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Resumo de Máquinas, Massas, Percepções e Mentes

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Resumo de “Máquinas, massas, percepções e mentes”
Revolução Científico – Tecnológica de 1870 (ampliação dos potenciais produtivos, aumento da capacidade de produção e consumo e multiplicação de riquezas / alteração da estrutura da sociedade, o surgimento dos grandes complexos industriais promove o crescimento e concentração dos operários, aumentando seu poder) conduzirá à criação dos primeiros movimentos e partidos operários. “Esses partidos alterariam o quadro político, ensejando o surgimento de regimes baseados nas organizações operárias ou de massa, em linhas tão diversas como o populismo norte-americano, o nazi-facismo ou o comunismo soviético.” 
Tanto a mecanização do campo quanto a demanda por mão-de-obra vão culminar no êxodo rural. As inovações tecnológicas no geral vão mudar a vida das pessoas, seu cotidiano. Possibilitam um crescimento colossal das metrópoles (crescimento também vertical). O controle tecnológico altera o comportamento das pessoas. “Nessa sociedade altamente mecanizada, são os homens e mulheres que devem se adaptar ao ritmo e à aceleração das máquinas, e não o contrário.” Isso despontará na mudança de valores da sociedade. A forma prática de conhecer as pessoas é observando como se vestem, como se portam, os objetos simbólicos que exibem. “As pessoas são aquilo que consomem”. Deslocamento do foco da comunicação das qualidades humanas da pessoa para a qualidade daquilo que ela ostenta. 
Há a supervalorização do olhar, intensificada e acentuada pelas práticas publicitárias, incide sobretudo na capacidade de captar o movimento (reflexos mais aguçados). A rápida mudança no cenário tecnológico remodela as imaginações. O design ganha maior importância. “[...] conceito de estilo. Ou seja, a forma de utilizar as mudanças na percepção a fim de capturar a imaginação dos consumidores”. Não basta ser bom e barato. A arte moderna foi fortemente influenciada pelo cinema (técnicas de edição) e parque de diversões (experiências que alteram a percepção). Um quadro cubista, apenas de ser um objeto estável, é dotado de dinamismo sensorial em turbilhão.
A ditadura da moda, do estilo e do consume substituem a lógica dual da Guerra Fria. O mercado passa a incorporar o prestígio da rebelião juvenil em artigos de consumo. Apropria-se desse aspecto cultural para criar uma aura de glamour e sensação, remodelando a publicidade e colocando a mercadoria no centro da cena cultural – “[...] transformação do consumo num ato simultaneamente ‘libertador’ e substitutivo dos desejos reprimidos.” Na sociedade da mercadoria, o consumismo desponta como uma terapia para aliviar o mal-estar gerado pelo sistema, centrado no mercado e não nos valores humanos (sociedade do espetáculo – supervalorização da imagem, fetichismo da mercadoria, alienação do público através da espetacularização). Juntando os três fenômenos: ascensão da cultura da imagem e do consumo, desregulamentação dos mercados e retração do estado (como pano de fundo o avanço tecnológico), o resultado será valorização das imagens aos conteúdos, pessoas estimuladas a concorrer em detrimento de sentimentos de colaboração e solidariedade e comunicações mediadas por recursos tecnológicos predominando sobre a interação direta. Um mundo cada vez mais carente de lações afetivos e coesão social.

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