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Farmacocinética: Estudo da Absorção e Eliminação de Drogas


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Revisão Farmacocinética 
Estudo do movimento das drogas no nosso organismo - 
farmacocinética 
O efeito final da droga depende da farmacocinética, com ausência 
ou mínimos efeitos adversos. 
Absorção da droga: 
Conceito: é o movimento da droga em que ela passa do local em 
que ela é administrada para dentro da circulação sanguínea (do 
plasma). 
Fatores que influenciam: 
 Vias de administração: enteral (trato gastrointestinal - 
oral, retal) e parenteral (não é via gastrointestinal - 
intramuscular, intravenosa, subcutânea, intratecal, 
inalação e intradérmica) 
Oral demora mais para fazer efeito que a parenteral, ou 
seja para droga atingir uma concentração ideal no 
sangue, sendo mais baixa que a parenteral. Já a 
parenteral tende a ser mais rápida e de maior 
concentração. 
Intravenosa - efeito quase imediato, usado em casos 
graves ou infecções 
 Solubilidade: através a membrana de lipídeos e proteínas, 
as lipossolúveis são mais rapidamente absorvidas, as 
hidrossolúveis se usar a difusão passiva demora ou pode 
não ser absorvida, precisando mecanismos especiais de 
transporte como o passivo ou difusão facilitada 
 Peso molecular: quanto menor mais fácil passar pela 
difusão passiva 
 Forma farmacêutica: gotas faz efeito mais rápido 
porque já está dissolvido, do que um comprimido 
 Velocidade de dissolução 
 Polaridade: depende da estrutura físico-química, 
geralmente as mais polares são menos lipossolúveis, 
sendo inversamente proporcional à absorção por difusão 
passiva 
 Ionização X pH (concentração de pKa): drogas são na 
maioria ácidos ou bases fracas, e se dissociam ou ionizam 
meio aquoso, carregando-as eletricamente, sendo mais 
polar. Dependendo do pH do meio a droga pode estar 
menos ionizada ou mais ionizada. 
pKa - constante de dissociação da droga - calculado 
farmaceuticamente - quando uma droga encontra um pH 
do meio do organismo igual ao seu pKa, metade está 
ionizada e metade não está ionizada. 
Ideal para absorção é a predominância da forma NÃO 
IONIZADA. 
Ácido acetil salicílico - ácido fraco - pKa = 3,5: 50% 
ionizada (dissociada e carregada eletricamente sendo 
mais polar), 50% não ionizada (menos polar) 
Droga ácida em meio ácido vai haver um desvio da reação para a 
forma não ionizada, bom para absorção. 
Droga ácida em meio básico, desvio para forma ionizada e mais 
polar. 
AH → A- + H+ pKa = pH + log10 {AH}/{A-} 
Logo o AS depois de uma absorção é pior, tendo mais efeito com 
estômago vazio (estômago mais ácido). 
 
Quanto menor for o pH do meio (quanto maior for a concentração 
de hidrogênio), a reação de conjugação da base será deslocada 
para a esquerda, fazendo com que este se mantenha na sua 
forma polar (e portanto, não-lipossolúvel). 
Já quando o pH do meio aumenta, a concentração de H + diminui, 
deslocando a reação para a direita, fazendo com que a base passe, 
gradativamente, para a sua forma molecular (portanto, 
lipossolúvel). 
B + H+ → BH+ pKa = pH + log10 {BH+}/{B} 
 
Imagem: 
Distribuição da droga: 
Movimento da droga da corrente sanguínea até o local onde ela vai 
agir. 
 Plasma para o Fígado 
 Plasma para o Reto 
 Plasma para os Rins 
 Plasma para a mama e as glândulas sudoríparas 
 Plasma para: Intestino, Pele, Músculo, Cérebro, LCR, 
Pulmão, Placenta, Feto 
 
Eliminação da droga: 
 Rins para Urina 
 Intestino para Fezes 
 Mama e glândulas sudoríparas para Leite e suor 
 Pulmão para Ar expirado 
Circulação entero-hepática: 
 
Via oral ou retal - intestino - pequena circulação - fígado (sem 
passar pela corrente sanguínea) - metabolismo de 1ª passagem 
(antes de passar pelos órgãos) - menor biodisponibilidade 
(quantidade de droga ativa que é distribuído para os órgãos). 
Via venosa: biodisponibilidade de 100% 
Excreção bilio-fecal: droga pode ser eliminada pela via bilio-fecal 
pela rede capilar da circulação entero hepática ou pelo ducto biliar 
e vai para os vasos intestinais 
Mecanismos de absorção: 
Difusão: para drogas lipossolúveis, apolares, de baixo peso 
molecular, não ionizadas (mais comum) - do mais concentrado para 
o menos, sem gasto energético, a favor do gradiente de 
concentração 
Difusão facilitada: a favor do gradiente de concentração. Conta 
com a intervenção de proteínas transportadoras da membrana - 
as permeases. 
Transporte ativo: para drogas que não preenchem os critérios 
acima, contra o gradiente de concentração. 
Processo passivo X ativo: 
Passivo: do mais concentrado para o menos (difusão simples e 
facilitada) 
Ativo: gasto de ATP com participação da membrana 
ou 
Passivo: Difusão simples e transporte paracelular 
Ativo: atividade da membrana (difusão facilitada e transporte ativo) 
Distribuição: 
Circulação da droga dentro da corrente sanguínea 
Fatores que influenciam: 
 Propriedades físico-químicas do fármaco - afinidade 
 DC (débito cardíaco) e fluxo sanguíneo regional - baixo 
débito prejudica a distribuição 
 Permeabilidade capilar - pH, ionização, polaridade 
 Ligação às proteínas plasmáticas - principalmente à 
albumina 
Características dessas ligações: reversibilidade 
(transitoriamente) e saturação (saturou a droga restante fica livre) 
Droga livre X droga ligada (não age, tendo que passar para órgão 
alvo) = taxa de ligação X afinidade 
Quanto menor a taxa de ligação mais rápido é a ação imediata. 
Quanto maior a taxa de ligação a ação é mais prolongada. 
 AAS possui taxa de ligação de 80%, afinidade +++ 
 Warfarin (anticoagulante) possui taxa de ligação de 99%, 
afinidade + 
Se você utilizar os 2 medicamentos, vai ligar o AAS na albumina, 
porque ele tem maior afinidade que o Warfarin, deixando muito 
mais de 1% livre, aumentando o risco de sangramento. 
Ligação da droga nas proteínas teciduais - acumulação de drogas, 
ocorre por exemplo no adiposo e ter uma menor quantidade na 
corrente sanguínea. 
Eliminação:
 
Saída da droga do organismo, com término do efeito da droga, 
sofrendo metabolismo 
O Fármaco pode sair na forma inalterada (sem metabolismo - 
renal), mas na maioria passa por metabolismo hepático. 
Excreção: 
 Renal: 
Filtração - mais comum, como difusão simples 
Secreção tubular - passagem da droga da rede capilar 
peritubular para o túbulo proximal, sendo um transporte ativo 
Reabsorção tubular 
 Biliar - vai para intestino e sai pelas fezes 
Metabolismo e Biotransformação: 
É a modificação da estrutura físico químico de uma droga em uma 
reação química, na maioria no fígado e nos rins. 
 
Tipos de reações: 
 Sintéticas 
 Não sintéticas 
 
Reação de fase 1 - não sintética - alteração da própria estrutura 
físico químico da droga como oxidação, hidroxilação, desalquilação, 
desaminação e hidrólise 
 
 
Reação da fase 2 - síntese - droga se combina com outro radical 
hidrógeno (comum o ácido glicuronídeo - conjugação - aumenta a 
polaridade do metabólito, facilitando a excreção 
É comum que a droga passe pelas 2 fases, mas pode não ocorrer 
dessa forma. 
Desfechos: 
 Término da ação 
 Facilita a excreção 
 Ativar 
 Produção de metabólitos tóxicos 
Fatores que influenciam no metabolismo: 
 Doença hepática 
 Insuficiência cardíaca 
 Desnutrição - enzimas são proteínas e precisa se de uma 
nutrição adequada para não prejudicar a ação renal e 
hepática 
 Alcoolismo - atinge o fígado prejudicando a função 
hepática 
 Situações fisiológicas: Período Neonatal (até 28 dias de 
vida), velhice e gestação 
 Drogas: indutoras enzimáticas (estimulam o sistema 
microssomal a acelerar o metabolismo de outras drogas) 
e inibidoras enzimáticas (associação medicamentosa) 
 Fatores genéticos - idiosincrasia - efeito adverso que 
cada pessoa apresenta em frente a uma droga, muitas 
vezes o que a pessoa acredita que possui se torna 
realidade, mesmo sem comprovação medicamentosa 
Redistribuição tecidual: 
Droga vai para um outro local, saindo do local de ação e perdendo 
o seu efeito. 
Anestésico geral chamado Tiopental é muito potente que leva a 
anestesia, perda de consciência em 40 a 50 segundos, entrandologo no cérebro, sendo muito hidrossolúvel, sai tão rápido quando 
entra e vai para os tecidos adiposos, sem ser metabolizado e perde 
sua função. É lentamente eliminado, sem causar anestesia 
novamente, causando leve sonolência. 
 
Antimicrobiano 
Histórico de antibióticos: 
1o - Alexander Fleming em 1928 - a partir da observação que ao 
redor do fungo Penicillium a bactéria não se desenvolveu - 
PENICILINA 
Antibiótico: Impede o crescimento ou efeito letal em uma bactéria 
e geralmente é produzido por um ser vivo. Os quimioterápicos são 
substâncias derivadas dessas substâncias naturais, que têm efeito 
antimicrobiano. 
Poucas descobertas desde 1990 - aumento das bactérias 
resistentes 
 
Estruturas e características bacterianas: 
 Unicelulares 
 Procariontes - sem membrana nuclear e organelas 
membranosas: Complexo de Golgi e RE 
 Cromossoma único 
 Membrana plasmática de natureza fosfolipídica 
 Plasmídeos - material genético que fica no citoplasma, 
transferido de mãe para a filha ou de célula para célula 
 Parede celular 
 Pili ou fímbrias: confere capacidade de invasão, adesão e 
patogenicidade. 
Classificação das bactérias: 
 
Espiroqueta - treponema pallidum 
Gram positiva - permanece violeta com o uso da coloração violeta 
- camada múltiplas de peptideoglicanos que detém mais o violeta 
Gram negativa - se cora inicialmente, mas na descoloração com 
álcool e acetona, ela fica incolor, recebendo contracorante, ficando 
vermelho - camada de peptideoglicanos é muito fina e não retém 
a violeta 
Gram + e - para aeróbicos e anaeróbicos 
Em questão de antibiótico só nos importa aeróbicos 
Parede celular: 
 Estrutura semirrígida 
 Proteção mecânica e osmótica 
 Composição: peptideoglicanos (roxo na imagem) - ácido N 
acetil murâmico e N acetil glicosamina ligados por 
oligopeptídeos por meio da enzima TRANSPEPTIDASE 
 
Porinas: presentes apenas no Gram - (membrana externa - 
importante para penetração do ATB) 
Gram - :Além da membrana citoplasmática, ele tem a membrana 
externa onde fica a porina, de origem proteica 
Classificação geral das bactérias: 
 Cocos: bolinhas, predominam gram +: Streptococcus 
(pneumococos e enterococcus) e Staphylococcus. Já os 
gram -, a Neisseria (gonococo - sexualmente 
transmissível e meningococo - meningite), Moraxella 
catarrhalis 
Tem mais cocos 
 Bacilos: predominam Gram -, sendo eles Espiroquetas, 
Haemophilus, Influenzae, Enterobactérias (E. coli, 
Klebsiella, Shigella, Enterobacter, Pseudomonas, 
Acinetobacter, Serratia) - no trato gastrointestinal. Já o 
Gram +, a listeria. 
 Bactérias atípicas (sem parede celular, que não se coram 
pelo gram): Clamídia, Riquétsia, Legionella, Micoplasma, 
Ureaplasma 
 
 
Coagulase +: infecção mais rápida, mais virulento 
Coagulase -: são menos virulentos, infecção mais lenta 
alfa-hemolysis: cavidade oral e vias aéreas superiores 
beta-hemolysis: pele, faringe e trato genitourinário 
nonhemolytic: intestinais (enterococo) 
 
Fermentadores de glicose 
Não fermentadores de glicose - maiores chances de serem 
resistentes 
Antimicrobianos: conceitos 
 Antibiótico X Quimioterápico - derivação do antibiótico 
natural feito de fungos 
 Toxicidade seletiva - capacidade ou propriedade do 
antibiótico de lesar a bactéria e manter o hospedeiro 
(determinado pelo mecanismo de ação) 
 Bactericida (mata - preferência em imunodeprimidos e 
infecções mais graves) X Bacteriostático (inibe o 
crescimento - inibe síntese proteica) 
 Capacidade bactericida: 
o Mecanismo de ação - principal fator 
o Concentração 
o Tipo de Microorganismo 
 Concentração inibitória mínima: menor concentração do 
ATB capaz de inibir o crescimento bacteriano de um 
inóculo padrão de bactérias após 24h de incubação 
 Superinfecção: infecção causada por bactérias que o 
ATB não atinge e que se desenvolve, durante ou após a 
infecção, tratando do crescimento excessivo de MO que 
viviam em equilíbrio biológico, alterado pelo uso de 
antimicrobianos. 
Variáveis que influenciam na eficácia dos antibióticos: 
 Diagnóstico e escolha do ATB 
 Bactericida X Bacteriostático 
 Especificidade e espectro de ação 
o Curto, pequeno e estreito: predominante G+ ou 
G- 
o Ampliado: G+ e G- 
o Amplo: G+, G-, BACT atípica e outros 
 Concentração do ATB na CS e local da infecção: 
o Via e horário de administração 
o Dose 
o Duração do tratamento 
o Adesão ao tratamento 
o Farmacocinética 
o Co-morbidades do hospedeiro 
 Idade, extensão e características da infecção 
 Fatores do hospedeiro: 
o Idade 
o Imunidade 
o Genética 
o Co-morbidades 
o Gravidez 
o Adesão 
 
Via venosa: efeito imediato (como no gráfico), se o antibiótico atinge 
uma concentração maior que a mínima, ele é eficaz e a bactéria 
não se torna resistente durante o tratamento. 
 
Gráfico de concentração X tempo: tempo dependente é o 
antibiótico que é mais eficaz quanto mais tempo de contato ele 
tiver com a bactéria 
Concentração dependente: quanto maior a concentração maior a 
eficácia 
Efeito pós antimicrobiano: quando o antibiótico ainda tem um 
pequeno efeito sobre a bactéria quando está abaixo da 
concentração inibitória mínima, sendo a maioria concentração 
dependente 
Principais mecanismos de ação dos ATB: 
 
Classificação de acordo com o mecanismo de ação: 
1. Antibióticos que interferem na síntese da parede celular 
(bactericidas) 
a. Beta lactâmicos 
i. Penicilinas 
ii. Cefalosporinas 
iii. Carbapenens: Imipenem, 
Meropenem, Ertapenem 
iv. Inibidores de beta lactamase: ácido 
clavulânico, Sulbactam, Tazobactam - 
não tem atividade antimicrobiana 
sozinho, sempre vendidos em 
associação ao beta lactâmicos 
b. Monobactâmicos: Aztreonan - uso pouco 
utilizado 
c. Glicopeptídeos: Vancomicina e Teicoplamina 
d. Bacitracina - uso tópico no Nebacetin 
 
É o anel que faz a ação antimicrobiana - alvo de enzimas que 
inativam o anel 
Por isso a associação com clavulanato auxilia por ser um inibidor de 
beta lactamase - acaba com a resistência ao antibiótico 
2. Antibióticos que interferem na função da membrana 
citoplasmática (bactericidas): tornando mais permeável e flácida, 
fazendo bactérias perder íons, nutrientes, substâncias 
importantes para seu metabolismo - bactéria acaba morrendo 
 Anfotericina B - tratar herpes causado por 
fungo - FUNGICIDA 
 Polimixina B e E* (gram negativo resistente) 
 Nistatina - tratar sapinho (monilíase oral e 
perineal) - FUNGICIDA 
 Daptomicina* (gram positivo resistente) 
*Antibióticos de uso restrito - para bactérias multirresistentes 
(mais de um mecanismo de ação) 
 
3. Antibióticos que interferem nos ácidos nucléicos 
(bactericidas) - RNA e DNA 
 Griseofulvina - ANTIFÚNGICO 
 Rifamicinas (impede a transcrição, primeira 
etapa para síntese do RNA a partir do DNA, 
inibindo irreversivelmente a RNA polimerase) 
 Metronidazol: liga-se ao DNA bacteriano e 
rompe suas hélices - ANAEROBICIDA - trata 
infecções por anaeróbio - espectro curto 
 Quinolonas (inibem irreversivelmente a DNA 
girasse, responsável pela contenção do DNA 
dentro da bactéria) - tem 4 gerações e a 
partir da segunda, todas tem amplo espectro 
(gram -, + e atípica), porém, grandes efeitos 
adversos (alerta da Anvisa) 
 Antivirais: Idoxuridina, Aciclovir, Zidovudina 
(interferem com a síntese do RNA) - 
VIRUCIDAS 
Mais usados na prática: metronidazol (trata protozoário) 
 
4. Antibióticos que interferem na síntese proteica 
Dividido em: 
1. Inibindo a síntese proteica (bacteriostáticos) - 
impede crescimento 
a. Lincosaminas: Clindamicina (droga 
mais usada) e Lincomicina 
(associada a efeitos adversos) 
b. Heterósidos: 
i.Macrolídeos - Eritromicina 
e claritromicina 
ii.Azalídeos - azitromicina 
(muito prescrito, risco, uma 
vez que tem espectro 
amplo, com concentrações 
sanguíneas baixas) 
iii.Quetolídeos - telitromicina 
c. Oxazolidonas: Linezonida 
d. Tetraciclina - amplo espectro, 
usado para tratamento de acne 
(ruim) 
e. Estreptograminas: Quinupristina e 
dalfopristinaf. Cloranfenicol: é bacteriostático para 
a maioria dos MO, porém bactericida 
para Haemophilus influenzae, 
meningococo e pneumococo - casos 
de imunodeprimidos 
g. Tigeciclina* 
2. Determinando a síntese de proteínas 
anômalas (bactericidas) 
 Aminoglicosídeos (leitura errada do 
código de RNAm) - efeito sinérgico, 
ajudando outros medicamentos a 
atuarem - mais utilizado em 
infecções graves em associações - 
via parenteral 
Ribossomo: 
 
Na fração 30s do ribossomo há o 4,2, que é o aminoglicosídeo, que 
se liga a D: Tetraciclina 
Já na fração 50s do ribossomo se ligam o resto 
Inibindo a síntese proteica 
 
5. Antibióticos que interferem com a síntese do ácido fólico 
(importante na reprodução) - toxicidade seletiva é menor 
Pelo menos a forma de síntese do ácido fólico no ser humano 
difere da bactéria 
Contraindicados para gestante, que precisam de ácido fólico para 
formação do SNA 
 Sulfas 
 Trimetropim 
Uso maior de uma associação sulfa trimetropim (Cotrimoxazol) 
chamada comercialmente de Bactrim - torna droga bactericida 
Isolados tem efeito bacteriostático 
 
6. Outros 
 Nitrofurantoína - inibe a síntese proteica 
(bacteriostático) e em altas doses lesa o DNA 
(bactericida) - infecção urinária baixa 
 Mupirocina - inibe a síntese de RNA 
(bactericida) - só para uso tópico de infecções 
por estafilo resistentes 
Principais questionamentos que norteiam o uso criterioso dos ATB: 
Está indicado o uso de um antimicrobiano? - a infecção é bacteriana 
(viral não melhora com antibiótico), com presença de pus, secreção, 
evolução arrastada 
Qual a droga a ser empregada? - qual bactéria é mais prevalente 
nesta região 
Como fazê-lo? - horário 
É necessário cuidado especial na seleção e uso do antimicrobiano 
em meu paciente? - reavaliar a dose de acordo com comorbidades 
Por quanto tempo deve o antimicrobiano ser usado? - gram positivo 
requer menos tempo, negativo mais tempo 
Que consequências adversas poderão resultar do emprego da 
droga? 
Qual o custo para o paciente? 
Bactérias mais frequentes envolvidas nas principais infecções do 
dia a dia 
 Amigdalites: Streptococcus pyogenes, bacilo diftérico, 
vírus 
 Pneumonias ambulatoriais: Pneumococo, mycoplasma 
pneumoniae, legionella. Em idosos: considerar anaeróbios. 
Pacientes com DPOC: haemophilus, Moraxella catarrhalis, 
pneumococo e enterobactérias 
 Infecções de pele: Staphylococcus aureus, 
Streptococcus pyogenes, Candida albicans, Escherichia 
coli, Pseudomonas e Proteus (queimados) 
 Gastrites e úlceras: Helicobacter pylori 
 
 
Associações de antibióticos: uso criterioso 
Deve ser uma exceção - menor espectro possível 
Indicações: 
 Infecções graves sem diagnóstico até terapêutica 
definitiva 
 Infecções mistas - vários germes que não tem um 
antibiótico que atinja os 2 espectros 
 Redução de dose de droga potencialmente tóxicas 
 Evitar aparecimento de resistência bacteriana - 
helicobacter pylori 
 Obtenção de efeito sinérgico em infecções graves - 
grupo dos aminoglicosídeos 
Resultados: 
 Bactericida + bactericida = sinergismo 
 Bactericida + bacteriostático = antagonismo 
 Bacteriostático + bacteriostático = efeito aditivo 
Inconveniente: 
 Encarecimento da terapêutica 
 Superinfecções e reações adversas 
Resistência bacteriana 
Tipos: 
 Natural ou intrínseca 
 Adquirida 
o Cromossômica 
o Extra-cromossômica: Plasmídeos R (alças 
fechadas de DNA) 
Transposons: segmentos de DNA com grande 
mobilidade, capazes de transferir genes de 
uma célula para a outra, para cromossomas ou 
plasmídeos 
Resistência bacteriana mecanismos: 
Porinas mutantes - local de entrada do ATB pela membrana 
Inativação enzimática: 
 Beta lactamases = pen, cef, carbapenems 
 Cloro acetil transferases = cloranfenicol 
 Enzimas que inativam os aminoglicosídeos = acetilases, 
fosforilases, adenilases 
Alteração dos sítios receptores: 
 O MO modifica o sítio ou substrato em que o ATB age 
(proteínas alvo insensíveis, sequência de aminoácidos 
diferente) 
 O MO desenvolve uma via metabólica alternativa (não 
atingida pelo ATB) 
Bomba de efluxo ativo - proteína carreadora da membrana 
“retira” o ATB de dentro da célula 
 
Efeito do uso inadequado do ATB 
Com uso correto: bactérias resistentes são debeladas pelo sistema 
imunológico 
Com uso incorreto: bactérias resistentes predominam e 
transferem sua resistência para as demais - pressão seletiva 
Antibióticos Beta-Lactâmicos 
 
 Possui anel beta-lactâmico que confere ação 
antimicrobiana do antibiótico - alvo das bactérias para 
produzir resistência 
 Beta-lactamase: enzima que inativa anel betalactâmico - 
tornando-o ineficaz 
 
Descoberta da Penicilina - Alexander Fleming - 1928 
Estafilococos - gram positivo - o mais resistente 
Primeiras Penicilinas (G): 
 Ácidos sensíveis - Penicilina G - são inativadas pela via 
oral, porque ácido clorídricos a destroem 
 Sem ação sobre Gram negativos 
 Sensíveis à penicilinase (B-lactamase) - inativa beta 
lactâmico 
 Depois vieram as penicilinas sintéticas: 
 
 Amoxicilina - via oral - Ácido resistente 
 Resistente a penicilinases - boa para estafilo - Isoxioli 
 De amplo espectro - gram + e - 
 
 
Benzatina é o benzetacil 
Penicilina V: Biossintetizada com intervenção do homem para que 
pudesse ser tomada por via oral, adicionando um radial (da imagem 
)- infecções mais leves 
De vermelho: já está se tornando resistente 
Mau uso do antibiótico vem tornado pneumococo resistente 
(pneumonias comunitárias) 
Grupo mais indicado para tratamento da sífilis: penicilina G 
Penicilina G: Gram +, com melhor ação nos estreptococos, além de 
pneumococo, meningococo, gonococo (porém está muito 
resistente) 
Penicilinas naturais: farmacocinética 
 Distribuição: 
o Músculos, pulmões, secreção brônquica, rins, 
fígado, gânglios, pele, baço, intestino, líquido 
sinovial, pleural, pericárdio, sêmen 
o Não penetram no meio intracelular 
o Baixa concentração em próstata e olho 
 LCR - atravessa barreira hemato encefálica 
 Pen cristalina: venosa - infecção grave - meningite 
 Pen procaina e benzatina: intramuscular 
 Pen V: oral 
 
 Gráfico de concentração do antibiótico x tempo, no 
quadro azul tem a concentração inibitória mínima 
calculada em laboratório (Unidades por ml). 
 Gonococo possui a maior, precisando que seja a G 
cristalina para alcançar esse número (8 U/ml). 
 Cristalina consegue inibir todos., seu problema é que tem 
que ser administrada no máximo a cada 6 horas, e 
endovenosa. 
 Germes sensíveis a concentrações mais baixas - 
procaína - dada a cada 24h 
 Nível menor - 0,1 - infecções mais leves ou moderadas, 
duração de ação de 10 a 18 dias (1 dose para todo 
tratamento) 
 
Eliminação da Droga: forma inalterada pela urina (forma ativa pelo 
rim) - não sofre metabolismo 
A penicilina V: em vermelho no gráfico: CASOS MUITO LEVES, 
agravante de administrar de 6 em 6h 
Alfa amino benzilpenicilina 
Espectro aumentado 
Ampicilina (mais usado em ambiente hospitalar) e Amoxacilina 
(amoxacilina melhor por via oral, é o mais usado) 
 Estreptococos, enterococos, listeria, pneumococo, bacilo 
diftérico (difteria), neisserias e H pylori (úlcera gram 
negativo anaerobio) 
 Como ampicilina para uso venoso é para situações mais 
grave - pneumonia, sepse, endocardite, meningite 
 Amoxacilina via oral em casos menos graves - pneumonia, 
otite, sinusite, ITU (infecções urinárias) 
 
 
Eletrofilia XXX: em gram negativo, espectro ampliado 
Duas usam secreção tubular 
Ampicilina: 
 Distribuição: pulmões, fígado, rins, pele, tubo digestivo, 
líquido sinovial, peritoneal, pleural 
 Via parenteral 
 LCR - meningite 
 Pequena concentração em ossos 
 Eliminação Renal: forma ativa 
Amoxicilina: 
 Distribuição: sem associação somente via oral 
 Biodisponibilidade 70-80% 
 Maior concentração em secreção brônquica, seios 
nasais, bile, ouvido - sinusite, pneumonias e otites 
 Infecção urinária: gram negativos - Escherichia coli Alimento não atrapalha absorção 
 Meia vida maior - 8 em 8 ou de 12 em 12 
 Eliminação Renal: forma ativa 
Efeito da Associação com beta-lactâmicos: 
S. Aureus ou resistente à penicilina (geralmente produtor de beta-
lactamase), não muda o espectro, mas é contra as resistentes, 
melhorando a ação. 
 
Oxacilina 
Usados em pacientes internados, devido à gravidade da situação: 
 
Casos: de sepse, pneumonia grave, infecção urinária grave, 
meningite, endocardite 
Isoxazolil-benzil-penicilina: no Brasil temos a oxacilina 
Nos EUA utiliza-se muito à Meticilina 
Pega streptococos, pneumococos (gram +) e Estafilococos 
resistente à penicilina G (aureus principalmente, e o epidermidis) - 
em hospitais (OXACILINA VAI SER USADA BASICAMENTE SOMENTE 
PARA STAFILOCOCOS RESISTENTES À PENICILINA G) 
Oxacilina é usada em: infecções estafilocócicas graves, sendo as 
principais, infecções de pele e impetigo bolhoso (impetigo grave e 
disseminado), síndrome da pele escaldada (parece uma queimadura 
de 3 grau), pneumonias por stafilo, meningites por stafilo, artrite 
séptica e endocardite. 
Oxacilina sempre por via venosa 
A amoxicilina ou ampicilina associada a um clavulanato pega o Stafilo 
Se a infecção grave for por estafilococos resistente à penicilina G 
e for sensível à oxacilina, vai ser usado a Oxacilina, se o paciente 
estiver internado. Porém, se for uma infecção menos grave, é 
usado a amoxicilina mais clavulanato em casa. - pelo princípio básico 
dos antibióticos, você sempre deve usar o com menor espectro 
possível. (oxa com menor) 
 
Pneumo é sempre um strepto de pneumonia 
Radical ligado ao grupo 6 
Radical é tão grande e volumoso que não permite que bactéria 
chegue no anel 
 
Atravessa barreira hemato encefálica 
Define-se a Sensibilidade por: resposta terapêutica do paciente e 
por cultura 
Eliminação: metabolismo hepático e eliminação renal 
 
Pipetazo/Piperacilina: 
Usado em nível hospitalar, disponibilidade somente por via 
parenteral 
Penicilinas de espectro ampliado (+,-), porém, a ação predominante 
é sobre gram negativo nas enterobactérias (Enterobacter, 
Proteus, E. coli) 
Não fermentador (atuam sobre os mais resistentes): pseudomona 
- bactérias mais resistentes 
Piperacilina é a mais importante 
Ação semelhante das alfa carboxi benzilpenicilinas, mas com maior 
eficácia para pseudomonas. 
Associação da piperacilina com ácido Tazobactam: inibidor de beta-
lactamase: S. aureus, enterococcus, gram negativo resistentes 
(pseudomonas principalmente) e anaeróbios (bom espectro) 
Só não pega bactéria atípica (sem parede celular) - nenhuma 
penicilina pega já que ela age na parede celular 
 
O ácido clavulânico + amoxacilina, Sulbactan + ampicilina, tazobactan 
+ piperacilina = inibem a beta-lactamase, porém, sozinhos: sem ação 
antimicrobiana 
Cefalosporinas 
 Mais velhas que as penicilinas - 1945 - produzidas pelo 
fungo Cephalosporium acremonium - antibióticos naturais 
(hoje temos as sintéticas) 
 Resistentes às penicilinases estafilocócicas - ação contra 
estafilococo resistente a penicilina G (semelhantes a 
oxacilina) 
 Espectro ampliado (+ e -, semelhante às penicilinas do 
grupo 2, 4 e 5), sem ação sobre germes atípicos e 
enterococcus 
Nas penicilinas, quem pega enterococcus são amoxicilina e a 
oxacilina, e a piperacilina associada ao tazobactam 
 Agem inibindo a transpeptidase, logo, inibem a formação 
da parede celular 
 Estrutura Básica - ácido 7-amino-cefalosporânico: 
 
Estrutura hexagonal 
Possui anel betalactâmico 
Dois grupos de radicais ligados na posição 3 e 7, permitindo 
diferenças farmacocinéticas e ao espectro 
Classificação das cefalosporinas - de forma genérica: 
 
I, II e III foram as cefalosporinas iniciais, descobertas ao mesmo 
tempo, classificadas de acordo com o espectro e a capacidade que 
tinham de pegar gram negativos 
1, 2 e 3: espectro ampliado 
A medida que a geração crescia, aumentava a ação e a potência 
para gram negativo, e diminuía ação para gram positivo 
1 pega melhor a gram positivo (estafilococo), e a 3 pega melhor a 
negativo. 2 é mediana e se diferencia por ser MUITO BOA PARA 
ANAERÓBIOS. 
Cefalosporinas de I geração 
 
Via oral: cefalexina e cefadroxil 
Via parenteral: cefalotina e cefazolina 
Cefazolina é a droga para profilaxia de infecções pós-operatórias 
(padrão) 
Em rosa o espectro e em verde as indicações. 
Espectro: estrepto, estafilococos sensíveis à oxacilina (pode se 
usar no lugar da oxacilina e é por via oral, assemelhando com a 
amoxicilina + clavulanato), bacilo diftérico (igual penicilina G e 
penicilina do 2 grupo), listeria, treponema (porém droga de escolha 
é a penicilina), pneumococo, enterobactérias (E. coli, Klebsiella, 
proteus, salmonella, shigella), neisserias (meningococo, gonococo), B. 
pertussis (causadora da coqueluche) 
Sem bactéria atípica e anaeróbio 
Não atravessa Barreira Hemato Encefálica (somente a 
cefalosporina de III, 4 e 5) 
Eliminadas sem metabolismo pelo rim 
Indicadas para infecções de cavidade oral, de pele e partes moles 
- ação sobre gram +, principalmente sobre estafilo, em casos de 
Erisipela e celulites 
É ineficaz em otites, sinusites e infecções do trato respiratório, 
por que não pegam bem os Haemophilus e a Moraxella (II geração 
que age) 
Usado na profilaxia de várias cirurgias 
Cefalosporinas de II geração 
 
Oral: Cefaclor (nome comercial Ceclor) - otite, sinusite e infecções 
respiratórias baixas, porque pega muito bem haemophilus e 
moraxella 
Endovenosa: Cefuroxima e Cefoxitina 
Pega estreptococos, estafilococos sensíveis à oxacilina, 
enterobactérias, gram negativos respiratórios - vai aumentando a 
potência, pega anaeróbios 
Bacteroides fragilis sensível à cefoxitina - gram negativo do mal 
Não atravessa a Barreira HE 
Eliminadas sem metabolismo pelo rim (inalterada) - em casos de 
insuficiência renal grave deve-se diminuir a dose 
Indicado para otite, sinusite e infecções do trato respiratório baixo, 
infecções urinárias (gram -) e intra-abdominais (maior chance de 
ser causada por anaeróbio) 
Sofre influência do alimento - como todo antibiótico (dar longe da 
alimentação) 
 
Induzem grande resistência (tanto de 2 e 3 geração) por isso abuso 
deve ser controlado 
Cefalosporinas de III geração 
 
 Ceftriaxone: nome comercial Rocefin, SUPER ABUSADA 
em upas levando a resistência 
 Cefotaxime: nome comercial Claforan 
 Ceftazidime: nome comercial Fortaz 
Somente parenteral - infecção grave 
Pegam estreptococo, inclusive tem sensibilidade intermediária à 
penicilina, neisserias (meningococo e gonococo sem apresentação 
oral), haemophilus e moraxella 
Ativos contra bastonetes gram negativos resistentes às 
cefalosporinas anteriores 
Menos ativo contra estafilo-oxa sensíveis. 
Não atingem anaeróbios e enterococcus - somente uma droga 
para anaeróbios chamada MOXALACTAM (difícil de achar no 
mercado) 
Penetra barreira - trata meningite 
Só não é boa para estafilo resistente, porque aí deve ser feita 
associação com vancomicina 
3 agentes causadores de meningite: pneumococo, meningococo e 
haemophilus 
Se a meningite for por stafilo a cefalosporina de 3 não é uma boa 
escolha 
Indicada para infecções graves por gram negativos generalizadas, 
sepse, meningite, infecções intra-abdominais, pneumonias graves, 
endocardites, infecções osteoarticulares (como a osteomielite que 
é gravíssima) e infecções urinárias graves. 
Induzem muito a resistência como a de II geração. 
Se numa meningite o antibiograma afirma ser uma infecção por 
pneumococo sensível à penicilina G, usa-se a cristalina. Se for um 
estafilococo se usa a oxacilina, agora se for resistente a oxa, a 
vancomicina. 
 
Resumão: 
Profilaxia é no pré operatório 
Todas têm Espectro ampliado 
Oral: 1 e 2 geração 
Meningite - só 3 geração - só infecção grave 
 
Cefalosporina de Quarta Geração: 
Droga Cefepime 
Efetiva para gram negativos como terceira - melhor que a 
terceira 
Efetivo para estafilococos sensíveis 
Espectro ampliado 
Sem ação por anaeróbio eenterococos 
Beta-lactamases de espectro estendido (ESBL): beta-lactamase 
contra cefalosporina e penicilinas (bactéria do mal), sobrando os 
carbapenêmicos para agir contra eles. 
Gram negativos que produzem ESBL 
Penetra na barreira hemato encefálica - meningite 
Administração só venosa - infecção grave 
Menos susceptíveis a ampC (enzima produzida por bactérias que 
também inativam antibióticos) 
 
Carbamapenase: bata-lactamases contra carbapenêmicos - uso 
dos antibióticos de uso restrito e rezar para paciente 
 
Cefalosporina de Quinta Geração: 
 
Droga Ceftaroline só em hospitais particulares 
Ação sobre gram negativos como III e IV, sem ação sobre 
pseudomonas, age sobre estafilococos (estafilo resistes a oxacilina 
- que só a vancomicina pega) - cefalosporina anti-estafilocócica - 
espectro MUITO aumentado 
Mas se for produtor de ESBL já deve ser usado o carbapenêmico. 
Via parenteral, para infecções de pele, partes moles 
 
Cefalosporinas em geral são excretadas renal e eliminadas na 
forma inalterada - ajustar na insuficiência renal 
Já o ceftriaxone tem excreção renal e biliar - tanto pelas fezes 
quanto pela bile - ajudar na insuficiência renal e hepática 
 
Cefalosporinas de 3 penetra melhor na barreira que a de 4. Mas 
se for gram +, usa-se a de 4. Sabe-se por cultura do líquior (punção 
lombar). 
Se for produtora de ESBL a gente tem que dar meropenem que 
é um cabapenêmico que penetram na barreira. 
A escolha entre vancomicina e a cefalosporinas de 5 geração no 
caso de bactéria não produtora de ESBL, a vancomicina é a droga 
específica para o ESTAFILO. 
Efeitos adversos da Cefalosporinas: 
 
Reações de Hipersensibilidade às Penicilinas 
Peculiaridades: 
São os Principais efeitos adversos da penicilina - são graves quando 
acontecem 1h após a medicação das penicilinas parenterais 
Os medicamentos que mais causam efeitos adversos são as 
penicilinas 
Reações fatais em porcentagem pequena de 0,2% 
São reações dose independente (não depende da dose), ou seja, 
são qualitativas, não quantitativas. Além disso, são reações 
imprevisíveis, podem ocorrer com quem nunca teve contato com 
o medicamento, e com quem já teve várias vezes antes. 
Uma vez que o paciente teve 1 reação, não se deve aplicar de novo 
para evitar processos - nesses casos, o medicamento a ser usado 
são os macrolídeos e as lincosaminas (mais usada é a clindamicina). 
As cefalosporinas seria uma opção, mas seria possível apenas se 
a reação de hipersensibilidade não ter sido grave. 
Determinantes antigênicos: 
Produtos de degradação imunológica da penicilina responsáveis pela 
reação anafilática ou de hipersensibilidade de menor gravidade 
 Maior: 95% dá origem a benzilpeniciloil 
 Minor: 5% dá origem a peniloato, penicilenil, penicilamina, 
penicilina 
Testes Cutâneos: 
Primeira parte - Teste de Escarificação: 
1. Escarificar área de aproximadamente 1cm 
2. Pingar sobre a área escarificada uma gota de solução 
1:10000 da penicilina G cristalina 
3. Fazer a leitura 15 a 20 min depois 
O teste será considerado positivo se ocorrer a formação de pápula 
ou induração com halo de eritema com mais de 2mm de diâmetro 
Conclusão: sendo + o resultado deste teste, deve-se contraindicar 
a administração de penicilina, se o resultado for negativo, segue-
se a realização do teste intradérmico. 
Não disponível no SUS 
 
Dessensibilização: 
Caso o paciente tenha a necessidade absoluta de receber a 
penicilina. 
Injeção repetida de concentrações crescente de penicilina G 
geralmente por via subcutânea, até chegar na concentração 
desejada. 
 
Manifestações: 
 Reações imediatas: ocorrem até 1h após administração 
da penicilina. São elas: urticária grave, angioedema, 
broncoconstrição, choque, sendo comuns casos fatais. 
Determinante minor. 
 Reações aceleradas: Ocorrem entre 1 e 7h da 
administração da penicilina. Menos grave: urticária, 
prurido, edema laríngeo mais leve. Determinante maior. 
 Reações retardadas: Ocorrem após 3 dias da 
administração. São as mais comuns (80 a 90%) e de 
menor gravidade, porém as de sintomatologia mais 
variável: 
o Rash cutâneos (manifestações inespecíficas), 
geralmente leves (dermatite esfoliativa = 
forma grave) 
o Nefrite 
o Manifestações orais: glossite, queilose, 
estomatite, língua saburrosa 
o Febre isolada 
o Doença do soro: febre, urticária (placas 
maiores e elevadas que também podem 
ocorrer na mucosa, aparecem e desaparecem 
rápido), artralgia, linfadenopatia (associada com 
o uso da penicilina por mais de uma semana) 
Fisiopatologia desconhecida (sem saber se é maior ou 
minor) 
 
 
Dermatite esfoliativa: forma de rash cutânea grave tardia, pele 
descamativa vermelha 
 
É um edema de face 
 
Manifestações orais: 
o Língua saburrosa 
o Queilite: acometimento do canto da boca 
o Manifestações aftosas 
 
Antibióticos Carbapenêmicos: 
Também são antibióticos beta-lactâmicos 
São de uso posterior, para infecções resistentes aos outros 
antibióticos, principalmente cefalosporina. 
Espectro: Aumentado - gram positivo (strepto, stafilo sensíveis a 
oxa, enterococo), gram negativos (principalmente) resistente aos 
demais antibióticos (pseudomonas, acinetobacter) anaeróbios 
Uso restrito para infecções gram negativas resistentes. 
Beta-lactamases: carbapenemases 
Diferenças: 
 Meropenem - mais utilizado, administrado sozinho, sofre 
ação de uma enzima renal (deidropeptidase I renal) que 
pode inativá-lo produzindo resíduo tóxico. Logo, é usado 
em associação a cilastatina, inibindo enzima, aumentando 
tempo de ação do medicamento, e diminui toxicidade renal 
- via venosa de 8 em 8h 
 Imipenem - via venosa de 8 em 8h 
 Ertapenem - mais recente, administração intramuscular 
(e venosa) com dose única diária (paciente sem acesso 
venoso), não penetra barreira hemato encefálica (não 
funciona para meningite) e não funciona tão bem com 
pseudomonas como meropenem e imipenem 
 
Farmacocinética: via parenteral, antibióticos tempo dependentes 
mais graves, eliminados pelos rins predominantemente na forma 
inalterada e penetram na barreira o mero e imipenem 
 
Efeitos adversos: 
 Bem tolerados pelo paciente. 
 Ocorre em administração rápida: náuseas, vômito - 
mudar para administração lenta 
 Diminuição de leucócitos e plaquetas. 
 Aumento de transaminases 
 Reações alérgicas 
 Diminuição do limiar convulsivo em pacientes que já tem 
convulsão, principalmente imipenem (história pregressa 
de epilepsia) 
 
 
 
Uso empírico do antibiótico: de acordo com o contexto do paciente, 
antes do antibiograma chegar. 
Tetraciclinas: 
Origem - Streptomyces 
Muitas drogas. 
Naturais: 4 anéis derivados do Naftaleno, ligados a vários radicais 
Drogas mais usadas: Doxiciclina e Minociclina 
Melhores características farmacocinéticas e menos efeitos 
colaterais 
 
*Tigeciclina: Tetraciclina de uso restrito: É uma tetraciclina 
moderada, derivada da minociclina. Meia vida longa de 36h. Uso 
exclusivo parenteral. Aprovado para infecções cutâneas e intra-
abdominais complicadas por agentes resistentes. Atinge Stafilo 
oxa-resistente, Enterococo resistente a vancomicina, 
enterobactérias e acinetobacter. - bactéria multirresistente 
Mecanismo de ação: inibição da síntese protéica por ligação à 
fração 30S do ribossomo - bacteriostático - atinge concentração 
inibitória mínima 
Espectro: AMPLO: gram positivo, negativo (enterobactérias tem 
elevado grau de resistência) e bactérias atípicas: clamídias, 
riquétsias, micoplasma, anaeróbios, espiroquetas e alguns 
protozoários. 
Farmacocinética: 
 Absorção: incompleta por Via Oral, prejudicada por 
alimentos, leite e ferro (melhores Doxiciclina e Minociclina) 
- tetraciclina AMA cálcio formando quelato, que dificulta 
absorção 
 Distribuição: regular, mas pequenas quantidades são 
encontradas nos líquidos orgânicos. Melhores 
concentrações na pele e líquido gengival (cavidade oral). 
Baixa concentração liquórica (não escolhida para 
meningite). Atravessa placenta e Leite Materno (perigo) 
- malefíciopara o feto e para o neném 
 Metabolismo: hepático e eliminação pelas fezes (via biliar) 
e urina (FG) 
Efeitos colaterais: 
 Efeitos gastrointestinais: anorexia, desconforto 
epigástrico, distensão abdominal, náusea, vômito, diarréia, 
úlceras orais e irritação perianal 
 Altera muito a microflora, diminuindo produção de 
vitamina K e alterando (diminuindo) a coagulação 
 Lesão hepática - mais frequente em grávidas e acima de 
2 gramas (dose alta) - contraindicado para grávidas 
 Exacerba a insuficiência renal - diferente de nefrotóxica 
(porque ela só agrava) 
 Efeitos da deposição da droga junto com o cálcio nos 
ossos, esmalte e dentina: 
o Mancha dentes 
o Inibição do crescimento - fixa no osso 
o Hipoplasia do esmalte (aumento da 
susceptibilidade à cárie, depressão do esmalte) 
 Fototoxicidade 
 Reações alérgicas 
 Superinfecções - quanto maior o espectro, maior a 
chance de superinfecção 
 Minociclinas: vertigens, tonturas (ação no sistema 
vestibular) 
Indicações: 
 Germes atípicos: riquétsias, micoplasma, clamídia e 
legionella 
 ACNE (ação anti-seborréica e bacteriostática) - altas 
concentrações na pele - ruim por poder gerar 
resistência (superbactérias) 
 Útil nas doenças periodontais em geral - pele e 
anaeróbios, gengivas: estreptococo e anaeróbio 
Doxiciclina - usos: (principal medicamento usado) 
 IST: linfogranuloma venéreo e donovanose (úlceras 
genitais) - uretrites não gonocócicas 
 Infecções respiratórias - pneumonias comunitárias 
 Infecções de pele, partes moles, osteomielite 
 Febre maculosa - causada por rickéttsias (casos em que 
é possível uso oral) 
Macrolídeos: 
Azitromicina 
 Espectro: AMPLO: streptococcus, pneumococo, 
estafilococo, cocos gram negativos, Bordetella pertussis, 
legionella, bacilo diftérico, treponema, micoplasma, 
haemophilus, brucella, pasteurella, ureaplasma, clamídia, 
entamoeba histolytica e outros protozoários 
 Ação limitada sobre enterobactérias e anaeróbios 
 Boa penetração intracelular 
 Principais representantes: 
o Eritromicina: derivado natural - streptomyces 
- (6 em 6h) 
o Claritromicina: mais ativo contra gram positivo 
(bactericida para o pneumococo), inclusive 
stafilo sensível a oxacilina (alternativa para oxa, 
amoxicilina + clavulanato e cefalosporinas de I), 
M. catarrhalis e Haemophilus influenza. Ativa 
contra o H Pylori (úlceras - resistência 
bacteriana) - (12 em 12h) - oral e parenteral 
o Azitromicina: nível tecidual sustentado. Maior 
meia vida (24h). Maior ação sobre gram 
negativos (haemophilus), mas ação continua 
pequena para enterobactérias e menor ação 
que eritromicina e claritromicina sobre strepto 
e estafilococo. - oral e parenteral 
 Mecanismo de ação: liga-se à fração 50S do ribossoma 
bacteriano, inibindo a síntese proteica. 
Farmacocinética: 
 Absorção: As 3 por via oral (eritromicina na forma de 
estolato, estearato, etilsuccinato (SAIS) - (pois poderia 
ser inativada pelo sulco gástrico), já EV: azitromicina e 
claritromicina 
 Distribuição: Podem acumular em células, principalmente 
macrófagos. Boas concentrações em amígdalas, seios 
paranasais, pulmões, rins, fígado, pele, próstata, porém 
baixas no osso e líquor. Atravessa a placenta mas não 
são teratogênicos (não causa problema no bebe) - 
tratamento de toxoplasmose na grávida 
 Eliminação: 
o Eritromicina: eliminada na forma inalterada pela 
bile 
o Claritromicina: Metabolismo Hepático e 
eliminação renal 
o Azitromicina: predominantemente na forma 
inalterada pelas fezes 
 Efeitos colaterais: 
o Distúrbios gastrintestinais: náusea, vômitos, 
diarréia e EPIGASTRALGIA (dor no estômago) 
o Reações alérgicas raras: prurido, rash, febre 
o Hepatite colestáticas: 
 Uso por mais de 10 dias 
 Melhora com a suspensão do 
tratamento 
 Mais comuns com o estolato de 
eritromicina 
 Indicações: alternativa para a penicilina em casos alergia 
a elas, primeira escolha para PNEUMONIAS por germes 
atípicos, excelente opção para coqueluche e difteria 
Aminoglicosídeos: 
 Protótipo: estreptomicina - Streptomyces griseus - 
1944 
 Demais drogas: amicacina, gentamicina (mais usadas), 
netilmicina, neomicina, tobramicina, sisomicina - 
Streptomyces 
 Mecanismo de ação: produção de proteínas anômalas, 
letais à célula bacteriana + diminuição da síntese proteica 
 Espectro: gram negativos (ATB hidrofílicos com facilidade 
de atravessar as porinas, presentes na membrana 
interna dos gram negativos) e gram positivos 
 Mecanismos de resistência: enzimas inativadoras: 
ACETILASES, ADENILASES, FOSFORILASES 
Açúcares + amina = alta hidrofilicidade 
 Absorção: oral nula - uso somente em IM, EV e tópica 
 Suas atividades bactericidas dependem de sua 
concentração sérica: quanto maior a concentração, mais 
rápida, maior efeito bactericida e menos efeitos tóxicos 
 Potencializa efeito de outro medicamento 
 Boa distribuição, exceto BHE e reduzida ação em 
ambiente anaeróbio (sua ação depende de O2). 
 Concentrações na urina 25 a 100x maior que a sérica. - 
altas concentrações na urina - bom para infecções 
urinárias 
 Não é metabolizado e excretado por Filtração Glomerular 
Efeitos adversos: 
 Nefrotoxicidade: Necrose Tubular Aguda, reversível - 
devido às altas concentrações na urina 
 Ototoxicidade: irreversível, mais comum com uso 
prolongado 
 Neurotoxicidade: bloqueio da liberação da ACC na placa 
motora 
Lincosaminas: 
1962 - Streptomyces lincolnensis 
 Clindamicina: derivado semi sintético - melhor absorção 
oral, menos efeitos colaterais, maior potência 
 Espectro: Estreptococo, Estafilococo (inclusive o 
produtor de beta-lactamase), pneumococo, clostridium, 
anaeróbios 
 Mecanismo de ação: inibição da síntese proteica por 
ligação à fração 50S do ribossomo 
Farmacocinética: 
 Absorção: 
o Clindamicina - VO, EV, tópica, com pouca 
influência do alimento 
o Lincomicina - absorção ruim por VO 
 Distribuição: Uniforme, boa nos ossos e baixa no líquor 
 Eliminação: Metabolismo hepático PARCIAL 
(clinda>lincomicina) + eliminação nas fezes = grande risco 
de colite pseudomembranosa 
Efeitos colaterais: 
 Distúrbios gastrointestinais: diarreia grave, náuseas, 
vômitos, colite pseudo-membranosa (fatal) 
 Glossite, vaginite, estomatite - superinfecções e reações 
alérgicas 
 Reações alérgicas: rash principalmente, reações graves 
são raras 
 Efeitos sobre o sangue: agranulocitose, plaquetopenia, 
neutropenia 
Indicações: 
 Fármaco de reserva 
 Infeções ósseas 
 Infecções anaeróbicas ou outros microrganismos que não 
podem ser erradicados por drogas menos tóxicas 
 Alergia à penicilina 
 Tratamento tópico da acne 
 A clindamicina pode ser usada para tratar coriorretinite 
por Toxoplasma gondii 
Vancomicina e Teicoplanina: 
 Naturais: 
o Vancomicina: Streptomyces Orientalis - 1956 - 
uso EV 
o Teicoplanina: Actinoplanes Trichomyceticus - 
uso IM (quando o paciente não pode receber 
por via venoso - câncer avançado, bebe 
prematuro 
 Espectro: Cocos gram positivo (streptococcus aureus, 
streptococcus epidermidis, pneumococo, enterococo, 
clostridium difficile) 
 Mecanismo de ação: 
o Inibe a síntese e o acoplamento dos peptídeos-
glicanos (menor resistência) 
o Diminui a permeabilidade da membrana 
plasmática 
o Altera a síntese de RNA 
Farmacocinética: 
 Administração da vancomicina VO (apenas para tratar 
colite pseudomembranosa) e EV 
 Administração da teicoplanina: IM 
 Distribuição uniforme. Boa penetração na BHE 
 Não sofre metabolismo 
 Excreção por filtração glomerular 
 Indicação: infecções por estafilococo resistente à 
oxacilina e enterococos resistentes 
 Efeitos Adversos: 
o Exantemas e anafilaxia 
o Ototoxicidade e nefrotoxicidade 
o Síndrome do pescoço vermelho - paciente 
vermelho, principalmente na face, deve 
interromper a vancomicina, ou diluir ela mais 
o Flebite (infecção do acesso venoso - veia 
central) e dor local 
Quinolonas 
Grupo em que espectro varia de pequeno a amplo 
Critériona utilização devido aos efeitos adversos 
Estrutura: 
 Anel em comum 
 Ácido nalidíxico - primeira quinolona de pequeno espectro 
(infecções urinárias gram -) 
 Ciprofloxacina 
 Lovofloxacina 
 Ofloxacina 
 Norfloxacina 
 Trovafloxacina 
 Moxifloxacina 
Mecanismo de ação: 
 Inibe o DNA-girase: Topoisomerase II (torna a molécula do 
DNA compacta e ativa) - bactericida 
 Sem ela: DNA livre desencadeia síntese descontrolada de 
RNA e proteínas 
 
Classificação atual: 
 1ª geração: 
Apenas enterobacterias - ácido nalidíxico e pipemídico 
 2ª geração 
Enterobacterias, hemophilus, Neissérias, Moraxella, 
Pseudomonas, Atípicos, Estaflococos 
Apresenta via oral e parenteral 
Norfoxacino, Ofloxacino e ciprofloxacino (mais ativo para 
pseudomonas = cipro) 
 3ª geração 
Amplo espectro: enterobacterias, hemophillus, 
neisserias, moraxella, pseudomonas, atípicos, 
estafilococos, estreptococos 
Levofloxacino, gatifloxacino (retirada do mercado por 
distúrbios da glicose em idosos e diabéticos), 
grepafloxacino, esparfloxacino, clinafloxacino, 
gemifloxacino 
 4ª geração 
Droga mais importante das quinolonas 
Enterobacterias, hemophillus, neisserias, moraxella, 
pseudomonas, atípicos, estafilococos, estreptococos+ 
anaeróbios 
Trovafloxacino e moxafloxacino 
Farmacocinética: 
 Absorção oral boa (intestinal) - boa disponibilidade/ 
PARENTERAL 
 Distribuição boa: rins, pulmões, próstata, intestino. Baixa 
no líquor, saliva e ossos 
 Eliminação: MH + FG 
Indicações: 
 ITU (ácido nalidíxico para infecções baixas e 
fluorquinolonas para altas e prostatites) 
 Infecções intestinais - bacterianas 
 Infecções respiratórias: sinusites, bronquites crônicas, 
pneumonias adquiridas na comunidade, inclusive atípicas, 
em pacientes com fibrose cística (pseudomonas) 
Uso restrito: deve ser usado em situações graves, não responsivas 
aos demais antibióticos 
Efeitos adversos: 
 Danos nos tendões (aquiles), incluindo tendinite, ruptura, 
artralgia, dor nas extremidades, alterações de marcha, 
neuropatias associadas a parestesias, depressão, fadiga, 
diminuição da memória, distúrbios do sono, deficiência 
auditiva, visão, paladar e olfato. 
 Maior risco em idosos, IR, transplantados e uso de 
corticóide 
 Efeitos devem ser esclarecidos aos pacientes 
 Evitar em grávidas e lactantes 
 Risco de aneurisma 
Sulfonamidas: 
Descoberto em 1935 
Drogas: Sulfanilamida, sulfisoxazol, sulfacetamida sulfadiazina, 
sulfametoxazol 
Bactrin - droga padrão: associação entre sulfametoxazol + 
trimetropin = cotrimoxazol (BACTRIN) 
 
Cada uma das duas drogas isoladamente tem efeito bacteriostático 
e associadas bactericidas 
Amplo espectro: gram + (stafilo oxa resistente), -, excelente ação 
contra Stenotrophomonas maltophilia, pneumocystis jerovesi, 
paracoccidioides, protozoários (isospora, ciclospora) 
Farmacocinéticas: 
 Absorção: 
o Cotrimoxazol: oral e parenteral 
o Sulfadiazina: oral e tópica (toxoplasmose em 
grávidas) 
 Distribuição: boa concentração no líquor, pulmões, 
articulações. Atravessa a BHE e placenta.- pode levar a 
teratogênese e malformações no SNC 
 Eliminação: MH+FG 
Contraindicações: sulfametoxazol + trimetropin 
 
Indicações: 
 Cotromoxazol: 
o ITU altas e baixas, prostatites (limitada na ITU 
grave) - resistência 
o Sinusites, otites, bronquites (como alternativa 
aos beta-lactâmicos) 
o Paracoccidiodomicose 
o Diarreias por protozoários e bacterianas 
o Profilaxia e tratamento de infecções por 
pneumocistir jerovesi 
 Sulfadiazina 
o Escolha no tratamento da toxoplasmose 
(+pirimetamina) 
o Alternativa na malária 
o Tópica - sulfadiazina de prata: uso em 
queimaduras 
Evitar na gravidez: efeito teratogênico 
 Efeitos colaterais: 
o Sintomas digestivos 
o Rash cutâneos mais comumente leves (exceto 
dermatite esfoliativa, Steve Johson) 
o Alterações sanguíneas: leucopenia, 
plaquetopenia, anemia hemolítica 
o Cristalúria e IR (pacientes com hipoalbuminemia) 
o Hipercalemia (adm parenteral) 
Metronidazol: 
Introduzido na prática clínica em 1959 – tratamento da 
tricomoníase vaginal 
Bactericida (1960/62) – sua ação depende de sua entrada na 
bactéria por difusão passiva – ativação intracelular – produção de 
compostos que lesam o DNA bacteriano 
Ação bactericida exclusiva sobre bactérias anaeróbias e como 
antiparasitários: amebíase, giardíase e tricomoníase 
Farmacocinética: 
 Administração oral (BOA), vaginal e venosa 
 Distribuição uniforme, boa penetração no líquor e em 
abcessos. Atravessa a placenta e é eliminado no LM 
(evitar no 1º trimestre da gestação e em lactantes – 
gosto amargo e diarreia) 
 Eliminação: MHP e FG 
Indicações: 
 Infecções por anaeróbios 
 Abcessos pulmonar, cerebral, intra-abdominal 
 Osteomielite 
 Infecção de partes moles, septicemia 
 Infecções orais e dentárias, sinusites crônicas 
 Tétano 
 Colite pseudomembranosa (VO) 
 Helicobacter pilory 
Efeitos Adversos: 
 Gerais: náuseas, vômitos, diarreia, gosto metálico 
 SN: cefaleia, vertigem, convulsões, neuropatia periférica 
 Urticária, exantemas, cistite, queimação uretral, 
ginecomastia 
 Efeito dissulfiram: mal-estar se usado com álcool 
 Evitar no 1º trimestre da gestação e durante 
amamentação (gosto amargo). 
Cloranfenicol: 
Origem: Streptomyces venezuelae 
Espectro amplo: gram + inclusive st oxa resiste, gram -, todos os 
anaeróbios, clamídias, riquétsias 
Mecanismo de ação: inibidor da síntese protéica (bacteriostático) 
Bactericida para hemophilus, pneumococo e meningococo 
Farmacocinética: 
 Absorção: oral, venosa e tópica 
 Distribuição: uniforme com boas concentrações no líquor 
 Eliminação: predominantemente metabolizado + FG e ST 
 Problema no paciente hepatopata 
Indicações: 
 Febre tifóide e outras salmoneloses 
 Meningites bacterianas 
 Infecções por anaeróbios e riquétsia 
 Brucelose (escolha primária - tetraciclinas) 
Efeito adverso: 
 GI: náusea, vômitos, diarreias, alteração de paladar 
 Reações de hipersensibilidade 
 Sindrome do bebe cinzento (fatal) - sepse no bebe 
 Aplasia medular: dose dependente - reversível (anemia) 
e dose independente - pancitopenia fatal 
 Superinfecções 
Outros: 
Mupirocina: 
 Antibiótico natural (pseudomonas florecens) - bactericida 
de uso exclusivo tópico ativa principalmente para gram +, 
inclusive estafilo resistente à oxacilina + hemophilus 
 Ação sobre o RNA sintase, inibindo de forma irreversível 
a síntese de RNA 
 Nome comercial BACTROBAN 
 
Nitrofurantoína: 
 Antibiótico sintético, usado para tratar infecções 
urinárias leves 
 Efeito bacteriostático - prejudica a síntese protéica. Em 
altas doses, lesa o DNA bacteriano e tem efeito 
bactericida 
 Tempo de uso: 7 dias 
 CI em idosos e na IR 
 
Novos antibióticos de uso restrito: 
Daptomicina: 
Mecanismo de ação: age na Membrana Citoplasmática, inibição da 
síntese protéica de DNA, RNA e extravasamento do conteúdo 
intracelular. Tem ação bactericida. 
Indicação clínica: infecção por gram + (estafilos resistentes e 
enterococos), potente contra bactérias resistentes a vancomicina 
e linezolida. Apesar de se apresentar excelente atividade in vitro 
contra pneumococo, a daptomicina é inativada pelo surfactante 
pulmonar, não podendo ser usado para tratamento de pneumonia 
Uso exclusivo venoso 
Toxicidade muscular mialgia e rabdomiólise 
Linezolida: 
Mecanismo de ação: age inibindo a síntese protéica na fração 50S 
do cromossomo. Bacteriostático 
Indicações: deve ser usado em infecções graves gram + 
multirresistentes (pneumococo, resistentes a vancomicina e 
penicilina) 
Apresenta formulações para aplicação intravenosa e para uso 
oral, sendo que a absorção oral é muito boa (cerca de 100%) 
Inibe a MAO: risco de crise serotoninérgica quando associada a 
antidepressivos, trombocitopenia e risco de IR 
 
 
Streptograminas: Quinupristina e dalfopristina 
Mecanismo de ação: associação de drogas agem inibindo a síntese 
proteíca 
Espectro/indicações: germes gram + (bactericida para 
streptococose estafilococos, bacteriostático para enterococo), 
moraxella catarhalis e neissérias e bactérias atípicas: clamídia, 
legionela e micoplasma 
Administração obrigatória por via venosa 
 
Telitromicina: 
Mecanismo de ação: inibição da síntese proteica 
Espectro/indicações: estafilococus sensíveis, pneumococo, 
hemophilus, Moraxella catarrhalis, micoplasma, clamídia, legionella. 
Indicada para o tratamento de infecções respiratórias 
comunitárias de gravidade leve a moderada em maiores de 18 anos. 
Permite administração única diária, por VO. 
 
Polimixina B: 
Mecanismo de ação: Alteram a membrana citoplasmática, com 
perda do conteúdo intra celular. 
Espectro/Indicações: Ação predominantemente sobre gram – 
resistentes aos demais ATB: pseudômonas e acinetobacter 
baumanil 
Uso venoso. 
 
Pneumonias adquiridas na comunidade: 
Novos agentes antimicrobianos: 
Omadaciclina: (derivado da tetraciclina) para o tratamento de PAC 
e tem atividade in vitro contra patógenos típicos e atípicos comuns, 
MRSA, muitos bastonetes gram- e anaeróbios. 
Lefamulina: (pleuromutilina sistêmica) inclui MRSA, S. pneumoniar e 
patógenos atípicos de PAC. No entanto, além de H. influenza e M. 
catarrhalis, sua atividade contra certos patógenos gram -, incluindo 
Enterobacteriaceae (E. coli, Klebsiella spp) e Pseudomonas spp é 
limitada. 
Delafloxacina: uma fluoroquinolona de espectro estendido 
 
Profilaxia Antibiótica 
Situações clínicas em que a Qp está indicada: 
 Profilaxia da Febre reumática 
 Profilaxia de infecções estreptocócicas em pacientes 
esplenectomizados 
 Profilaxia de ITU de repetição e em paciente com 
Refluxo vésico ureteral grave 
 Profilaxia em contato de pacientes domiciliares de 
meningite meningogócica e por hemophilus 
 Profilaxia de infecções por Pneumocystis Jirovesi 
 Profilaxia de endocardite bacteriana em pacientes de 
alto risco 
Princípios da profilaxia ATB: 
1. Definição do grau de infecção esperado para o 
procedimento a ser executado 
2. Definição do germe prevalentemente infectante no 
local a ser abordado 
3. Seleção do antibiótico eficaz contra esse germe 
4. Seleção, dentre os agentes eficazes, do ATB de menor 
potencial de efeitos adversos 
5. Uso de alta dose, administrada em via e tempo 
adequados, para determinar altas concentrações séricas e 
teciduais no momento da incisão 
6. Uso do antibiótico em dose única 
Classificação das cirurgias quanto ao risco de infecção: 
 Cirurgias limpas: 
São eletivas, sem processo infeccioso local em tecidos 
estéreis ou de fácil. Risco de ISC <5%, porém em alguns 
o uso de profilaxia está indicado: se ocorrer a infecção, 
a gravidade e complicações são graves (pele, tecido SC, 
músculos, estômago (exceto se acloridria, hemorragias 
e obstrução) 
 Cirurgias potencialmente contaminadas: 
Ausência de supuração em tecidos que albergam 
microbiota própria, porém pouco numerosa, de difícil 
descontaminação (conjuntiva ocular, ouvido externo, 
esôfago, estômago, duodeno, vesícula biliar, uretra e 
próstata). Risco de ISC: 8 a 5%. 
 Cirurgias contaminadas: 
Ausência de supuração, em tecidos com microbiota 
abundante, de difícil descontaminação (trato 
respiratório alto, cavidade bucal, íleo, cólon, reto, ânus, 
vulva, vagina, feridas traumáticas até 6h antes da 
cirurgia). Risco de ISC 15 a 20%. Na boca, vagina, vulva 
e períneo raramente supuram e podem não requerer 
profilaxia. 
 Cirurgias Infectadas 
Presença de pus, vísceras perfuradas e feridas 
traumáticas com mais de 6h de evolução. 
Infecção no sítio cirúrgico 
 
Risco de contaminação: 
Inóculo X virulência X lesão tecidual X corpo estranho 
Antibiótico profilaxia X resistência individual do paciente 
Profilaxia: 
 
 
 
Profilaxia pós-operatória: 
Droga com atividade contra a maioria dos microorganismos que 
podem contaminar o sítio cirúrgico, e que mantenha níveis séricos 
altos durante o procedimento 
 Níveis séricos elevados: 
o Início antes do procedimento (indução 
anestésica) 
o Via intravenosa 
o Dose elevada 
 Durante o procedimento: 
o Dose adicional: perda sanguínea ou aumento 
da duração 
o Dose após procedimento: discutível para a 
maior parte 
 Para a maioria dos procedimentos onde a profilaxia está 
recomendada, a droga da escolha é cefazolina 
Conduta geral na profilaxia pós operatória: 
Nas cirurgias limpas em que o risco de infecção do sítio 
cirúrgico é de até 5% não há indicação do uso de antibióticos 
Exceções: 
 Pacientes acima dos 70 anos, desnutridos, 
imunodeprimidos, urgências 
 Implante de próteses e telas 
 Cirurgias de mama 
 Esplenoctomia (hipertensão portal esquistossomótica) 
 Hernioplastia incisional 
 Pacientes portadores de doença reumática, diabetes 
descompensado, obesidade mórbida, hérnias 
multirrecidivadas, imunossupressão, radioterapia prévia, 
uremia, hepatopatias e pneumopatias 
 Cirurgia cardíaca, cirurgia da aorta e de grandes vasos 
O uso profilático do antimicrobiano ficaria, então, reservado 
para as cirurgias contaminas e potencialmente 
contaminadas, cujo risco de infecção é de > 10% 
 
Profilaxia em cardiopatias durante procedimentos dentários: 
 Risco: endocardite bacteriana – do que se trata 
 Agente mais envolvido: estreptococo do grupo viridans 
 Porque fazer a profilaxia nesses pacientes? – 
Bacteremia transitória 
 Qual o objetivo da profilaxia: - justificativa para uso de 
altas doses de monoterapia antes do procedimento e 
em dode única 
Para reflexão: Faz sentido uso em pacientes saudáveis? 
Risco para cardiopatias: 
Recomendada a profilaxia: 
 Categoria de alto risco: 
Válvulas cardíacas protéticas 
Endocardite bacteriana prévia 
Cardiopatias congênitas cianóticas 
Condutos ou desvios pulmonares sistêmicos construídos 
cirurgicamente. 
 Categoria de risco moderado: 
Demais mal-formações cardíacas congênitas (excluindo 
as relacionadas nos ricos alto e baixo) 
Disfunção valvular adquirida 
Cardiomiopatia hipertrófica 
Prolapso da válvula mitral com regurgitação valvular 
Sem indicação de profilaxia 
 Categoria de baixo risco: 
Defeito de septo atrial isolado 
Reparo cirúrgico de defeito septo-atrial e/ou ducto 
arterial aberto (sem resíduo após 6 meses) 
Cirurgia de enxerto de ponte coronária prévia 
Prolapso da válvula mitral sem regurgitação 
Sopros cardíacos incentes, fisiológicos ou funcionais 
Doença de Kawasaki, sem disfunção valvular 
Febre reumática sem disfunção valvular 
Febre reumática sem disfunção valvular 
Marcapassos cardíacos e desfibriladores implantados 
 
Imunossuprimidos: 
Possuem sistema imune deficiente 
Tem tempo de bacteremia prolongado 
Combate a bacteremia prolongado 
Dado ao quadro mais complexo, geralmente utiliza-se terapia 
profilática ATB por mais tempo 
PP causas: diabetes, neoplasias, AIDS, doenças autoimunes, 
drogas (imunossupressoras), transplantes, hemodiálise e 
quimioterapia. 
 
Atualização sobre profilaxia da endocardite bacteriana: 
Considerações importantes: 
 Não há evidências convincentes que a profilaxia ATB 
forneça benefício significativo em termos de 
prevenção de EB em muitos casos 
 É muito mais provável que EB resulte de exposição 
frequente a bacteremia aleatórias associadas a 
atividades diárias como escovação do que a bacteremia 
causada por um procedimento odontológico, GI ou GU 
 Para procedimentos odontológicos a manutenção de 
uma higiene bucal ideal pode reduzir a incidência de 
bacteremia é mais importante e do que ATB profilático 
 Há dados que sugerem que condições de risco 
moderado apresentem possibilidade de EB semelhante a 
categoria de alto risco, porém os estudos são limitados 
e esses casos devem ser avaliados com cuidado quanto 
a decisão de se usar ou não profilaxia 
Profilaxia da EB: 
A administração da profilaxia está indicada em pacientes com 
doença cardíaca que conferem maior risco de resultados 
adversos da EB, submetidos a procedimentos que resultem em 
bacteremia por um MO com capacidade potencial de causar EB. 
Condições demaior risco: 
 Válvulas cardíacas protéticas (mecânicas, bioprotéticas) 
 Material protético usado para reparo da válvula 
cardíaca 
 História anterior de EB 
 D. cardíaca congênita reparada com desvios residuais ou 
regurgitação valvar no local ou adjacente ao local ao 
adesivo ou dispositivo protético 
 Cardiopatia congênitas reparadas com intervenção 
baseada em cateter envolvendo dispositivos ou stent 
durante os primeiros 6 meses após o procedimento 
 Regurgitação da válvula devido a uma válvula 
estruturalmente anormal no coração transplantado 
Procedimentos de maior risco: 
 Procedimentos odontológicos que envolvem manipulação 
do tecido gengival ou região periapical dos dentes ou 
perfuração da mucosa oral, incluindo limpeza bucal de 
rotina 
 Não está indicada profilaxia: injeções anestésicas de 
rotina em tecidos não infectados, realização de 
radiografias dentárias, colocação de aparelhos 
protéticos removíveis, colocação ou ajuste de aparelhos 
ortodônticos, remoção de dentes decíduos, 
sangramento de dentes decíduos, trauma nos lábios ou 
mucosa oral 
 Procedimentos do trato respiratório que envolvem 
incisão ou biópsia da mucosa respiratória (amidalectomia, 
adenoidectomia, broncoscopia com biópsia) 
 Cirurgias para colocação de válvulas cardíacas 
protéticas ou materiais intravasculares ou 
intracardíacos protéticos devem receber profilaxia 
para prevenção de EB e infecção no local cirúrgico 
Não se sugere profilaxia para EB em procedimentos GI, GU, 
partos vaginais e cesarianas, cirurgias de pele e tecidos 
moles. Nesses casos, tratar a infecção instalada, se houver.

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