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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUÍZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO Z. A SOCIEDADE EMPRESÁRIA BETA S/A, pessoa jurídica de direito privado, situado na rua, bairro, CEP, inscrito no CNPJ sob o nº, sediada no Município Y do Estado Z, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL, contra a FAZENDA DO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos: II – DOS FATOS A sociedade empresária Beta S/A, sediada no Município Y do Estado Z, foi autuada por ter deixado de recolher o Imposto Sobre Serviços (ISS) sobre as receitas oriundas de sua atividade principal, qual seja, a de locação de veículos automotores. Cumpre esclarecer que sua atividade é exercida exclusivamente no território do Município Y e não compreende qualquer serviço acessório à locação dos veículos. Quando da lavratura do Auto de Infração, além do montante principal exigido, também foi lançada multa punitiva correspondente a 200% do valor do imposto, além dos respectivos encargos relativos à mora. Mesmo após o oferecimento de impugnação e recursos administrativos, o lançamento foi mantido e o débito foi inscrito em dívida ativa. Contudo, ao analisar o Auto de Infração, verificou-se que a autoridade fiscal deixou de inserir em seu bojo os fundamentos legais indicativos da origem e natureza do crédito. A execução fiscal não foi ajuizada até o momento, e a sociedade empresária pretende a elas e antecipar. Neste contexto, a sociedade empresária Beta S/A, considerando que pretende obter certidão de regularidade fiscal, sem prévio depósito, e, ainda, considerando que já se passaram seis meses da decisão do recurso administrativo, procura seu escritório, solicitando a você que sejam adotadas as medidas judiciais cabíveis para a afastara exigência fiscal. III – DOS DIREITOS O auto de infração formalizado pelo fiscal é nulo conforme disposto no Art. 142 do CTN. Vejamos: Art. 142. Compete privativamente a autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. Ainda mais, amparado pela súmula vinculante do supremo Tribunal Federal de n° 31, nos é inconstitucional a incidência do imposto sobre serviços de qualquer natureza - ISS sobre operações de locação de bens móveis. Entretanto temos o entendimento do JURISPRUDÊNCIAL. Conforme os fatos, foi lançado multa de 200% sobre o valor do imposto, tal ação cometida pela fazenda pública, fere o princípio constitucional do não confisco, conforme Art. 150, IV: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e ao aos Municípios: IV-Utilizar tributo com efeito de confisco; DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA O artigo 300 do Novo Código de Processo Civil dispõe que: Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. O fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação consiste no fato de que, sem a antecipação dos efeitos da tutela, o Réu certamente, tendo em vista que já inscreveu o referido Débito na Dívida Ativa do Estado, ajuizará a competente Execução Fiscal com a penhora de bens da autora, o que por si só já trará enormes prejuízos à Autora. Por outro lado, caso efetue o pagamento do débito e, posteriormente, a presente ação venha a ser julgada procedente, a Autora terá de se sujeitar ao caminho tortuoso da repetição do indébito. IV - DO PEDIDO Provado, à saciedade, o direito da Autora de não ser compelida ao recolhimento do ISS constituído por intermédio do Auto de Infração e Imposição de Multa lavrado, tendo em vista a incompetência do Estado TAL para tributar as prestações de serviços, requer, desde já, a antecipação dos efeitos da tutela a fim de afastar, de imediato, a exigibilidade do crédito tributário constituído por intermédio do referido Auto de Infração e Imposição de Multa. Requer, ainda, a Autora seja citada a Ré, para, querendo, contestar a presente ação, a qual deverá ser julgada totalmente procedente, a fim de que seja anulado o débito correspondente ao ISS constituído por intermédio do Auto de Infração e Imposição de Multa lavrado, concernente à prestação de serviço. E caso vossa excelência entenda que seja mantida os créditos, que reduza a multa punitiva pelo patamar de não superior à 100%. Requer, outrossim, seja a Ré condenada ao pagamento dos honorários advocatícios, custas e demais despesas processuais. A Autora provará o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos. Termos em que, dando à causa o valor de R$(REAIS), Termos em que, Pede deferimento. Local e Data. Advogado, OAB.
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