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A vida e o Ministério de Charles Spurgeon - Jonh Piper


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A VIDA E O MINISTÉRIO DE
CHARLES SPURGEON 
 
 JOHN PIPER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Issuu.com/oEstandarteDeCristo 
 
Traduzido do original em Inglês 
The Life and Ministry of Charles Spurgeon 
By John Piper 
 
 
 
 
Via: DesiringGod.org • © 2015 Desiring God Foundation 
 
 
 
 
Tradução e Capa por William Teixeira 
Revisão por Camila Almeida 
 
 
 
1ª Edição: Fevereiro de 2015 
 
 
 
 
Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida 
Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil. 
 
 
 
Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a devida permissão 
do ministério DesiringGod.org • © 2015 Desiring God Foundation, sob a licença Creative Commons 
Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License. 
 
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato, 
desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo 
nem o utilize para quaisquer fins comerciais. 
 
 
 
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A Vida E O Ministério De Charles Spurgeon
Por John Piper 
 
[Palestra Inaugural sobre Spurgeon no Reformed Theological Seminary 
Orlando, Flórida, 10 abril de 2013] 
 
 
Charles Spurgeon era o tipo de Calvinista que teria celebrado a fundação do Instituto Nicole 
de Estudos Batistas [Nicole Institute of Baptist Studies] neste Seminário Teológico Refor-
mado não-Batista [Reformed Theological Seminary], em Orlando. Uma das razões pelas 
quais podemos saber disso é que Spurgeon nomeou George Rogers para ser o primeiro 
diretor de seu Colégio de Pastores. Rogers era um Congregacional pedobatista. Ele não 
poderia nem mesmo ter sido um membro da igreja pastoreada pelo próprio Spurgeon, o 
Tabernáculo Metropolitano1. 
 
Spurgeon era Batista, mas como alguns de nós, e talvez como Roger Nicole, ele nem sem-
pre encontrou os seus mais profundos irmãos-de-alma entre sua própria denominação Ba-
tista. Ele colocou isto desta forma: 
 
Se eu discordar de um homem em 99 pontos, mas acontecer de eu ser um com ele 
no batismo, isto nunca poderia fornecer um fundamento para a unidade, semelhante-
mente, como eu tenho unidade com outra pessoa por acreditarmos nos mesmos 99 
pontos, e só acontecer de divergirmos sobre uma ordenança2. 
 
Na verdade, no final de 1880, durante a Grande Controvérsia do Declínio sobre o liberalis-
mo na União Batista, foram os evangélicos Anglicanos que apoiaram Spurgeon, enquanto 
ele foi difamado pela maioria dos Batistas mais liberais. Havia na vida e pregação de Spur-
geon uma robustez, alegria, seriedade, exaltação de Cristo, uma estima da expiação, cen-
tralidade de Deus, de forma que ele sentia uma afinidade com quem tinha esses mesmos 
instintos, independentemente da denominação. Eis como ele descreveu seu Calvinismo: 
 
Para mim, o Calvinismo significa a colocação do Deus eterno na cabeça de todas as 
coisas. Eu olho para tudo através de sua relação com a glória de Deus. Eu vejo Deus 
em primeiro lugar, e o homem muito abaixo nesta lista... Irmãos, se vivemos em sintonia 
com Deus, temos prazer de ouvi-lO dizer: “Eu sou Deus e não há outro”3. 
 
Ele era um completo Calvinista, não pela adesão a algum sistema ou uma tradição ou 
denominação, mas porque ele pensava que o Calvinismo era simplesmente um pobre nome 
para o evangelho bíblico puro-sangue. 
 
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O Puritanismo, o Protestantismo, o Calvinismo [disse ele, são simplesmente] ...nomes 
pobres que o mundo tem dado à nossa grande e gloriosa fé — a doutrina do apóstolo 
Paulo, o evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo4. 
 
É por isso que ele estava livre para e não tinha vergonha de pregar todo o conselho de 
Deus, mesmo se este fosse chamado de Calvinismo, ele era o Evangelho. “As pessoas 
vêm a mim por uma coisa... Eu prego-lhes um credo Calvinista e uma moralidade Puritana. 
Isso é o que eles querem e isso é o que eles recebem. Se eles querem alguma outra coisa 
eles devem ir para outro lugar”5. 
 
Mas ele estava tão focado na expiação por meio da cruz e na supremacia de Jesus Cristo, 
que ele podia sentir o aroma do novo nascimento em muitos lugares fora de seu círculo 
Calvinista. 
 
Longe de mim sequer imaginar que entre os muros de Sião haja somente Cristãos 
Calvinistas ou que, aqueles que não compartilham das nossas ideias não serão sal-
vos6. [...] Alegro-me em confessar que tenho certeza de que há alguns do povo de 
Deus mesmo na Igreja de Roma7. 
 
No primeiro domingo no recém-construído Tabernáculo Metropolitano com 5.600 lugares, 
em Londres, Spurgeon definiu essas coisas em perspectiva. Era 1861, e Spurgeon tinha 27 
anos de idade. Ele estava em sua igreja desde que ele tinha 19 anos e agora estava se 
mudando para um enorme edifício novo. 
 
Eu gostaria de propor que o tema do ministério nesta casa, enquanto este púlpito esti-
ver de pé e esta casa for frequentada por adoradores, seja a pessoa de Jesus Cristo. 
Eu nunca me envergonho de confessar-me um Calvinista; eu não hesito em levar o 
nome de Batista; mas se me perguntarem qual é o meu credo, eu respondo: “É Jesus 
Cristo”8. 
 
Então, eu tenho certeza que ele ficaria satisfeito não só com a fundação do Instituto Nico-
le de Estudos Batista no RTS, mas também porque estamos aqui principalmente para mag-
nificar a Jesus Cristo e Sua palavra, e não o homem, Charles Spurgeon. 
 
Mas deixe-me dar-lhe apenas uma razão bíblica para fazer da vida deste homem a lente 
para olharmos para Jesus. Você pode pensar que eu iria para Hebreus 11, que é um grande 
argumento bíblico para amar biografia Cristã. Mas eu citarei em vez disso Filipenses 3:17: 
“Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes 
em nós, pelos que assim andam”. Não basta manter os olhos em Cristo. E não apenas 
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manter seus olhos em Paulo, que imita a Cristo (1 Coríntios 11:1). Mas manter os olhos so-
bre aqueles que “andam de acordo com o exemplo que você tem em [Paulo]”. Então, primei-
ro há Cristo, depois Paulo, em seguida, aqueles que seguem o exemplo de Paulo, em segui-
da, os Filipenses, cada um sendo inspirados e guiados por aqueles que vieram primeiro. 
 
E, certamente, não há nenhuma razão para pensar que esse processo de imitação e inspi-
ração apropriada deve parar após a terceira geração que segue Cristo. Então, eu diria, onde 
quer que você veja uma vida vivida no poder de Cristo, de acordo com a palavra de Cristo, 
para a glória de Cristo “mantenha seus olhos sobre esta vida”. Spurgeon é uma dessas 
vidas e é isso que estamos fazendo. 
 
Charles Haddon Spurgeon nasceu em 19 de junho de 1834 em Kelvedon, Essex, na Inglate-
rra o primeiro de 17 filhos. Ele foi convertido na idade de 16, notadamente em uma tempes-
tade de neve por meio de um pregador leigo, e um ano mais tarde se tornou o pastor da 
Capela Waterbeach em Cambridge e nunca teve qualquer formação teológica de maneira 
formal. No entanto, ele foi, talvez, o pastor mais bem lido na Inglaterra. Os 5.103 volumes 
de Sua biblioteca pessoal foram comprados em 1906 por William Jewell College, em 
Liberty, Missouri, por $ 2.500, e, em seguida, em 2006, pelo Midwestern Baptist Seminary, 
em Kansas City, Missouri, por $ 400.000. 
 
Cerca de três anos mais tarde, em 1854, com a idade de 19,ele começou seu ministério 
em New Park Street Church, Londres, com cerca de 200 pessoas. Dois anos depois, 1856, 
ele se casou com Susannah Thompson, que lhe deu dois filhos gêmeos, Charles e Thomas 
(que sucedeu ao pai como pastor após a morte deste). Ele pregou nesta igreja, que mais 
tarde passou a chamar-se Tabernáculo Metropolitano, por 38 anos e morreu com a idade 
de 57 anos em 1892 (quatro anos antes no nascimento de minha avó). 
 
Spurgeon é considerado por muitos como um dos maiores pregadores desde os dias dos 
apóstolos. Ele havia pregado mais de 600 vezes antes que atingisse os 20 anos de idade. 
Naqueles tempos pré-rádio, pré-televisão e pré-internet, seus sermões vendiam cerca de 
20.000 exemplares por semana sendo traduzidos para 20 idiomas. Os sermões em cole-
ção preenchem 63 volumes equivalentes aos 27 volumes da nona edição da Enciclopédia 
Britânica, e “se destaca como o maior conjunto de livros escritos por um único autor na 
história do Cristianismo” 9. Não havia microfones e ele projetou sua voz de forma que mais 
de 5.000 pessoas pudessem ouvi-lo semana após semana. 
 
Você pode pensar que seu filho seria uma testemunha tendenciosa, mas por outro lado, 
filhos de pastores são muito frequentemente críticos de seus pais. Não é um juízo distor-
cido quando Charles diz: 
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Não havia ninguém que pudesse pregar como o meu pai. Na variedade inesgotável, 
sabedoria graciosa, proclamação vigorosa, súplica amorosa e ensino lúcido, com uma 
infinidade de outras qualidades, ele deve, pelo menos em minha opinião, ser conside-
rado como o príncipe dos pregadores10. 
 
E certamente este não é um título ruim para alguém com tais dons extraordinários e nota-
veis qualidades que o acompanharam na capacidade e realização em uma classe quase 
sozinho. E o que eu gostaria de fazer no tempo que temos é direcionar sua atenção para du-
as dessas qualidades que me inspiraram e que oro para que sejam instiladas nos pastores 
que estão sendo treinados aqui no RTS e por meio do Instituto Nicole de Estudos Batistas. 
 
 
1. Spurgeon amava a verdade centralizada em Deus, que exalta a Cristo, saturada da Bí-
blia, e exultava sobre isso no púlpito. 
 
Spurgeon definiu o trabalho do pregador da seguinte maneira: “Conhecer a verdade como 
deve ser conhecida, a amá-la como ela deve ser amada, e depois anunciá-la com o espírito 
certo, e em suas devidas proporções11”. Ele disse aos seus alunos “para serem pregadores 
eficazes vocês devem ser teólogos autênticos”12. Ele advertiu que “aqueles que rejeitam a 
doutrina Cristã são, quer estejam conscientes disso ou não, os piores inimigos da vida Cris-
tã... [porque] as brasas da ortodoxia são necessárias para o fogo de piedade”13. 
 
Dois anos antes de morrer, ele deu uma ilustração de como a verdade fundamental está no 
ministério e revela algum humor que marcou seu ministério de uma forma muito séria. 
 
Alguns excelentes irmãos parecem pensar mais sobre a vida do que sobre a verdade; 
pois quando eu lhes aviso que o inimigo tem envenenado o pão dos filhos, eles respon-
dem: “Querido irmão, estamos muito tristes por ouvir isso; e, para neutralizar o mal, va-
mos abrir a janela e deixar as crianças tomarem ar fresco”. Sim, abriremos a janela e 
lhes daremos o ar fresco, por todos os meios... Mas, ao mesmo tempo, isso deve ser 
feito sem, no entanto, deixar o outro por fazer. Prendam os envenenadores e abram as 
janelas também. Enquanto os homens estiverem pregando falsa doutrina, você pode 
falar o quanto quiser sobre aprofundar a sua vida espiritual, mas você falhará nisto14. 
 
E posso testemunhar que, nos últimos dois meses de transição em nossa igreja, como o 
meu ministério oficial chegou ao fim, a expressão mais comum de gratidão é daquelas pes-
soas que dizem que as tempestades de sofrimento não viraram o barco de sua fé por causa 
do lastro centrado na verdade de Deus — da doutrina teocêntrica — fixada no fundo de 
seus barcos através da pregação da palavra de Deus. Mas é absolutamente crucial que os 
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pregadores levem a sério três advertências: “Conhecer a verdade como ela deve ser co-
nhecida, amá-la como ela deve ser amada, e depois anunciá-la com o espírito certo, e em 
suas devidas proporções”. 
 
Paulo fala em 2 Tessalonicenses 2:10 daqueles que “perecem, porque não receberam o 
amor da verdade para se salvarem”. Quando pregadores percebem, como Spurgeon fez, 
que as pessoas perecem por não amarem a verdade, então eles se empenharão para co-
nhecê-la, e amá-la, e proclamá-la na beleza das proporções bíblicas. 
 
A fonte da verdade em todas as pregações de Spurgeon foi a inspiração de Deus e a iner-
rância das Escrituras Cristãs. Ele levantou a Bíblia e disse: 
 
Estas palavras são de Deus... Tu livro de grande autoridade de Deus, tu és uma procla-
mação do Imperador do Céu; longe esteja de mim exercitar minha razão em contra-
dizer-te... Este é o livro que está livre de qualquer erro; antes é a pureza sem mistura, 
perfeita verdade. Por quê? Porque Deus o escreveu15. 
 
Spurgeon não era apenas um pregador alicerçado na Bíblia, mas um pregador saturado da 
Bíblia. Minha paixão pelos pregadores jovens de hoje é que eles não pregam sermões que 
pairam um pouco acima do texto constantemente e fazem pontos que as pessoas não veem 
no texto, mas que eles explicam o que está no texto de forma clara e exultam sobre o que 
está no texto apaixonadamente, e que o façam de tal forma que as pessoas possam ver 
exatamente de onde tiraram o que pregam, as próprias frases, a própria lógica. Spurgeon 
tem uma famosa passagem em que ele implora para que os pregadores se saturem da 
Bíblia, não somente se baseiem na Bíblia. 
 
Oh, que você e eu pudéssemos entrar no coração da Palavra de Deus, e ter essa Palavra 
em nós mesmos! Como eu vi um inseto sobre uma folha comendo-a, e consumindo-a, assim 
devemos fazer com a Palavra do Senhor; não rasteje sobre sua superfície, mas coma-a até 
que ela tenha se apossado de nossas partes mais íntimas. É ocioso apenas deixar o olhar 
cair sobre a palavra... mas é uma coisa abençoada se alimentar na própria alma da Bíblia, 
até que, finalmente, você chegue a falar na linguagem bíblica, e seu próprio estilo seja 
formado nos modelos da Escritura e, o que é melhor ainda, o seu espírito seja aromatizado 
com as Palavras do Senhor. 
 
Gostaria de citar John Bunyan como um exemplo do que quero dizer. Leia algo de sua 
autoria, e você verá que é quase como ler a própria Bíblia. Ele havia estudado a nossa 
Versão Autorizada [KJV]... até que todo o seu ser estivesse saturado com as Escritu-
ras; e, embora seus escritos sejam encantadoramente cheios de poesia, contudo ele 
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não pode dar-nos o seu Progresso do Peregrino — que é o mais doce de todos os 
poemas em prosa —, sem continuamente nos fazer sentir e dizer: “Ora, o homem é 
uma Bíblia viva!”. Escolha aleatoriamente qualquer passagem; e você descobrirá que 
o seu sangue é bíblico, a própria essência da Bíblia flui a partir dele16. 
 
Eu oro para que RTS e o Instituto Nicole de Estudos Batistas sejam carinhosamente co-
nhecido como Reformed Theological Seminary e como o Instituto Nicole de Estudos Batis-
tas Saturados da Bíblia. Spurgeon é um grande exemplo de amor a toda a verdade bíblica 
e exultação sobre ela no púlpito. 
 
2. Spurgeon amava as pessoas e trabalhou para ganhá-las e para edificá-las. 
 
Parece que durante o seu ministério não havia uma semana que passasse sem que almas 
não fossem salvasatravés da pregação e publicação de seus sermões17. Ele e seus anci-
ãos estavam sempre a “velar pelas almas” na grande congregação. “Um irmão”, disse ele, 
“ganhou para si o título de meu cão de caça, pois ele está sempre pronto para pegar os 
pássaros feridos”18. 
 
Spurgeon nos deixou ver o desejo de seu coração pelo eterno bem das pessoas, quando 
disse: 
 
Lembro-me de quando eu tenho pregado em momentos diferentes no país, e, por ve-
zes, toda a minha alma agoniza pelos homens, todos os nervos do meu corpo se ten-
cionam e eu poderia ter chorado meu próprio ser através dos meus olhos e levado 
todo o meu corpo para longe em uma torrente de lágrimas, se eu pudesse apenas 
ganhar almas” 19. 
 
Ele foi consumido pela glória de Deus e pela salvação dos homens. Ele incorpora as pala-
vras de Paulo em 2 Coríntios 12:15. “Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar 
pelas vossas almas”. E 1 Coríntios 9:22: “Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios 
chegar a salvar alguns”. Ele nunca foi levado a estar satisfeito com o que já tinha alcançado, 
mas sempre avançava (como Paulo em Filipenses 3:14) para uma maior santidade e fecun-
didade. “Satisfação com os resultados será a sentença de [morte] do progresso. Nenhum 
homem que é bom acha que ele não pode ser melhor. Ele não tem santidade caso pense 
que ele é santo o suficiente”20. 
 
No ano em que completou 40 anos de idade, ele pregou uma mensagem para a confe-
rência de seus pastores com o título de uma só palavra, “Avante!”, nela, ele disse: 
 
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Na vida de cada ministro deve haver vestígios de trabalho árduo. Irmãos, façam algu-
ma coisa; façam alguma coisa; façam alguma coisa. Enquanto Comitês desperdiçam 
seu tempo sobre resoluções, façam alguma coisa. Enquanto sociedades e sindicatos 
estão fazendo constituições, vamos ganhar almas. Muitas vezes discutimos, e discuti-
mos, e discutimos, enquanto Satanás só ri de nós... Vamos sair e trabalhar como ho-
mens21. 
 
Parte de sua motivação na maneira incansável de perseguir a salvação dos pecadores era 
a sua crença fervorosa no futuro, a saber, a punição eterna e as glórias eternas do céu. 
 
Medite com profunda solenidade sobre o destino do pecador perdido... evite todos os 
pontos de vista sobre o castigo futuro que o fazem parecer menos terrível, e assim 
deixe transbordar a sua ansiedade para salvar [almas] imortais da chama inextinguí-
vel... Pense muito também na felicidade do pecador salvo, e como o santo Baxter, 
derive argumentos ricos do “Descanso Eterno dos Santos”... não haverá nenhum te-
mor de que você continue letárgico se estiver continuamente familiarizado com as rea-
lidades eternas22. 
 
Quando o amor de Spurgeon pela verdade centralizada em Deus, saturada da Bíblia, que 
exalta a Cristo, alimentou o seu zelo por pecadores a perecer, uma avalanche de energia 
e ministério resultou disto. 
 
Nenhum vivente sabe a labuta e as preocupações que eu tenho que suportar... Eu 
tenho que cuidar do Orfanato, tenho a carga de uma igreja com quatro mil membros, 
às vezes há casamentos e enterros para serem realizados, há o sermão semanal a 
ser revisto, a Espada e a Espátula para ser editada, e além de tudo isso, uma média 
semanal de cinco centenas de cartas a serem respondidas. Isso, no entanto, é apenas 
a metade do meu dever, pois existem inúmeras igrejas estabelecidas por amigos, com 
os assuntos dos quais eu estou intimamente ligado, para não falar dos casos de 
dificuldade que são constantemente referidos a mim23. 
 
No seu 50º aniversário foi lida uma lista de 66 organizações que ele fundou e conduziu. 
Lord Shaftesbury estava lá e disse: “Esta lista de associações, instituídas por seu gênio, e 
supervisionados por seu cuidado, seriam mais do que suficientes para ocupar as mentes e 
os corações de cinquenta homens comuns”24. 
 
O missionário David Livingstone, perguntou-lhe uma vez: “Como você consegue fazer o 
trabalho de dois homens em um único dia?”. Spurgeon respondeu: “Você esqueceu há dois 
em nós”25. Eu acho que ele quis dizer a presença do poder energizante de Cristo que lemos 
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em Colossenses 1:29. Paulo diz: “para isto também trabalho, combatendo segundo a sua 
eficácia, que opera em mim poderosamente”. Oh, que cada pastor que veio até aqui apren-
desse o segredo de laborar no poder em que Cristo poderosamente opera nele. 
 
Spurgeon permanece como um testemunho do que acontece quando o amor pela centrali-
dade de Deus, pela exaltação de Cristo, e por ser saturado pela verdade da Bíblia alimen-
tam a chama do amor por pessoas — pessoas que estão perecendo sem a verdade — por 
Deus e por Cristo. Uma explosão de zelo, energia e criatividade em prol da igreja. Tudo 
isso com o objetivo de glorificar a Deus e trazer os pecadores para desfrutar a plenitude da 
alegria nEle. 
 
Que Deus faça do Reformed Theological Seminary e do Instituto Nicole de Estudos Batistas 
um terreno fértil para esse tipo de amor pela verdade e pelas pessoas e para tal energia 
criativa para o ministério. 
 
 
 
 
 
Sola Scriptura! 
Sola Gratia! 
Sola Fide! 
Solus Christus! 
Soli Deo Gloria! 
 
 
 
 
 
Notas: 
 
[1] Geoff Thomas, “O Progresso do Pregador” em Um Ministério Maravilhoso: Como Todo o 
Ministério de Charles Haddon Spurgeon Nos Fala Hoje, (Ligonier, PA: Soli Deo Gloria Publications, 
1993), p. 61. Spurgeon disse: “preferia desistir de seu pastorado do que admitir qualquer homem 
para a igreja que não fosse obediente ao mandamento de seu Senhor [sobre o batismo].” Ibid. p. 
43. 
[2] Ibid. p. 61 (cf. Espada e a Espátula, XXIV, 1883, p. 83). 
[3] Charles Haddon Spurgeon, Um Ministério Completo, (Edinburgh: The Banner of Truth Trust, 
1960), p. 337. 
[4] Um Ministério Completo, p. 160. 
[5] Um Ministério Maravilhoso, p. 38. 
[6] Um Ministério Maravilhoso, p. 65. 
[7] C. H. Spurgeon: Autobiografia, vol. 2, (Edinburgh: The Banner of Truth Trust, 1973), p. 21. 
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[8] Bob L. Ross, Uma Biografia Ilustrada de C.H. Spurgeon, (Pasadena, TX: Pilgrim Publications, 
1974), p. 66. 
[9] Eric W. Hayden, “Você Sabia?” em História Cristã, Issue 29, Volume X, n º 1, p. 2. 
[10] Autobiografia, vol. 2, p. 278. 
[11] Charles Haddon Spurgeon, Um Ministério Completo, p. 8. 
[12] Ibid. 
[13] Um Ministério Maravilhoso, p. 128. 
[14] Um Ministério Completo, p. 374. 
[15] Um Ministério Maravilhoso, p. 47. 
[16] Autobiografia, vol. 3, p. 268. 
[17] Arnold Dallimore, Spurgeon, (Chicago: Moody Press, 1984), p. 198. 
[18] Autobiografia, vol. 2, p. 76. 
[19] Um Ministério Maravilhoso, pp. 49-50. 
[20] Um Ministério Completo, p. 352. 
[21] Um Ministério Completo, p. 55. 
[22] Charles Spurgeon, Lições aos Meus Alunos, p. 315. 
[23] Autobiografia, vol. 2, p. 192. 
[24] Dallimore, Spurgeon, p. 173. 
[25] Eric W. Hayden, “Você Sabia?” em História Cristã, Issue 29, Volume X, n º 1, p. 3. 
 
 
 
 
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 Conversão — John Gill 
 Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs 
 Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel 
 Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon 
 Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards 
 Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins 
 Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink 
 Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne 
 Eleição Particular — C. H. Spurgeon 
 Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A — 
J. Owen 
 Evangelismo Moderno — A. W. Pink 
 Excelência de Cristo, A — J. Edwards 
 Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon 
 Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink 
 Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink 
 In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah 
Spurgeon 
 Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A — 
Jeremiah Burroughs 
 Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação 
dos Pecadores, A — A. W. Pink 
 Jesus! – C. H. Spurgeon 
 Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon 
 Livre Graça, A — C. H. Spurgeon 
 Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield 
 Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry 
 Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill 
 
OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS 
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— Sola Fide • Sola Scriptura • Sola Gratia • Solus Christus • Soli Deo Gloria — 
 
 Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a — 
John Flavel 
 Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston 
 Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H. 
Spurgeon 
 Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W. 
Pink 
 Oração — Thomas Watson 
 Pacto da Graça, O — Mike Renihan 
 Paixão de Cristo, A — Thomas Adams 
 Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards 
 Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural — 
Thomas Boston 
 Plenitude do Mediador, A — John Gill 
 Porção do Ímpios, A — J. Edwards 
 Pregação Chocante — Paul Washer 
 Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon 
 Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado 
Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200 
 Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon 
 Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon 
 Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M. 
M'Cheyne 
 Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer 
 Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon 
 Sangue, O — C. H. Spurgeon 
 Semper Idem — Thomas Adams 
 Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill, 
Owen e Charnock 
 Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de 
Deus) — C. H. Spurgeon 
 Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J. 
Edwards 
 Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina 
é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen 
 Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos 
Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J. 
Owen 
 Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink 
 Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R. 
Downing 
 Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan 
 Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de 
Claraval 
 Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica 
no Batismo de Crentes — Fred Malone 
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2 Coríntios 4 
 
1
 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; 
2
 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem 
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, 
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 
3
 Mas, se ainda o nosso evangelho está 
encoberto, para os que se perdem está encoberto. 
4
 Nos quais o deus deste século cegou os 
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória 
de Cristo, que é a imagem de Deus. 
5
 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo 
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 
6
 Porque Deus, 
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, 
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 
7
 Temos, porém, 
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 
8
 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. 
9
 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; 
10
 Trazendo sempre 
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus 
se manifeste também nos nossos corpos; 
11
 E assim nós, que vivemos, estamos sempre 
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na 
nossa carne mortal. 
12
 De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 
13
 E temos 
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, 
por isso também falamos. 
14
 Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará 
também por Jesus, e nos apresentará convosco. 
15
 Porque tudo isto é por amor de vós, para 
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de 
Deus. 
16
 Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o 
interior, contudo, se renova de dia em dia. 
17
 Porque a nossa leve e momentânea tribulação 
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 
18
 Não atentando nós nas coisas 
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se 
não veem são eternas. 
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