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APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO (ATC)

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APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO (ATC)
Na própria nomenclatura desta espécie de aposentadoria, insere-se uma ideia que adveio de uma mudança de perspectiva previdenciária introduzida pela Emenda Constitucional (EC) 20/1998: tempo de serviço x tempo de contribuição. Até a EC 20/98, o sistema era voltado para a garantia de uma aposentadoria após certo tempo de serviço de seus segurados. Todavia, com a necessidade de promover um equilíbrio entre receitas e despesas, o paradigma começou a transformar-se em direção a uma nova ideia: aposentadoria após certo tempo de contribuição.
A ideia inicial já na EC 20/1998 era acumular tempo de contribuição e idade. Porém, não houve aprovação do congresso à época. Para compensar, o resultado foi a criação do Fator Previdenciário pela Lei 9.876/99, cuja jurisprudência dominante (inclusive STF) entende como constitucional.
Quais eram os requisitos (antes da EC 103/2019)?
1) 35 anos de contribuição [serviço?] para homens / 30 anos de contribuição [serviço?] para mulheres.
2) Carência de 180 meses de contribuição.
A eventual perda da qualidade de segurado não influencia na concessão de aposentadorias, exceto a por invalidez (art. 3º e seu § 1º da Lei 10.666/03). Isso significa que, se a pessoa completou os requisitos de contribuição numa época e veio a completar a idade depois, quando não tinha mais qualidade de segurado, será concedida a aposentadoria.
Com as mudanças advindas da Reforma Constitucional de 2019 (EC 103/19), foi implementado o que não tinha sido aprovado na EC/1998 (idade mínima), ou seja, 65 anos de idade para homens e 62 anos de idade para mulheres. A carência passa a ser de 240 contribuições para homens e é mantida em 180 contribuições para mulheres.
Na prática, com a Reforma da Previdência de 2019, deixam de existir modalidades diferenciadas de aposentadoria por tempo de contribuição (ATC), gerando uma modalidade de aposentadoria única com critérios de idade e carência, semelhante à antiga APID, aumentando-se a idade mínima da mulher de 60 para 62 e as contribuições do homem de 180 para 240.
Para quem já estava no sistema em 12/11/2019 (dia anterior à publicação da EC 103/2019), há regras de transição previstas na Reforma da Previdência.
1.1 Regras de transição
1
Sistema de Pontos [art. 15] (os pontos equivalem à soma: idade + tempo de contribuição): precisa completar 96 pontos (homem) e 86 pontos (mulher) em 2019 mais 1 ponto a cada ano a partir de 01/2020 até 105 pontos para homens (que ocorrerá no ano de 2028) e 100 pontos para mulheres (no ano de 2033). Deve haver o mínimo de 35 anos de contribuição para homens e de 30 anos para mulher.
2
Acréscimo Progressivo de Idade [art.16]: mantendo-se 30 anos de contribuição para mulheres e 35 anos de contribuição para homens, exige-se idade mínima: 61 (homens) e 56 (mulheres) em 2019 mais 6 meses a cada ano a partir de 2020 até atingir 65 anos para homens (ano de 2027) e 62 anos para mulheres (ano de 2031).
3
Pedágio de 50% para quem está faltando até 2 anos para completar o tempo de contribuição no momento da promulgação da emenda [art. 17]: sem idade mínima, mas cumprindo pedágio de mais 50% do tempo que falta até 35 anos para homens e 30 anos para mulheres.
4
Pedágio de 100%, aplicável independentemente de quanto tempo de contribuição estava faltando no momento da promulgação da emenda [art. 20]: idade mínima de 60 anos para homens e 57 anos para mulheres, cumprindo pedágio de 100% do tempo que faltava para atingir os 35 anos para homens e 30 anos para mulheres.

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