrais fracos 
Pulsos periféricos ausentes 
Pele cianótica ou mosqueada 
D - 
neurológico 
Redução do nível de consciência 
 
 
 
E - 
exposição 
Sangramento? 
Hipotermia? 
Lesões? 
Traumas? 
HIPOTENSÃO 
Idade PAS (mmHg) 
Recém-nascidos a 
termo (0-28 dias) 
<60 
Lactentes (1-12 
meses) 
<70 
Criança 1-10 anos <70 + (2 X idade em anos) 
>10 anos <90 
 
 
4 
Beatriz Machado de Almeida 
Emergências pediátricas – Aula 10 
 
As imagens mostram sinais de gravidade (livedo, 
cianose, desconforto respiratório, hipoatividade). 
CAUSAS REVERSÍVEIS DE PCR – 6HS E 6TS 
6 HS 
É sempre importante perguntar poque o paciente 
parou, pois, se não for revertida a causa da parada, 
pode ser que o paciente não volte mais. 
Os Hs estão muito relacionados a causas 
metabólicas/respiratórias. 
• Hipovolemia. 
• Hipóxia. 
• H+ (acidose). 
• Hipo ou hipercalemia. 
• Hipoglicemia. 
• Hipotermia. 
6 TSOs Ts estão mais relacionados com tensão e 
intoxicações (toxinas). Podem chegar a ter até 
ritmos chocáveis, como no tamponamento, que pode 
ter um choque obstrutivo e gerar uma fibrilação, 
assim como no pneumotórax. 
• Pneumotórax hipertensivo. 
• Tamponamento. 
• Toxinas. 
• Trombose (coronária). 
• TEP. 
• Trauma (não reconhecido). 
OBS: o algoritmo não fala expressamente de trauma, 
mas é uma causa que sempre tem que se ficar atento. 
RECONHECER OS RITMOS DE PCR 
• Assistolia e bradicardia <60 bpm com 
repercussão. 
• Atividade elétrica sem pulso. 
• Fibrilação e/ou taquicardia ventricular sem 
pulso. 
 
É necessário reconhecer os ritmos de parada, que 
são iguais ao do adulto. Ficar atento apenas para 
particularidade da criança que é a presença de 
bradicardia (<60bpm). 
Então, frequência cardíaca menor do que 60 na 
criança com repercussão, é considerada como um 
ritmo de parada, tendo que massagear da mesma 
forma que faria em assistolia, porque é como se essa 
bradicardia fosse evoluir para uma assistolia. Se a 
criança entra em assistolia e para, fica cada vez 
mais complicado dela retornar, o prognóstico é pior. 
A assistolia, bradicardia (<60 bpm) e a AESP são 
ritmos não chocáveis. 
FV e TV sem pulso são ritmos chocáveis. 
Nos ECGs acima, temos, de cima para baixo, uma 
assistolia, onde observa-se um traçado isoelétrico; 
uma TV monomórfica, ou seja, tem o mesmo padrão, 
com QRS largo (um dos diferenciais da TV); uma FV, 
que é um ritmo anárquico, não é possível identificar 
onda P, onda QRS, não tem um padrão. 
ALGORITMO PCR NA CRIANÇA 
O serviço de emergência chega com o suporte 
avançado, a primeira coisa a ser feita é identificar, 
em 10 segundos, a parada na criança e iniciar a RCP. 
Iniciar a ressuscitação/RCP com CAB (C – 
Compressão; A – Via aérea; B – Respiração), ou 
seja, inicia a RCP fazendo as compressões no 
paciente, no caso de crianças, 15:2 (quinze 
compressões para duas ventilações). 
A primeira coisa a ser feita ao identificar uma 
parada é iniciar as compressões. Em seguida, outra 
pessoa da equipe pega o ambu e conecta à fonte de 
oxigênio e monitoriza o paciente para avaliação de 
ritmo. Ao identificar o ritmo, analisar se é ou não 
um ritmo chocável. 
Após a análise de ritmo, este ritmo não sendo 
chocável (assistolia, bradicardia ou AESP), voltar 
 
5 
Beatriz Machado de Almeida 
Emergências pediátricas – Aula 10 
para a massagem cardíaca/CAB e providenciar 
acesso venoso intraósseo. Assim que o acesso estiver 
estabelecido, administrar adrenalina. Além disso, 
deve-se preparar o material para realizar a IOT 
no paciente. 
A AHA, em 2020, trouxe a importância do uso da 
epinefrina de forma precoce, portanto, assim que 
estiver estabelecido um acesso venoso, administre 
epinefrina (adrenalina), independente de ser ou não 
um ritmo chocável. 
Após a análise de ritmo, sendo um ritmo chocável, 
proceder com o choque, que deve ser de 2 Joules 
por quilo para o primeiro choque, e administrar 
adrenalina assim que tiver acesso. Se já tiver um 
acesso disponível, já faz a adrenalina, senão, 
providenciar o acesso para que seja feita a 
administração. Administrado o choque, retomar RCP 
e reavaliar após 2 minutos. Se não chocar, 
prosseguir com RCP e administrar droga 
(adrenalina). 
Se precisar chocar, dá o choque, administra droga 
assim que tiver um acesso venoso disponível e retoma 
RCP. Se o ritmo continua chocável, repetir o choque 
após 2 minutos de compressão/ventilação, mas já 
utilizando um choque de 4 Joules por quilo, ou seja, 
dobra a voltagem no segundo choque. 
Do segundo choque em diante, pode seguir com a 
voltagem de 4 J ou, sendo uma criança muito 
grande/adolescente, podemos utilizar até 10 J, 
similar à carga no adulto. 
Ainda se tratando dos ritmos chocáveis, a adrenalina 
é feita intercalada com amiodarona/lidocaína, ou 
seja, foi administrada adrenalina neste ciclo, se no 
próximo ciclo o paciente se mantém com ritmo 
chocável, administrar amiodarona ou lidocaína 
(como antiarrítmicos). 
Independente de ser ou não um ritmo chocável, 
enquanto está sendo feita a RCP no paciente, deve-
se tratar causas reversíveis de parada (6Hs e 6Ts). 
Não se pode esquecer de, enquanto se faz o 
algoritmo, pensar no que está acontecendo com o 
paciente, o que está causando aquela parada. 
Cuidados pós-PCR – Se o paciente volta a circulação, 
fornecer os cuidados pós-circulação. Então, garantir 
uma temperatura adequada sem deixar o paciente 
hipertérmico, tendendo até a fazer uma hipotermia 
permissiva leve, ressuscitação com volume e droga 
contínua (normalmente é utilizada a adrenalina 
contínua no pós-parada), estabilização metabólica 
(garantir glicemia, colher uma gasometria, solicitar 
eletrólitos), solicitar Rx de tórax. 
 
RCP COM QUALIDADE 
• 100 a 120 compressões por minuto. 
• Comprimir 1/3 do diâmetro do tórax. 
• Minimizar interrupções (10 segundos). 
• Não hiperventilar (1 ventilação a cada 2 a 3 
segundos). 
• Rodiziar compressões a cada 2 minutos. 
• Sem IOT → manter 15:2 (2 socorristas). 
• Se IOT → (1 ventilação a cada 6 segundos) = 
10ipm por minuto sem interromper a massagem. 
CHOQUE 
• Primeiro choque: 2J/Kg. 
• Segundo choque: 4J/Kg. 
• Choques subsequentes: >4 J/Kg. 
• Máximo: 10J/Kg ou dose de adulto. 
 
6 
Beatriz Machado de Almeida 
Emergências pediátricas – Aula 10 
 
A primeira imagem mostra o desfibrilador que vamos 
ver na prática dentro do hospital. Ele tem um 
espacinho para colocar a carga, então é a pessoa 
que seleciona a carga, se é para sincronizar ou não. 
Ele pode ser marcapasso também, então pode fazer 
um cabo de eletro, ele pode ser só eletro. É muito 
mais completo que o DEA, pois o DEA só vai dizer 
se chocou ou não, liga e desliga a carga, ele mesmo 
escolhe a carga. No desfibrilador não, aqui coloca a 
pá no paciente (imagem abaixo), normalmente essa pá 
está acoplada dentro de um desfibrilador maior de 
adulto. Faz o choque na posição infraclavicular 
direita e no ictus, com distância de pelo menos 3 
dedos entre uma pá e outra. 
 
 
Quando não consegue 
fazer a distância adequada 
das pás, coloca na posterior 
e anterior. 
RETORNO À CIRCULAÇÃO 
• Retorno de pulso ou pressão arterial: se o 
paciente está monitorizado, tem pressão invasiva 
e monitor, então consegue ver o retorno da 
circulação com a onda de pulso. No eletro 
também vai aparecer o ritmo. Pode aparecer 
respiração e EPCO2. 
• Curva de pressão no 
monitor de pressão 
arterial invasiva. 
VIA AÉREA 
A imagem abaixo, mostra um Capnógrafo, que conecta 
quando o paciente está intubado. 
A curva do capnógrafo serve para 
detectar se o paciente está intubado 
ou não, junto com a respiração e com 
a ausculta, ver a saturação, expansividade. Pode ser 
utilizado como coadjuvante nessa avaliação. 
Quando o paciente retorna à circulação, vai voltar 
a curva no capnógrafo. 
• Intubação endotraqueal/IOT com cuff: só não 
intuba com cuff em recém-nascidos. 
• Capnografia com curv para detectar IOT. 
• Quando IOT >> 9 a 10 incursões por minuto. 
• Ventilação independente da massagem 
cardíaca. 
DROGAS DE REANIMAÇÃO 
EPINEFRINA (ADRENALINA) IV/IO 
Pode ser intravenosa ou intraóssea. 
• Dose: 0.01 mg/kg ou 0,1 ml/kg da solução 
1:10. Exemplo: paciente de 10kg, pega 1 ampola 
de adrenalina e dilui para 9 de soro, e faz 1 ml 
dessa solução, que é 01 ml/kg. 
• Repetir a cada 3 a 5 minutos: normalmente é 
ciclo sim e ciclo não. Se é um ritmo chocável, vai 
intercalar com amiodarona. Se for ritmo não 
chocável, 1 ciclo usa adrenalina e outro não usa, 
• Se ausência de acesso pode ser feito 
endotraqueal – dose 0,1 mg/kg – sem diluir: nas 
vias IV e IO é diluída (1 ampola de adrenalina para 
9 de soro – solução 1:10). 
• Iniciar nos primeiros 5 minutos de PCR, assim 
que acesso venoso disponível: muda prognóstico. 
AMIODARONA 
• IV/IO. 
• Dose: 5mg/Kg bolus durante a PCR (poderepetir 
por 2 vezes na FV/TV refratária). 
• Pode ficar uma manutenção, só que é por dia e 
não por minuto. Uso de 10 a 20mg/kg/dia de 
manutenção. 
• Na criança faz sempre a mesma dose. O adulto 
faz muita depressão miocárdica com amiodarona, 
por isso reduzem a dose. 
A amiodarona é cardiodepressor, então tem que ter 
cuidado (não usar mais do que 3X). Quando se vai 
fazer a manutenção, usa em infusão contínua (dose 
 
7 
Beatriz Machado de Almeida 
Emergências pediátricas – Aula 10 
de 10-20 mg/kg/dia). Exemplo: se o paciente não 
estiver muito hipotenso ou se ainda estiver no estado 
pós-arritmia. 
Paciente parou em FV/TV e precisou de 2 doses de 
amiodarona para voltar para o sinusal (fez 5mg/kg 
e depois mais 5mg/kg). Depois disso, vai colocar a 
amiodarona em infusão contínua. A dose de 
manutenção é de 10 a 20mg/kg/dia, podendo começar 
com 10 e aumentar até 20, se precisar. Pode abaixar 
para 5, quando vai desmamar para tirar (depois de 
24h suspende). 
Normalmente, sempre que faz o antiarrítmico em 
bolus, se deixa a manutenção porque ele tem chance 
de reincidir. 
LIDOCAÍNA 
• IV/IO. 
• Dose: 1mg/Kg bolus. 
• Repetir bolus após 15 minutos. 
• Manutenção: 20-50 mcg/Kg por minuto infusão. 
CASOS CLÍNICOS 
CASO CLÍNICO 
Paciente de 2anos, 12kg, chega ao pronto socorro com 
queixa de desconforto respiratório e febre há 
24horas, precedidos por sinais gripais há cinco dias. 
Radiografa de tórax revela grande consolidação lobar 
esquerda e broncograma aéreo. Sem antecedentes 
patológicos. 
Ao exame: Regular estado geral, torporoso, cianose 
SatO2 78%. FC 130 bpm, FR 50 ipm, Temp 40C, PA 
60X30mmHg HGT 65. 
• AR: MV reduzido em base esquerda, tiragem 
global, esforço intenso. 
• ACV: BRNF 2T sem sopros. 
• SN: Pupilas isofotorreagentes, pouco reativo 
• Ext: Pés frios, TEC 5seg, Pulsos periféricos 
fliformes. 
Discussão sobre o caso: Qual diagnóstico? Finalzinho 
de lactente para pré-escolar→ PNEUMONIA! E como 
se apresenta essa pneumonia em termos de 
gravidade? Criança com tiragem global, sonolento, 
torporoso, com uma saturação de 78% com cianose 
→ falência respiratória que já deve estar entrando 
em uma falência cardio também. Se a gente não 
intervir imediatamente nessa criança ele vai parar. 
Então é uma falência respiratória mesmo, mais do que 
uma insuficiência respiratória 
Questão 1: Quais os primeiros passos a serem 
realizados? 
a) Abrir via aérea, oxigenioterapia sob cateter 
nasal, acesso venoso, expansão volêmica com 
20ml/kg de cristaloide. 
b) Abrir via aérea, oxigenioterapia sob máscara não 
reinalante, expansão volêmica com 20ml/kg de 
cristaloide 
c) Abrir via aérea, ventilação com ambu, acesso 
venoso, expansão volêmica com 20ml/kg de 
cristaloide e preparar intubação. 
d) Abrir via aérea, oxigenioterapia e 
antibioticoterapia. 
ABCDE!!! O paciente não ventila com efetividade, 
mesmo com todo esforço ele já está cianótico, não 
adianta colocar uma máscara não reinalante, (máximo 
85%), ele não tem mais músculo para garantir ali um 
drive respiratório adequado. Então é ventilar para 
intubar, é um paciente em falência respiratória. 
Questão 2: Após as medidas iniciais, não foi possível 
obter acesso periférico e não foi realizada intubação. 
Qual sua conduta nesse momento: 
a) Chamar o cirurgião para Acesso Central. 
b) Acesso Intraósseo. 
c) Manter sem acesso até estabilizar o quadro. 
d) Fazer medicações por outras vias (nasal, 
intramuscular, retal). 
Não adianta chamar cirurgião para acesso central 
porque não é via de acesso de urgência. Via nasal, 
intramuscular ou retal não é possível fazer volume, 
adrenalina… 
Questão 3: Obtido acesso intraósseo, porém o 
paciente evoluiu com piora clínica e PCR. Qual o 
provável ritmo de parada? 
a) TV sem pulso. 
b) FV. 
c) Assistolia. 
d) Torsades de Points. 
Como o paciente evoluiu de uma falência 
cardiorrespiratória para uma parada é muito mais 
provável que esse paciente pare em ritmos não 
chocáveis. Então o provável ritmo de parada é a 
 
8 
Beatriz Machado de Almeida 
Emergências pediátricas – Aula 10 
assistolia. TV sem pulso, FV e Torsades são todos 
ritmos chocáveis. 
Questão 4: Qual sua conduta na PCR (com dois 
socorristas)? 
a) Iniciar ventilação com ambu e depois 
compressões cardíacas. 
b) Iniciar compressões cardíacas, ventilação com 
ambu 30:2. 
c) Iniciar compressões cardíacas, ventilação com 
ambu 15:2, adrenalina intraóssea 0,1ml/kg 
(solução 1:10). 
d) Iniciar compressões cardíacas, ventilação com 
ambu 15:2, amiodarona IO. 
e) Iniciar compressões cardíacas, ventilação com 
ambu 15:2, Choque 2J/kg. 
Sempre começar pelo C, sempre comprimir primeiro, 
depois ventilar (com 2 socorristas é 15:2) e 
adrenalina intraóssea (porque tivemos disponível no 
momento foi o intra ósseo), Então é CAB. 
Questão 5: Paciente permanece em PCR, após 
10minutos, nesse momento já foi realizada intubação 
e o acesso intraósseo está “perdido”. Qual a sua 
conduta? 
a) Parar a RCP e atestar o óbito. 
b) Manter RCP com compressões cardíacas e 
ventilação 15:2. 
c) Manter RCP com compressões cardíacas e 
ventilação, 10 ipm por min sem interromper 
massagem. 
d) Manter RCP com compressões cardíacas e 
ventilação sem interrupção e fazer adrenalina 
intra-traqueal. 
Se o paciente não tem mais acesso intraósseo, eu 
posso manter as compressões e ventilações sem 
interrupção e fazer adrenalina intratraqueal como 
opção até pegar outro acesso (periférico ou um novo 
intraósseo). 
Lembrar: acesso periférico → acesso intraósseo → 
acesso central. 
CASO CLÍNICO 2 
Vocês estão de plantão no serviço pré hospitalar 
SAMU. Recebem um chamado para atender uma 
criança de 10 anos vítima de atropelamento, sem 
outras vítimas no local. A unidade avançada é 
encaminhada 
Questão 1: Ao chegar no local paciente não 
responsivo, chamando atenção cianose labial e sem 
pulso. Qual a conduta inicial a ser realizada? 
a) Iniciar ventilação com ambu e depois 
compressões cardíacas. 
b) Iniciar compressões cardíacas, ventilação com 
ambu 30:2. 
c) Iniciar compressões cardíacas, ventilação com 
ambu 15:2, puncionar AVP ou IO, adrenalina 
0,1ml/kg (solução 1:10). 
d) Iniciar compressões cardíacas, ventilação com 
ambu 15:2, instalar DEA. 
e) Iniciar compressões cardíacas, ventilação com 
ambu 15:2, puncionar AVP ou IO e instalar DEA. 
CAB: compressão, ventila 15:2 e instala e DEA. A 
prioridade depois de massagem e ventilação é ver 
o ritmo. Até mesmo antes de fazer qualquer 
intervenção. 
Questão 2: Paciente apresentou ritmo chocável, 
sendo aplicado 2 J/kg e reiniciado RCP. Após segundo 
ciclo paciente mantém ritmo chocável. Qual a 
conduta? 
a) Novo choque com 2J/Kg + adrenalina IO/IV. 
b) Novo choque com 4J/Kg + adrenalina IO/IV. 
c) Novo choque com 2J/Kg + realizar IO e 
adrenalina IT. 
d) Novo choque com 4J/kg+ realizar IOT, 
e) RCP e após 2 min novo choque com 4J/kg. 
Não vou fazer 2J porque no segundo choque tenho 
que dobrar. E não vou parar o processo de 
ressuscitação para intubar o paciente. A prioridade 
é chocar, RCP e droga. 
Questão 3: Após 4 ciclo de RCP paciente mantendo 
ritmo chocável sendo notado abaulamento em HTD 
com hipertimpanismo. Qual a provável causa da PCR 
e arritmia? 
a) Hemotórax. 
b) Tamponamento cardíaco. 
c) Pneumotórax hipertensivo. 
d) Choque hemorrágico. 
A pista principal é o HTD com hipertimpanismo. É 
bem característico de pneumotórax, porque é ar. No 
 
9 
Beatriz Machado de Almeida 
Emergências pediátricas – Aula 10 
trauma, primeira estrutura que a costela encontra 
quando quebra é o pulmão, podemos ter hemotórax 
pegando veias mais profundas. Tamponamento 
cardíaco também, mas aí é outro quadro, pois iremos 
ter um choque obstrutivo, não veremos tanto 
abaulamento, e sim turgência de jugular. 
Então, quando abaula o hemitórax, faz enfisema, e 
vemos crepitação quando palpa: é pneumotórax → 
punção com agulhapara tirar o ar.

Continue navegando