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Dengue e zika

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1 Dengue e zika - @GABINANDIMED 
Dengue e zika 
 
Dengue 
Etiologia: arbovírus 
Vetor: Aedes aegypti 
Período de incubação: 1 a 7 dias 
Febre hemorrágica da dengue: Patogênese 
 Teoria da infecção sequencial 
 Imunoamplificação 
 Critérios: febre, trombocitopenia, tendencias 
hemorrágicas, extravasamento capilar 
(grande problema é o choque, aumento de 
mais de 20% do Ht, hipoproteinemia, 
derrame pleural/ascite) 
Espectro clínico 
1. Febril 
Febre por 2 a 7 dias 
Cefaleia 
Dor retro-orbitária 
Adinamia 
Mialgia 
Artralgia 
Exantema (comum no desaparecimento da 
febre) 
2. Crítica 
Início com a defervescência 
Sinais de alarme, que pode chegar a dengue 
com comprometimento de órgão, levando a 
choque, hemorragias graves ou disfunções 
graves de órgãos. 
3. Recuperação 
Clínica: 
Febre que dura até 7 dias, podendo ser bifásica 
+ dois dos seguintes sintomas 
1. Cefaleia 
2. Dor retro-orbitária 
3. Mialgia 
4. Artralgia 
5. Prostração 
6. Exantema pode aparecer na fase inicial ou 
final 
Sinais de alarme na dengue: 
1. Dor abdominal intensa e continua 
2. Vômitos persistentes 
3. Hipotensão postural e ou lipotimia 
4. Hepatoesplenomegalia dolorosa 
5. Hemorragias importantes, hematêmese e/ou 
melena 
6. Sonolência e ou irritabilidade 
7. Diminuição da diurese 
8. Diminuição repentina da temperatura 
corpórea ou hipotermia 
9. Aumento repentino do hematócrito 
10. Queda abrupta de plaquetas 
11. Desconforto respiratório 
Sinais de choque 
1. Hipotensão arterial 
2. PA convergente, diferença < 20 mmHg 
3. Extremidades frias e cianose 
4. Pulso rápido e fino 
5. Enchimento capilar lento, ou seja, maior que 
2 segundos 
Exame físico 
 PA, pulso, enchimento capilar 
 Prova do laço, quando não possui 
sangramentos evidentes, classe B se prova 
do laço positiva 
 
 Abaixo PC 5 em criança é choque 
70+2*idade(anos) 
Exemplo: criança de 5 anos 
70 + 2 * 5 = 80 
 
2 Dengue e zika - @GABINANDIMED 
PAS < 80 é hipotensão 
 
Diagnóstico 
 Hemograma + plaquetas 
 Sorologia somente a partir do 6º dia 
 Isolamento viral antes de 6 dias, RT-PCR, 
imuno-histoquímica, NS1, sendo que melhor 
dia é 3º dia onde temos o pico de viremia. 
Tratamento 
Sintomático: dipirona, paracetamol, metoclopramida, 
ondasetrona 
Não pode usar: aspirina, AINH 
E devemos realizar estadiamento para correto 
tratamento. 
Grupo A: atendimento de acordo com o horário de 
chegada, prova do laço negativa e assintomático 
para manifestações hemorragias espontâneas. 
Atendimento em APS 
Conduta terapêutica: orientar hidratação no domicilio 
com SRO 
Crianças menores de 13 anos, hidratação oral, 
oferecer 1/3 na forma de SRO 
Regra de Holliday-segar com acréscimo de 
reposição de possíveis perdas de 3% ou seja 
Crianças até 10 kg – 130 mL/kg/dia 
Crianças de 10 a 20 kg – 100 mL/kg/dia 
Crianças acima de 20 kg – 80 mL/kg/dia 
 
 
 
 
 
 
 
 
Grupo B: prioridade não urgente, sangramentos não 
tão importantes que não causem repercussão 
hemodinâmica ou prova do laço positiva. 
Atenção secundaria em saúde com suporte para 
observação, ou seja, disponibilização de leitos 
possibilitando o mínimo de conforto ao paciente 
durante sua observação 
Não deixar de pedir hemograma completo, 
obrigatório para todos os pacientes 
SE O PACIENTE TEM O HEMOGRAMA < 20.000 
TEM QUE INTERNAR O PACIEENTE 
INDEPENDENTE DOS SINTOMAS E ESPERAR 
AUMENTAR ATE 50.000 PARA RECEBER ALTA 
Conduta terapêutica: TRO 50 mL/kg em 4 a 6 horas, 
em caso de vômitos e recusa da ingestão do soro 
oral HV fase de expansão com 10 mL/kg em duas 
horas. Mesmo esquema do A a TRO 
 
Grupo C: urgência, atendimento o mais rápido 
possível, que possui sinais de alarme ou sd. de 
extravasamento plasmático. 
Unidades de atenção terciária em saúde com leitos 
de internação. 
Hemograma, dosagem de albumina sérica e 
transaminases, RX de tórax PA e perfil e USG de 
tórax 
Conduta terapêutica: começa com fase de expansão 
de 10 mL/kg por hora de SF, manter hidratação de 
na segunda hora de 10 mL/kg/h 
Fase de manutenção: 
Primeira fase: 25 mL/kg em 6 horas 
Segunda fase: 25 mL/kg em 8 horas sendo 1/3 com 
SF e 2/3 com soro glicosado 
 
 
 
 
 
 
3 Dengue e zika - @GABINANDIMED 
Grupo D: emergência, paciente com necessidade de 
atendimento imediato, sinais de choque com ou sem 
hipotensão: diminuição da pressão de pulso, 
hipotensão ou enchimento capilar > 2 seg. 
Unidades de atenção terciária em saúde com leitos 
de UTI. 
Conduta terapêutica: fase de expansão 20 mL/kg a 
cada 20 minutos e depois de 3 etapas, se não 
responder fazer coloide como albumina. 
 
Zika vírus 
Síndrome de Guillain-Barré relacionada ao Zika vírus 
Agente etiológico: arbovírus do gênero flavivírus, 
família flaviridae 
RNA vírus 
Modo de transmissão: aedes aegypti é o vetor 
urbano do ZIKAV 
Dengue e chikungunya e zika são transmitidas pelo 
mesmo mosquito e tem aspectos clínicos 
semelhantes. 
Risco para os fetos de gestantes infectadas na 
gravidez para evolução de microcefalia (- 2 dp e 
grave -3 dp ou PC menor que 31,5 cm para meninas 
e menor que 31,9 cm) e calcificações intracranianas. 
Clínica 
Apenas 18% dos pacientes resultam em 
manifestações clinicas 
Infecção assintomática é mais frequente 
Quando sintomática: 
 Febre baixa 
 Exantema maculopapular, entre D2 e D3 
 Artralgia 
 Mialgia 
 Cefaleia 
 Hiperemia conjuntival 
 Pouca alteração leucócitos e plaquetas 
 Evolução crônica artralgia crônica!!!

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