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1 APRESENTAÇÃO Outra madeira de calcular uma estrutura hiperestática é pelo Método da Deformação (método do deslocamento). No método das forças, as incógnitas do problema hiperestático eram esforços simples (reação de apoio e/ou rotulas colocadas) que determinados, permitiam o conhecimento imediato dos diagramas de esforços solicitantes para a estrutura em estudo - Sussekind. Pelo Método da Deformação a resolução da estrutura hiperestático será abordado de maneira inversa, isto é, determinando-se inicialmente as deformações sofridas pelos nós das diversas barras da estrutura para, a partir desses valores, obter os diagramas de esforços solicitantes da estrutura. Por esta razão, será denominado Método das Deformações. Livros: ✓ Análise de Estruturas – Luiz Fernando Martha – Capítulo 10; ✓ Curso de análise estrutural – José Carlos Sussekind – Volume 3 – Capítulo 1; ✓ Análise Estrutural – Jack C. Mc Cormac – Capítulo 18. ✓ Análise de Estruturas – Humberto Lima Soriano – Capítulo 3 2 1. MÉTODO DAS DEFORMAÇÕES (método do deslocamento ou método da rigidez) O método das deformações (dos deslocamentos), por ser amplamente utilizado em programações automáticas, é o mais importante de análise de estruturas. Neste método as incógnitas são os ângulos de rotação e os deslocamentos lineares sofridos pelos nós das diversas barras. 2. NÚMERO DE INCÓGNITAS – deslocabilidade interna e externa O número de deslocabilidade é a soma das possibilidades de deslocamentos em cada nó. 2.1. Deslocabilidade interna (di) placa O número de deslocabilidades internas de uma estrutura é igual ao número de nós internos rígidos que ela possui. Não se coloca placa no fim da estrutura (lá o momento fletor é 0). Ex.: Calculando o número de deslocabilidaddes internas no pórtico abaixo (Figura 1). Figura 1 – Pórtico com 2 placas (duas deslocabilidade internas). Calculando o número de deslocabilidaddes internas no pórtico: Nó A ➔ não precisa de placa, pois o engaste não sofre deformação; Nó B ➔precisa de placa, para saber a rotação em B; Nó C ➔não precisa de placa, pois há uma rótula em C (não há deslocabilidade interna a considerar); Nó D ➔precisa de placa, para saber a rotação em D; 3 Nó E ➔não precisa de placa(nó extremo), esse trecho de E até F é isostático; Logo, di = 2 Conclui que o número de incógnitas do pórtico é igual a 2, números de nós internos (não rotulados) da estrutura. Dizemos que o número de deslocabilidades internas de uma estrutura é igual ao número de rotações de nós que precisamos conhecer para poder resolve- la. Obs.: a) Nas estruturas espaciais existem componentes de rotação em torno de 3 eixos ortogonais, logo, o número de deslocabilidades internas é igual ao triplo de nós rígidos que a estrutura possui; b) No caso de grelhas, existem componentes de rotação em torno dos 2 eixos que contém a grelha, logo, o número de deslocabilidades internas é igual ao dobro do número de nós internos rígidos; 2.2. Deslocabilidade Externa (de) (apoio de 1º gênero) O número de deslocabilidades externas de uma estrutura é igual ao número de apoios adicionais de 1º gênero que a ela devem ser acrescentadas para que todos os seus nós fiquem sem deslocamentos lineares. Ex.: Calculando o número de deslocabilidades externa e interna no pórtico abaixo (Figura 2). Figura 2 – Pórtico com 3 placas e 3 apoios adicionais. 4 Calculando o número de deslocabilidades internas e externa no pórtico: Nó A ➔ não precisa de placa, pois o engaste não sofre deformação; Nó B ➔não precisa de placa, pois apoio de 1º e 2º gênero não há deslocabilidade interna. Há uma deslocamento horizontal em B; Nó C ➔ não precisa de placa, pois apoio de 1º e 2º gênero não há deslocabilidade interna. Não precisa de apoio adicional, não há deslocamento linear em C; Nó D ➔ precisa de placa, para saber a rotação em D. Precisa de apoio adicional, há deslocamento linear (na horizontal) em D; Nó E ➔ precisa de placa, para saber a rotação em E. Não precisa de apoio adicional, pois há um apoio adicional em D; Nó F ➔ não precisa de placa, pois há uma rótula em F (não há deslocabilidade interna a considerar para saber a rotação em F). Não precisa de apoio adicional, pois há um apoio adicional em D; Nó G ➔ precisa de placa, para saber a rotação em G. Precisa de apoio adicional, há deslocamento linear (inclinado) em G; Logo, di = 3 de = 3 Conclui que o número de incógnitas do pórtico é igual a 6, números de nós internos (não rotulados) da estrutura = 3 e números de nós externos (deslocamento linear) da estrutura = 3. 2.3. Número total de Deslocabilidades (d) Como as incógnitas do problema são as rotações rígidos da estrutura (di) e os deslocamentos lineares independentes de seus nós (de), dizemos que o número total de deslocabilidade (d) de uma estrutura é a soma de (di + de). Obs.: Estrutura indeslocáveis ➔ de = 0 Estrutura deslocáveis ➔ de ≠ 0 O número de incógnitas do sistema será d. 5 Obter o número total de deslocabilidades para as estruturas planas abaixo: a) Resposta: d = 4 b) Resposta: d = 2 c) Resposta: d = 1 d) 6 Resposta: d = 3 e) Resposta: d = 3 7 3. GRANDEZAS FUNDAMENTAIS Para a determinação dos diagramas de momento fletores atuantes numa barra de uma estrutura hiperestática, precisamos conhecer, além do diagrama de momento fletores que teria esta barra se fosse, biengastada ou engastada e rotulada para carregamento externo atuante e facilmente tabelável para os carregamentos usuais da prática (Tabela 1), Sussekind. Tabela 1 – Momento de engastamento perfeito (viga com inercia constante) 8 3.1. Rigidez de uma barra Denominamos rigidez de um nó ao valor do momento que, aplicado neste nó, suposto livre para girar, provoca uma rotação unitária do mesmo. a) Barra biengastada: Seja a barra biengastada AB, cuja rigidez no nó A. Trata-se de determinar o Momento MA que deve ser aplicado em A para produzir a rotação = 1. Supondo a barra com inercia constante J e módulo de elasticidade E, a obtenção do diagrama de momentos fletores pode ser feita pelo processo de Mohr. Temos: 𝑀𝐴 = 4 𝐸 𝐽 𝑙 𝑒 𝑀𝐵 = 2 𝐸 𝐽 𝑙 Onde: E = módulo de elasticidade; J = momento de inércia; L = comprimento da barra. Resumindo: • para uma barra biengastada, de inercia constante, temos rigidez em um nó: K = 4EJ/l . ou • trabalhando com rigidez relativa para uma barra biengastada, de inercia constante e modulo de elasticidade (E) constante, podemos usar a fórmula reduzida de rigidez em um nó: K = 60/l . Onde é J/Jc (momento de inercia da barra / menor momento de inercia de toda a estrutura). 9 b) Barra engastada e rotulada: A rigidez em A da barra AB será igual ao momento fletor que aparecerá nesta seção para a resolução da viga AB para um recalque angular de apoio em A igual a = +1. Supondo a barra com inercia constante J e módulo de elasticidade E, a obtenção do diagrama de momentos fletores pode ser feita pelo processo de Mohr. Temos: 𝑀𝐴 = 3 𝐸 𝐽 𝑙 Onde: E = módulo de elasticidade; J = momento de inércia; L = comprimento da barra. Resumindo: • para uma barra engastada e rotulada, de inercia constante, temos rigidez em um nó: K = 3EJ/l. ou • trabalhando com rigidez relativa para uma barra engastada e rotulada, de inercia constante e modulo de elasticidade (E) constante, podemos usar a fórmula reduzida de rigidez em um nó: K = 45/l . Onde é J/Jc (momento de inercia da barra / menor momento de inercia de toda a estrutura). 10 c) Convenção de sinais que será adotado no método das deformações:E que consiste em chamar de positivos aos momentos e rotação nos extremos das barras quando os momentos tiverem o sentido anti-horário. Notar bem que não existe nenhuma relação entre esta convenção de sinais e a convenção às vezes adotada na estática de chamar positivos aos momentos fletores que tracionam suas fibras inferiores e negativos em caso contrário. Esse método será explicado detalhadamente pelos exercícios a seguirem. 4. EXERCÍCIOS Nestes exercícios (exemplos) a nomenclatura de Momento de Inércia será a letra J. Exemplo 1: Obter os diagramas solicitantes e as reações de apoio da viga abaixo, conforme mostra a Figura 3. Dados: J = 0,01 m4 (para o trecho AD) J = 0,006 m4 (para o trecho DE) E = 2,1 x 107 kN/m2 Figura 3 – Viga hiperestática. 1º Passo: Sistema Principal (S.P.): 11 No sistema principal, temos que calcular o número total de deslocabilidades (di + de) para a estrutura hiperestática. Colocar os nomes nas barras, nomes nos apoios e numerar as placas e os apoios adicionais. Temos que excluir o balanço e redesenhar a viga hiperestática sem o balanço e com as cargas de 50 kN e (50 x 3 = 150) KNm de momento fletor (Figura 4). Figura 4 – Sistema principal para calcular a viga hiperestática pelo método da deformação. Colocar placa e apoio adicional: de = 0 (apoio adicional) di = 1 (placa) d = de + di = 1 Logo o sistema será: 10 + 11 Δ1 = 0 2º Passo: Estado 0 (só carga): Barra 1: apoio e engaste Calculando o momento fletor em D. Usando a tabela de Momento de engastamento perfeito (tabela 1). Terceira coluna: 12 Carga momento de 150 kNm 𝑀𝐷 = − 𝑀 2 ( 3𝑎2 𝑙2 − 1) = 𝑀 2 = 150 2 = 75 𝑘𝑁𝑚 Carga pontual de 100 kN 𝑀𝐷 = − 𝑃𝑎𝑏 2𝑙2 (𝑙 + 𝑎) = − 100𝑥3𝑥5 2𝑥82 (8 + 3) = −128,91 𝑘𝑁𝑚 Carga pontual de 50 kN ➔ 𝑀𝐷 = − 𝑃𝑎𝑏 2𝑙2 (𝑙 + 𝑎) = − 50𝑥0𝑥8 2𝑥82 (8 + 0) = 0 𝑘𝑁𝑚 𝑀𝐷 = −53,91 𝑘𝑁𝑚 Barra 2: engaste e apoio Calculando o momento fletor em D. Usando a tabela de Momento de engastamento perfeito (tabela 1). Segunda coluna: Carga distribuída de 20 kN/m 𝑀𝐷 = + 𝑞𝑙2 8 = 20 𝑥 62 8 = 90 𝑘𝑁𝑚 Somando os momentos fletores da placa 1 ➔ 10 = -53,91 + 90 = 36,09 kNm 13 3º Passo: Estado 1 (rotação da placa 1 => Δ1): Rotacionando a placa 1, trabalho com as barras 1 e 2. Barra 1: apoio e engaste 𝐾𝐷 = 3𝐸𝐽 𝑙 = 3𝑥2,1𝑥107 𝑥 0,01 8 = 78750 𝑘𝑁𝑚 Barra 2: engaste e apoio 𝐾𝐷 = 3𝐸𝐽 𝑙 = 3𝑥2,1𝑥107 𝑥 0,006 6 = 63000 𝑘𝑁𝑚 Somando os momentos fletores da placa 1 ➔ 11 = 78750 + 63000 = 141750 kNm 14 4º Passo: Sistema 10 + 11 Δ1 = 0 36,09 + 141750 Δ1 = 0 Δ1 = -2,546x10-4 5º Passo: Superposição M = M0 + M1 Δ1 𝑀𝐷 1 = −53,91 + 78750 𝑥(−2,546𝑥10−4) = −73,96 𝑘𝑁𝑚 𝑀𝐷 2 = 90 + 63000 𝑥(−2,546𝑥10−4) = 73,96 𝑘𝑁𝑚 𝑀𝐵 1 = −50 𝑥 3 = −150𝑘𝑁𝑚 Figura 5 – Viga com os valores de momentos fletores. Calculando as reações de apoios da viga, tem-se: Figura 6 – Viga com as reações de apoios. 15 Figura 7 – Viga com diagrama de esforços cortante (kN). Figura 8 – Viga com diagrama de momentos fletores (kNm). 16 Exemplo 2: Obter o diagrama de momento fletor e as reações de apoio do pórtico abaixo, conforme mostra a Figura 9. Dados: E J = 0,0001 KNm2. Figura 9 – Pórtico hiperestático. 1º Passo: Sistema Principal (S.P.): No sistema principal, temos que calcular o número total de deslocabilidades (di + de) para a estrutura hiperestática. Colocar os nomes nas barras, nomes nos apoios e numerar as placas e os apoios adicionais. 17 Figura 10 – Sistema principal com as placas, nomes nas barras e apoios. Nó A ➔ não precisa de placa, pois apoio de 1º e 2º gênero não há deslocabilidade interna. Não há deslocamento linear em A; Nó B ➔não precisa de placa, pois apoio de 1º e 2º gênero não há deslocabilidade interna. Há deslocamento horizontal em B; Nó D ➔ precisa de placa, para saber a rotação em D. Não precisa de apoio adicional, pois não há deslocamento linear (o apoio C evita o deslocamento horizontal na barra 3 e 4); Nó E ➔ precisa de placa, para saber a rotação em E. Não precisa de apoio adicional, pois não há deslocamento linear na barra 4 (o apoio C evita o deslocamento horizontal na barra 3 e 4); Nó C ➔ não precisa de placa, pois apoio de 1º e 2º gênero não há deslocabilidade interna. Não há deslocamento linear em C. Colocar placa e apoio adicional: de = 0 (apoio adicional) di = 2 (placas) d = de + di = 2 Logo o sistema será: 10 + 11 Δ1 + 12 Δ2 = 0 18 20 + 21 Δ1 + 22 Δ2 = 0 2º Passo: Estado 0 (só carga): Barra 1 = 0 Barra 2: apoio e engaste Calculando o momento fletor em E, da barra 2. Usando a tabela de Momento de engastamento perfeito (tabela 1). Terceira coluna: Carga momento de 21 kNm 𝑀𝐸 = − 𝑀 2 ( 3𝑎2 𝑙2 − 1) = − 21 2 ( 3𝑥22 72 − 1) Carga pontual de 3 kN 𝑀𝐸 = + 𝑃𝑎𝑏 2𝑙2 (𝑙 + 𝑎) = + 3𝑥2𝑥5 2𝑥72 (7 + 5) 𝑀𝐸 = 11,60 𝑘𝑁𝑚 Virando a barra para visualizar melhor 19 Barra 3: engaste e engaste Calculando os momentos fletores em D e E. Usando a tabela de Momento de engastamento perfeito (tabela 1). Primeira coluna: Carga distribuída de 2 kN/m 𝑀𝐷 = + 𝑞𝑐 12𝑙2 (12𝑎𝑏2 + 𝑐2(𝑙 − 3𝑏)) = + 2𝑥3 12𝑥52 (12𝑥1,5𝑥3,52 + 32(5 − 3𝑥3,5)) = 3,42 𝑘𝑁𝑚 𝑀𝐸 = − 𝑞𝑐 12𝑙2 (12𝑎2𝑏 + 𝑐2(𝑙 − 3𝑎)) = + 2𝑥3 12𝑥52 (12𝑥1,52𝑥3,5 + 32(5 − 3𝑥1,5)) = −1,98 𝑘𝑁𝑚 Barra 4: engaste e apoio Calculando o momento fletor em E. Usando a tabela de Momento de engastamento perfeito (tabela 1). Segunda coluna: Carga distribuída de 31 kN/m 20 𝑀𝐸 = + 𝑞𝑏𝑐 8𝑙2 (4𝑎(𝑏 + 𝑙) − 𝑐2) = + 31𝑥3𝑥4 8𝑥52 (4𝑥2(3 + 5) − 42) = 89,28 𝑘𝑁𝑚 Somando os momentos fletores das placas 1 e 2: ➔ 10 = 3,42 + 0 = 3,42 kNm ➔ 20 = -1,98 + 11,60 + 89,28 = 98,90 kNm 3º Passo: Estado 1 (rotação da placa 1 => Δ1): Calculando a rigidez da placa 1. Rotacionando a placa 1, trabalha-se com as barras 1 e 3. 21 Barra 1: apoio e engaste Trabalhando com a rigidez relativa: 𝐾𝐷 = 45 𝑙 = 45 7 = 6,43 𝑘𝑁𝑚 Barra 3: engaste e engaste 𝐾𝐷 = 60 𝑙 = 60 5 = 12 𝑘𝑁𝑚 𝐾𝐸 = 30 𝑙 = 30 5 = 6 𝑘𝑁𝑚 Somando os momentos fletores das placas 1 e 2: ➔ 11 = 6,43 + 12 = 18,43 kNm ➔ 21 = 6 kNm 22 4º Passo: Estado 2 (rotação da placa 2 => Δ2): Calculando a rigidez da placa 2. Rotacionando a placa 2, trabalha-se com as barras 2, 3 e 4. Barra 2: apoio e engaste Trabalhando com a rigidez relativa: 𝐾𝐸 = 45 𝑙 = 45 7 = 6,43 𝑘𝑁𝑚 Barra 3: engaste e engaste Trabalhando com a rigidez relativa: 23 𝐾𝐸 = 60 𝑙 = 60 5 = 12 𝑘𝑁𝑚 𝐾𝐷 = 30 𝑙 = 30 5 = 6 𝑘𝑁𝑚 Barra 4: engaste e apoio Trabalhando com a rigidez relativa: 𝐾𝐸 = 45 𝑙 = 45 5 = 9 𝑘𝑁𝑚 Somando os momentos fletores das placas 1 e 2: ➔ 12 = 6 kNm ➔ 22 = 12 + 6,43 + 9 = 27,43 kNm 5º Passo: Sistema 10 + 11 Δ1 + 12 Δ2 = 0 20 + 21 Δ1 + 22 Δ2 = 0 4,42 +18,43 Δ1 + 6 Δ2 = 0 24 98,90 + 6 Δ1 + 27,43 Δ2 = 0 Δ1 = 1,06401 Δ2 = -3,83828 6º Passo: Superposição M = M0 + M1 Δ1 + M2 Δ2 𝑀𝐷 1 = 0 + 6,43 𝑥(1,06401) + 0 𝑥 (−3,83828) = 6,84 𝑘𝑁𝑚 𝑀𝐷 3 = 3,42 + 12 𝑥(1,06401) + 6 𝑥 (−3,83828) = −6,84 𝑘𝑁𝑚 𝑀𝐸 2 = 11,60 + 0 𝑥(1,06401) + 6,43 𝑥 (−3,83828) = −13,07 𝑘𝑁𝑚 𝑀𝐸 3 = −1,98 + 6 𝑥(1,06401) + 12 𝑥 (−3,83828) = −41,66 𝑘𝑁𝑚 𝑀𝐸 4 = 89,28 + 0 𝑥(1,06401) + 9 𝑥(−3,83828) = 54,73 𝑘𝑁𝑚 Figura 11 – Pórtico com diagrama de momentos fletores (kNm)e as reações de apoio. 25 Exemplo 3: Obter os diagramas dos esforços seccionais e as reações de apoio do pórtico abaixo, conforme mostra a Figura 12. Dados: E = 2,0 x 107 kN/m2 J = 0,03 m4. Figura 12 – Pórtico hiperestático. 1º Passo: Sistema Principal (S.P.): No sistema principal, temos que calcular o número total de deslocabilidades (di + de) para a estrutura hiperestática. Colocar os nomes nas barras, nomes nos apoios e numerar as placas e os apoios adicionais. 26 Figura 13 – Sistema principal com as placas, nomes nas barras e apoios. Nó A ➔ não precisa de placa, pois o engaste não sofre deformação; Nó B ➔ precisa de placa, para saber a rotação em B e não há deslocamento linear em B (pois a barra AB está sem deslocamento devido ao engaste em A); Nó C ➔ não precisa de placa, pois apoio de 1º e 2º gênero não há deslocabilidade interna. Não há deslocamento linear em C. Colocar placa e apoio adicional: de = 0 (apoio adicional) di = 1 (placa) d = de + di = 1 Logo o sistema será: 10 + 11 Δ1 = 0 2º Passo: Estado 0 (só carga): Barra 1: engaste e engaste 27 Calculando os momentos fletores em A e B. Usando a tabela de Momento de engastamento perfeito (tabela 1). Primeira coluna: Carga distribuída de 50 kN/m 𝑀𝐴 = + 𝑞𝑙2 12 = + 50 𝑥 42 12 = 66,67 𝑘𝑁𝑚 𝑀𝐵 = − 𝑞𝑙2 12 = − 50 𝑥 42 12 = − 66,67 𝑘𝑁𝑚 Barra 2: engaste e apoio Calculando o momento fletor em B. Usando a tabela de Momento de engastamento perfeito (tabela 1). Segunda coluna: 28 Carga distribuída de 50 kN/m 𝑀𝐵 = + 𝑞𝑙2 8 = + 50 𝑥 32 8 = 56,25 𝑘𝑁𝑚 Carga pontual de 110 kN 𝑀𝐵 = − 3 16 𝑃𝑙 = − 3 16 110 𝑥 4 = −82,5 𝑘𝑁𝑚 Somando os dois valores de momento em B ➔ 56,25 – 82,5 = -26,25 kNm Somando os momentos fletores da placas 1 : ➔ 10 = -66,67 + -26,25 = -92,92 kNm 3º Passo: Estado 1 (rotação da placa 1 => Δ1): Calculando a rigidez da placa 1. Rotacionando a placa 1, trabalha-se com as barras 1 e 2. 29 Barra 1: engaste e engaste 𝐾𝐵 = 4𝐸𝐽 𝑙 = 4𝑥2,0𝑥107 𝑥 0,03 4 = 600000 𝑘𝑁𝑚 𝐾𝐴 = 2𝐸𝐽 𝑙 = 2𝑥2,0𝑥107 𝑥 0,03 4 = 300000 𝑘𝑁𝑚 Barra 2: engaste e apoio 30 𝐾𝐵 = 3𝐸𝐽 𝑙 = 4𝑥2,0𝑥107 𝑥 0,03 5 = 360000 𝑘𝑁𝑚 Somando os momentos fletores das placas 1: ➔ 11 = 600000 + 360000 = 960000 kNm 5º Passo: Sistema 10 + 11 Δ1 + 12 Δ2 = 0 -92,92 +960000 Δ1 = 0 Δ1 = 9,68 x 10-5 6º Passo: Superposição M = M0 + M1 Δ1 𝑀𝐴 1 = 66,67 + 300000 𝑥(9,68 x 10−5) = 95,71 𝑘𝑁𝑚 𝑀𝐵 1 = −66,67 + 600000 𝑥(9,68 x 10−5) = −8,59 𝑘𝑁𝑚 𝑀𝐵 2 = −26,25 + 360000 𝑥(9,68 x 10−5) = 8,59 𝑘𝑁𝑚 31 Figura 14 – Pórtico com diagrama de momentos fletores (kNm)e as reações de apoio. Figura 15 – Pórtico com diagrama de esforço normal e as reações de apoio. 32 Figura 16 – Pórtico com diagrama de esforço cortante e as reações de apoio. 33 Exercícios Proposto: 1) Calcular pelo Método das Deformações a estrutura hiperestática, desenhar os diagramas de esforços internos. Dados: EI = 0,0001 kNm2. ➔ (E = 1x108 kN/m2 x J = 1 mm4) Resposta: Usar o Ftool 2) Calcular pelo Método das Deformações a estrutura hiperestática, desenhar os diagramas de esforços internos. Dados: EI = 0,0001 kNm2. ➔ (E = 1x108 kN/m2 x J = 1 mm4) Resposta: Usar o Ftool 3) Calcular pelo Método das Deformações a estrutura hiperestática, desenhar os diagramas de esforços internos. Dados: EI = 0,0001 kNm2. ➔ (E = 1x108 kN/m2 x J = 1 mm4) 34 Resposta: Usar o Ftool 4) Calcular pelo Método das Deformações a estrutura hiperestática, desenhar os diagramas de esforços internos. Dados: EI = 0,0001 kNm2. ➔ (E = 1x108 kN/m2 x J = 1 mm4) Resposta: Usar o Ftool 5) Calcular pelo Método das Deformações a estrutura hiperestática, desenhar os diagramas de esforços internos. Dados: EI = 0,0001 kNm2. ➔ (E = 1x108 kN/m2 x J = 1 mm4) 35 Resposta: Usar o Ftool 6) Calcular pelo Método das Deformações a estrutura hiperestática, desenhar os diagramas de esforços internos. Dados: EI = 0,0001 kNm2 . ➔ (E = 1x108 kN/m2 x J = 1 mm4) Resposta: Usar o Ftool 1. MÉTODO DAS DEFORMAÇÕES (método do deslocamento ou método da rigidez) 2. NÚMERO DE INCÓGNITAS – deslocabilidade interna e externa 2.1. Deslocabilidade interna (di) placa 2.2. Deslocabilidade Externa (de) (apoio de 1º gênero) 2.3. Número total de Deslocabilidades (d) 3. GRANDEZAS FUNDAMENTAIS 3.1. Rigidez de uma barra 4. EXERCÍCIOS
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