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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO Z. SOCIEDADE EMPRESÁRIA BETA S/A, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ sob nº ___, endereço eletrônico ___, com sede no município Y, vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, endereço profissional ___, com fulcro no artigo 38 da Lei n. 6.830/80 e nos artigos 300 e 319 do Novo Código de Processo Civil, ajuizar: AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL COM TUTELA DE URGÊNCIA contra a FAZENDA DO MUNICÍPIO Y, com endereço na rua__, (endereço eletrônico), pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos. I - DOS FATOS A Autora, foi autuada por ter deixado de recolher o Imposto Sobre Serviços (ISS) sobre as receitas oriundas de sua atividade principal, qual seja, a de locação de veículos automotores. Cumpre esclarecer que sua atividade é exercida exclusivamente no território do Município Y e não compreende qualquer serviço acessório à locação dos veículos. Quando da lavratura do Auto de Infração, além do montante principal exigido, também foi lançada multa punitiva correspondente a 200% do valor do imposto, além dos respectivos encargos relativos à mora. Mesmo após o oferecimento de impugnação e recursos administrativos, o lançamento foi mantido e o débito foi inscrito em dívida ativa. Contudo, ao analisar o Auto de Infração, verificou-se que a autoridade fiscal deixou de inserir em seu bojo os fundamentos legais indicativos da origem e natureza do crédito. II - DO DIREITO Preliminarmente faz-se necessário a concessão do instituto da Tutela de urgência para a suspensão da exigibilidade do crédito tributário. conforme o Art. 300 do CPC. Especialmente considerando a necessidade obtenção da certidão de regularidade fiscal. Visto que O fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação consiste no fato de que, sem a antecipação dos efeitos da tutela, o Réu certamente, tendo em vista que já inscreveu o referido Débito na Dívida Ativa do Estado, ajuizará a competente Execução Fiscal com a penhora de bens da Autora, o que por si só já trará enormes prejuízos à Autora. Por outro lado, caso efetue o pagamento do débito e, posteriormente, a presente ação venha a ser julgada procedente, a Autora terá de se sujeitar ao caminho tortuoso da repetição do indébito. Restando clara, assim, a presença dos requisitos previstos no artigo 300 do Novo Código de Processo Civil. Ademais, é imprescindível ressaltar que o auto de infração emitido pelo réu é nulo. Por constituir vício formal, conforme previsto no Art. 142. Do CTN. Visto que, o réu não cumpriu com o seu dever estipulado pelo código tributário de especificar as disposições legais que deram suporte ao lançamento do crédito tributário, e por conseguinte, feriu o princípio elementar da constituição, o contraditório e ampla defesa. Vale lembrar ainda, que a atividade da autora consiste na locação de bens móveis, sobre a qual não incide ISS, nos termos da Súmula Vinculante 31 do STF. Que diz: “ISS sobre locação de Bens Móveis. É inconstitucional a incidência do imposto sobre serviços de qualquer natureza - ISS sobre operações de locação de bens móveis. A supremacia da Carta Federal é conducente a glosar-se a cobrança de tributo discrepante daqueles nela previstos.” Por último, e não menos importante, é sabido que a imposição de multa que ultrapasse o valor do tributo além de inconstitucional, afronta o princípio do não confisco, o qual se encontra normatizado no Art. 150, inciso IV, da CRFB. III - DO PEDIDO Diante do todo exposto, requer-se a) Seja concedida tutela de urgência para suspensão da exigibilidade do crédito e seja expedida certidão de regularidade fiscal. b) A citação do Réu, para apresentar contestação no prazo estipulado em lei. c) A procedência do pedido para que sejam anulados os créditos tributários em questão. 10. Subsidiariamente, seja reduzida a multa punitiva para patamar não superior a 100% (cem por cento) do valor do tributo. d) Condenação ao ressarcimento de custas e pagamento de honorários. e) A autora não está interessada pela realização da audiência de conciliação ou de mediação. A autora provará o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos. Dá-se a causa o valor de R$ xx.xxx,xx Termos em que, Pede Deferimento São Paulo, 16 de outubro de 2021 FULANO DE TAL OAB Nº: XXX.XXX
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