Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FABIO TAKAHASHI FUJINAMI – RA 1113474 Licenciatura em Geografia PORTFÓLIO 1 – CICLO 3: Didática e Metodologia do Ensino da Geografia POLO RIBEIRÃO PRETO 2021 Trabalho apresentado ao Centro Universitário Claretiano para a disciplina de Didática e Metodologia do Ensino da Geográfia, ministrada pela prof./tutor Victor Hugo Junqueira. 2 1) Quais as mudanças a Reforma do Ensino Médio provoca na Geografia Escolar? Temos que compreender e analisar a função da Geografia dentro do contexto escolar, o texto inicia questionando qual a função da Geografia e porque estudamos Geografia. Vale refletir quando o KAERCHER (2007, P.30) CITA “ é a nossa pratica pedagógica-escolar bastante longe de tornar nossos alunos parceiros da reflexão. Por conseguinte, os alunos ficam distantes do que fazemos dentro da sala de aula.” Será que a forma como ensinamos a Geografia é correta ou ela está no currículo por mero caráter ilustrativo quase uma revista de variedades? O mesmo autor afirma que o professor quase que se anula , não expõe suas ideias em nome de uma educação tradicional. O autor cita que o caminho é fazer com que o aluno cada vez mais se torne independente do ponto de vista cognitivo e não se tornar professor gerente burocrático, onde o mesmo da a aula, faz uma explanação somente e não se trabalhar o reflexivo. Com isso o autor cita que os alunos dentro desse processo de ensino-aprendizagem da Geografia não necessitam prestar atenção e pensar junto com o professor, assim parece que a Geografia escolar parece menos comprometida com a ciência, onde o processo de ensino mais embaralham os alunos do que esclarecem-no. Mas vale pontuar que não é somente culpa do professor o aluno também não fazem questão de participar de questionar sobre os temas propostos, ou somente ficam na sua crença no senso comum. Com isso a mudança proposta é fazer com que as duas vertentes do processo de ensino-aprendizagem, professor e aluno, possam em um debate de ideia ouvir um ao outro, de forma organizada, fazendo com que o aluno conquiste conhecimento e exaltando o, mas a relação dos dois parte do inicio de um conteúdo mas podendo ser debatido por ambas as partes. Vale lembrar os trabalhos em grupo onde o professor solicita aos alunos a leitura de um texto e posteriormente responder questões, isso pode ser classificado como uma forma de alivio de ambas as partes onde o professor 3 não cobra tanto do aluno e o aluno não cobra do professor, isso é uma pratica bastante comum nas aulas de Geografia. Uma forma de construção de uma aula mais correta é ao citamos conceitos, procure questioná-los, relativizá-los que eles podem ter leituras distintas, e isso é enriquecedor para a aula de Geografia. KAERCHER (2007, P. 42) cita “Falta-nos, geralmente uma visão que ligue, mas sem cimentar nem congelar, os fatos e dados vistos nas aulas.” A Geografia pode contrinuir para que o aluno entenda, com no mínimo de lógica, o mundo em que ele vive. 2) De acordo com o autor, qual o significado o Ensino de Geografia deve ter no Ensino Médio? Vale pensar que não é uma exclusividade da Geografia estudar a realidade ou o presente. Até porque, no campo pedagógico, de Dewey aos educadores contemporâneos, todos afirmam que qualquer conhecimento escolar para ser apropriado significativamente pelos estudantes precisa estar fortemente relacionado ao cotidiano. Podemos afirmar que a Geografia Escolar tem um papel ímpar na leitura reflexiva e crítica do mundo contemporâneo quando seus conceitos e procedimentos metodológicos são acionados pelos estudantes. Podemos afirmar que o papel da Geografia dentro do processo de ensino aprendizagem passar por três etapas que podemos destacar: o primeiro refere-se à motivação dessa renovação, uma vez que a globalização colocou em evidência processos que antes não eram tão evidentes quanto agora. Utilizando-se de John Berger (escritor anglo-saxão não geógrafo) afirma: “a Geografia é a mais poderosa e reveladora perspectiva crítica do mundo contemporâneo” (ibidem, p.35). O segundo movimento trata-se do paradigma assumido pela comunidade disciplinar de que o espaço geográfico é um elemento componente da sociedade, ou ainda, “o espaço não é um reflexo da sociedade, ele é a sociedade” (ibidem, p.36) e, por fim, o terceiro movimento, reconhecendo que o espaço geográfico como 4 elemento que compõe o quadro social, tem reestabelecido o diálogo com outras disciplinas sociais. O autor destaca a importância da mobilização dos conhecimentos geográficos ensinados nas escolas para crianças e jovens escolares de modo que possam ser úteis em suas práticas espaciais cotidianas, considerando as demandas sociais e individuais produzidas no contexto da globalização. Podemos destacar que o conhecimento geográfico “ajuda-nos a saber porque as coisas estão onde estão e como e por quê estão espacialmente relacionadas a outras coisas”. Uma informação que temos que analisar é a espacialidade dos fenômenos que se diferencia do pensamento espacial porque se supõe a consideração da dimensão humana, social, econômica, política e cultural para além dos aspectos meramente topológicos que se compreende perfeitamente com a distinção entre espaço e lugar. Um ponto que temos que analisar é a necessidade de distinguir o pensamento espacial do pensamento geográfico. O ponto de partida deles está na necessidade de superar a mera transmissão dos conteúdos geográficos de forma fragmentada, dicotomizada e superficial por um ensino que possibilite aos educandos a compreensão da organização espacial. Outro ponto que temos que entender sobre o significado do ensino da Geografia é o sentido de totalidade-mundo no ensino de Geografia junto aos escolares e apresentamos o quão complexo é para o professor ter uma prática pedagógica e curricular em que os conteúdos geográficos não sejam abordados de forma isoladas, e sim inter-relacionados. Temos que apontar também que além dessas questões mais filosóficas do campo do conhecimento já elencadas, há que considerar que os professores de Geografia também operam em suas aulas com outros conhecimentos, como o pedagógico, o institucional, o da experiência, e o do contexto socioespacial da escola e dos alunos. Com isso podemos concluir que o significado da Geografia no ensino médio é uma prática espacial, e assim o sendo, também é uma variável importante para a compreensão da espacialidade do fenômeno. Com isso o qual o papel da Geografia Escolar nesse processo? Se é possível respondê-la, nos apropriamos dos ensinamentos de Ernesto Laclau – ainda 5 que indevidamente – para defendermos que o papel da Geografia escolar não é encontrar ou anunciar uma emancipação do sujeito exclusivamente por dentro da própria disciplina, mas utilizá-la como uma prática espacial de atuação nesse espaço de disputas de sentidos discursivos, acreditando que a hegemonia é sempre provisória e precária e que práticas espaciais insurgentes podem apresentar outra condição para existência humana. Bibliografia KAERCHER, N. A. A Geografia escolar: gigante de pés de barro comendo pastel de vento num fast food? Terra Livre, Ano 23, v. 1, n. 28, p. 27-44. 2007. Disponível em: https://www.agb.org.br/publicacoes/index.php/terralivre/article/view/220. Acesso em: 03 jul. 2020. STRAFORINI, Rafael. O ensino de Geografia como prática espacial de significação. Estud. Av., São Paulo, v. 32, n. 93, p. 175-195, ago. 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103- 40142018000200175&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em: 03 jul. 2020.
Compartilhar