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Anamnese Nutricional Avançada

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Prévia do material em texto

Prof. Dr. Mauro Duarte
UNIDADE I
Avaliação Nutricional 
Avançada
 A palavra “anamnese” origina-se do grego aná (“recordar”) e mnesis (“memória”).
 É uma entrevista que possibilita o levantamento detalhado dos antecedentes fisiológicos, 
patológicos e socioeconômico-culturais, do paciente e de seus familiares.
 O nutricionista humaniza a relação com o paciente e estabelece a base para uma 
intervenção nutricional bem-sucedida. 
 Confiabilidade entre o entrevistado e o entrevistador.
Anamnese nutricional
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/o-
neg%c3%b3cio-senhora-mulher-
3560932/
 Muitas informações devem ser registradas durante a entrevista. 
 Os formulários onde as informações da anamnese são registradas contêm um roteiro com as 
questões predefinidas que são formuladas para cada faixa etária de pacientes. 
 Os registros ou as anotações devem ser realizados de tal maneira a não desviar a atenção 
do entrevistado.
 O roteiro da anamnese dirigida deve ser construído, a fim de facilitar esses registros e 
possibilitar que a atenção do entrevistador fique voltada para o paciente.
Tipos de registro
 O registro das informações pode ser feito em formulários preenchidos a mão ou digitados. 
 O ambiente onde acontecerá a entrevista deverá ser o mais privado e confortável possível, 
além de ser confortável no que se refere à temperatura, à iluminação, ao barulho, à 
comodidade e ao fluxo de pessoas. 
 O paciente precisa se sentir à vontade para relatar a sua história. 
Tipos de registro
Fonte: 
https://pixabay.com/pt/vectors/m%c3%a9dico-
enfermeira-hospital-sa%c3%bade-5459661/
 Em caso de pacientes com um histórico médico, a revisão prévia do prontuário pode fornecer 
informações importantes para o diagnóstico e/ou a intervenção nutricional.
 Ter em mente o objetivo da entrevista para garantir ao entrevistador a seleção dos tipos de 
perguntas que o auxiliarão no diagnóstico e na conduta nutricional, evitando as 
perguntas desnecessárias.
 Durante a entrevista, o nutricionista deve respeitar as diferenças entre as pessoas. 
Informações preliminares
Nenhuma informação relatada 
pelo entrevistado deve sofrer 
críticas por parte do profissional, 
que, também, não deve emitir 
opiniões pessoais.
O nutricionista deve definir:
 A abrangência da anamnese;
 Os objetivos do serviço de nutrição;
 As características da população assistida;
 Local;
 Tempo disponível. 
Informações da anamnese
A anamnese nutricional deve ser 
composta por:
 Histórico socioeconômico-cultural;
 Histórico familiar;
 Histórico clínico;
 Doenças pregressas;
 Doença atual;
 Revisão dos sistemas corporais;
 Histórico nutricional;
 Histórico alimentar ou dietético;
 Recordatório de 24 h;
 Registro ou diário alimentar;
 Questionário de frequência alimentar.
 Ajuda a conhecer o paciente, sugerindo os fatores que podem ter contribuído na etiologia do
problema clínico e/ou nutricional apresentados.
 Oferece os instrumentos de apoio para o momento de delinear a prescrição dietética.
Considerar:
Histórico socioeconômico-cultural
Identificação do paciente (nome, 
gênero, idade e origem étnica).
O endereço, a procedência e a 
naturalidade indicam os possíveis 
hábitos alimentares regionais.
A escolaridade e a atividade 
ocupacional.
A religião do paciente pode implicar 
em restrições dietéticas.
O motivo pelo qual o paciente 
procurou a assistência nutricional.
O estado civil e a composição 
familiar.
Qualidade e horas de sono.
O uso e a frequência de 
medicamentos e drogas ilícitas.
 Serve para tomar conhecimento sobre as condições de saúde de pais, irmãos, avós, tios e 
primos, e, se já falecidos, qual é a causa da morte, pois várias doenças apresentam fatores 
genéticos significativos. 
 Deve-se perguntar, por exemplo, se há um histórico próximo de obesidade, doenças 
cardiovasculares, obesidade ou distúrbios alimentares.
Histórico familiar
Fonte: https://pixabay.com/pt/vectors/pessoas-
humano-grupo-pessoa-3245739/
 É importante registrar se existem doenças pregressas, acontecimentos prévios na saúde do 
paciente que possam influenciar o atual estado de saúde.
O paciente deve relatar:
 Apresenta outras doenças associadas; 
 Passou por internações e quais foram os motivos; 
 Já passou por cirurgias e como foi a evolução pós-operatória;
 É portador de alergias, principalmente, alimentares, se apresentou doenças da infância que 
deixaram sequelas; 
 Suas condições de imunização, tanto de crianças, como de 
adultos e idosos; 
 Sofreu acidentes ou lesões limitantes sob o ponto de vista 
motor, cognitivo ou da autonomia, e os medicamentos, 
atualmente, utilizados.
Histórico clínico
 São coletados, então, os dados de peso atual e habitual referidos pelo entrevistado, bem 
como a menção de perda ou ganho recente de peso, sempre buscando associar o período 
em que houve a alteração. 
 Histórico de acompanhamentos nutricionais anteriores que deve relatar o motivo e os 
resultados obtidos para que o profissional atual trace as suas estratégias.
 Medidas antropométricas (peso atual e estatura reais ou estimados, dobras cutâneas, 
circunferências etc.).
Histórico nutricional
 Ao finalizar a anamnese nutricional, o histórico alimentar ou dietético contempla as 
informações obtidas pelos inquéritos dietéticos, métodos qualitativos e/ou quantitativos 
que possibilitam a obtenção de informações sobre o consumo de alimentos e/ou nutrientes 
do paciente.
Histórico alimentar ou dietético
Fonte: 
https://pixabay.com/pt/p
hotos/comida-
misturado-frutas-prato-
1447627/
A anamnese pode ser definida como uma entrevista que possibilita o levantamento detalhado 
dos antecedentes do paciente. Várias informações devem ser registradas neste formulário.
Assinale a alternativa que descreve, pelo menos, três destas informações:
a) Histórico socioeconômico-cultural, histórico familiar, histórico escolar.
b) Histórico clínico, doenças pregressas e carteira de vacinação.
c) Revisão dos sistemas corporativos, histórico emocional, e histórico alimentar ou dietético.
d) Histórico clínico, recordatório de 24 h, registro ou diário alimentar.
e) Questionário de frequência alimentar, histórico pregresso, peso atual.
Interatividade
A anamnese pode ser definida como uma entrevista que possibilita o levantamento detalhado 
dos antecedentes do paciente. Várias informações devem ser registradas neste formulário.
Assinale a alternativa que descreve, pelo menos, três destas informações:
a) Histórico socioeconômico-cultural, histórico familiar, histórico escolar.
b) Histórico clínico, doenças pregressas e carteira de vacinação.
c) Revisão dos sistemas corporativos, histórico emocional, e histórico alimentar ou dietético.
d) Histórico clínico, recordatório de 24 h, registro ou diário alimentar.
e) Questionário de frequência alimentar, histórico pregresso, peso atual.
Resposta
 A avaliação nutricional, geralmente, começa com a coleta de dados da ingestão dietética.
 É influenciada por fatores como a situação econômica, a disponibilidade de alimentos, o 
comportamento de ingestão, o clima emocional, a base cultural, os efeitos de doença, e a 
capacidade de adquirir e absorver os nutrientes. 
 Uma vez coletados os dados da ingestão dietética, eles são analisados com relação ao 
conteúdo de nutrientes. 
Inquéritos dietéticos
Fonte: Mahan; Escott-Stump (2012, p. 130).
Estado nutricional ideal: equilíbrio entre a ingestão de nutriente e as 
demandas de nutrientes
Doença,
pressões
socioeconômicas,
comportamentais,
emocionais,
culturais
Ambiente, doença,
estresse fisiológico,
problemas mecânicos
Manutenção
do corpo e
bem-estar
Estresse
psicológico
Crescimento
Infecção, doença,
febre, estresse
fisiológico
Ingestão
de
alimento
Absorção
Ingestão
de
nutrientes
Demandas de 
nutrientes
Estado nutricional
ideal
 Inquérito recordatório de 24 horas (R24h).
É o instrumento mais comum onde o indivíduo reporta todo o alimento (sólido e líquido) 
consumido durante as prévias 24 h. 
 Este instrumento é bem aceito pela maioria dos entrevistados, o tempo de administração é 
curto, o custo é baixo, sendo útil em situações clínicas. 
Principais métodos de investigação do consumo alimentar
Fonte: 
https://pixabay.com/pt/photos/despertador
-pote-de-caf%c3%a9-tempo-2132264/
Vantagens:
 Fácil e rápida aplicação;
 Independe da escolaridade do entrevistado;
 Baixo custo;
 Em qualquer faixa etária;
 Em série: estimativas da ingestão usual;
 Pode estimar o VET e a ingestão de macronutrientes.
Inquérito recordatório de 24 horas (R24h) 
Desvantagens:
 Não representa a ingestão habitual*;
 Depende da memória;
 Entrevistador deve ser treinado;
 Pequenas refeições podem ser 
omitidas;
 Ingestão de 24 h pode ser atípica;
 Sub ou superestimação das porções.
*Para minimizar esse erro, pode-se usar, pelo menos, 3 
recordatórios de 24 h, em um período determinado, incluindo o 
final de semana (cálculo da média). 
 Nesse método, o indivíduo registra o tipo e a quantidade de alimentos e de bebidas ingeridos 
durante um período preestabelecido. 
 Esse período pode incluir 3, 4 ou 7 dias, ou, ainda, ter registros diários durante 1 mês ou, até 
mesmo, 1 ano. 
 Não passam de 3 ou 4 dias, pois os períodos superiores a 7 dias o tornam cansativo.
Registro de consumo de alimentos (RCA)
Fonte: 
https://pixabay.com/pt/photos/di%c3%a
1rio-livro-caneta-de-tinta-papel-92652/
Vantagens:
 Alimentos anotados no momento do consumo;
 Não depende da memória;
 Menor erro quando há uma orientação;
 Mede o consumo atual;
 Maior precisão (registro de peso) 
e exatidão das porções ingeridas.
Registro de consumo de alimentos (RCA)
Desvantagens:
 Consumo pode ser alterado –
avaliação;
 Depende mais do entrevistado;
 Dificuldade em estimar as porções;
 Menor adesão masculina;
 Número de dias de registro 
depende do nutriente;
 Requer tempo;
 Custo elevado (registro de peso);
 Conhecimento de medidas caseiras.
 Consumo de alimentos é composto por uma lista de alimentos e bebidas, cuja frequência de 
consumo é perguntada ao indivíduo. 
Vantagens:
 Utilizado em estudos epidemiológicos;
 Estima a ingestão habitual do indivíduo;
 Rápido e simples;
 Não altera o padrão de consumo;
 Baixo custo.
Questionário de frequência de consumo de alimentos (QFCA)
Desvantagens:
 Depende da memória; 
 Requer esforço e tempo;
 Pode haver uma limitação para os 
analfabetos e os idosos;
 Dificuldade para o entrevistador 
conforme o número de alimentos;
 Quantificação pouco exata.
 Consiste em uma extensa entrevista, realizada por um nutricionista, para a obtenção de um 
padrão alimentar global. 
Inclui três elementos principais:
 Entrevista detalhada sobre o padrão de alimentação;
 Uma lista de alimentos cuja frequência e periodicidade do consumo alimentar são anotadas;
 Um registro alimentar de 3 dias.
História alimentar ou dietética (HA)
Vantagens:
 Elimina as variações diárias;
 Considera a variação sazonal;
 Descreve a ingestão habitual, considerando os 
aspectos qualitativos e quantitativos.
História alimentar ou dietética (HA)
Desvantagens:
 Requer nutricionistas treinados;
 Há dificuldade na padronização 
e na variabilidade;
 Depende da memória do entrevistado;
 Longo tempo de aplicação (1-2 h);
 Alto custo.
 É um método direto no qual os indivíduos coletam uma porção idêntica aos alimentos 
ingeridos, a colocam num recipiente, durante um ou mais dias, e a armazenam na geladeira 
até serem analisados quimicamente em um laboratório específico.
 Os alimentos são homogeneizados para a análise de nutrientes e/ou agentes contaminantes.
 Um questionário é preenchido juntamente com a coleta dos alimentos, descrevendo o tipo e 
a quantidade consumida.
Análise da duplicata das porções
Vantagens:
 Resultados fidedignos.
Desvantagens:
 Trabalhoso para o indivíduo; 
 Alto custo.
Dentre todos os inquéritos alimentares estudados qual é o instrumento mais empregado no 
Brasil e no mundo, tanto para os indivíduos quanto para as populações e as coletividades?
a) História alimentar.
b) Questionário de frequência de consumo alimentar (QFCA).
c) Recordatório alimentar de 24 horas (R24h).
d) Registro de consumo de alimentos (RCA).
e) Análise da duplicata das porções.
Interatividade
Dentre todos os inquéritos alimentares estudados qual é o instrumento mais empregado no 
Brasil e no mundo, tanto para os indivíduos quanto para as populações e as coletividades?
a) História alimentar.
b) Questionário de frequência de consumo alimentar (QFCA).
c) Recordatório alimentar de 24 horas (R24h).
d) Registro de consumo de alimentos (RCA).
e) Análise da duplicata das porções.
Resposta
 Ingestão dietética de referência (dietary reference intakes/DRI).
 As DRIs são relatórios parciais que são formados pela revisão dos valores de recomendação 
de ingestão de nutrientes e energia, pelos órgãos internacionais Institute of Medicine (IOM-
norte-americano) e pela agência Health Canada.
 Essas publicações substituem as versões anteriores da RDA. 
 É um novo sistema de aplicação das quatro categorias de valores de referência para a 
avaliação e o planejamento de consumo, a rotulagem e a fortificação de alimentos. 
Determinação do estado nutricional por macro e micronutrientes
RDA
Média de ingestão do nutriente 
estimada para atender à 
necessidade de 97-98% de 
indivíduos, de um grupo de 
determinada faixa etária e gênero.
Ingestão dietética recomendada (recommended dietary allowance/RDA)
 Para se estabelecer, uma RDA depende da possibilidade de uma necessidade média 
estimada (EAR). 
 Portanto, se não for possível obter a EAR, o valor de RDA não será estabelecido.
Ingestão dietética recomendada (recommended dietary allowance/RDA)
Ingestão dietética recomendada (recommended dietary allowance/RDA)
 A RDA é situada a dois desvios-padrão (DP) positivos da EAR, considerando a curva normal 
de distribuição das necessidades. Ou seja: RDA = EAR + 2DP.
Fonte: Adaptada de: IOM (2006, p. 24).
1.0
0.5
0.0
EAR
RDA UL 1.0
0.5
0.0
 Esse é o valor médio de ingestão diária de um nutriente do qual se espera atender às 
necessidades de 50% dos indivíduos de um grupo de faixa etária e sexo. 
 É utilizada no cálculo da RDA e, também, para avaliar e/ou planejar a ingestão de 
grupos populacionais. 
Necessidade média estimada (estimated average requirement/EAR)
Nível de 
ingestão do 
nutriente 
estimado para 
atender a 50% 
dos indivíduos 
no grupo
EAR
 É o valor de consumo recomendável ou ingestão adequada de determinado nutriente, 
baseado em estimativas de ingestão de nutrientes para os grupos de pessoas sadias. 
 É utilizada para estabelecer as quantidades de nutrientes que parecem reduzir o risco de 
doença ou como meta de consumo de nutrientes na prescrição da dieta para os 
indivíduos saudáveis.
Ingestão adequada (adequate intake/AI)
EAR
RDA AI
 A UL, ou o limite superior tolerável, é o nível mais alto de ingestão diária de nutrientes 
isentos de risco, de efeitos adversos à saúde em quase todos os indivíduos de um estágio 
de vida ou sexo. 
 Não é um nível de ingestão recomendável.
Limite superior tolerável de ingestão (tolerable upper intake level/UL)
UL
 Os valores DRIs são atribuídos aos grupos de estágios de vida que correspondem a vários 
períodos da vida humana. 
Parâmetros usados no desenvolvimento das DRIs
INFÂNCIA
7 a 12 meses
0 a 6 meses
CRIANÇAS
4 a 8 anos
1 a 3 anos
 Para alguns nutrientes, diferentes EARs, RDAs e AIs foram derivados para as 
meninas e os meninos. 
Vários indicadores apoiam a adequação biológica da criação de dois grupos de adolescentes e 
grupos de gênero:
Parâmetros usados no desenvolvimento das DRIs
PUBERDADE 
E 
ADOLESCÊNCIA
14 a 18 anos
9 a 13 anos A idade adulta foi dividida em dois grupos para contabilizar o possível valor de potencial 
genético, ideal para o pico de massa óssea com uma ingestão maior de nutrientes durante o 
início da fase adulta, em vez de mais tarde na vida. 
Parâmetros usados no desenvolvimento das DRIs
ADULTOS 
E 
IDOSOS
Acima de 70 
anos
51 a 70 anos 
ADULTOS
31 a 50 anos
19 a 30 anos 
Gravidez e lactação:
 As recomendações de nutrientes são definidas para essas fases da vida devido às 
diversas mudanças na fisiologia e nas necessidades nutricionais, que ocorrem durante a 
gravidez e a lactação.
Parâmetros usados no desenvolvimento das DRIs
CONSIDERAÇÕES
Produção de leite 
durante a lactação
Necessidades do feto 
Adaptações ao 
aumento da 
demanda de 
nutrientes
Maior absorção 
e maior 
conservação de 
muitos nutrientes
Perda líquida de 
nutrientes devido aos 
mecanismos 
fisiológicos
Cálcio na 
lactação
 As AMDRs foram estimadas para os indivíduos sadios. 
 É o intervalo de ingestão de uma fonte de energia, que está associado a um risco reduzido 
de doenças crônicas, mas pode fornecer quantidades adequadas de nutrientes essenciais.
 É expressa como uma porcentagem da ingestão total de energia. 
 Possui um limite inferior e superior.
Faixas aceitáveis de distribuição de macronutrientes 
(acceptable macronutrient distribution ranges/AMDRs)
EXEMPLO:
AMDR PARA OS
CARBOIDRATOS
45 a 65 por cento da 
ingestão total de energia
 Ingestão abaixo ou acima dessa faixa aumenta o potencial 
para um risco elevado de doenças crônicas. 
 Foram estimadas com base em maior risco de doença coronariana cardíaca (DCC) com 
dietas ricas em carboidratos e pobres em gordura, e maior risco de obesidade e das suas 
complicações com dietas com alta ingestão de gordura. 
 Dietas com baixo teor de gordura e ricas em carboidratos versus dieta elevada em gordura, 
podem induzir o aumento de triglicerídios e colesterol LDL, e baixar o colesterol HDL. 
 Por outro lado, quando a ingestão de gordura é alta, muitos indivíduos consomem uma 
energia adicional e, portanto, ganham um peso adicional. 
AMDRs de gordura total e de carboidrato para os adultos 
Fonte: 
https://pixabay.com/pt/illustrations/cora%c3%a7%c
3%a3o-forma-estetosc%c3%b3pio-1143648/
 As AMDRs para os carboidratos para as crianças é a mesma do que para os adultos. 
 As crianças têm uma taxa de oxidação de gordura mais alta do que os adultos, e as dietas 
com baixo teor de gordura podem levar à redução da ingestão de certos micronutrientes, 
incluindo as vitaminas lipossolúveis. 
 Por outro lado, a alta ingestão de gordura durante a infância pode aumentar o rico de 
sobrepeso, obesidade e doenças cardíacas. 
AMDRs de gordura total e de carboidrato para as crianças
Fonte: 
https://pixabay.com/pt/photos/
abacate-salada-fresco-
comida-829092/
Uma AMDR é o intervalo de ingestão de uma fonte de energia que está associado a um risco
reduzido de doenças crônicas, mas pode fornecer quantidades adequadas de nutrientes essenciais.
Como são expressas as AMDR?
a) São expressas em gramas de nutrientes. 
b) São expressas em gramas de carboidratos e gorduras, e convertidas em calorias.
c) São expressas em porcentagem de macronutrientes, como nas DRIs.
d) São expressas como as quantidades de nutrientes necessários para atender às necessidades 
de um indivíduo.
e) São expressas como uma porcentagem da ingestão total de energia.
Interatividade
Uma AMDR é o intervalo de ingestão de uma fonte de energia que está associado a um risco
reduzido de doenças crônicas, mas pode fornecer quantidades adequadas de nutrientes essenciais.
Como são expressas as AMDR?
a) São expressas em gramas de nutrientes. 
b) São expressas em gramas de carboidratos e gorduras, e convertidas em calorias.
c) São expressas em porcentagem de macronutrientes, como nas DRIs.
d) São expressas como as quantidades de nutrientes necessários para atender às necessidades 
de um indivíduo.
e) São expressas como uma porcentagem da ingestão total de energia.
Resposta
 Com base em consumos médios usuais de energia relatados na U.S. Continuing Survey of 
Food Intakes by Individuals (CSFII 1994-1996, 1998) (IOM, 2006), estima-se que um nível 
limite inferior de 5% de ácido linoleico da energia total diária seria necessário para 
atender à AI.
AMDRs de ácidos graxos poli-insaturados n-6 para as crianças e os adultos
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/semente-sementes-n%c3%bacleo-porca-1716/
 Com base no consumo médio de energia relatado no CSFII (1994-1996, 1998) (IOM, 2006), 
estima-se que um nível limite inferior de 0,6% de ácido alfa-linolênico da energia total diária 
seria necessário para atender à AI. 
 Evidências sugerem que a ingestão mais elevada de ácido alfa-linolênico, ácido 
eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosahexaenoico (DHA) pode proporcionar algum grau de 
proteção contra a DCC. 
 Até 10% do AMDR para os ácidos graxos n-3 podem ser consumidos como EPA e/ou DHA.
AMDRs de ácidos graxos poli-insaturados n-3 para as crianças e os adultos
Fonte: 
https://pixabay.com/pt/photos/sardinha
s-peixe-comida-banhada-1489630/
 Os ácidos graxos saturados, ácidos graxos trans e colesterol, aumentam os níveis de 
colesterol total e LDL no sangue, o que, por sua vez, aumenta o risco de DCC. 
 Não há riscos conhecidos de doenças crônicas associadas ao consumo de dietas com muito 
baixo teor de ácidos graxos saturados, ácidos graxos trans ou colesterol. 
Ácidos graxos saturados, ácidos graxos trans e colesterol
Fonte: 
https://pixabay.com/pt/ph
otos/comida-mexicano-
tacos-2580200/
 Não há nenhuma evidência sugerindo que a AMDR para as proteínas deva estar em níveis 
abaixo da RDA para os adultos, que é cerca de 10% das calorias totais diárias. 
 Além disso, não havia dados suficientes para sugerir um UL para a proteína e os dados eram 
insuficientes, para sugerir uma faixa superior ou um limite para as AMDR para a proteína.
 Todas as AMDRs foram definidas, em parte, para complementar as AMDRs para a 
gordura e os carboidratos.
AMDRs de proteínas para os adultos
Fonte: 
https://pixabay.
com/pt/photos/
ovos-fritos-
p%c3%a3o-
presunto-
2796406/
Triagem nutricional:
 O objetivo principal da triagem nutricional é conhecer, o quanto antes, as variáveis que 
possam ser alteradas durante a execução de uma estratégia de intervenção alimentar pelas 
vias oral, enteral ou parenteral, visando à reabilitação do paciente; 
 Alguns indicadores práticos podem ser aplicados para a triagem, como: o IMC ou a 
circunferência do braço, a aparência de déficit nutricional ou a perda involuntária de peso, a 
redução do apetite, e a presença de doença grave ou o estresse metabólico.
Padrões para os pacientes hospitalizados
Esses indicadores foram sistematizados nos seguintes instrumentos de triagem: 
 Avaliação nutricional subjetiva global (ANSG);
 Miniavaliação nutricional (MAN);
 Nutritional risk screening (NRS 2002);
 Screening tool risk status and growth (ferramenta Strongkids);
 Instrumento de triagem, universal de desnutrição ou malnutrition universal 
screening tool (MUST).
Padrões para os pacientes hospitalizados
Fonte: 
https://pixabay.com/pt/photos/eq
uipamento-m%c3%a9dico-
medicina-4099432/
 É um método de triagem nutricional que identifica boa sensibilidade e boa especificidade.
 É considerado simples, de baixo custo, não é invasivo e pode ser realizada à beira do leito.
 Apresenta a desvantagem quanto à sua precisão, pois depende da experiência do 
examinador, por isso, é necessário um treinamento anterior à execução.
Avaliação nutricional subjetiva global (ANSG)
Classificação 
do risco 
nutricional
Mudanças de peso corporal e 
apetite
Sintomas gastrointestinais
Capacidade 
funcional
Perda de 
gordura ou 
massa 
muscular
Presença de 
doenças que afetem 
o estado nutricional
Presença de 
edema
Características 
físicas
Método de triagem paraclassificar o risco nutricional e o estado nutricional do indivíduo de 
idosos hospitalizados, e compreende duas fases de aplicação: 
 Triagem propriamente dita; 
 Avaliação do estado nutricional; 
 Essa versão do MAN propõe a utilização da circunferência da panturrilha (CP) quando não 
for possível a aplicação do Índice de Massa Corporal (IMC), como no caso de pacientes 
acamados ou amputados.
Miniavaliação nutricional (MAN®)
Fonte: 
https://pixabay.com/pt/illustrations/fax-
homem-branco-modelo-3d-isolado-
1889009/
 É um questionário composto por 4 questões, para as quais são atribuídos pontos, cujo 
somatório é utilizado para o diagnóstico do paciente em relação aos fatores nutricionais. 
 É muito utilizado em hospitais para classificar os pacientes internados conforme o seu estado 
nutricional e a gravidade da doença, tendo como diferencial a exclusão da idade do paciente 
e a aplicação tanto em adultos como em idosos.
Nutritional risk screening (NRS 2002)
 Foi desenvolvida para a triagem do risco nutricional de crianças hospitalizadas. 
 Aplicada em crianças e adolescentes, na faixa etária entre 1 mês e 18 anos, no momento ou 
durante a internação. 
 Avalia a presença de doenças de elevado risco ou cirurgia de grande porte, perda de massa 
muscular e adiposa, perda ou ausência de ganho de peso em crianças pequenas, ingestão 
alimentar e sintomas gastrointestinais, como a diarreia ou as náuseas.
Screening tool risk status and growth (ferramenta Strongkids)
Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/homem-
branco-homem-3d-isolado-3d-1871415/
 É uma ferramenta de triagem muito prática para avaliar o risco nutricional de adultos em um 
ambiente hospitalar ou ambulatorial. Pode ser aplicado para os adultos, os idosos, as 
gestantes e as lactantes por todos os profissionais de saúde. 
 O MUST é uma ferramenta de rastreio com cinco passos, que identifica o risco de 
desnutrição ou de obesidade em adultos que sofram de malnutrição. 
Instrumento de triagem universal de desnutrição ou malnutrition universal 
screening tool (MUST)
Instrumento de triagem universal de desnutrição ou malnutrition universal 
screening tool (MUST)
Somar todas as pontuações para calcular o risco geral de 
desnutrição. Pontuação 0 = baixo risco; Pontuação 1 = risco 
médio; Pontuação 2 ou superior = alto risco. Fonte: Rossi et al. (2015, p. 40).
 A FPM é obtida a partir da medida da contração isomérica dos músculos da mão por meio de 
um dinamômetro que possui escala de 0 a 100 kg e resolução de 1 kg. 
 Deve ser aplicado o máximo da força, sendo adotado o maior valor de três repetições.
 Os valores de referência do FPM são divididos por grupos de gênero, idade e lateralidade.
Força de preensão manual (FPM)
Fonte: Cuppari (2014, p. 125).
Valores de referência dos lados dominante e não dominante, em homens e mulheres:
Força de preensão manual (FPM)
Fonte: Adaptado de: Caporrino et al. (1998, p. 150).
 A espessura do MAP é uma medida direta, não havendo a necessidade de aplicação de 
fórmulas para o cálculo de seu valor real. 
 A perda de massa corporal induzida pela desnutrição provoca a redução das atividades 
diárias resultando em diminuição progressiva da espessura do MAP. 
 Sua espessura pode ser utilizada como um parâmetro antropométrico preditor para a 
evolução clínica de pacientes, incluindo os oncológicos.
Músculo adutor do polegar (MAP)
 Para mensurar o MAP, deve-se realizá-la com o adipômetro aplicado no ponto médio do 
triângulo imaginário formado entre o dedo polegar e o indicador.
Músculo adutor do polegar (MAP)
Fonte: Oliveira; Frangella (2010, p. 468).
 O valor do MAP diminui com a redução das atividades diárias; então, deve-se ter muita 
cautela no uso e na interpretação dessa medida, em indivíduos a partir de 65 anos, 
recomendando-se, sempre, aliá-la a outros parâmetros antropométricos e bioquímicos para o 
diagnóstico do estado nutricional.
Músculo adutor do polegar (MAP)
Fonte: Adaptado de: Lameu et al. (2004, p. 60).
A avaliação da força de preensão manual (FPM) é um método útil para avaliar a força muscular
global de pessoas idosas. A FPM é obtida a partir da medida da contração isomérica dos músculos
da mão por meio de um dinamômetro.
Para a avaliação dos resultados, como os valores de referência do FPM são divididos?
a) Por idade, peso e IMC. 
b) Por grupos etários, IMC e lateralidade.
c) Por grupos de gênero, idade e lateralidade.
d) Por gênero, lateralidade e altura.
e) Por peso, idade e lateralidade.
Interatividade
A avaliação da força de preensão manual (FPM) é um método útil para avaliar a força muscular
global de pessoas idosas. A FPM é obtida a partir da medida da contração isomérica dos músculos
da mão por meio de um dinamômetro.
Para a avaliação dos resultados, como os valores de referência do FPM são divididos?
a) Por idade, peso e IMC. 
b) Por grupos etários, IMC e lateralidade.
c) Por grupos de gênero, idade e lateralidade.
d) Por gênero, lateralidade e altura.
e) Por peso, idade e lateralidade.
Resposta
Fonte: Adaptado de: Caporrino et al. (1998, p. 150).
 CUPPARI, L. Nutrição clínica no adulto. 3. ed. Barueri: Manole, 2014.
 IOM. Dietary reference intakes. The essential guide to nutrient requirements. Washington, 
DC: National Academy Press, 2006. 
 MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. 13. ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
 OLIVEIRA, D. R.; FRANGELLA, V. S. Músculo adutor do polegar e força de preensão 
palmar: potenciais métodos de avaliação nutricional em pacientes ambulatoriais com 
acidente vascular encefálico. Rev. Einstein, v. 8, n. 4, p. 467-472, 2010.
 ROSSI, L.; CARUSO, l.; GALANTE, A. P. Avaliação nutricional: novas perspectivas. 2. ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
Referências
ATÉ A PRÓXIMA!

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