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Cultura e subjetividade A1 -

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Cultura e subjetividade
Mariana de Andrade Abrantes- 20161105423
Há um ano saí de casa para ir à escola e nunca mais voltei. Levei um tiro e um dos homens do Talibã e mergulhei no inconsciente do Paquistão. Algumas pessoas dizem que não porei mais os pés, mas acredito firmemente que retornarei. Ser arrancada de uma nação que se ama é algo que não se deseja a ninguém (YOUSAFZAI, 2013). 
	Dessa forma, Malala Yousafzai dá inicio ao seu livro “Eu sou Malala”. Ter direito a educação parece um direito básico e plenamente conquistado por qualquer um quando pensamos nele. Contudo, no momento em que estamos vivendo, existe muitos países e culturas que não é permitido que a mulher estude ou leia, onde ainda se impõe o poder do homem sobre a mulher. 
	As Organizações das Nações Unidas comunicou os 12 direitos das mulheres: direito à vida, direito à liberdade e a segurança pessoal, direito à igualdade e estar livre de todas as formas de discriminação, direito à liberdade de pensamento, direito à informação e educação, privacidade, direito à saúde e proteção desta, direto à construir conjugal e planejar sua família, direito à decidir ter ou não filhos e quando tê-los, direito aos benefícios do progresso cientifico, direito à liberdade de reunião e participação política e direito a não ser submetida à torturas e maltrato. 
	Quando vemos o contexto social e religioso de Malala, o papel da mulher em sua sociedade é nulo. Malala que cresceu em um ambiente familiar onde seu pai – contrariando à cultura do país, incentivava que sua filha estudasse – não concordava porque as mulheres não podiam estudar e ter conhecimento, pois para ela, não existia nenhuma diferença entre garotos e garotas para existir essa proibição. 
	Malala viabilizou que jovens mulheres tivessem seus direitos à educação formal em vários países. Ela se transformou em um símbolo global de protesto pacifico e se tornou a mais jovem vencedora a ganhar o Nobel da paz. Ter recebido essa prêmio, levando em conta sua origem histórica e religiosa, é um enorme avanço não apenas para luta feminina, mas também para humanidade, que está cada vez mais entendendo que a mulher não é diferente socialmente dos homens. 
	
	O papel da mulher na atualidade mudou muito com os anos, recebendo sua devida importância, devido aos direitos conquistados por muitas mulheres ao longo do tempo. Mesmo que a luta feminina encontre muitos objetos pelo percurso, com uma sociedade extremamente patriarcal, muito já foi conquistado, mesmo que a luta feminista ainda esteja em processo. 	
	No passado, acreditava-se que a feminilidade era como um fantasma na sociedade e incentivava o discurso antisemita que atribuía a mulher ao fato de ter trazido o pecado para o mundo. Em Freud e a Cultura, ano 2003, Betty Fuks diz que desde então a psicanálise implementa uma teoria critica de que “ a raiz inconsciente mais forte do sentimento de superioridade sobre a figura da mulher (...) é a diferença sexual”. Se entende que de fato não existe nada que naturalmente diga que o homem é superior, intelectual ou fisicamente, à mulher; se considera apenas a diferença em sua anatomia. 
	Se por um lado destaca-se que algumas obras de Freud provocaram e provocam protestos e revoltas das feministas da época, e até os movimentos atuais, por outro lado, provável afirmar sobre o estudo de casos de histeria no século 19, permitiu o nascimento da psicanálise, junto à primeira associação entre a psicanálise e o feminismo, pois a intervenção de Anna O esta se recusou a hipnose e propôs a cura pela fala, pela palavra; este foi o primeiro passo para a concepção da associação livre na psicanálise. 
Referências:
YOUSAFZAI, Malala. (2007). Eu sou Malala (Edição Companhia das Letras)
FUKS, Betty. B. (2003). Freud e a Cultura (Edição Zahar)

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