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13/11/2022 02:35 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/6618428/71acf096-bf91-11e9-9c65-0242ac110033/ 1/8 Local: Sala 1 - TJ - Prova On-line / Andar / Polo Tijuca / TIJUCA Acadêmico: VIRCUS-001 Aluno: JULIANA NEUBERTH SATTAMINI PASSOS Avaliação: A2- Matrícula: 20192101673 Data: 1 de Novembro de 2021 - 08:00 Finalizado Correto Incorreto Anulada Discursiva Objetiva Total: 7,00/10,00 1 Código: 27855 - Enunciado: O artigo de Cerruti e Rosa, Em busca de novas abordagens para a violência de gênero: a desconstrução da vítima, vem interrogar "o quanto um discurso articulado em uma lógica binária de opostos — forte/fraco, vítima/agressor — é suficiente e eficaz para a compreensão do fenômeno, bem como até que ponto ele não acaba por perpetuar aquilo que visa a combater: a visão da mulher como um ser fraco e vulnerável, que necessita de proteção". (Fonte: CERRUTI, M. Q.; ROSA, M. D. Em busca de novas abordagens para a violência de gênero: a desconstrução da vítima. Revista Mal-estar e Subjetividade. Fortaleza, v. 8, n. 4, dez./2008, p. 1048. Disponível em: http:/http://pepsic.bvsalud.org/pdf/malestar/v8n4/09.pdf/pepsic.bvsalud.org/pdf/malestar/v8n 4/09.pdf. Acesso em: 30 jul. 2019.) Avalie as afirmativas a seguir e assinale aquela que condiz com o pensamento das pesquisadoras. Considera-se que as autoras: a) Apoiam a ideia de que as políticas públicas de assistência à violência entre homens e mulheres devem abordar a construção social da mulher como vítima, em paralelo com o discurso jurídico que contribui para a vitimização da mulher. b) Julgam ser imperioso que, nos dispositivos públicos, prevaleça a preocupação de conferir um status político à mulher, tornando-a um sujeito de direito, e que a importância está na atuação de cunho predominantemente jurídico. c) Julgam que os dispositivos públicos acabam por difundir uma visão igualitária da relação entre homens e mulheres em relação às questões da violência contra as mulheres, não levando em consideração a dicotomia entre homens violentos e mulheres vítimas. d) Fazem um enaltecimento das políticas públicas em favor das mulheres vítimas de violência e consideram que as leis contra os homens são ainda muito insuficientes para puni-los adequadamente. e) Avaliam a impossibilidade de se buscar retirar as mulheres do lugar de vítimas de violência, sustentando que se deve deslocar a posição fixada na vitimização e para novas formas de atuação social. Alternativa marcada: c) Julgam que os dispositivos públicos acabam por difundir uma visão igualitária da relação entre homens e mulheres em relação às questões da violência contra as mulheres, não levando em consideração a dicotomia entre homens violentos e mulheres vítimas. Justificativa: Resposta correta: Avaliam a impossibilidade de se buscar retirar as mulheres do lugar de vítimas de violência, sustentando que se deve deslocar a posição fixada na vitimização e para novas formas de atuação social. As autoras da pesquisa identificam uma visão de vitimização das mulheres para além de sua possibilidade subjetiva de encontrar novos modos de lidar com a agressividade dos homens e se livrar dessa posição subjugada. Distratores:Apoiam a ideia de que as políticas públicas de assistência à violência entre homens e mulheres devem abordar a construção social da mulher como vítima, em paralelo com o discurso jurídico que contribui para a vitimização da mulher. Errada, pois a crítica que as autoras da pesquisa fazem é justamente quanto à manutenção do poder jurídico sobre a construção subjetiva das mulheres, sobre sua posição frente aos atos de violência praticados contra elas.Julgam que os dispositivos públicos acabam por difundir uma visão igualitária da relação entre homens e mulheres em relação às questões da violência contra as mulheres, não levando em consideração a dicotomia entre homens violentos e mulheres vítimas. Errada, pois os dispositivos públicos difundem uma visão de inferioridade das mulheres, que devem ser 0,00/ 1,50 13/11/2022 02:35 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/6618428/71acf096-bf91-11e9-9c65-0242ac110033/ 2/8 protegidas contra uma agressividade masculina com a qual não têm capacidade de lidar.Julgam ser imperioso que, nos dispositivos públicos, prevaleça a preocupação de conferir um status político à mulher, tornando-a um sujeito de direito, e que a importância está na atuação de cunho predominantemente jurídico. Errada, pois as autoras da pesquisa julgam ser imperioso que seja conferido um status político à mulher para que ela se torne um sujeito de direito e possa atuar em favor de si mesma.Fazem um enaltecimento das políticas públicas em favor das mulheres vítimas de violência e consideram que as leis contra os homens são ainda muito insuficientes para puni-los adequadamente. Errada, pois as autoras da pesquisa criticam as políticas públicas por ainda serem insuficientes para punir adequadamente os homens violentos. 2 Código: 36106 - Enunciado: Considerando a abordagem de Freud, analise as seguintes asserções e a relação proposta entre elas:Freud, em seu livro Psicologia das Massas e Análise do Eu (1921), fala acerca da intolerância orientada em direção do estrangeiro que mantém a multidão unida, o que pode levar à segregação e ao extermínio, como ocorreu de forma máxima no nazismo, ou seja, há uma tendência à eliminação de qualquer diferença, a fim de o grupo manter-se afastado da relação com a falta estrutural. (Fonte: FREUD, S. Psicologia das massas e análise do ego. In: FREUD, S. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. v. 18. Rio de Janeiro: Imago, 1990, p. 89-79.)PORQUENa união da massa, ocorre uma identificação entre seus membros de forma a fazerem de seu líder um objeto que ocupa o lugar do ideal sem faltas. Desse modo, a massa expulsa a parcela de sua pulsão agressiva para fora de seu grupo tomando aqueles que não fazem parte de seu ideal como inimigos. Assim, mantém os laços de amor entre os membros do grupo e hostiliza aqueles que não pertencem a ele. A respeito dessas asserções é correto afirmar que: a) A primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. b) As duas asserções são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. c) As duas asserções são falsas. d) As duas asserções são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. e) A primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa. Alternativa marcada: d) As duas asserções são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. Justificativa: Resposta correta: As duas asserções são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.A primeira afirmativa está correta, pois a intolerância a tudo o que é diferente, como o estrangeiro, a mulher, os homossexuais es pobres, alimenta a ilusão de completude entre o grupo, não sendo necessária a subjetivação sobre a castração. A segunda afirmativa está correta, pois, em torno do líder, tomado como aquele que completa os ideais da massa em sua onipotência, a hostilidade aos diferentes é organizada e todos aqueles que são diferentes são tratados como inimigos a serem eliminados. Esta é uma forma de o grupo retirar uma parcela de sua agressividade a fim de não se extinguir.A segunda afirmativa justifica a primeira, pois explica a função da organização da massa em torno do líder, a fim de que uma parcela de sua pulsão agressiva seja dirigida para fora do grupo e, assim, não se destrua e não tenha que lidar com a castração que é necessária para a vida coletiva sem a eliminação do diferente. 1,00/ 1,00 3 Código: 27818 - Enunciado: Joel Birman, em seu livro Mal-estar na atualidade: a psicanálise e as novas formas de subjetivação, aborda os temas sociedade do espetáculo e a cultura do narcisismo a fim de discutir os excessos do consumismo da sociedade atual, além de uma prevalência da imagem sobre a produção da subjetividade. Para tanto, utiliza-se da obra da Freud e Lacan, além de outros pensadorescontemporâneos. Sobre os argumentos de Birman, é correto afirmar que: a) A solidariedade do espetáculo seria fundamentada exatamente pelo fato de o sujeito reconhecer o outro em sua semelhança, em seus atributos da alteridade (estado ou qualidade do que é outro, distinto, diferente). 0,00/ 1,00 13/11/2022 02:35 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/6618428/71acf096-bf91-11e9-9c65-0242ac110033/ 3/8 b) A autoexaltação da individualidade no mundo do espetacular faz aumentar os valores de solidariedade. Cada um por todos é o lema que define a ética (o ethos) da atualidade. c) O outro serve na sociedade do espetáculo como instrumento para o incremento da autoimagem, não podendo ser eliminado por ser fundamental à constituição do desejo do sujeito. d) Referindo-se sempre ao outro como imagem especular de seus ideais narcísicos, o sujeito da cultura do espetáculo o encara como um objeto a ser preservado e excessivamente cuidado. e) Os atuais processos de medicalização do social e construção empresarial do narcotráfico são duas operações sociopolíticas historicamente idênticas. Alternativa marcada: d) Referindo-se sempre ao outro como imagem especular de seus ideais narcísicos, o sujeito da cultura do espetáculo o encara como um objeto a ser preservado e excessivamente cuidado. Justificativa: Resposta correta: Os atuais processos de medicalização do social e construção empresarial do narcotráfico são duas operações sociopolíticas historicamente idênticas.Pautado nas formulações de Lasch e Debord sobre a existência de uma cultura do narcisismo e da sociedade do espetáculo, Birman articula os atuais processos de medicalização e psiquiatrização do social e construção empresarial do narcotráfico. Para ele, essas duas operações sociopolíticas são historicamente idênticas. A sociedade contemporânea preza pela exaltação da autoimagem narcísica, o que leva o investimento libidinal ligado mais ao eu do que aos objetos externos. Isso leva ao aumento do individualismo regido por uma maior dificuldade de subjetivação das relações nas quais as diferenças permitem lidar com as insatisfações e os limites de satisfação ilusórios. Dessa forma, a relação com a lei simbólica também fica diminuída, levando o homem contemporâneo a uma sensação de desamparo e desencanto quanto a um futuro promissor. Voltado para si mesmo e destituído dos valores grupais incrementados por Eros, o sujeito contemporâneo tenta defender-se contra os outros deixando de admirá-los. A autoexaltação da individualidade no mundo do espetacular faz diminuir os valores de solidariedade. O outro serve na sociedade do espetáculo como instrumento para o incremento da autoimagem, podendo ser eliminado por não ter função na constituição do desejo do sujeito e não permitir o ultrapassamento do desamparo. Distratores:Referindo-se sempre ao outro como imagem especular de seus ideais narcísicos, o sujeito da cultura do espetáculo o encara como um objeto a ser preservado e excessivamente cuidado. Errada, pois a cultura do espetáculo encara o outro como objeto a ser usado e descartado.O outro serve na sociedade do espetáculo como instrumento para o incremento da autoimagem, não podendo ser eliminado por ser fundamental à constituição do desejo do sujeito. Errada, pois o outro, na sociedade do espetáculo, serve para ser eliminado, indo de encontro com o desejo que constitui o sujeito nos laços sociais. A autoexaltação da individualidade no mundo do espetacular faz aumentar os valores de solidariedade. Cada um por todos é o lema que define a ética (o ethos) da atualidade. Errada, pois a autoexaltação da individualidade do mundo especular faz diminuir os valores de solidariedade, e seu lema é individualista.A solidariedade do espetáculo seria fundamentada exatamente pelo fato de o sujeito reconhecer o outro em sua semelhança, em seus atributos da alteridade (estado ou qualidade do que é outro, distinto, diferente). Errada, pois a sociedade do espetáculo não reconhece o outro em sua semelhança e atributos de alteridade. 4 Código: 27837 - Enunciado: Leia a proposição do psicanalista Antônio Quinet, relativa ao discurso capitalista:“Na psiquiatria, os objetos produzidos pelo saber da neurociência são os medicamentos que podem facilmente virar objetos de consumo quando a psiquiatria entra no discurso do capitalista."(Fonte: QUINET, A. Psicose e laço social: esquizofrenia, paranoia e melancolia. 2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009, p. 21. ) Determine como a psiquiatria se relaciona com a indústria farmacêutica. a) Para que o diagnóstico psiquiátrico não seja um simples procedimento classificatório, a psicanálise entende que somente a partir da subjetivação particular de cada paciente é possível 1,50/ 1,50 13/11/2022 02:35 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/6618428/71acf096-bf91-11e9-9c65-0242ac110033/ 4/8 elaborar um diagnóstico. b) A psiquiatria e a psicanálise trabalham juntas ao privilegiar a escuta em detrimento dos medicamentos excessivos. Isto tem sido muito bem aceito pelo entendimento médico e científico na atualidade c) A psiquiatria, distintamente da psicanálise, deve apoiar-se na clínica atual marcada pelo binômio norma X transtorno para privilegiar o uso de medicações cada vez mais eficazes. d) A evolução da ciência na psiquiatria tem produzido cada vez mais remédios, embora os adoecimentos estejam diminuindo em função do discurso do capitalista que privilegia o bem- estar social. e) As doenças próprias da psiquiatria clássica foram substituídas por transtornos, o que efetivamente termina com o mal-entendido próprio à comunicação. Alternativa marcada: a) Para que o diagnóstico psiquiátrico não seja um simples procedimento classificatório, a psicanálise entende que somente a partir da subjetivação particular de cada paciente é possível elaborar um diagnóstico. Justificativa: Resposta correta: Para que o diagnóstico psiquiátrico não seja um simples procedimento classificatório, a psicanálise entende que somente a partir da subjetivação particular de cada paciente é possível elaborar um diagnóstico. A psiquiatra deve visar à subjetividade humana e não entrar no discurso capitalista que privilegia o lucro e a eliminação simplista dos sintomas como puramente orgânicos. Distratores:A evolução da ciência na psiquiatria tem produzido cada vez mais remédios, embora os adoecimentos estejam diminuindo em função do discurso do capitalista que privilegia o bem- estar social. Errada, pois cada vez se fabrica mais remédios, para novos males, em função de um discurso capitalista que privilegia a eliminação do sintoma em detrimento das construções subjetivas por visar apenas ao lucro. As doenças próprias da psiquiatria clássica foram substituídas por transtornos, o que efetivamente termina com o mal-entendido próprio à comunicação. Errada, pois, ao substituir as doenças clássicas da psiquiatria por transtornos, perde-se a comunicação comum desses fenômenos, o que pode gerar mal-entendido no diagnóstico.A psiquiatria, distintamente da psicanálise, deve apoiar-se na clínica atual marcada pelo binômio norma X transtorno para privilegiar o uso de medicações cada vez mais eficazes. Errada, pois a psiquiatria deveria continuar a ser regida pela construção do espaço subjetivo de seus pacientes em vez de enveredar pelos caminhos da ditadura econômica.A psiquiatria e a psicanálise trabalham juntas ao privilegiar a escuta em detrimento dos medicamentos excessivos. Isto tem sido muito bem aceito pelo entendimento médico e científico na atualidade. Errada, pois a psiquiatria e a psicanálise não trabalham juntas quando se trata de privilegiar a medicação em detrimento da escuta clínica. Isso não tem sido bem aceito tanto pelos psicanalistas, que continuam na busca de uma escuta clínica, como pelos psiquiatras, que se rendem ao excesso medicamentoso. 5 Código: 27757 - Enunciado: Freud, em Psicologia das massas e análise do eu, afirmaque: “A ocasião típica da irrupção do pânico assemelha-se muito à que é representada na paródia de Nestroy, da peça de Hebbel, sobre Judite e Holofernes. Um soldado brada 'O general perdeu a cabeça!' e, imediatamente, todos os assírios empreendem a fuga. A perda do líder, num sentido ou em outro, o nascimento de suspeitas sobre ele, trazem a irrupção do pânico embora o perigo permaneça o mesmo; os laços mútuos entre os membros do grupo via de regra desaparecem ao mesmo tempo que o laço com o líder. O grupo desvanece-se em poeira, como uma gota do príncipe Rupert, quando uma de suas extremidades é partida.” (FREUD, 1921, 1969, p. 124) De acordo com o trecho extraído da obra Psicologia de massas e análise do eu (1923), identifique o que Freud considerou a respeito da relação do grupo no que se refere ao líder: a) O líder, por ser arbitrário e cruel, impede a relação de identificação entre os membros do grupo na coesão por um mesmo ideal. 0,50/ 0,50 13/11/2022 02:35 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/6618428/71acf096-bf91-11e9-9c65-0242ac110033/ 5/8 b) As relações de ódio, conforme a estrutura libidinal do grupo, constituem a essência da coletividade em torno do líder. c) A coesão entre os membros do grupo se dá, necessariamente, por força da coação interna que prescinde de um ideal. d) O irmão mais velho, dentre os demais, é aquele que consegue vencer o pai e dominar a civilização, ocupando o seu lugar. e) Na estrutura libidinal do grupo, o que é mais importante é o laço entre os sujeitos e entre cada um destes com o chefe. Alternativa marcada: e) Na estrutura libidinal do grupo, o que é mais importante é o laço entre os sujeitos e entre cada um destes com o chefe. Justificativa: Resposta correta: Na estrutura libidinal do grupo, o que é mais importante é o laço entre os sujeitos e entre cada um destes com o chefe.Segundo o texto freudiano proposto, a coletividade se une em torno de uma estrutura inconsciente pautada na pulsão. Os laços de união pelo amor se estabelecem por uma relação psíquica em que a sexualidade, a partir de sua energia pulsional, a libido, leva a uma identificação imaginária de amor entre os seus membros e uma identificação de todos com o líder, ou seja, é preciso que exista um ideal, em referência ao lugar paterno. Distratores:As relações de ódio, conforme a estrutura libidinal do grupo, constituem a essência da coletividade em torno do líder. Errada. É o amor que constitui a essência da união do grupo em torno do líder. A coesão entre os membros do grupo se dá, necessariamente, por força da coação interna que prescinde de um ideal. Errada. O ideal do eu é o que dá consistência ao grupo. O líder, por ser arbitrário e cruel, impede a relação de identificação entre os membros do grupo na coesão por um mesmo ideal. Errada. Como visto na cultura, os líderes fascistas são capazes de manter a coesão do grupo e levá-los ao pior.O irmão mais velho, dentre os demais, é aquele que consegue vencer o pai e dominar a civilização, ocupando o seu lugar. Errada. A regra estabelecida no momento mítico posterior ao assassinato do pai foi a de que nenhum dos filhos ocupasse o seu lugar. 6 Código: 27759 - Enunciado: Com a Primeira Guerra Mundial, em 1914, Freud observou que os conflitos entre Estados modernos tornaram-se ainda mais cruéis e implacáveis que aqueles que o precediam e eram ainda mais destrutivos. O homem havia produzido tecnologia, mas as guerras tornaram-se mais impiedosas com o seu uso, de modo a utilizar as próprias produções culturais e tecnológicas para melhor destruir o mundo civilizado (FUKS, 2003). Diante de tal contexto, indique o objetivo freudiano ao estudar os fenômenos da cultura: a) Demonstrar que todas as conquistas intelectuais e científicas da cultura moderna são suficientes para diminuir a violência. b) Construir a ideia de “superioridade” dos homens civilizados em relação aos selvagens que permitiu refrear a enigmática natureza violenta. c) Buscar nos fatos da cultura os fundamentos necessários para explicar a realidade psíquica apreendida na escuta de seus pacientes. d) Explicar a guerra a partir da psicanálise, de modo a poder construir um processo de prevenção contra os estados de destruição social. e) Demonstrar que apenas pela guerra o homem civilizado pode alçar a evolução social almejada na utilização de sua violência. Alternativa marcada: d) Explicar a guerra a partir da psicanálise, de modo a poder construir um processo de prevenção contra os estados de destruição social. Justificativa: Resposta correta: Buscar nos fatos da cultura os fundamentos necessários para explicar a realidade psíquica apreendida na escuta de seus pacientes.Segundo o texto freudiano proposto, o objetivo de Freud ao estudar os fenômenos da cultura foi o de encontrar nos eventos 0,00/ 0,50 13/11/2022 02:35 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/6618428/71acf096-bf91-11e9-9c65-0242ac110033/ 6/8 sociais e civilizatórios as mesmas bases pulsionais e inconscientes encontradas no sujeito individual com o qual já havia teorizado tais conceitos. Freud não queria prevenir os fenômenos sociais destrutivos, pois sua teoria o levava a crer em um mal-estar inexorável, em que o mal permanece na cultura. Mesmo as conquistas intelectuais e científicas são insuficientes para diminuir a violência, de modo que sempre há um retorno dos estados de barbárie, o que faz com que o homem civilizado não seja superior ao homem das cavernas. Distratores:Explicar a guerra a partir da psicanálise, de modo a poder construir um processo de prevenção contra os estados de destruição social. Errada. Freud estudou a cultura para encontrar os fundamentos de sua teoria, e não para explicar os fenômenos sociais. Demonstrar que todas as conquistas intelectuais e científicas da cultura moderna são suficientes para diminuir a violência. Errada. As conquistas intelectuais e científicas da cultura moderna são insuficientes para diminuir a violência.Construir a ideia de “superioridade” dos homens civilizados em relação aos selvagens que permitiu refrear a enigmática natureza violenta. Errada. O homem civilizado, com sua capacidade tecnológica, mostrou-se ainda mais cruel e violento do que o homem primitivo.Demonstrar que apenas pela guerra o homem civilizado pode alçar a evolução social almejada na utilização de sua violência. Errada. Embora o mal não seja algo a ser exterminado, por fazer parte da natureza humana, deve ser refreado no uso das relações sociais baseadas em Eros. 7 Código: 27722 - Enunciado: Segundo Betty Fuks, em Freud e a Cultura: “O equilíbrio entre a pulsão de vida e a pulsão de morte é absolutamente imprescindível ao sujeito e à civilização. Porque, no caso de a fusão vir a se desfazer, a pulsão de morte configura-se como destruição em estado puro. Quando dirigida ao exterior do sujeito para prestar serviços à lógica do aniquilamento do outro, o que é a base de todas as guerras e do assassinato, a pulsão de destruição dissolve e destrói, ruidosamente, tudo o que a vida e a cultura constroem. Em O mal- estar na civilização (1930), Freud faz uma séria crítica aos nacionalismos e ao antissemitismo. Na verdade, um dos grandes temas desse texto é o da vocação da humanidade para ʻsatisfazer no outro a agressão, explorar sua força de trabalho sem ressarci-lo, usá-lo sexualmente sem o seu consentimento, tirar-lhe a posse de seu patrimônio, humilhá-lo, infligir-lhe dores, martirizá-lo e assassiná-lo .̓ ʻO homem é o lobo do homem.̓ Freud se serve da máxima de Plauto para transmitir a ideia de que, no cerne do desejo, a morte é instrumento e causa de gozo da criatura humana.” Redija um texto que explique como Freud desenvolveu, em O mal-estar na civilização (1930), a relação do homem diante do estado de guerra e conflito, apoiado no entendimento sobre a pulsão.(Fonte: FREUD, S. O mal-estar na civilização. Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, vol.XXI. Rio de Janeiro: Imago, 1996. ) Resposta: As nações são governadas por homens nos quais são projetados, pelo grupo social, a figura do pai, com todas as contradições dos segmentos que o sujeito tem por seu progenitor Esse processo de ambiguidade, proteja nesse superiores as figuras que decidem sobre suas vidas. Existe a necessidade de fazer prevalecer o seu grupo sobre o outro, assim, com a pulsão de morte, da destruição do outro, surgem guerras, É um sentido, no conceito de pátria, que os homens tem de garantir a própria sobrevivência, demonstrando poder, através de força. Justificativa: Expectativa de resposta:Freud advoga o fato de que, no homem, amor e ódio intensos convivem conflitantes (ambivalência de sentimentos), e que as pulsões são aquilo que são — nem boas nem más, dependendo do destino que seguem na história do sujeito e da civilização. Ciência e tecnologia protegem o homem das forças da natureza, trazem bem-estar e mudanças consideráveis à civilização; mas, por outro lado, concedem poderes desmesurados aos “lobos”, o que acaba por produzir um mal-estar inevitável. Isto porque, embora a cultura force o deslocamento da meta pulsional sob a influência da pulsão de vida, não elimina o resto de agressividade não erotizada que expressa o estado puro da pulsão de morte e que não é simbolizada, como o incesto, o assassinato e a guerra. 1,50/ 1,50 2,50/ 2,50 13/11/2022 02:35 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/6618428/71acf096-bf91-11e9-9c65-0242ac110033/ 7/8 8 Código: 27716 - Enunciado: De acordo com dados do Disque 100, as denúncias de casos de intolerância religiosa aumentaram em 119% no ano passado com relação ao ano anterior. "Somente na última semana, a Secretaria de Direitos Humanos fez 20 atendimentos de casos de intolerância", conforme o artigo publicado em 2017. (Dados do estado do Rio de Janeiro, publicados em 22/08/2017).(Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos- humanos/noticia/2017-08/rio-apos-discriminacao-religiosa-escola-recebecera-curso-sobre. Acesso em: 5 jun. 2019. Adaptado.) O termo intolerância, advindo da filosofia, não é propriamente um conceito psicanalítico, o que não nos impede de formular algumas questões: de que modo Freud inseriu sua disciplina na luta contra os fenômenos de hostilidade ao outro? O “narcisismo das pequenas diferenças” está na base da constituição do “eu”, do “nós” e do outro, na fronteira que tem por função resguardar o narcisismo da unidade. Quando levado ao paroxismo, desemboca na segregação e no racismo, expressões máximas da intolerância ao outro e da tolerância em relação a este, da hostilidade à mulher. A todos esses fenômenos, Freud utilizou a noção de narcisismo das pequenas diferenças para refletir sobre o par de opostos tolerância/intolerância, no plano individual e coletivo. Foi com essa ferramenta conceitual que a psicanálise, diante do fenômeno de manipulação do sentimento de estranheza à diferença do outro que explodiu no interior das grandes massas modernas, voltou-se para o campo da política.(Fonte: FUKS, B. B. O pensamento freudiano sobre a intolerância. Psicologia Clínica, Rio de Janeiro, vol. 19, N. 1, 2007, p. 60-62. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pc/v19n1/05.pdf >. Acesso em: 05 ago. 2019. Adaptado.) A partir dos temas intolerância e o psiquismo à luz da psicanálise, redija um texto que sintetize as fontes psíquicas construtoras da subjetividade humana no processo de exclusão e de violência na sociedade contemporânea. Resposta: O profissional de psicologia deve resgatar nessa mulher a sua individualidade, tornando-a consciente do seu lugar, como sujeito de direitos e deveres. Com isso vamos auxilia-la a entender o porque da resistência sair do lugar que ocupa, aumentando sua auto estima, afazendo a começar a produzir uma vida mais prazerosa , dentro de sua capacidades e potencia, A mulher reconstruida em um trabalho psicanalítico não aceitará mais ficar em um ligar de menos valia e de submissão. Dona da sua vida e de seu próprio destino, e com um ego fortalecido e seguro, uma mulher empoderada de sua vida e sua escolhas. Justificativa: Expectativa de resposta:Verifica-se, na sociedade contemporânea, um aumento da violência relativo ao modo como os sujeitos constroem sua subjetividade por meio da uma diminuição simbólica da relação com o outro nos laços sociais. Esse ponto é fundamental para compreendermos o que se entende sobre a diferença sexual na produção da alteridade, o que permite, segundo Freud, aceitarmos as diferenças e incluir a parte de nós mesmos, que excluímos e colocamos no outro em um movimento de hostilidade. Lacan apresenta o inconsciente freudiano como transindividual por não estar no sentido do eu, mas sim no campo simbólico que implica o espaço social e histórico da construção de um determinado sujeito. O mal-estar é constituinte da civilização e é anterior à modernidade, causando perturbações psíquicas, violência, criminalidade, decorrente da presença da pulsão de destruição que habita as pessoas no trato consigo mesmas e com os outros. Lacan traz a ausência da mediação paterna como base do desencadeamento da violência. O Nome-do-Pai como figura de mediação simbólica. O pai, para Freud, é visto como figura protetora do sujeito e também traz uma experiência traumática em que o sujeito se vê desamparado. 13/11/2022 02:35 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/6618428/71acf096-bf91-11e9-9c65-0242ac110033/ 8/8
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