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Introdução à teoria do Direito

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IZABELLA F. REIS - 1° PERÍODO 2021/01 - PROFESSORA: PRISCILA M. D.
INTRODUÇÃO À TEORIA DO DIREITO
A Teoria do Direito é uma
disciplina que tem por objetivo a
observação da produção,
interpretação e a prática do direito.
Uma linguagem científica, que se
relaciona com o direito positivo, na
tentativa de explicar suas diferentes
formas de manifestação, ou seja, uma
maneira de simplificar e sintetizar seus
conceitos. Possui caráter
interdisciplinar por estabelecer relação
com demais ramos do conhecimento,
unindo o que é comum entre eles.
Origem etimológica do direito.
A palavra direito provém do latim
directus e directum, que significa
direto, compreende-se, nesse sentido,
que o direito deve seguir uma conduta
indeclinável, um procedimento reto,
um comportamento predeterminado,
conforme uma norma e regra.
Definição de direito.
A palavra “direito” carrega
consigo caráter plural, pois apresenta
diversos significados. Contudo, de
maneira geral, o direito tem por
objetivo a garantia da manutenção da
harmonia social, isso pois,
compreende-se que há uma extrema
necessidade de haver regras de
controle para garantir a sobrevivência
dos indivíduos de essência egoísta,
como exposto por Hobbes.
Considera-se então, como um
conceito geral aquele elaborado por
Miguel Reale, o direito é: "regras
obrigatórias que garantem a
convivência social graças ao
estabelecimento de limites à ação de
cada indivíduo”.
Nesse sentido, percebe-se que o
direito tem como essência
fundamental e indeclinável a
necessidade do convívio entre os
homens, pois o direito existe onde o
ser humano existe e convive em
sociedade, em concordância com a
máxima ubi societas, ibi jus e sua
recíproca.
Ocorrendo de maneira mutável,
isso pois o direito age de acordo com
os moldes de determinadas
sociedades, sendo, então, passíveis
de mudanças. Ao tratar de justiça, a
sua interpretação é como o direito,
oscilante, porém, não pode ser
considerada um sinônimo, pois
refere-se a um princípio concretizado
pelo direito, ou seja, a qualidade do
que está em conformidade com o que
é direito.
Como também não deve haver a
relação sinonímica entre direito e
moral, pois, mesmo havendo
semelhança no objetivo, a harmonia
social, o direito ao buscar a ética e a
moralidade em suas condutas
reguladores, não leva em
consideração a interpretação na
esfera mental e psicológica do
indivíduo.
Desse modo, o direito se trata de
uma tecnologia cujo objetivo é regular
as relações sociais em suas diversas
formas, podendo ocorrer tanto com
base em culturas e tradições orais,
quanto de forma escrita. Existindo
assim dois sistemas jurídicos
utilizados por diferentes países: Civil
Law e Common Law.
● Civil Law:
IZABELLA F. REIS - 1° PERÍODO 2021/01 - PROFESSORA: PRISCILA M. D.
O Direito decorre da
interpretação da lei escrita, conhecido
como sistema romano-germânico com
origens no Império Romano. Há
priorização do positivismo e
procedimentos específicos para
criação de leis que orientam a atuação
dos agentes do Direito.
O ordenamento jurídico
brasileiro, assim como diversos
países, tornou seu sistema jurídico
mais flexível com a adoção de alguns
institutos do common law, um grande
exemplo é o art. 103-A da CF/88 que
trouxe as bases da súmula vinculante
para o Direito Nacional e o
reconhecimento por parte do atual
CPC sobre os precedentes
jurisprudenciais.
Em resumo, Norberto Bobbio,
analisa o direito sob o ponto de vista
normativo, considerando-o como um
conjunto de normas ou regras de
conduta, além de estabelecer que a
experiência jurídica é uma experiência
normativa.
● Common law:
Sistema adotado principalmente
por países de língua inglesa, tendo por
fontes imediatas as decisões judiciais.
Portanto, o Direito não decorre da
aplicação da lei escrita, mas sim das
próprias decisões que surgem em
casos, feita de forma objetiva e as
regras vão surgindo de acordo com as
situações e impasses que surgem nas
relações sociais. Dessa forma, os
agentes do direito atuam como
verdadeiros protagonistas na
construção do Direito e na sua
aplicação ao caso prático.
● Teoria tridimensional do
Direito.
Sintetizado pelo jurista Miguel
Reale, no qual para ele o Direito
corresponde a três aspectos básicos:
a) Aspecto normativo: O Direito
como ordenamento e sua
respectiva ciência;
b) Aspecto fático: O Direito como
fato, ou em sua efetividade
social e histórica;
c) Aspecto axiológico: O Direito
como valor de Justiça.
Sendo assim, para que exista o
Direito é preciso que exista um fato
valorado segundo uma norma jurídica,
Reale percebe o fenômeno jurídico
numa estrutura tridimensional, na qual
o elemento normativo pressupõe uma
situação fática que se refere a
determinados valores. Isso pois, onde
quer que haja um fenômeno jurídico,
haverá sempre:
- um fato subjacente (econômico,
geográfico etc);
IZABELLA F. REIS - 1° PERÍODO 2021/01 - PROFESSORA: PRISCILA M. D.
- um valor, que confere
determinada significação a esse
fato e inclina e determina a
ação dos seres humanos; e
- uma regra ou norma, que
representa a relação ou medida
que integra um daqueles
elementos ao outro, o fato ao
valor.
Nesse sentido, esses elementos
coexistem numa unidade concreta,
atuando como elos de um processo de
tal modo que a vida do Direito resulta
da interação dinâmica e dialética
desses três elementos.
Direito natural e direito positivo.
O direito natural é aquele
espontâneo, baseado na justiça e
razão, se origina da própria natureza
social do ser humano, de caráter
universal, eterno e imutável, não são
escritas, nem ao menos criadas pelo
Estado ou sociedade, mas sim uma
reação à natureza humana. Postulado
pela teoria denominada
jusnaturalismo, que determina a
existência de um direito estabelecido
pela própria natureza humana.
Por outro lado, o direito positivo,
é o conjunto de princípios e regras que
regem a vida social de determinado
povo e época, ou seja,
estabelecimento de normas,
garantidas pelo Estado, podendo ser
escritas ou não, sintetizada pela
doutrina positivista, por considerar
direito apenas aquilo posto pelo
Estado.
Nesse sentido, são duas as
espécies de relações sociais
existentes no direito positivo:
a) Relação em que a própria
sociedade, representada pelo
Estado, faz parte;
b) Relação entre os particulares.
Direito público e privado.
O direito público refere-se às leis
que regulam e estruturam o poder
público, as relações entre os
governantes e governados, a
organização e as atividades do
Estado, considerando:
a) Em si mesmo;
b) Em suas relações com o
particulares;
c) Em suas relações com outros
Estados.
Áreas: Direito Constitucional,
Administrativo, Eleitoral, Internacional,
Penal, Previdenciário, Processual,
Tributário.
Por outro lado, o direito privado é
o estudo das leis que regulam as
relações entre os governados, ou seja,
os particulares entre si.
Áreas: Civil, comercial, empresarial,
industrial, trabalho, agrário e
consumidor.
Conceitos importantes.
● Coação legal → Estatal;
● Coação ilegal → Particular;
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● Sanção → concordância e
anuência do presidente da
República.

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