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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) PLANTONISTA DA COMARCA DE PORTO ALEGRE/RS. Inquérito nº XXX ADEMIR PEREIRA AJALA, devidamente qualificado, vem, perante Vossa Excelência, por seu procurador signatário, conforme procuração em anexa, apresentar: PEDIDO DE LIBERDADE PROVISÓRIA, Nos termos do art. 310, inciso III e 321 ambos do CPP, em face da prisão em flagrante realizada pela autoridade policial identificado no APF. DOS FATOS No dia 29 de junho de 2017, ás X horas, foi dado voz de prisão para o Investigado, pela infração prevista no art. 334, §1, III do Código Penal. O investigado foi flagrado pelos agentes da SRF no endereço X, com a posse de mercadorias de origem estrangeira, sem a documentação correspondente as suas internações no País de forma legal. A mercadoria estava sendo transportada em um caminhão, marca VOLVO VM23, ano 2005, placa IMP3156. Na Delegacia, após o procedimento de lavratura do Auto de Prisão em Flagrante, os autos foram encaminhados ao juízo para decisão de homologação ou não. É breve o relato dos fatos. DO MÉRITO No caso, o flagrado preenche os requisitos para alcançar a liberdade provisória, conforme o art. 321 do CPP, podendo ter a aplicação de fiança como medida cautelar de acordo com o art. 350 deste mesmo código. Assim, podendo ser aplicado outras medidas cautelares diversa da prisão, em consoante com o art. 319 do CPP. De acordo com o auto de prisão em flagrante notam que não há a necessidade de aplicação de prisão preventiva, uma vez que há ausência de requisitos previstos nos art. 312 e 313 do CPP. Em conformidade com o precedente do TJRS, destaca-se: Ementa: HABEAS CORPUS. RECEPTAÇÃO E DESCAMINHO. REINCIDÊNCIA ESPECÍFICA. PRISÃO PREVENTIVA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. REITERAÇÃO CRIMINOSA. Presente o fumus comissi delicti, consistente no juízo de certeza acerca da materialidade e existência de indícios de autoria, e o periculum libertatis, configurado no perigo que a permanência do acusado em liberdade representa para a eficácia do processo e ou da segurança social, é de ser mantida a segregação cautelar. CONCESSÃO DE LIBERDADE PROVISÓRIA A PRESO EM FLAGRANTE DELITO. Dado o caráter excepcional que reveste a privação cautelar da liberdade, a legitimidade jurídica da decisão que decreta a prisão preventiva deve estar condicionada a demonstração de fundamento empírico idôneo que revele a necessidade de adoção da medida. Ausente este requisito, insubsistente se torna o édito segregatório. Na hipótese dos autos, inexistem motivos para manter a segregação cautelar, considerando a conduta imputada ao paciente e o fato deste possuir condições pessoais favoráveis. À UNANIMIDADE, DENEGARAM A ORDEM DE HABEAS CORPUS PLEITEADA EM FAVOR DE C.A.Z. E EM CONCEDERAM-NA EM FAVOR DE V.R.S., DETERMINANDO A EXPEDIÇÃO DE ALVARÁ DE SOLTURA, SALVO SE ESTIVER PRESO POR OUTRO MOTIVO.(Habeas Corpus, Nº 70038236139, Sexta Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Mario Rocha Lopes Filho, Julgado em: 26-08-2010) Certifica se na ementa que o Tribunal em casos semelhantes a este, já determinou a liberdade provisória. Neste caso esse entendimento deve ser aplicado ao flagrado. DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer: a) A liberdade do flagrado com ou sem fiança; b) A aplicação de medidas cautelares, diversa da prisão, nos termos do art. 319 do CPP; c) A expedição de alvará de soltura. Termos em que, pede deferimento. Porto Alegre/RS, 29 de junho de 2017. _________________________ Advogado: OAB/RS