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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SEÇÃO DO ESTADO DA BAHIA 2ª AVALIAÇÃO PARA EXAME DE ORDEM 03/2000 PROVA DE QUESTÕES SUBJETIVAS D.P.J. 05/01/2001 Prova Prático-Profissional Direito Civil SENHOR BACHAREL: Esta é a segunda e última avaliação para o Exame de Ordem exigido previamente ao ingresso nos Quadros de Advogados da OAB.BA, constituindo-se de questão prática e questões dissertativas, com quatro (04) horas de duração para a sua resposta. Não identifique sua prova com seu nome, sob pena de nulidade. Indique no quadrado acima seu número de inscrição fornecido pela Secretaria de Inscrições. Conforme dispõe o Provimento nº. 81, de 16 de abril de 1996, do Egrégio Conselho Federal, publicado no Diário da Justiça - Seção I, do dia 23 de abril de 1996, pág.12807, esta avaliação tem caráter eliminatório, exigindo-se a nota mínima 6,0 (seis) para sua aprovação. O art.5º, inciso I, do Provimento indicado permite aos Examinandos consulta à legislação, livros de doutrina e repertórios jurisprudenciais, vedada, entretanto, a utilização de obras que contenham formulários e modelos. Este Exame nos convoca à oportuna reafirmação de que o exercício da advocacia é munus público, reconhecido em sede constitucional, dispondo o Código de Ética, no particular, ao estabelecer os princípios basilares desta profissão, que: “O ADVOGADO, INDISPENSÁVEL À ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA, É DEFENSOR DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO, DA CIDADANIA, DA MORALIDADE PÚBLICA, DA JUSTIÇA E DA PAZ SOCIAL, SUBORDINANDO A ATIVIDADE DO SEU MINISTÉRIO PRIVADO À ELEVADA FUNÇÃO PÚBLICA QUE EXERCE” É, portanto, essencial e imprescindível para a valorização do Exame de Ordem, a consciência acerca da importância de que se reveste a atividade advocatícia, tanto para o conceito profissional de quem detém esse mister; quanto para o fortalecimento e engrandecimento desta Instituição, como também para os destinatários desse exercício que é a sociedade. Bom desempenho! ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SEÇÃO DO ESTADO DA BAHIA 2 A COMISSÃO. EXAME DE ORDEM 03/2000 2ª FASE - D.P.J. DE 05.01.2001 PROVA SUBJETIVA REALIZADA EM 21.01.2001 DIREITO CIVIL I - PEÇA PROFISSIONAL Elaborar procuração com pluralidade subjetiva ativa e exordial pertinente à divórcio direto consensual de Mévio da Silva e Maria Sampaio Silva, casados desde 01.01.1985, sob o regime legal de bens sabendo-se que: o casal teve dois filhos, menores impúberes, chamados José e Joana, nascidos, respectivamente, em 01.03.1991 e 01.05.1994, sendo ambos residentes com a mãe, na comarca de Salvador, desde o afastamento do cônjuge varão desde janeiro de 1998; o patrimônio consiste em 01 carro, adquirido perante a concessionária “X”, além de dois apartamentos, um em Salvador e outro e Feira de Santana, sendo que o veículo foi havido pelo cônjuge varão por cumprimento de testamento feito por Tício, falecido em julho de 1997 em Salvador. Na peça processual devem ser relacionados todos os pedidos e requerimentos cabíveis, inclusive os referentes ao procedimento e registros necessários, com a especificação dos efeitos pessoais, sociais e patrimoniais do divórcio. II - QUESTÕES DISSERTATIVAS 1) Pedro, Mévio e Xisto figuraram como co-fiadores solidários de Caio (devedor principal), o qual, além disso, ofereceu, com anuência de sua esposa, o imóvel residencial familiar em garantia de mútuo feneratício no valor de R$50.000,00 contraído perante o banco “X”. Na garantia fidejussória não havia benefício de ordem. Vencida a dívida, Pedro promoveu a liquidação integral do débito, recebendo do banco “X” as informações referentes aos demais co-obrigados solidários, inclusive quanto à garantia real prestada, para efeito de inscrição do gravame, desta feita, a seu favor (do solvens – o próprio Pedro). Pedro, então, exigiu judicialmente de Caio, o tomador, a restituição integral do valor pago, intimando-o, pelas vias processuais próprias, quanto à penhora realizada sobre o imóvel, em face da transferência e subsistência, a seu favor, do gravame hipotecário orginiário. Caio, inconformado, insurgiu-se contra a constrição efetivada por ordem judicial, sob os fundamentos jurídicos da impenhorabilidade do bem de família, da extinção da garantia acessória em face da liquidação do principal e o de que o exeqüente não era seu credor hipotecário, e sim o banco “X”, podendo haver satisfação do crédito com outros bens do patrimônio do executado. Assiste razão a Caio? Sob qual(is) fundamento(s) ? RESPONDER COM BASE EM DIREITO MATERIAL. 2) Pedro da Silva aos 35 (trinta e cinco) anos casou-se com Maria da Silva, a qual, ao tempo da celebração, tinha 19 (dezenove) anos. O cônjuge virago não estava emancipado ao se casar, tendo havido, contudo, autorização de seus pais para o casamento. Os pais de Maria da Silva também prestaram assistência na celebração de pacto antenupcial, no qual estabeleceu-se o regime da comunhão universal de bens. Posteriormente, após 05 anos de vigência da sociedade conjugal não foi mais suportável a vida em comum, tendo sido proposta ação de separação judicial litigiosa pelo cônjuge varão. No conflito referente à partilha dos bens, a esposa sustentou que os bens trazidos por si para o casamento não deveriam integrar o patrimônio comum, com base na falta de qualquer esforço do outro consorte para a sua aquisição e na invalidade do pacto, pois o casamento de menor somente poderia ser contraído pelo regime da separação obrigatória. Ainda segundo a esposa, o outro consorte só poderia ser beneficiado, no máximo, com os efeitos da Súmula 377 do STF quanto aos bens adquiridos na constância do casamento, porém, como ficou provado que a culpa da separação era de Pedro da Silva, este perderia todos os direitos ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SEÇÃO DO ESTADO DA BAHIA 3 decorrentes do casamento. Assiste razão a virago ? Sob qual(is) fundamento(s) ? FUNDAMENTE EM DIREITO MATERIAL. EXAME DE ORDEM 03/2000 DIREITO «MATÉRIAS» 4 3) Mévio, físico nuclear, casou-se com Maria, consultora de moda, sob o regime da separação convencional absoluta de bens, ficando expressamente registrado no pacto antenupcial que, no caso de morte de qualquer dos consortes, um não sucederia ao outro na titularidade do acervo hereditário. Dez anos após o casamento, o cônjuge varão, que não tinha herdeiros necessários, veio a falecer. Maria, então, pleiteou a totalidade da herança, a despeito da resistência dos irmãos do “de cujus”. Estes sustentavam que o pacto antenupcial continha estipulação livre e espontaneamente assumida pelas partes quanto à impossibilidade de sucessão “mortis causa”; que o direito do cônjuge sobrevivente somente poderia ser, por equiparação, o previsto no art. 1611, parágrafo 1o. do CCb e que o regime da separação absoluta não é compatível com a capacidade sucessória do consorte sobrevivente. Assiste razão aos irmãos do “de cujus” ? FUNDAMENTE COM BASE EM DIREITO MATERIAL. EXAME DE ORDEM 03/2000 DIREITO «MATÉRIAS» Nº do candidato 5 FOLHA DE RESPOSTA EXAME DE ORDEM 03/2000 DIREITO «MATÉRIAS» Nº do candidato 6 EXAME DE ORDEM 03/2000 DIREITO «MATÉRIAS» Nº do candidato 7 EXAME DE ORDEM 03/2000 DIREITO «MATÉRIAS» Nº do candidato 8 EXAME DE ORDEM 03/2000 DIREITO «MATÉRIAS» Nº do candidato 9 EXAME DE ORDEM 03/2000 DIREITO «MATÉRIAS» Nº do candidato 10EXAME DE ORDEM 03/2000 DIREITO «MATÉRIAS» Nº do candidato 11 EXAME DE ORDEM 03/2000 DIREITO «MATÉRIAS» Nº do candidato 12 EXAME DE ORDEM 03/2000 DIREITO «MATÉRIAS» Nº do candidato 13 EXAME DE ORDEM 03/2000 DIREITO «MATÉRIAS» Nº do candidato 14
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