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Leishmaniose Doença benigna ou mortal de caráter zoonótico. Ocorre principalmente em mamíferos, comum no cão e no homem. HR: Silvestres Taxonomia FILO: sarcomastigophora ORDEM: Kinetoplastida FAMÍLIA: Trypanossomatidae GÊNERO: Leishmania Morfologia Forma amastigota - arredondada, intracelular, encontra-se nos H vertebrados Forma promastigota - alongada, não possui mem. Ondulante, encontra- se no vetor, forma infectante. Características Formas clínicas Cutânea: lesões cutâneas, ulcerosas ou não. Espécies no Brasil: L. braziliensis, L. guyanensis L. chagasi, L. lainsoni Cutânea mucosa: lesões destrutivas nas mucosas do nariz, boca e faringe. Espécies: L. braziliensis, L. guyanensis, L. Mexicana (“espundia”), no Sudão/Etiópia L. major, L. tropica Cutânea difusa: forma disseminada - formando nódulos não ulcerados. Associado a deficiência imunológica do paciente. Espécies: L. pifanoi, L. amazonenses, L. aethiopica Visceral ou calazar: sistema fagocítico mononuclear do baço, fígado, medula óssea, tecidos linfoides. Espécies: L. donovani, L. infantum, no Brasil causada por L. chagasi. Enfermidade crônica, caracterizada por febre irregular e longa duração, hepatoesplenomegalia, linfoadenopatia, anemia com leucopenia, emagrecimento, edema, caquexia e morte se não for tratado dentro de 2 anos Quadro das espécies de leishmania e suas possíveis patologias Espécies X Apresentação Clínica nas Américas Leishmania Doença de distribuição mundial. Cães: forma cutânea e visceral. Cães mais jovens e idosos são mais susceptíveis. Leishmania- Complexo L. brasiliensis As amastigotas parasitam preferencialmente as células do SFM da pele e mucosa; Agente etiológico da leishmaniose americana: tegumentar ou cutânea e muco-cutâneo no homem. Vetor Diptera, Phlebotomidae: Lutzomiya, Phlebotomus; Território brasileiro: Lutzomiya longipalpis, L. wellcomei Leishmaniose –Ciclo de Vida Heteroxeno. Transmitido por flebotomíneos hematófagos - Lutzomyia (América Central e do Sul) espécie L. longipalpis e Phlebotomus spp. (Europa, Ásia e norte da África). Mosquito palha - pequenos, vivem em solo úmido em áreas de matas ou florestas. Fêmea se alimenta de sangue de animais e de humanos. Saliva do inseto - componentes com atividade anti-inflamatória, anticoagulante, vasodilatadora e imunossupressora – interfere na atividade dos macrófagos - disseminação do parasito. Inseto pica o indivíduo contaminado, ingere a forma amastigota que se transforma em paramastigota depois transforma em promastigota que se replica no intestino do indivíduo e se transforma em promastigota metaciclica e é então regurgitada em um novo hospedeiro quando o inseto se alimenta. Uma vez ela sendo regurgitada a forma promastigota metaciclica ela vai invadir os macrófagos vai se transformar na forma amastigota se reproduzir através divisão binária rompe o macrófago e irá parasitar novos macrófagos assim sucessivamente ocorrendo nos hospedeiros. Leishmaniose felina Leishmaniose canina Manifestações Clínicas- Cães Na LTA há o aparecimento de pequena lesão eritematopapulosa no local da picada do vetor, onde ocorre a multiplicação do protozoário no interior dos macrófagos. Posteriormente forma-se um nódulo que dá origem à úlcera. A lesão possui formato arredondado, com bordas elevadas e infiltradas, podendo ser única ou múltipla, dependendo do número de picadas; Apresentação de nódulos com aspecto tumoral na pele ou mucosas. As lesões geralmente são de difícil cicatrização. Estas não são pruriginosas nem doloridas, e em cães se apresentam principalmente em regiões como saco escrotal, focinho. A LV, pode cursar de forma assintomática, oligossintomática ou sintomática. Cerca de 60% dos cães são assintomáticos, ou seja, nem todos os animais desenvolvem a doença. Cães sintomáticos: todos ou alguns sinais mais comuns da doença como: • Adenomegalia • Sinais neuromusculares – paresia, convulsão, atrofia muscular; • Sinais oftalmológicos – blefarite, uveíte, conjuntivite, ceratite Mucosa – palidez, epistaxe, úlceras e nódulos; • Derme – eritema, prurido, alopecia, hiperqueratose, onicogrifose; • Outros sinais: gástricos (vômito, diarreia), insuficiência renal, artrose, abdominais (hepatomegalia, esplenomegalia). Diagnostico Swab de saliva, sangue ou soro, fragmento de pele integra, punção de linfonodos, punção de medula óssea, punção de baço Citológico, histopatológico e imunohistoquimica Parasitológico, molecular e imunológico Controle Coleira impregnada: efeito de repelência Vacina leishmune e leish-tec, porem ainda em testes Tratamento Redução da carga parasitária e consequentemente reduzir a sintomatologia clínica mantendo ainda como fonte de infecção; Postergar a vida do animal em dias, meses ou anos; Acelerar a morte (sofrimento) do animal devido as consequências dos efeitos colaterais dos medicamentos • DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA BASE LEGAL: Portaria Interministerial 1.426/2008 (ESTÁ EM VIGOR) Proíbe o tratamento da leishmaniose visceral canina com produtos de uso humano ou não registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. • Medicação autorizada pelo Ministério da Agricultura Pecuária de Abastecimento (MAPA): MILTEFOSINA Papel legal do médico veterinário Lei 5.517/68 – CFMV – atribuições do MV: -Art.6: é competência do MV o estudo e aplicação de medidas de saúde pública no tocante às doenças transmissíveis ao homem. • Res. 322/81 – Código de Deontologia: -Art.40: o MV deve colaborar com as autoridades competentes na preservação da saúde pública, cumprindo e fazendo cumprir a legislação sanitária em vigor. • Res. 722/02 – Deveres do profissional: -Art.6: realizar eutanásia nos casos devidamente justificados, observando os princípios básicos de saúde pública. • Res. 1000/12 – Procedimentos de eutanásia: -Art.3: a eutanásia deve ser indicada nas situações em que o animal constituir ameaça saúde pública.
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