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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA 2

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Prévia do material em texto

CONTABILIDADE 
INTRODUTÓRIA
Professor Me. José Manoel da Costa
Professor Esp. Augusto Cesar Oliveira Camelo
GRADUAÇÃO
Unicesumar
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; COSTA, José Manoel da; CAMELO, Augusto Cesar 
Oliveira. 
 
 Contabilidade Introdutória. José Manoel da Costa; Augusto 
Cesar Oliveira Camelo. 
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018 
 Reimpresso em 2019
 216 p.
“Graduação - EaD”.
 
 1. Contabilidade. 2. Introdutória. 3. Contábeis. 4. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-459-0591-2
CDD - 22 ed. 657 
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por:
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Diretoria Executiva
Chrystiano Minco�
James Prestes
Tiago Stachon 
Diretoria de Graduação e Pós-graduação 
Kátia Coelho
Diretoria de Permanência 
Leonardo Spaine
Diretoria de Design Educacional
Débora Leite
Head de Produção de Conteúdos
Celso Luiz Braga de Souza Filho
Head de Curadoria e Inovação
Tania Cristiane Yoshie Fukushima
Gerência de Produção de Conteúdo
Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais
Daniel Fuverki Hey
Gerência de Processos Acadêmicos
Taessa Penha Shiraishi Vieira
Supervisão de Produção de Conteúdo
Nádila Toledo
Coordenador de Conteúdo
José Manoel da Costa
Qualidade Editorial e Textual
Daniel F. Hey, Hellyery Agda
Design Educacional
Ana Claudia Salvadego
Iconografia
Isabela Soares
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Arte Capa
Arthur Cantareli Silva
Editoração
Fernando Henrique Mendes
Revisão Textual
Érica Fernanda Ortega
Ilustração
Marta Kakitani
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um 
grande desafio para todos os cidadãos. A busca 
por tecnologia, informação, conhecimento de 
qualidade, novas habilidades para liderança e so-
lução de problemas com eficiência tornou-se uma 
questão de sobrevivência no mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsabilida-
de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos-
sos farão grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar 
assume o compromisso de democratizar o conhe-
cimento por meio de alta tecnologia e contribuir 
para o futuro dos brasileiros.
No cumprimento de sua missão – “promover a 
educação de qualidade nas diferentes áreas do 
conhecimento, formando profissionais cidadãos 
que contribuam para o desenvolvimento de uma 
sociedade justa e solidária” –, o Centro Universi-
tário Cesumar busca a integração do ensino-pes-
quisa-extensão com as demandas institucionais 
e sociais; a realização de uma prática acadêmica 
que contribua para o desenvolvimento da consci-
ência social e política e, por fim, a democratização 
do conhecimento acadêmico com a articulação e 
a integração com a sociedade.
Diante disso, o Centro Universitário Cesumar al-
meja ser reconhecido como uma instituição uni-
versitária de referência regional e nacional pela 
qualidade e compromisso do corpo docente; 
aquisição de competências institucionais para 
o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con-
solidação da extensão universitária; qualidade 
da oferta dos ensinos presencial e a distância; 
bem-estar e satisfação da comunidade interna; 
qualidade da gestão acadêmica e administrati-
va; compromisso social de inclusão; processos de 
cooperação e parceria com o mundo do trabalho, 
como também pelo compromisso e relaciona-
mento permanente com os egressos, incentivan-
do a educação continuada.
Diretoria Operacional 
de Ensino
Diretoria de 
Planejamento de Ensino
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
profissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de 
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com 
os desafios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica 
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando 
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em 
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal 
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o 
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento 
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou 
seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente Virtual de 
Aprendizagem, interaja nos fóruns e enquetes, assista 
às aulas ao vivo e participe das discussões. Além dis-
so, lembre-se que existe uma equipe de professores 
e tutores que se encontra disponível para sanar suas 
dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendiza-
gem, possibilitando-lhe trilhar com tranquilidade e 
segurança sua trajetória acadêmica.
A
U
TO
RE
S
Professor Me. José Manoel da Costa
Mestrado em Metodologias para o Ensino de Linguagens e suas Tecnologias 
(UNOPAR, 2014/2016). Especialização em Contabilidade Geral e Auditoria 
(UEL, 1994/1995). Graduação em Ciências Contábeis (UEL, 1987/1993). 
Atuou como coordenador do Curso Bacharelado em Ciências Contábeis na 
modalidade EAD pela UNOPAR de 2007 a 2014. Atua como coordenador 
dos cursos de Ciências Contábeis e Gestão Financeira da Unicesumar EAD. 
Professor de disciplinas nas áreas contábil e financeira.
Link: http://lattes.cnpq.br/8720424420446751
Professor Esp. Augusto Cesar Oliveira Camelo
Especialização em Auditoria e Perícia Contábil (UEM, 2004). Especialização 
em Controladoria e Gerência Financeira (FCV, 2013). Graduação em Ciências 
Contábeis (UEVA, 2001). Mestrado em andamento em Ciências Contábeis 
(UEM, a concluir). Atua como Professor de Graduação em Ciências Contábeis 
(Unicesumar), Pós-Graduação Lato Sensu (FCV, PUC e Unicesumar) e Instrutor 
de Cursos Empresariais. Tem experiência nas seguintes áreas: Administração 
Financeira, Análise das Demonstrações Contábeis, Auditoria, Contabilidade 
Agropecuária, Contabilidade Geral, Contabilidade Gerencial, Controladoria, 
Perícia, Sistemas de Informações e Trabalho de Conclusão de Curso.
Link: http://lattes.cnpq.br/1755838524473556 
SEJA BEM-VINDO(A)!
Prezado(a) aluno(a)!
Seja bem-vindo(a) ao livro de Contabilidade Introdutória. Este material foi organizado 
para contribuir com seus estudos, especialmente, sobre o aprendizado inicial da con-
tabilidade. Desse modo, os conteúdos estão organizados e divididos para facilitar a 
sua compreensão em relação à hierarquia das contas (patrimoniais e de resultados) e à 
realização dos lançamentos contábeis básicos de rotinas trabalhistas e operações com 
mercadorias sem impostos. 
Somos profissionais e professores de contabilidade: Augusto César Oliveira Camelo, Ba-
charel em Ciências Contábeis, Especialista em Auditoria, Perícia Contábil, Controladoria 
e Gerência Financeira e Mestrando em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual 
de Maringá, atuo há 15 anos como Contador e consultor de empresas, e há 12 anos 
como docente dos cursos de graduação e pós-graduação em Administração e Ciências 
Contábeis; José Manoel da Costa, contador e Mestre em Metodologias para o Ensino deLinguagens e suas Tecnologias, profissional da contabilidade há mais de 30 anos, tem 
experiência como contador em empresas de várias atividades econômicas, tais como: 
cooperativas agrícolas, indústrias cervejeira, indústrias de açúcar e álcool, diversas ati-
vidades comerciais, foi proprietário de empresa de serviços contábeis e nos últimos 10 
anos se dedica exclusivamente à educação superior nas áreas contábeis e finanças. Para 
nós, é uma grande honra desenvolver este livro e poder contribuir com os vossos estu-
dos e com a pesquisa de temas relacionados à Contabilidade. Este livro está organizado 
em cinco unidades. 
A Unidade I abordará a hierarquia das contas contábeis em patrimoniais e de resultado, 
as formas de apresentação dos lançamentos contábeis (débito e crédito) e a orientação 
para realizar os lançamentos no razão contábil e utilização do balancete de verificação. 
Cada tópico da Unidade será conceituado, ilustrado e exemplificado para facilitar o en-
tendimento de como funciona uma escrituração contábil e de quais livros auxiliares são 
necessários para organizar esse conjunto de informações. 
Na Unidade II, você conhecerá as verbas necessárias para calcular o salário, os descon-
tos, as provisões e o 13º salário, com base nos preceitos legais da Consolidação das Leis 
do Trabalho (CLT), identificando, ainda, a diferença entre recibo de pagamento, resumo 
da folha de pagamento, 13º salário, férias e rescisão do contrato de trabalho. 
APRESENTAÇÃO
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
Na Unidade III, trabalharemos a contabilização dos fatos contábeis gerados pelos 
cálculos da folha de pagamento (salário, 13º salário, férias e rescisão). Na ocasião, 
utilizaremos o balancete de verificação como referência para identificar as contas de 
débito, crédito e seus respectivos valores. Informações já estudadas nas Unidades I 
e II também serão necessárias para melhor compreensão dos conceitos das verbas 
salariais e da classificação das contas empregados nesta seção. 
Na Unidade IV, serão abordados os conceitos dos inventários periódico e perma-
nente para controle do estoque de mercadorias. Em seguida, o capítulo apresen-
ta as formas de apuração do custo pelo inventário permanente e os métodos de 
controle de estoque: Primeiro que Entra, Primeiro que Sai (PEPS), Último que Entra, 
Primeiro que Sai (UEPS) e Média Ponderada Móvel (MPM), de modo que você possa 
compreender o funcionamento e a valoração das mercadorias pelos dois tipos de 
inventários. 
Finalmente, na Unidade V, daremos continuidade aos assuntos abordados na Uni-
dade anterior, discutindo e apresentando situações práticas que abrangem a movi-
mentação de mercadorias e a identificação do seu custo pelo inventário permanen-
te. Os exemplos utilizados contemplam as compras, as vendas e as devoluções de 
mercadorias pelo método das partidas dobradas. Assim, esperamos que você possa 
compreender aspectos básicos, porém importantes, dos lançamentos contábeis en-
volvendo verbas salariais e movimentação de mercadorias sem impostos, que servi-
rão de referência para a prática profissional, continuidade dos seus estudos. 
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
09
UNIDADE I
AS CONTAS E O PROCESSO CONTÁBIL
15 Introdução
16 Plano de Contas 
23 Livro Diário 
29 Livro Razão 
34 Balancete de Verificação 
38 Considerações Finais 
47 Gabarito 
UNIDADE II
ROTINAS TRABALHISTAS
51 Introdução
52 Recibo de Pagamento 
82 Resumo da Folha 
84 13º Salário 
90 Férias 
98 Rescisão do Contrato de Trabalho 
109 Considerações Finais 
117 Gabarito 
SUMÁRIO
10
UNIDADE III
CONTABILIZAÇÃO DOS GASTOS COM PESSOAL
121 Introdução
122 Contabilização do Resumo da Folha 
129 Contabilização do 13º Salário 
132 Contabilização das Férias 
137 Contabilização da Rescisão do Contrato de Trabalho 
142 Considerações Finais 
149 Gabarito 
UNIDADE IV
ESTOQUE E CONTROLE DE MERCADORIAS
153 Introdução
154 Inventário Periódico 
160 Inventário Permanente 
170 Considerações Finais 
177 Gabarito 
SUMÁRIO
11
UNIDADE V
OPERAÇÕES COM MERCADORIAS SEM IMPOSTOS
181 Introdução
182 Compra de Mercadorias Para Revenda 
186 Venda de Mercadorias 
189 Devolução de Compras de Mercadorias 
191 Devolução de Vendas de Mercadorias 
193 Inventário do Estoque de Mercadorias 
196 Considerações Finais 
204 Gabarito 
205 CONCLUSÃO 
U
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Professor Esp. Augusto Cesar Oliveira Camelo
AS CONTAS E O PROCESSO 
CONTÁBIL
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Entender a hierarquia das contas.
 ■ Aprender as formas de apresentação dos lançamentos.
 ■ Saber realizar os lançamentos no razão.
 ■ Compreender a finalidade do balancete e saber elaborar. 
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Plano de Contas
 ■ Livro Diário
 ■ Livro Razão
 ■ Balancete de Verificação
Introdução
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15
INTRODUÇÃO
Olá, caro(a) aluno(a), a contabilidade é a ciência aplicada à apuração, mensu-
ração e evidenciação das alterações patrimoniais de uma entidade para fins de 
acompanhamento e decisão dos gestores e demais usuários da informação con-
tábil. O modo como essas informações é gerado e divulgado passa, inicialmente, 
pela organização e padronização do seu plano de contas para conduzir todo o 
processo de registro e apuração do resultado contábil.
É nesse contexto que a Unidade I foi desenvolvida, abrangendo conceitos, 
ilustrações e exemplos sobre os lançamentos contábeis; tendo o seu ponto de 
partida na definição e padronização do plano de contas.
O plano de contas constitui a estrutura básica das contas patrimoniais e 
de resultado, norteia os lançamentos de débito e crédito, é formado por contas 
analíticas e sintéticas e organizado por diferentes níveis e grupos de contas para 
tornar o processo de registro contábil uniformizado e funcional em relação à 
composição, movimentação e natureza dos saldos.
Para que o aprendizado sobre os conhecimentos básicos da contabilidade 
possam acontecer positivamente, essa Unidade propicia, ainda, uma abordagem 
sobre os requisitos legais para a escrituração nos livros contábeis (Diário e Razão) 
e um elenco dos elementos essenciais para o registro dos fatos administrativos.
Essa abordagem inclui informações sobre o método das partidas dobradas 
no livro Diário e os lançamentos de primeira, segunda, terceira e quarta fórmula.
Na sequência, o livro Razão tem destaque por reproduzir os lançamentos 
contábeis em forma de colunas com saldos devedores e credores.
Por fim, o Balancete de Verificação encerra este ciclo de lançamentos retra-
tando a apuração contábil em forma de tabela com colunas para evidenciar os 
saldos anteriores, atuais e finais.
Assim, deseja-se que esta Unidade possa cumprir o seu papel de ensinar e 
habilitar satisfatoriamente a você no entendimento e na prática dos conceitos 
básicos da escrituração contábil.
Bons estudos!
©shutterstock
AS CONTAS E O PROCESSO CONTÁBIL
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E16
PLANO DE CONTAS
Neste tópico, você estudará o conceito e a importância da contabilidade como gera-
dora de informação aos seus usuários e a estrutura do plano de contas contábil.
CONCEITO E IMPORTÂNCIA
A contabilidade é muito antiga e sempre existiu para auxiliar seus usuários, pois 
fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora 
da empresa (MARION, 2009); e o seu desenvolvimento acompanha as necessi-
dades de informação da sociedade (FAVERO, 2009).
Contudo, para que essa informação chegue aos seus usuários com qualidade, 
integridade, precisão e tempestividade, torna-se necessária uma organização dos 
dados que produzirão os diversos relatórios contábeis.
Esses dados constituem a estrutura básica informacional das contas patri-
moniais e de resultado que conduzirão oslançamentos contábeis de pagamentos, 
recebimentos, devoluções, investimentos, etc. Portanto, deve-se agrupar, orga-
nizar ou ordenar as contas em um plano contábil.
Segundo Padoveze (2012), o plano de contas visa atender às necessidades 
de registro dos fatos contábeis administrativos, possibilitando a construção dos 
relatórios contábeis e o atendimento a todos os usuários da informação.
Para Marion (2012), o plano de contas é indispensável para o registro de 
todos os fatos contábeis, pois é ele que de forma ordenada agrupa todas as con-
tas que serão utilizadas pela contabilidade.
De modo abrangente, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC, 2009) 
Plano de Contas
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define o plano de contas como o conjunto de títulos, apresentados de forma 
coordenada e previamente definidos, traduzindo a estrutura das contas a serem 
utilizadas de maneira uniforme para representar o estado patrimonial da enti-
dade e de suas variações, em determinado período.
Em outras palavras, o plano de contas representa uma estrutura de con-
tas contábeis com a finalidade de padronizar o processo de escrituração para 
produzir os inúmeros relatórios e demonstrativos contábeis, como o Balanço 
Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício, a Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido, entre outros.
De acordo com Crepaldi (2013), o plano de contas é o elo de comunica-
ção da empresa com os diversos usuários da informação contábil, entre eles 
destacam-se: os administradores, investidores, clientes, fornecedores, agentes 
financeiros, fisco etc.
Vale ressaltar que o plano de contas é utilizado para contabilizar os fatos 
administrativos e alterações do patrimônio das empresas privadas (empresa 
com ou sem fins lucrativos) e das empresas públicas (esfera federal, estadual e 
municipal). Em ambos os casos, há normas e leis específicas como sugestão de 
estrutura, nomenclatura, códigos e distribuição das contas contábeis para dar 
conformidade aos fins empresariais.
Para Bächtold (2011), o plano de contas é um instrumento de trabalho que 
permite identificar todas as contas que poderão ser utilizadas pela empresa e 
está ordenado segundo as diretrizes legais que orientam os registros contábeis. 
Lembra, ainda, que não há um número mínimo ou máximo de contas, e que no 
estabelecimento do plano é preciso que haja flexibilidade permitindo a inclusão de 
contas – até mesmo daquelas em que a previsão de utilização seja em longo prazo.
Cordeiro (2006) salienta que a elaboração do plano de contas não é uma tarefa 
simples, pois deve-se levar em consideração diversos aspectos, como o tamanho 
da empresa e os interesses dos usuários da informação contábil.
Iudícibus e Marion (1991) exemplificam, conforme a figura a seguir, alguns 
requisitos fundamentais a serem observados no desenvolvimento de um plano 
de contas:
AS CONTAS E O PROCESSO CONTÁBIL
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E18
 
TAMANHO DA
EMPRESA
RAMO DE
ATIVIDADE
SISTEMA
CONTÁBIL USUÁRIOS
Amplitude do desdo-
bramento das contas 
de uma empresa 
diferencia-se das 
contas de uma 
pequena empresa, 
em virtude da ênfase 
aos centros de custos
O sistema contábil 
usado pela empresa 
deve permitir as adap-
tações necessárias no 
plano de contas 
conforme suas especi�-
cidades e da estrutura 
básica que norteia o 
processo contábil
Na de�nição do 
plano de contas o 
interesse do 
usuário (interno 
ou externo) 
também deve ser 
ponderado e 
respeitado
O plano de contas 
deve ser elaborado 
levando-se em 
consideração os 
objetivos, as 
características e o 
setor de atividade 
de cada empresa
Figura 1 - Requisitos fundamentais para delineamento do plano de contas
Fonte: adaptado de - Iudícibus e Marion (1991).
Assim, observa-se que a configuração do plano de contas respeita as caracterís-
ticas legais, operacionais e gerenciais de uma empresa para garantir a geração 
de informações compreensíveis e seguras aos diversos usuários.
Para maior entendimento do assunto, o próximo tópico apresentará uma 
estrutura básica para elaboração de um plano de contas contábil.
ESTRUTURA DO PLANO DE CONTAS
Após conhecer a definição e a importância do plano de contas como diretriz 
e orientação dos lançamentos contábeis de uma empresa, torna-se oportuno 
entender como este instrumento de trabalho permite, de forma sistematizada, 
identificar todas as contas que serão utilizadas para o registro dos fatos que alte-
ram o estado patrimonial de uma entidade em determinado período.
Inicialmente, destaca-se a importância da codificação no plano de contas para 
identificar cada conta, grupo de contas, classes, subgrupos e demais requisitos. 
Em seguida, o desenvolvimento de um Manual descritivo e informativo da fun-
ção de cada conta, das suas contrapartidas e toda sua utilização (GRECO, 2006).
Plano de Contas
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Em relação à codificação das contas, Cordeiro (2006) lembra que a sua elabo-
ração deve contemplar diversos níveis, permitindo o atendimento de informação 
aos usuários da contabilidade dentro de uma lógica de classificação das opera-
ções realizadas pela empresa.
No entanto, a atribuição desses códigos dependerá do ambiente que será 
aplicado o plano de contas, pois o uso excessivo de dígitos dificultará o enten-
dimento das informações geradas (IUDÍCIBUS; MARTINS; GELBCKE, 2007).
Utilizando os exemplos de Bächtold (2011), nos quais o autor faz uma relação 
desses códigos com a matemática, fica simples compreender a relação numérica 
com as contas contábeis. Assim, são utilizadas figuras de conjuntos e subconjun-
tos para representar essa relação alfanumérica apresentada a seguir: 
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1. 1. 1
1. 1
Figura 2 - Representação gráfica dos níveis de um plano de contas
Fonte: adaptado de Bächtold (2011).
Nesse formato, as contas e seus subgrupos caracterizam-se pelos diferentes 
níveis numéricos. De tal modo que os grandes grupos de contas recebem ape-
nas um número, representando o 1º nível. As demais contas mostram-se como 
subconjuntos e são numeradas pelos níveis seguintes (2º, 3º, 4º ou mais níveis), 
confirmando que pertencem ao grupo maior. A quantidade de níveis será deter-
minada conforme a necessidade da empresa.
De modo simples, é possível ilustrar os níveis por grupos de contas contá-
beis conforme figura a seguir:
AS CONTAS E O PROCESSO CONTÁBIL
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E20
1º NÍVEL
(Grande grupos) 
• 1 Ativo
• 2 Passivo
• 3 Receitas
• 4 Despesas
• 1.1.1 Disponibilidade
• 1.1.2 Contas a receber
• 1.1.3 Estoques
• 2.1.1 Obrigações com fornecedores
• 2.1.2 Obrigações tributárias
3º NÍVEL
(Subdivisão do grupo de contas)
• 1.1 Ativo circulante
• 1.2 Ativo não circulante
• 2.1 Passivo circulante
• 2.2 Passivo não circulante
2º NÍVEL
(Grupos de contas) 
 
Figura 3 - Estrutura do plano de contas contábil por níveis de grupos e subgrupos
Fonte: adaptado de Bäcthold (2011).
Com base nesse exemplo, o plano de contas segue, normalmente, até o 5º nível, no 
qual são utilizadas as contas analíticas para utilização nos lançamentos contábeis: 
 
5º Nível
1 Ativo
Contas Sintéticas
Conta Analítica
1.1 Ativo Circulante
1.1.1 Disponibilidade
1.1.1.01 Caixa
1.1.1.01.001 Caixa Matriz
1º Nível
2º Nível
3º Nível
4º Nível
Figura 4 - Níveis do plano por contas sintéticas e analíticas
Fonte: os autores.
Assim, a cada lançamento contábil ou movimentação nessas contas analíticas, 
haverá um efeito direto e imediato nas contas de nível superior (ou sintéticas), 
aumentando ou diminuindo o saldo dessas contas.
Nessa lógica, Crepaldi (2013) ensina que as contas podem ser classificadas 
conforme suafuncionalidade:
Plano de Contas
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A. Quanto à composição, dividem-se em sintéticas e analíticas (contas que 
exigem desdobramentos).
B. Quanto à natureza dos saldos, podem ser unilaterais ou bilaterais (con-
tas que sofrem variações aumentativas ou diminutivas).
C. Quanto à movimentação, manifestam-se como dinâmicas (eventos roti-
neiros: caixa) ou estáticas (eventos específicos: capital social).
D. Conforme legislação societária, em patrimoniais (ativo, passivo e patri-
mônio líquido) ou de resultado (receitas e despesas).
E. E ainda, podem ser divididas em permanentes (contas criadas para aten-
dimento de fatos contínuos da empresa) ou transitórias (para situações 
especiais).
A Lei das Sociedades por Ações (nº 6.404), em seu artigo nº 177, prevê que a 
escrituração da companhia seja mantida em registros permanentes e observe 
os métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo para registrar as muta-
ções patrimoniais segundo o regime de competência (BRASIL, 1976, on-line).
A legislação relaciona, ainda, grupos e contas contábeis. Como exemplo de 
algumas contas patrimoniais observe o descrito nos artigos nº 179 e 180:
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no 
curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em 
despesas do exercício seguinte;
II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o 
término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, 
adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas 
(artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da compa-
nhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da 
companhia;
III - em investimentos: as participações permanentes em outras so-
ciedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo 
circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da com-
panhia ou da empresa;
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens cor-
póreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da 
empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de 
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Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle 
desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007);
V – (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009);
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos 
destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finali-
dade, inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 
11.638,de 2007);
Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa 
tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante 
ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.
Passivo Exigível
Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para 
aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no pas-
sivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo 
não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior, observado o 
disposto no parágrafo único do art. 179 desta Lei. (Redação dada pela 
Lei nº 11.941, de 2009).
Para maior entendimento sobre o assunto, analise o modelo de plano de contas, 
abrangendo contas patrimoniais e de resultado, disponível no Anexo I deste livro.
O plano de contas deve ser capaz de satisfazer as necessidades de informa-
ção das diversas áreas envolvidas e cobrir cada segmento das atividades.
(Antonio Jorge Bastos Aresta; Sérgio Martins de Souza)
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LIVRO DIÁRIO
Neste tópico, você conhecerá o processo de escrituração contábil, a previsão legal 
e técnica e os elementos essenciais para formalizar os lançamentos de débito e 
crédito.
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
A escrituração contábil é o registro dos fatos operacionais e administrativos de 
uma empresa com ou sem fins lucrativos, pública ou privada, sobre as muta-
ções patrimoniais.
Conforme o artigo 177, da Lei 6.404, a escrituração deve ser mantida em 
registros permanentes, com obediência aos preceitos legais e aos princípios de 
contabilidade geralmente aceitos, observando-se os métodos ou critérios contá-
beis para registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência 
(BRASIL, 1976, on-line).
Além de manter em registros permanentes, a escrituração contábil deverá 
ser lançada em idioma e moeda correntes nacionais e critérios contábeis unifor-
mes no tempo em obediência às disposições legais pertinentes (GRECO, 2006).
O Regulamento do Imposto de Renda (RIR), por meio do Decreto nº 3.000, 
de 26/03/1999, na seção sobre os livros comerciais, artigo 257, também prevê que 
“a pessoa jurídica é obrigada a seguir ordem uniforme de escrituração, meca-
nizada ou não, utilizando os livros e papéis adequados, cujo número e espécie 
ficam a seu critério”.
Segundo Favero (2009, p. 127), a escrituração contábil “é o ato de se registrar 
nos livros da empresa as movimentações ocorridas em seu patrimônio”, represen-
tando, desta forma, uma variedade de lançamentos das operações empresariais 
AS CONTAS E O PROCESSO CONTÁBIL
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IU N I D A D E24
seguindo uma sequência lógica para o registro da data, das contas e valores 
correspondentes.
Assim, o lançamento ou escrituração contábil precisa conter elementos 
essenciais como:
A. Local e data da ocorrência do fato contábil.
B. Conta debitada/devedora.
C. Conta creditada/credora.
D. Histórico com informações do documento suporte.
E. Valor da operação ou transação.
Atualmente, a maior parte das empresas utiliza sistema eletrônico para efetuar sua 
escrituração contábil. Embasada nos fatos contábeis e documentos de suporte, o 
profissional digita o lançamento a débito e a crédito das contas envolvidas e o sis-
tema escritura automaticamente o Diário e Razão (VICECONTI; NEVES, 2013).
“Todavia, se não houver uma organização e controle por parte dos respon-
sáveis pela Contabilidade da empresa, as informações geradas não atingirão os 
objetivos esperados” (FAVERO, 2009, p. 127). Sendo, portanto, fundamental um 
plano de contas adequado às necessidades de informação dos gestores e demais 
usuários da Contabilidade e maior atenção do Contador em relação à autentici-
dade da documentação que deu origem às variações patrimoniais.
Viceconti e Neves (2013) salientam, ainda, que o lançamento contábil é o 
registro dos fatos (que provocam alterações na composição do patrimônio ou do 
resultado empresarial) nos livros de escrituração comercial da empresa: Livros 
Diário e Razão.
Nesse sentido, o Código Civil, instituído pela Lei nº 10.406, de 2002, tam-
bém faz referência aos livros contábeis quando determina que o empresário (com 
exceção do empresário rural e pequeno empresário) e a sociedade empresária 
são obrigados a seguir um sistema contábil, mecanizado ou não, com base na 
escrituração uniforme dos seus livros em consonância com a respectiva docu-
mentação suporte. Para fins de levantamento, anual, do balanço patrimonial e 
do resultado econômico.
É possível que alguns equívocos possam ocorrer no momento da escrituração 
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contábil, Grego (2006) lembra que diante dessas eventualidades os erros deve-
rão ser corrigidos mediante lançamento complementar ou estorno (parcial ou 
total), efetuando-se um novo lançamento, caso seja necessário.
Combase nas orientações da Resolução nº 1.330/111 emitida pelo Conselho 
Federal de Contabilidade sobre a retificação de lançamento contábil, é oportuno 
destacar que esse procedimento técnico pode ser realizado por meio de estorno, 
transferência e complementação. Em qualquer das formas, o histórico indicará o 
motivo da retificação, a data e o local do lançamento original (CFC, 2011, on-line).
A Resolução acima mencionada diferencia, ainda, o conceito de estorno, 
transferência e complementação, conforme figura a seguir:
ESTORNO
Consiste em
lançamento inverso
àquele feito
erroneamente,
anulando-o totalmente .
•
TRANSFERÊNCIA
Lançamento de transferência é
aquele que promove a regu-
larização de conta
indevidamente debitada ou 
creditada, por meio da
transposição do registro 
para a conta adequada.
•
COMPLEMENTAÇÃO
É aquele que vem
posteriormente complementar, 
aumentando ou reduzindo o 
valor anteriormente registrado. 
•
ESTORNO
Consiste em
lançamento inverso
àquele feito
erroneamente,
anulando-o totalmente .
• 
TRANSFERÊNCIA
Lançamento de transferência é 
aquele que promove a regu-
larização de conta
indevidamente debitada ou 
creditada, por meio da
transposição do registro 
para a conta adequada.
• 
COMPLEMENTAÇÃO
É aquele que vem
posteriormente complementar, 
aumentando ou reduzindo o 
valor anteriormente registrado. 
• 
 
Figura 5- Conceito de estorno, transferência e complementação
Fonte: Adaptado de: CFC (2011)
Desse modo, infere-se que os lançamentos contábeis não estão isentos de erros 
ou falhas durante o processo de escrituração. Ocorrendo esse lapso, o profissio-
nal tem condições e o dever de retificá-lo através do estorno, da transferência ou 
da complementação para que os fatos registrados na contabilidade sejam fiéis 
àqueles ocorridos na empresa.
1 Para ter acesso ao conteúdo completo da Resolução 1.330/11, acesso o link no final desta Unidade e baixe 
o arquivo Resolução no fim da página on-line.
AS CONTAS E O PROCESSO CONTÁBIL
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IU N I D A D E26
O LIVRO DIÁRIO
O Livro Diário registrará os fatos contábeis ocorridos na empresa em determi-
nado período para fins de atendimento à legislação e princípios contábeis.
Dentre tantos livros existentes na contabilidade, o Livro Diário é utilizado 
para registrar todas as operações de uma entidade, em ordem cronológica, apli-
cando o método das partidas dobradas; onde a expressão ‘partidas dobradas’ 
não indica duplicidade ou repetição de um mesmo registro (IUDÍCIBUS et al., 
2010), mas uma operação, na qual cada valor debitado será igual ao valor cre-
ditado (GRECO, 2006).
Segundo Greco (2006), outras fórmulas ou métodos podem ser utilizados 
para executar os registros contábeis no Diário:
Lançamento de 1ª Fórmula • Quando há registro de um débito e um crédito
• Registro de um débito vários créditosLançamento de 2ª Fórmula
• Várias contas são debitadas e apenas uma creditadaLançamento de 3ª Fórmula
• Diversas contas são debitadas e creditadas simultaneamenteLançamento de 4ª Fórmula
Lançamento de 1ª Fórmula • Quando há registro de um débito e um crédito
• Registro de um débito vários créditosLançamento de 2ª Fórmula
• Várias contas são debitadas e apenas uma creditadaLançamento de 3ª Fórmula
• Diversas contas são debitadas e creditadas simultaneamenteLançamento de 4ª Fórmula
Figura 6 - Lançamentos contábeis de 1ª, 2ª, 3ª e 4ª fórmula
Fonte: Adaptado de: Greco (2006)
O Livro Diário, de escrituração obrigatória, deve contemplar as operações da 
atividade mercantil que modifiquem ou possam vir a modificar a situação patri-
monial da entidade (FAVERO, 2009).
Essas operações devem ser registradas contemplando os seguintes campos 
do Livro Diário:
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Quadro 1 - Modelo da estrutura básica do livro diário
Fonte: os autores (2016)
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De modo mais abrangente, o RIR/99, artigo 258, determina que:
Sem prejuízo de exigências especiais da lei, é obrigatório o uso de Li-
vro Diário, encadernado com folhas numeradas seguidamente, em que 
serão lançados, dia a dia, diretamente ou por reprodução, os atos ou 
operações da atividade, ou que modifiquem ou possam vir a modificar 
a situação patrimonial da pessoa jurídica.
§ 1º Admite-se a escrituração resumida no Diário, por totais que não 
excedam ao período de um mês, relativamente a contas cujas operações 
sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde 
que utilizados livros auxiliares para registro individualizado e conser-
vados os documentos que permitam sua perfeita verificação.
§ 2º Para efeito do disposto no parágrafo anterior, no transporte dos 
totais mensais dos livros auxiliares, para o Diário, deve ser feita refe-
rência às páginas em que as operações se encontram lançadas nos livros 
auxiliares devidamente registrados.
§ 3º A pessoa jurídica que empregar escrituração mecanizada poderá 
substituir o Diário e os livros facultativos ou auxiliares por fichas segui-
damente numeradas, mecânica ou tipograficamente.
§ 4º Os livros ou fichas do Diário, bem como os livros auxiliares refe-
ridos no § 1º, deverão conter termos de abertura e de encerramento, 
e ser submetidos à autenticação no órgão competente do Registro do 
Comércio, e, quando se tratar de sociedade civil, no Registro Civil de 
Pessoas Jurídicas ou no Cartório de Registro de Títulos e Documentos.
§ 5º Os livros auxiliares, tais como Caixa e Contas-Correntes, que tam-
bém poderão ser escriturados em fichas, terão dispensada sua autenti-
cação quando as operações a que se reportarem tiverem sido lançadas, 
pormenorizadamente, em livros devidamente registrados.
§ 6º No caso de substituição do Livro Diário por fichas, a pessoa jurí-
dica adotará livro próprio para inscrição do balanço e demais demons-
trações financeiras, o qual será autenticado no órgão de registro com-
petente (BRASIL, 1999, on-line).
Assim, observa-se que a legislação admite a escrituração mecanizada; justifi-
cando, portanto, a utilização expressiva pelas empresas e escritórios contábeis 
de processos mecânicos e eletrônicos para registrar os lançamentos em folhas 
que são encadernadas, numeradas e anexadas aos termos de abertura e encer-
ramento para registro e autenticação nos órgãos competentes.
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LIVRO RAZÃO
Neste tópico, você conhecerá os conceitos sobre o livro razão e as contas sintéti-
cas e analíticas, identifi cando o refl exo de cada lançamento contábil em colunas 
de débito e crédito.
CONCEITO
O Livro Razão é mais um dos importantes livros exigidos pela legislação comer-
cial e que auxilia nos registros dasmovimentações patrimoniais de uma empresa 
em determinado período.
Conforme Favero (2009, p. 131), o livro razão “representa um dos mais 
importantes instrumentos de registro das operações da empresa, permitindo a 
classifi cação dos fatos de acordo com sua natureza, envolvendo elementos patri-
moniais e de resultado”.
Iudícibus et al. (2010) orientam que neste livro utilizam-se as contas sepa-
radamente para representar cada tipo de elemento que compõe o Ativo, Passivo, 
Patrimônio Líquido, Despesas ou Receitas. Cada uma dessas contas será distin-
guida das demais por sua denominação. Ou seja, neste livro o registro das contas 
é feito de forma individualizada, viabilizando um controle por cada tipo de conta.
Segundo Greco (2006), essas contas registram todas as variações do patri-
mônio, possibilitando, desse modo, a elaboração das demonstrações contábeis.
Marion (2009) ressalta que o Razão é um livro obrigatório e em virtude de 
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rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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sua eficiência é indispensável em qualquer tipo de empresa, pois consiste no 
agrupamento de valores em contas da mesma natureza e de forma racional. Na 
linguagem contábil, os termos Razão e Razonete significam a mesma coisa, sendo 
este último uma forma simplificada e derivada do Livro Razão.
O RIR/99, em seu artigo 259, estabelece que a pessoa jurídica deverá manter 
o Livro Razão ou fichas utilizadas para resumir e totalizar as contas ou subcon-
tas em boa ordem e que a escrituração deverá ser individualizada, seguindo a 
ordem cronológica das operações.
Exemplificando o funcionamento das contas no Razão, tem-se a conta de 
Duplicatas a Receber como sintética e totalizadora dos saldos que a empresa tem 
a receber das vendas efetuadas em determinado período. Assim, dentro da conta 
Clientes existem contas (ou subcontas) analíticas que mostram, individualmente, 
quanto a empresa tem a receber do Cliente A, Cliente B e assim por diante.
Marion (2009) apresenta um modelo didático e diferencia as contas analí-
ticas e sintéticas:
 
Quadro 2 - Diferença entre contas sintéticas e analíticas
RAZÃO SINTÉTICO (GERAL)
CONTA SINTÉTICA
RAZÃO ANALÍTICO (AUXILIAR)
CONTA ANALÍTICA
ESTOQUES Estoque de Mercadorias
Estoque de Produtos Acabados
Estoque de Produtos em Elaboração
Estoque de Matérias-primas
BANCOS CONTA MOVIMENTO Banco Alfa S/A
Banco Beta S/A
Banco da Praça S/A
FORNECEDORES Fornecedor ABC Ltda.
Fornecedor XYZ Ltda.
Fonte: adaptado de Marion (2009, p. 189).
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Além da necessidade de compreender a diferença entre as contas sintéticas e analí-
ticas, é preciso aprender quais informações compreendem a ficha do Livro Razão.
Segundo Favero (2009, p. 132):
Não existe um modelo-padrão obrigatório para o razão. No entanto, 
algumas informações são obrigatórias em sua apresentação, tais como:
a) Identificação da conta;
b) Data da operação;
c) Histórico;
d) Coluna para lançamentos a débito;
e) Coluna para lançamentos a crédito; e
f) Coluna para o saldo (identificando se “devedor” ou “credor”).
Desse modo, apresenta-se um modelo simplificado e utilizado do Razão para 
escriturar o saldo das contas utilizadas na escrituração contábil:
 
Quadro 3 - Modelo simplificado do livro razão
CONTA CONTÁBIL:
Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C
 
 
 
 
Fonte: adaptado de Favero (2009, p. 132).
Após conhecer a importância e o conceito do Razão, bem como do seu relacio-
namento com o termo Razonete (ou Razonete em T), a seguir apresenta-se um 
esquema gráfico do funcionamento de uma ficha contábil do Razão a partir do 
Razonete:
Considere que determinada empresa, no dia 10/06/X1, tenha adquirido, à 
vista, mercadorias para revenda no valor total de R$ 5.000,00:
AS CONTAS E O PROCESSO CONTÁBIL
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Graficamente no Razonete tem-se a seguinte distribuição das contas e dos 
valores:
Na ficha do Razão o reflexo dessas equações está assim apresentado:
Quadro 4 - Conta Contábil: Caixa e Mercadorias
CONTA CONTÁBIL: CAIXA
DATA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO SALDO D/C
31-05 Saldo anterior 80.000,00 - 80.000,00 D
10-06 Compra de mercadorias - 5.000,00 75.000,00 D
CONTA CONTÁBIL: MERCADORIAS
DATA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO SALDO D/C
31-05 Saldo anterior - - 0,00 -
10-06 Compra de mercadorias 5.000,00 - 5.000,00 D
Fonte: os autores.
Por meio dos exemplos acima, é possível compreender como a dinâmica das 
contas (saldo anterior, aquisição e saldo final) acontecem e como são represen-
tadas no Razão e Razonete.
Essa movimentação deve considerar o tipo de conta para lançar a débito 
(lado esquerdo) ou a crédito (lado direito) conforme o aumento ou redução dos 
saldos. Nesse sentido, tem-se o seguinte esquema para contribuir no entendi-
mento do que será debitado ou creditado:
 
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Quadro 5 - Sistema de débito e crédito nos razonetes
CONTAS DO ATIVO
DÉBITO CRÉDITO SALDO
Aumentos Reduções DEVEDOR
CONTAS DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
DÉBITO CRÉDITO SALDO
Reduções Aumentos CREDOR
CONTAS DE RECEITAS
DÉBITO CRÉDITO SALDO
Reduções Aumentos CREDOR
CONTAS DE DESPESAS
DÉBITO CRÉDITO SALDO
Aumentos Reduções DEVEDOR
Fonte: os autores (2016).
Após a alocação dos saldos devedores ou credores, conforme movimentação 
das contas Patrimoniais (Ativo, Passivo ou Patrimônio Líquido) ou contas de 
Resultado (Receitas ou Despesas), o Razão apresentará um saldo final; é esse 
saldo que aparecerá nas demonstrações contábeis.
Observe, portanto, que o ciclo de lançamentos contábeis é iniciado no Livro 
Diário, depois essa informação é apresentada no Livro Razão e, por conseguinte, 
o valor final é evidenciado no Balancete de Verificação e nos demonstrativos 
contábeis.
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AS CONTAS E O PROCESSO CONTÁBIL
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rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
Neste tópico, você estudará sobre o balancete de verifi cação de 2, 4 e 6 colunas e 
entenderá o seu funcionamento em relação aos saldos anteriores, movimenta-
ção do mês e saldos fi nais das contas patrimoniais e de resultado.
CONCEITO E ESTRUTURA
Seguindo a lógica de estruturação das informações contábeis aos seus diversos 
usuários, iniciando pelo estabelecimento de um plano de contas e, posteriormente, 
pela execução dos lançamentos contábeis nos livros Diário e Razão, têm-se um 
ciclo de propagação informacional até alcançar o Balancete de Verifi cação e os 
demonstrativos contábeis (Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado 
do Exercício etc.).
Viceconti e Neves (2013) ilustram perfeitamente como essas etapas ocorrem:
 
 
 
 
 
 
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Outras DemonstraçõesDREBalanço Patrimonial
Balancete de Veri�cação
Documentos Diversos
Processo Contábil
Livro Diário
Livro Razão
 
Figura 7 - Processo de escrituração contábil completa
Fonte: adaptado de Viceconti e Neves (2013).
Segundo Greco (2006, p. 169):
O Balancete de Verificação compreende uma listagem de contas com 
sua titulação prevista no Plano de Contas e que tenham registro inicial 
e posterior de valores monetários correspondentes ao movimento do 
mês, ou acumulado dos meses, total de débito e de crédito, e respectivo 
saldo, devedor ou credor.
Conforme Favero (2009), o Balancete de Verificação pode ser elaborado com 
duas ou mais colunas, de acordo com o interesse e a necessidade dos usuários 
da informação contábil:
 
Quadro6 - Balancete de verificação de 2 colunas
CONTAS SALDOS
DEVEDOR CREDOR
 
 
TOTAIS 
Fonte: Favero (2009, p. 173).
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Ao comparar a estrutura entre os Balancetes de 2 e 4 colunas, observa-se que 
no primeiro é apresentado apenas o saldo final das contas (devedoras e credo-
ras) decorrentes da apuração contábil feita nos razonetes. Diferentemente do 
segundo modelo, no qual são consideradas as colunas de movimentação do mês, 
conforme quadro a seguir:
 
Quadro 7 - Balancete de verificação de 4 colunas
CONTAS MOVIMENTO DO MÊS SALDOS
DÉBITO CRÉDITO DEVEDOR CREDOR
 
 
TOTAIS 
Fonte: Favero (2009, p. 173).
No modelo de 6 colunas, apresentado a seguir, percebe-se uma estrutura mais 
completa da evolução das contas patrimoniais e de resultado; favorecendo opor-
tunidades de análise aos profissionais e usuários sobre a movimentação dos saldos 
anteriores, atuais e finais. Nessas condições, outras análises podem surgir para 
identificar variações aumentativas e diminutivas e o seu relacionamento com o 
patrimônio empresarial.
 
Quadro 8 - Balancete de verificação de 6 colunas
CONTAS
SALDOS
ANTERIORES
MOVIMEN-
TO
DO MÊS
SALDOS
DEVEDOR CREDOR DÉBITO CRÉDITO DEVEDOR CREDOR
 
 
TOTAIS 
Fonte: Favero (2009, p. 174).
Independente da quantidade de colunas, o Balancete pode ser extraído a qual-
quer tempo. Entretanto, o método mais usual é o de preparar relatórios mensais 
para ciência e decisões da administração sobre a posição financeira e patrimo-
nial da empresa (GRECO, 2006).
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Viceconti e Neves (2013) informam também que se o Balancete destinar-se 
a fins externos, o relatório deverá conter o nome e assinatura do contabilista, sua 
categoria profissional e número de registro no Conselho Regional de Contabilidade 
(CRC) do seu Estado.
Dessa forma, conclui-se que o Balancete de Verificação poderá ser utilizado 
de diversos formatos e atender demandas informacionais tanto internas quanto 
externas. Adicionalmente, esse relatório fornecerá o saldo final das contas que 
alimentará os demonstrativos contábeis.
O livro diário e razão são essenciais para a evidenciação e manutenção das 
informações contábeis, pois traduzem a movimentação patrimonial por 
meio dos lançamentos de débito e crédito.
Leia mais sobre a escrituração contábil (livro diário, razão, documentação 
contábil, contas de compensação, escrituração contábil de filial e retifica-
ção de lançamento contábil) por meio da Resolução CFC nº 1.330/11, dis-
ponível em: <http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?codi-
go=2011/001330>.
A interpretação técnica estabelece critérios e procedimentos a serem ado-
tados pela entidade para a escrituração contábil e seus fatos patrimoniais e 
orienta a sua adoção por todas as entidades, independente da natureza e do 
porte, observadas as exigências da legislação e de outras normas aplicáveis.
Fonte: os autores.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) aluno(a)! Nesta primeira unidade, foram apresentados conceitos sobre 
o plano de contas, sua hierarquia, codificação e funcionamento. Constituindo-se 
como a estrutura básica de condução dos lançamentos contábeis e de informa-
ção à administração.
Conforme demonstrado, o plano de contas, constituído por contas sintéti-
cas e analíticas, tem como objetivo atender aos registros dos fatos contábeis e 
possibilitar a produção dos relatórios e demonstrativos contábeis. Tornando-se, 
dessa forma, indispensável ao ordenamento das contas para retratar a situação 
patrimonial de uma entidade.
Na sequência, abordou-se sobre o registro dos fatos por meio da escritu-
ração contábil nos livros Diário e Razão e seus requisitos legais para mantê-lo 
uniforme e pertinente aos princípios contábeis; bem como sobre os elementos 
essenciais: local, data da ocorrência, conta devedora, conta credora, histórico e 
valor da transação.
Após a definição do plano de contas, os lançamentos contábeis são regis-
trados no livro Diário aplicando o método das partidas dobradas por meio de 
lançamentos de primeira, segunda, terceira e quarta fórmula.
Em uma sequência natural, o livro Razão auxilia os registros, utilizando as 
contas separadamente para representar cada tipo de elemento patrimonial (ativo, 
passivo e patrimônio líquido) ou de resultado (receitas e despesas), viabilizando 
o controle individualizado e a continuidade do ciclo de lançamentos para evi-
denciação no Balancete de Verificação.
Por último, foi apresentado o conceito e alguns exemplos da estrutura do 
Balancete para ilustrar a movimentação dos saldos anteriores, correntes e valores 
finais. Acreditamos, assim, que esse início de estudo favorecerá o aprendizado 
da contabilidade básica no que diz respeito à compreensão dos conceitos do 
plano de contas, livro diário, razão e balancete, e permitirá aplicar esses concei-
tos praticando lançamentos de compra de mercadorias, pagamento de salários, 
recebimento de duplicatas entre outros propostos neste livro.
39 
1. Para definir um plano de contas, deve-se levar em consideração alguns requisi-
tos fundamentais, entre eles o texto destaca:
Assinale a alternativa correta.
a) O tamanho da empresa e a quantidade de usuários, uma vez que o ramo de 
atividade não é importante para a definição de algumas contas.
b) O sistema contábil e o ramo de atividade empresarial.
c) O ramo de atividade empresarial, os usuários e os sistemas de informação, 
com exceção do sistema contábil.
d) O tamanho da empresa, os usuários, o ramo de atividade e o sistema contábil.
e) O sistema contábil, o tamanho da empresa, o ramo de atividade e somente os 
usuários internos (administradores, gestores etc.).
2. Considerando os níveis das contas sintéticas e analíticas do plano de contas, leia 
as alternativas e assinale a correta:
I. A conta disponibilidade pode ser considerada de 3º nível e analítica.
II. A conta do 4º nível é considerada sintética.
III. A conta de ativo representa o 1º nível.
IV. A conta do 2º nível é analítica e utiliza-se nos lançamentos de partida dobrada.
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas I está correta.
d) Apenas II, III e IV estão corretas.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
3. Em relação aos lançamentos de débito e crédito (partidas dobradas) feitos no 
livro Diário, assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F):
( ) O lançamento de 3ª fórmula registra um débito e apenas um crédito.
( ) O lançamento que representa várias contas debitadas e apenas uma cre-
ditada crédito é 4ª fórmula.
( ) O lançamento de 1ª fórmula registra uma conta devedora e outra credora.
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a) F; F; V.
b) V; V; F.
c) V; F; V. 
d) F; V; F.
e) F; V; V. 
4. A retificação dos lançamentos contábeis é possível e pode ser realizada por:
a) Estorno, transferência (lançamento inverso) e complementação.
b) Complementação (valor aumentado ou reduzido), estorno (lançamento in-
verso) e transferência.
c) Transferência, estorno (lançamento inverso) e complementação.
d) Complementação, estorno (transposição do registro para a conta adequada) 
e transferência.
e) Estorno (valor aumentado ou reduzido), transferência e complementação 
(transposição de registro para a conta adequada).
5. Com base no conceito e funcionamento dos razonetes para lançamento das 
contas de débito e crédito, considere as seguintes afirmativas:
I. As contas de PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO são lançadas a CRÉDITO quan-
do há aumento.
II. As contas do ATIVO são lançadas a DÉBITO quando ocorrem aumentos.
III. As contas do ATIVO são lançadas a DÉBITO quando há reduçõese as do PASSI-
VO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO quando há aumento.
IV. As contas de RECEITAS são CREDITADAS quando há reduções.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas I está correta.
d) Apenas II, III e IV estão corretas.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
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A IMPORTÂNCIA DE UMA BOA CONTABILIDADE
Muitas são as formas em que as empresas, seus sócios e administradores podem ser 
condenados por leis comerciais, civis e penais pelo fato de não manter em ordem sua 
Contabilidade.
Seja pelo motivo de não levar a sério a documentação relativa à transação operacional, 
fazer negócios fora do objeto social, misturar ou confundir bens particulares do sócio 
e da empresa, cometer desvios ou até mesmo efetuar contratação de um profissional 
despreparado.
A Contabilidade é a alma da empresa, nela ficam registrados todos os atos e fatos. Se 
os atos do administrador são corretos: documentação adequada, transações negociais 
dentro do objeto da empresa, o reflexo é imediato - a Contabilidade é transparente. 
Caso contrário pode ser utilizada para incriminar a empresa, sócios, administradores e 
contador que foram relapsos e desleixados.
No Brasil, principalmente nas médias e pequenas empresas, há o vício dos administra-
dores não se preocuparem com a Contabilidade: “a Contabilidade é que se vire”. Essa 
atitude custa caro: crime fiscal, indisponibilidade dos bens dos sócios e administradores, 
pesadas multas, tributos, ingerência, concordata, falência etc.
É mister aos empresários e contadores conhecerem a definição de crimes, fraudes, dolos, 
erros, simulações, arbitramentos fiscais, distribuição de lucros, responsabilidade; meios 
e privilégios de manter a escrita contábil saudável, como prova a favor da empresa nos 
mais variados embates em que estão sujeitos.
Não basta que o Contador apenas evite os procedimentos viciosos para não se configu-
rar fraude. Deverá, também, manter em ordem a Contabilidade da empresa e para isso 
deverá conciliar a Contabilidade com os documentos e os diversos relatórios dos demais 
setores que dão suporte aos lançamentos contábeis, bem assim elaborar planilhas, re-
latórios e composição dos saldos das contas contábeis, isto é, planilhas auxiliares que 
comprovem a correção dos saldos existentes na contabilidade.
Exemplo: Planilha de empréstimos bancários com os respectivos juros e atualizações, os 
quais estão em conformidade com a Contabilidade. O objetivo é que as Demonstrações 
Contábeis espelhem a realidade da empresa dentro dos Princípios, Convenções e Pos-
tulados Contábeis.
O Contabilista, por sua vez, deve ter ciência dos saldos existentes no Balancete ou no 
Balanço Patrimonial.
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Como vimos, a certeza de que os saldos contábeis estão corretos está na empresa e 
quanto mais houver o confronto dos relatórios de cada setor com a Contabilidade, maior 
será a precisão das informações contidas no Balanço Contábil da empresa.
Dessa forma, podemos dizer que a Contabilidade espelha realidade da empresa deso-
brigando os sócios, os administradores e o próprio contador de responderem com seus 
bens pessoais em questionamentos tributários, civis, comerciais, penais e criminais, pro-
vando que os mesmos não agiram de forma enganosa, lesiva ou com abuso de poderes 
perante terceiros.
Fonte: Teixeira (2016, on-line)¹.
Material Complementar
MATERIAL COMPLEMENTAR
A Secretaria do Tesouro Nacional (STN), com o objetivo de uniformizar as práticas contábeis, elaborou o 
Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP), adequado às Normas Brasileiras de Contabilidade, 
aos padrões internacionais de Contabilidade e aos demais dispositivos legais vigentes, permitindo 
a padronização das contas conforme determina a Lei de Responsabilidade.
Leia mais!
Disponível em: <http://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt_PT/pcasp.>.
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) editou um Manual de Contabilidade para o Sistema 
CFC e Conselhos Regionais de Contabilidade como um guia de orientação para registro e 
divulgação das demonstrações contábeis aplicadas ao setor público. Considerando uma valiosa 
ferramenta de referência ao profissional contábil, é possível conhecer no Capítulo IV a estrutura, 
função e funcionamento do plano de contas aplicado ao setor público. No referido capítulo, você 
aprenderá sobre os conceitos, a estrutura e a codificação sintética do plano de contas. 
Leia mais!
Disponível em: <http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2013/01/manual_cont.
pdf.>.
REFERÊNCIAS
ARESTAS, A. J. B.; SOUZA, S. M. Plano de contas: um novo enfoque de definição. 
RAE - Revista de Administração de Empresas, v. 19, n. 4, p. 73-77. Rio de Janeiro: 
FGV, 1979. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rae/article/
view/39696/38432>. Acesso em: 01 jul. 2016.
BÄCHTOLD, C. Contabilidade básica. Instituto Federal do Paraná - Educação a dis-
tância. Curitiba: IFPR, 2011. Disponível em: <http://redeetec.mec.gov.br/images/
stories/pdf/proeja/contabil_basica.pdf>. Acesso em: 26 jun. 2016.
BRASIL, Presidência da República. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, dispõe 
sobre as sociedades por ações. Casa Civil. Brasília. Disponível em: <http://www.pla-
nalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso em: 26 jun. 2016.
______, Presidência da República. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, institui 
o código civil. Casa Civil. Brasília. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/leis/2002/L10406compilada.htm>. Acesso em: 03 jul. 2016.
______, Presidência da República. Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999. Regu-
lamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre a 
Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Casa Civil. Brasília. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3000.htm>. Acesso em: 19 nov. 2016.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC). Manual de contabilidade do sis-
tema CFC/CRCs. Brasília: CFC, 2009. Disponível em: <http://portalcfc.org.br/wor-
dpress/wp-content/uploads/2013/01/manual_cont.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2016.
_____, Escrituração contábil. Resolução nº 1.330/11, aprova a ITG 2000. Brasília: 
CFC, 2011. Disponível em: <http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?-
codigo=2011/001330>. Acesso em: 29 jun. 2016.
CORDEIRO, L. Elaboração do plano de contas: um estudo em escritórios de con-
tabilidade de Florianópolis. Florianópolis: UFSC, 2006. Disponível em: <http://tcc.
bu.ufsc.br/Contabeis294170>. Acesso em 28 jun. 2016.
CREPALDI, S. A. Curso básico de contabilidade. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
FAVERO, H. L. Contabilidade: teoria e prática, v. 1,5. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
GRECO, A. L. Contabilidade: teoria e prática básicas. São Paulo: Saraiva, 2006.
IUDÍCIBUS, S. de. MARION, J. C. Contabilidade comercial. 3. ed. 3. triagem. São Pau-
lo: Atlas, 1991.
______, S.; MARTINS, E.; GELBCKE, E. R. Manual de contabilidade das sociedades 
por ações: aplicável também às demais sociedades. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
______, S.; et al. Contabilidade introdutória. Equipe de professores da FEA-USP. 11. 
ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MARION, J. C. Contabilidade básica. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
REFERÊNCIAS
45
______, J. C. Contabilidade empresarial. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
PADOVEZE, C. L. Manual de contabilidade básica: uma introdução à prática contá-
bil. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
VICECONTI, P. E. V.; NEVES, S. Contabilidade básica. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
REFERÊNCIA ON-LINE
¹Em <http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/contabilidadesaudavel.
htm>. Acesso em: 31 out. 2016.
AS CONTAS E O PROCESSO CONTÁBIL
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1) D.
2) B.
3) A - F, F, V.
4) C.
5) A.
GABARITO
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Professor Me. José Manoel da Costa
ROTINAS TRABALHISTAS
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Conhecer as verbas necessárias para calcular o salário líquido.■ Aprender a elaborar o Resumo da Folha com Proventos, Descontos, 
Encargos e Provisões.
 ■ Entender os cálculos do 13º salário.
 ■ Saber realizar os cálculos das verbas referente a férias.
 ■ Calcular a rescisão de contrato de trabalho.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Recibo de Pagamento
 ■ Resumo da Folha
 ■ 13º Salário
 ■ Férias
 ■ Rescisão do contrato de trabalho
INTRODUÇÃO
Olá, caro(a) aluno(a)! As rotinas trabalhistas devem ser tratadas com muito cui-
dado nas empresas, independente de ser realizadas diretamente pelo departamento 
contábil ou não, pois envolvem a relação de trabalho com os seus colaboradores. 
A vida profissional de um colaborador começa no processo de recrutamento e 
seleção e encerra depois da rescisão do contrato, com o cumprimento de algu-
mas obrigações acessórias. No entanto, o que consideramos rotinas trabalhistas 
diz respeito ao atendimento aos empregados da admissão até a quitação dos seus 
haveres calculados na rescisão do contrato de trabalho.
Nesta unidade de estudo, vamos estudar os cálculos das verbas trabalhistas, 
sejam elas crédito ou débito dos empregados, para isso precisamos nos apoiar 
na legislação, pois cada uma delas tem dispositivos legais que determinam como 
devem ser calculadas. A CLT – Consolidação das Leis do Trabalho (Lei 5452 de 
1 de maio de 1943) será nossa principal, porém não única referência.
As atividades consideradas como rotinas trabalhistas refletem diretamente 
no salário líquido do trabalhador, no entanto, o recibo de recebimento de salário 
é uma das menores partes da atividade, pois além do demonstrativo de verbas 
aos empregados, é necessário elaborar a folha de pagamento ou resumo da folha 
de pagamento, que conterá todos os empregados, sócios que recebem pró-la-
bore, autônomos que prestaram serviços durante o período, também deverá 
conter os encargos que são gastos da empresa, que não são demonstrados no 
recibo de pagamento.
Também são consideradas rotinas trabalhistas os cálculos referentes a: décimo 
terceiro salário, que deverá ser pago em novembro e dezembro de cada ano; férias, 
que deverão ser gozadas a partir de doze meses de trabalho na mesma empresa; 
e a rescisão de contrato de trabalho, pagamento final ao trabalhador. Cada uma 
destas rotinas serão calculadas e demonstradas passo a passo para que o apren-
dizado aconteça por meio de exemplos detalhados.
Temos muitos conteúdos importantes que nos levarão ao conhecimento. 
Ótima leitura!
Introdução
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ROTINAS TRABALHISTAS
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IIU N I D A D E50
RECIBO DE PAGAMENTO
Olá, aluno(a), no recibo de pagamento entregue ao empregado no momento 
do pagamento de seu salário líquido devem ser demonstradas todas as verbas, 
tanto as positivas (caso do salário, horas extras, adicionais, salário família etc.) 
quanto as negativas (caso dos descontos de INSS, FGTS, Vale Transporte etc.). 
Utilizaremos neste material de estudo um Recibo de Pagamento simplificado 
para demonstrar as verbas calculadas. No recibo fornecido pelo empregador, 
normalmente tem diversas outras informações cadastrais. Vamos calcular passo 
a passo as verbas de dois empregados para abarcar a maior quantidade de ver-
bas possíveis, tanto de proventos quanto de descontos. No mês de março/20XX 
que tem 26 dias úteis e 5 não úteis, a situação dos dois empregados é a seguinte:
 ■ Fernanda Lima da Silva
 ■ Função: assistente administrativo;
 ■ Salário mensal contratual: R$1.000,00;
 ■ Filhos: 3 filhos menores de 14 anos;
 ■ Transporte público para ir ao trabalho: R$160,00 por mês (40 viagens x R$4,00);
 ■ Carga horária semanal: 44 horas semanais cumprindo a seguinte jornada diá-
ria de segunda a sexta-feira: 14h00 às 18h00 e 19h12 às 23h45;
 ■ Faltas não justificadas: 2 em uma semana e 1 em outra semana;
 ■ Horas extras em março/20XX: 02 horas de segunda a sábado e 05 horas em 
domingos.
 ■ Bruno Gonçalves dos Santos
 ■ Função: gerente administrativo;
Recibo de Pagamento
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 ■ Salário mensal contratual: R$4.000,00;
 ■ Filhos: 1 filho com 14 anos e 2 com 19 anos de idade;
 ■ Carga horária semanal: 36 horas semanais cumprindo a seguinte jornada diá-
ria de segunda a sexta-feira: 08h00 às 12h00 e 14h48 às 18h00;
 ■ Horas extras em março/20XX: 16 horas de segunda a sábado e 16 horas em 
domingos.
PROVENTOS
O principal provento é o salário, pois para que haja a relação de emprego é neces-
sário que seja combinado um salário entre empregador e empregado. Além do 
salário, podemos ter diversas outras verbas positivas em decorrência da prestação 
de seus serviços do empregado ao empregador, verbas estas que serão concei-
tuadas e calculadas individualmente para que você possa aprender a partir de 
aspectos teóricos e práticos. A soma do salário com as outras verbas positivas 
é denominada remuneração. O art. 457 da CLT (BRASIL, 1943) dispõe que a 
remuneração é a soma do salário e outras vantagens e adicionais, concedidos ao 
empregado em função das suas atividades, como: horas extras; adicional de insa-
lubridade; adicional de periculosidade; adicional noturno; comissões; gorjetas; 
gratificações contratuais; prêmios; ajudas de custo; e quaisquer outras parcelas 
pagas habitualmente, ainda que em utilidades, previstas em acordo ou conven-
ção coletiva ou mesmo que concedidas por liberalidade do empregador.
 Salários
A CLT (BRASIL, 1943, on-line) diz no Art. 3º: “Considera-se empregado toda 
pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob 
a dependência deste e mediante salário”, os dois trabalhadores que vamos uti-
lizar para calcular o recibo de pagamento estão enquadrados nestas condições.
Vamos começar a elaboração do Recibo de Pagamento de Salário conside-
rando somente o salário contratual dos dois empregados.
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Quadro 1: Recibo de Pagamento de Salário 
Fonte: os autores
Temos então um recibo parcial, pois com certeza teremos outras verbas; caso 
houvesse a possibilidade de termos somente esta verba, teríamos então o salá-
rio líquido de Fernanda de R$1.000,00 e de Bruno de R$4.000,00.
Recibo de Pagamento
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Horas Extras e Repouso Semanal Remunerado
A CF (BRASIL, 1988, on-line) diz no Art. 7º, inciso XVI, que são direitos dos 
trabalhadores urbanos e rurais a “remuneração do serviço extraordinário supe-
rior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal”; e a CLT (BRASIL, 1943, 
on-line) no Art. 59 pontua que “a duração normal do trabalho poderá ser acres-
cida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante 
acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo 
de trabalho”.
As horas suplementares podem ser compensadas desde que não ultrapasse 
a carga horária de trabalho semanal, como é o caso da Fernanda, que cumpre 
44 horas semanais de segunda a sexta-feira, trabalhando então 48 minutos diá-
rios a mais. As horas excedentes devem ser remuneradas, considerando a CF 
(Constituição Federal), a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e a Convenção 
Coletiva ou Dissídio Coletivo, sempre o que for mais benéfico para o empre-
gado. Neste material, vamos considerar 50% de acréscimos para horas extras de 
QUAL É A DIFERENÇA ENTRE SALÁRIO E REMUNERAÇÃO?
Salário é a contraprestação devida ao empregado pela prestação de servi-
ços, em decorrência do contrato de trabalho.
Já a remuneraçãoé a soma do salário contratualmente estipulado (mensal, 
por hora, por tarefa, etc.) com outras vantagens percebidas na vigência do 
contrato de trabalho como horas extras, adicional noturno, adicional de pe-
riculosidade, insalubridade, comissões, percentagens, gratificações, diárias 
para viagem, entre outras.
A remuneração é gênero e salário é a espécie desse gênero. A palavra re-
muneração passou a indicar a totalidade dos ganhos do empregado, pa-
gos diretamente ou não pelo empregador e a palavra salário, para indicar 
os ganhos recebidos diretamente pelo empregador pela contraprestação 
do trabalho.
Fonte: Guia Trabalhista ([2016], online)1.
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segunda a sábado e 100% para domingos e feriados, mas se a convenção estipu-
lar percentual maior deverá ser considerado o estipulado na convenção.
Sobre o RSR, vamos ver no quadro a seguir, o que dizem os dispositivos legais:
Quadro 2: – Repouso Semanal Remunerado (RSR)
CF ART 7º INCISO XV 
(BRASIL, 1988, ON-LINE)
CLT ART. 67 (BRASIL, 1943, 
ON-LINE)
LEI 605/49 ART. 1º (BRASIL, 
1949, ON-LINE)
São direitos dos trabalha-
dores urbanos e rurais, 
além de outros que 
visem à melhoria de sua 
condição social:
XV - repouso semanal 
remunerado, preferen-
cialmente aos domingos.
Será assegurado a todo 
empregado um descanso 
semanal de 24 (vinte e 
quatro) horas consecuti-
vas, o qual, salvo motivo 
de conveniência pública 
ou necessidade impe-
riosa do serviço, deverá 
coincidir com o domingo, 
no todo ou em parte.
Todo empregado tem di-
reito ao repouso semanal 
remunerado de vinte e 
quatro horas consecuti-
vas, preferentemente aos 
domingos e, nos limites 
das exigências técni-
cas das empresas, nos 
feriados civis e religiosos, 
de acordo com a tradição 
local.
Fonte: os autores.
Os empregados que tem o seu salário contratual mensal não tem destacado no 
seu recibo de pagamento o valor do RSR, porque o valor combinado é mensal, 
independente de quantos domingos ou feriados tenham durante o mês, neste 
caso existe o repouso sem prejuízo do salário.
Para as verbas que são pagas além do salário, como é o caso das horas extras, 
comissões, produtividade entre outras, deverá ser pago o RSR à parte, pois são 
horas e valores cumpridos além da carga horária contratada. Para calcular o RSR 
sobre as verbas variáveis, devemos primeiramente levantar quantos dias úteis tem 
o mês, pois o cálculo é feito a partir do valor da verba base, dividindo-se pelos 
dias úteis e multiplicando pelos dias não úteis. Exemplificando: se o mês de apu-
ração tem 26 dias úteis e 5 dias não úteis e o valor de horas extras é de R$409,20, 
o valor de RSR sobre horas extras será calculado assim: 409,20 dividido pelos 
26 dias úteis e multiplicado pelos 5 dias não úteis, assim o RSR será de R$78,69.
Veja a seguir os cálculos realizados para encontrar os valores das horas extras 
e RSR sobre as horas extras, que serão lançados no recibo de pagamento:
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Quadro 3 - Cálculo de horas extras e RSR sobre horas extras
Fonte: os autores
Vamos continuar o preenchimento dos Recibos de Pagamento de Salário:
Quadro 4 - Recibo de Pagamento de Salário 
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Fonte: os autores
Temos agora um recibo, ainda parcial, mas com o refl exo de horas extras e RSR, 
caso houvesse a possiblidade de termos somente estas verbas, teríamos então o 
salário líquido de Fernanda de R$1.070,54 e de Bruno de R$5.483,61.
 
 
 
 
 
 
Recibo de Pagamento
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Adicionais de Insalubridade e Periculosidade
Algumas atividades laborais são consideradas insalubres (prejudiciais à saúde 
do trabalhador) e outras consideradas perigosas. Os trabalhadores expostos a 
situações de insalubridade ou periculosidade têm o direito de receber um valor 
adicional aos seus salários.
O Adicional de Insalubridade é calculado sobre o valor do salário mínimo 
nacional, de acordo com o grau de insalubridade, a tabela a seguir considera os 
graus de acordo com a legislação e o valor tomando como base o salário mínimo 
vigente em 2016 de R$880,00.
SUPRESSÃO DE HORAS EXTRAS
Quando o empregado realiza um trabalho extraordinário com habitualida-
de por mais de um ano, terá direito a indenização no valor de um mês de 
horas extras para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses, o cálcu-
lo deverá considerar a média das horas extras feitas nos últimos 12 meses.
A Súmula 291 do TST, alterada pela Resolução Administrativa nº 174/2011 
de 27.05.2011, estabelece que:
A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar 
prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegu-
ra ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 
(um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou 
fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da 
jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares 
nos últimos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo 
valor da hora extra do dia da supressão (BRASIL, 2011).
Fonte: Tribunal Superior do Trabalho ([2016], on-line). 
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Quadro 5 - Adicional de Insalubridade
GRAU PERCENTUAL VALOR
Mínimo 10% R$88,00
Médio 20% R$176,00
Máximo 40% R$352,00
Fonte: os autores.
O Adicional de Periculosidade é de 30% sobre o salário contratual do empregado.
Os artigos 189 a 194 da CLT (BRASIL, 1943) com redação dada pelas Leis 
6.514/1977 (BRASIL, 1977, on-line), 12.740/2012 (BRASIL, 2012, on-line) e 
12.997/2014 (BRASIL, 2014, on-line) dizem o seguinte:
Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aque-
las que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, expo-
nham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de 
tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do 
tempo de exposição aos seus efeitos. (Redação dada pela Lei nº 6.514, 
de 22.12.1977)
Art. 190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades 
e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracteri-
zação da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, 
meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a 
esses agentes. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medidas 
de proteção do organismo do trabalhador nas operações que produzem 
aerodispersóides tóxicos, irritantes, alérgicos ou incômodos. (Redação 
dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
Art. 191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: 
(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho den-
tro dos limites de tolerância; (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao traba-
lhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de 
tolerância. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, com-
provada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para 
sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo. (Incluído pela 
Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
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Art. 192 - O exercício de trabalho em condições

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