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AÇÃO CIVIL PÚBLICA

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AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL ___ DO ESTADO BETA 
 
 
 
ASSOCIAÇÃO “PRO BONO”, comarca de xxx, Estado Beta, com 
fundamento no artigo 5º, I da Lei 7347/85, vem por meio da presença 
de Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO CIVIL PÚBLICA COM 
PEDIDO LIMINAR ,em face do ESTADO- BETA, conforme Art. 40,II do 
Código Civil ente de direito público, de acordo com os fatos e 
fundamentos que passam a expor: 
 
 
1. DOS FATOS 
 
A Associação “Pro bono”, constituída há 6 (seis) anos, cujo objetivo 
é a defesa do patrimônio social e, particularmente, do direito à saúde de 
todos, mostrou-se inconformada com a negativa do posto de saúde, 
gerido pelo Estado Beta, de oferecer atendimento laboratorial adequado 
aos idosos e deficientes que procuram esse serviço. 
 
O argumento das autoridades era o de que não havia profissionais 
capacitados e medicamentos disponíveis em quantitativo suficiente. Em 
razão desse estado de coisas e do elevado número de idosos e deficientes 
correndo risco de morte, a Associação resolveu peticionar ao Secretário 
Estadual de Saúde, requerendo providências imediatas para a 
regularização do serviço público de saúde. 
 
O Secretário estadual respondeu que a situação da saúde no 
Estado está, realmente, precária e que a comunidade deve ter paciência 
e esperar a disponibilização de repasse dos recursos públicos federais, já 
que a receita prevista no orçamento estadual não fora integralmente 
realizada. Reiterou, ao final, a negativa de atendimento laboratorial aos 
idosos e deficientes. 
Apesar disso, as obras públicas para reforma do Gabinete do 
Governador, nas quais eram utilizados exclusivamente recursos públicos 
estaduais, continuaram a ser realizadas normalmente. 
 
2. DO CABIMENTO DA AÇÃO CVIL PÚBLICA E SUA COMPETENCIA 
 
O cabimento da ação ao caso em tela é fundamentado no Art. 1º 
da Lei 7357/1985, deste modo vejamos: 
 
Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da 
ação popular, as ações de responsabilidade por danos morais e 
patrimoniais causados: 
(...) 
IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. 
(...) 
O caso em discussão, trata-se claramente de direito difuso, este 
cujos titulares são indeterminados e indetermináveis. 
Isso não significa que ninguém sofra ameaça ou violação de direitos 
difusos, que são direitos que merecem especial proteção, pois não 
atingem a alguém em particular e, simultaneamente, a todos, como no 
caso tratado. 
Acerca da competência, conforme Artigo 2º da Lei 7357/1985, é 
competente para julgar a Ação Civil Pública o foro do local onde ocorreu o dano: 
 
Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do 
local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional 
para processar e julgar a causa. 
Parágrafo único: A propositura da ação prevenirá a jurisdição 
do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que 
possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. 
 
Assim, o Juízo da vara Cível do Estado Beta - onde ocorreu o dano 
- é o competente para decidir sobre a presente ação. 
Como bem pontua Marcelo Abelha, direito difuso é aquele que pertence 
a todos abrangendo uma totalidade abstrata e indeterminada1. Neste viés, 
percebe-se, negativa do posto de saúde, gerido pelo Estado Beta, de 
oferecer atendimento laboratorial adequado aos idosos e deficientes que 
procuram esse serviço. 
 
1 ABELHA, Marcelo. Ação Civil Pública e Meio Ambiente. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense 
Universitária, 2004. 
 
3. DA LEGITIMIDADE ATIVA 
 
Os legitimados concorrentes a proporem a Ação Civil Pública, nos 
termos do art. 5º da Lei 7.347/85 e Lei 8.078/90, são o Ministério 
Público, a União, os Estados e Municípios, além das autarquias, 
empresa pública, fundações, sociedade de economia mista ou 
associações constituídas a pelo menos 01 ano 
(art. 5º, XXI da Constituição Federal) e que provem representatividade e 
institucionalidade adequada e definida para a defesa daqueles direitos 
específicos: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes: 
(...) 
XXI - as entidades associativas, quando expressamente 
autorizadas, têm legitimidade para representar seus 
filiados judicial ou extrajudicialmente; 
 (...) 
 
A Associação “Pro bono”, constituída há 6 (seis) anos de tempo de 
instauração, assim, percebamos que tal legitimidade respalda-se no Art. 
5º, Lei nº 7.347/85: 
Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação 
cautelar: 
(...) 
V - a associação que, concomitantemente: 
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos 
da lei civil; 
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao 
patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao 
consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos 
direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao 
patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e 
paisagístico. 
(...) 
REMEMORANDO, QUE MESMO COM A NEGATIVA DO 
SECRETÁRIO DE SAÚDE DO ESTADO BETA, EM ALEGAR FALTA DE 
PROFISSIONAIS BEM COMO DE MEDICAMENTOS, HÁ EM RITMO 
FRENÉTICO UMA REFORMA NO GABINETE DO GOVERNADOR. 
Frisa-se ainda, que a receita prevista no orçamento estadual não 
fora integralmente realizada. 
Ora, Excelência, se não existe a totalidade do receita prevista 
aos gastos públicos para a disponibilidade de medicamentos e na 
contratação de profissionais especializados , o porquê que a obra no 
gabinete do governador, o qual é extremamente desnecessário, haja 
vista a complexidade do causídico que se encontra os idosos que 
necessitam do atendimento laboratorial, está em pleno vapor?. 
É NESTA INDAGAÇÃO QUE PERCEBEMOS O DESCOMPASSO 
NAS PRIORIDADES FRENTE AO GASTO DO REPASSE PÚBLICO. 
Diante dos fatos e do embasamento jurídico, é clarividente a 
legitimidade ativa da Associação “Pro bono”, constituída há 6 (seis) anos, 
cujo objetivo é a defesa do patrimônio social e, particularmente, do direito 
à saúde de todos. 
Por oportuno, o presente remédio constitucional é concorrente, 
autônoma e disjuntiva, pois, cada um dos legitimados pode impetrar a 
ação como litisconsorte ou isoladamente. 
 
4. DA LETIMIDADE PASSIVA 
 
Como bem esmiuçado nos fatos, a secretária de saúde do Estado 
Beta, encontra-se com déficit no orçamento direcionado à saúde pública, 
entretanto o gabinete do governador encontra-se em reforma, esta 
bancada repasse públicos federais, os quais deveriam ser direcionados 
aos setores de corretos. 
Para José Maria Tesheiner, 
[...] Em relação à legitimação passiva nas ações coletivas, se 
considerada a generalidade dos casos, não se encontram 
maiores discussões sobre quem deva figurar no polo passivo. 
Em princípio, as mesmas pessoas (físicas ou jurídicas) podem 
ser apontadas como parte passiva tanto nas ações individuais 
quanto nas coletivas.2 
Resta afirmar, que todos aqueles que causaram prejuízo ao a 
qualquer outro interesse difuso ou coletivo, podem, ser sujeitos passivos 
numa Ação Civil Pública, qual seja, a pessoa jurídica de direito 
público, como no caso em tela o Estado Beta. 
5. DO PEDIDO CAUTELAR 
Conforme o artigo 300, CPC, a tutela de urgência será concedida 
quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o 
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
Fredie Didier Jr., sobre a probabilidade do direito, afirma tratar-se 
da “plausibilidade de existência do mesmo”, o já “bem conhecido “fumus 
boni iuris”. Já do lado do perigo de dano, indica que “a tutela provisória 
de urgência pressupõe, também, a existência de elementos que 
evidenciem o perigo que a demora no oferecimento da prestação 
jurisdicional representa para a efetividade da jurisdição e a eficaz 
realização do direito”.3 
José Miguel Garcia Medina anotaque, acerca da probabilidade do 
direito, contenta-se a lei processual com a “demonstração da 
probabilidade do direito, [pois] a parte deve demonstrar, no mínimo, que 
o que o direito afirmado é provável”. Já do âmbito do perigo de dano, 
“usa-se, hoje, a expressão perigo de demora (periculum in mora) em 
sentido amplo, seja para se afirmar que a tutela de urgência é concedida 
para se evitar danos decorrentes da demora processual, seja porque se 
está diante de uma situação de risco, a impor a concessão de medida de 
emergência para evitar a ocorrência de dano iminente”.4 
No caso em tela, encontram-se presentes ambos os requisitos. 
A probabilidade do direito resta evidenciada pelas provas em 
anexo, uma vez que as obras públicas para reforma do Gabinete do 
Governador, nas quais eram utilizados exclusivamente recursos 
públicos estaduais, continuaram a ser realizadas normalmente, 
mesmo com a escassez de medicamentos e de profissionais 
gabaritados para o fim especifico. 
 
 
2 TESHEINER, José Maria.Partes e legitimidade nas ações coletivas.in Revista de Processo n. 
180. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais. 2010. p. 23. 
3 DIDER JR., Fredie. Curso de direito processual civil. Salvador: Juspodivm, 2016. Vol. 2. p. 609-610. 
4 MEDINA, José Miguel Garcia. Novo código de processo civil comentado. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015. 
Versão eletrônica sem paginação. 
É de extrema mazela que tão situação ainda perdura-se, 
havendo iminência de morte para aqueles que fazem uso dos 
medicamentos, os quais são a maioria idosas e deficientes, assim há 
o periculum in mora caracterizado neste caso em tela. 
 
Diante de todo exposado, Vossa Excelência, que seja concedida in 
altera pars, a tutela de urgência apresentada. 
 
6. DOS PEDIDOS 
 
Do exposto, requer: 
 
I) A concessão da tutela provisória, em caráter liminar, para que 
sejam liberado o atendimento laboratorial adequado aos idosos 
e deficientes que procuram esse serviço, conforme ao Art. 300, 
Código de Processo Civil, bem com o Art 12 da Lei 7.347 e, quando o 
julgamento de mérito, a confirmação da tutela provisória; 
II) Após a concessão da tutela provisória, em caráter liminar, que 
se notifique o Réu do, a fim de que, apresente contestação sob 
efeito de revelia, nos termos do Art.344, CPC; 
III) Que haja condenação da parte ré, em custas e honorários à 20% 
 
Das provas 
 
Requer todas as provas que se tem direito, inclusive a testemunhal, 
como previsto no código de processo civil. 
 
Dá-se a causa o valor de R$ 1.045,00 (Um mil, quarenta e reais), 
para fins de alçada, vez que serão liquidados por cálculos. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local, data 
Advogado 
OAB/UF

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