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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO – UNIFSA ASSOCIAÇÃO TERESINENSE DE ENSINO – ATE NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO - NUAPE COORDENAÇÃO DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA: SOCIOLOGIA URBANA PROFESSOR: ANTONIO MARCOS VAZ DE LIMA TURMA: 26T1A/26T2A DATA: ___/05/2020 INSTRUÇÕES GERAIS 1. Esta atividade contém questões que nortearão a redação de uma produção textual, contemplando os conteúdos das unidades estudadas. 2. Para responder as questões dissertativas atente para: escrita digitada; organização de parágrafos; correção gramatical; ideias logicamente encadeadas; reflexão crítica; leitura e interpretação; seguimentos das normas da ABNT. 3. Número entre três e cinco laudas; 4. O valor total desta atividade é de 10,0 pontos distribuídos nas questões propostas. TÍTULO DO TRABALHO, FONTE TIMES NEW ROMAN, MAIÚSCULA, TAMANHO 12, CENTRALIZADO, EM NEGRITO1. Nome completo dos autores, sem abreviaturas, alinhados à direita. (Elaboração: em grupo) Esta Terceira Verificação da Aprendizagem tem como objetivo fazer um levantamento dos conteúdos estudados durante este período e poder, de forma simples e objetiva, elaborar uma reflexão e ao mesmo tempo uma revisão ou coletânea dos pontos mais importantes desta disciplina. A partir da ideia de que a Sociologia é um ramo das ciência humanas que estuda o ser humano em sua dimensão relacional e interacional, sua origem e desenvolvimento de maneira mais abrangente e que, por meio de estudos sobre as características físicas, culturais, linguísticas, econômicas e políticas, dentre outras, leva o sociólogo a buscar determinar, com base em estudos de grupos científicos específicos, a tentar entender como os seres humanos entendem o mundo e suas relações. As ciências Sociais têm como objeto de estudo as interações humanas, concentrando-se, portanto, no mundo social e, assim como as ciências naturais, buscam a objetividade pela utilização rigorosa do método científico. Nesta ótica encontra-se a investigação sobre a multiplicidade de compreensões a respeito do fenômeno de mente-corpo. A partir desta análise, explique em forma de um texto argumentativo, e numa perspectiva sociológica, os seguintes pontos: Em sua dissertação considere as seguintes sugestões de redação: a) Da Primeira Unidade: O que você aprendeu sobre que é Sociologia, conceito, objeto, como se classifica, sua essência, estrutura; quais os autores mais proeminentes e suas principais ideias? E etc.; Quais obras foram estudadas. (4,0) b) Da Segunda Unidade: O que você aprendeu sobre que os principais conteúdos dos capítulos das obras propostas na segunda unidade? (4,0) c) Contribuição: O que o estudo da Sociologia Urbana contribuiu para o seu aprendizado pessoal e, especificamente, para sua área de formação? (2,0) 1 Acadêmicos do Centro Universitário Santo Agostinho UNIFSA. PERCEPÇÕES GERAIS SOBRE SOCIOLOGIA URBANA E A CONTRIBUIÇÃO DE SEU ESTUDO NA FORMAÇÃO DO ARQUITETO E URBANISTA Erick Gabriel Sousa dos Santos Luís Eduardo da Silva Cruz Sávio Modesto Ribeiro Valéria Grace Teles de Sousa Santos Inicialmente, com o estudos da obra “Fundamentos da Sociologia Geral”, de Reinaldo Dias, ficou claro que a Sociologia não é somente o estudo da sociedade, mas sim o estudo da relação e da interação entre os indivíduos e as instituições sociais. Ademais, em conjunto com a leitura do livro “Os Novos Princípios do Urbanismo”, de François Ascher ficou clara a influência das relações sociais nas atitudes individuais e comportamentos sociais, bem como as sociedades mantêm sua estabilidade mesmo passando por diversas mudanças. Estas, em última análise, oriundas da evolução das maneiras de pensar e agir, da ciência e da técnica, das relações sociais, da economia, das desigualdades e das formas de democracia, são provocadas no contexto da sociedade hipertexto e do capitalismo cognitivo. Assim da produção de Ascher, podemos concluir que a cidade da terceira revolução urbana, na qual nos encontramos inseridos, é uma cidade de todos os riscos: de poluição, degradação ambiental e difusão de acontecimentos sociais maléficos. Com isso, fica claro que o progresso da técnica, ao mesmo tempo que abre novas possibilidades para o desenvolvimento social, aumenta também as possibilidades de dano, de modo que o urbanismo contemporâneo exige ser desenvolvido em novas bases. Após este primeiro contato com a Sociologia, avançamos com o estudo de diversos textos e fragmentos de obras consagradas. Em “Cidades do Amanhã”, de Peter Hall, identificamos uma história intelectual do planejamento e do projeto urbanos no século XX, tratando, primeiramente, da questão de grandes centros urbanos, como Nova Iorque, Berlim e Londres, num cenário pós- Revolução Industrial. Nesse contexto, destaca-se a situação de Londres: uma cidade inicialmente pequena, mas que passou por um crescimento demográfico exponencial decorrente da revolução tecnológica sem, contudo, ter estrutura ou planejamento urbano adequados. Em razão disso, a cidade cai num cenário de superlotação e precariedade das condições de vida e trabalho da população, o que gera necessidade de um planejamento regional, ideia que partiu, inicialmente, de Patrick Geddes, mas cujos contornos foram definidos por Lewis Mumford. O conceito fundamental adotado é que as cidades devem ser autônomas e fornecer a base para a reconstrução total da vida social. Tal pensamento foi exportado, chegando a Nova York, de onde acabou difundida pelo resto do mundo. A obra “A Arquitetura no Novo Milênio”, de Leonardo Benevolo, por sua vez, apresenta alguns dos arquitetos que revolucionam o movimento moderno entre os anos 80 e 90, tais como Norman Foster, Richard Rogers, Renzo Piano e Jean Nouvel. Estes profissionais destacaram-se pela retomada da tradição, mas em união à tecnologia, visando também a práticas ambientalmente sustentáveis. Observamos as chamadas “Novas Europas”, países povoados pela Inglaterra na América do Norte, como os Estados Unidos, que exercem grande influência sobre as produções arquitetônicas ao redor do mundo. Em Nova Iorque, por exemplo, após o atentado de 11 de setembro de 2001, surge o movimento Five Architects, que contribuiu para o processo de urbanização e construção do novo World Trade Center. Além desses, merecem atenção personagens internacionais vindos de várias partes do mundo e que, influenciados pela “identidade americana”, expandiram suas atividades a muitos países. Por fim, em “A condição Urbana: a cidade na era da globalização”, o autor, Olivier Mongin, adota um tom de preocupação, quase pessimista, acerca dos destinos da cidade. O caos urbano, o esquecimento do verdadeiro significado e utilidade do público e a anulação do interior do indivíduo ao se colocar na cidade são efeitos sentidos na cidade haussmanniana, cujo valor fundamental é a circulação, não o permanecer. Essa configuração favorece o movimento cíclico observado nas cidades burguesas, em que o indivíduo sai do privado para usar o público apenas com espaço de consumo, retornando ao privado logo em seguida. Nesse cenário haussmanniano, de que forma poderá o indivíduo se exteriorizar? Após isso ele trata da condição urbana contemporânea, comparando as cidades atuais com uma cidade genérica, sem uma divisão de limites ou separação da cidade e do campo, “o fora e o dentro”. Há, assim, uma perda de identidade das cidades ou, quando ocorre o contrário disso, a cidade com divisões claras e definidas, as mesma pode acabar se fechando demais, não dando espaço para os fluxos. Isso tudo é entendido como fruto da globalização, tendo como combustível o mercado global, mas que não influencia somente nos modos de consumir, como também nos modos de agir, mesclando ainda mais as cidades. Conclui-se, dessa forma, que as sociedades estão em constante mutação e avançam na terceiramodernidade, o que leva as cidades a assumirem novas formas e novos riscos, tanto para as pessoas quanto para o ambiente. Dentre tais mutações, uma delas envolve as formas de democracia, a qual deve ser adaptada à terceira revolução urbana por meio do nivelamento entre “democracia de vizinhanças” e “democracia metropolitana”, gerando maior participação da sociedade civil na tomada das decisões que afetarão o futuro da cidade. Nesse novo contexto, é indispensável que o arquiteto e urbanista, profissional cuja atuação insere-se na formulação e transformação dos espaços urbanos, tenha conhecimentos de sociologia, ciência que trata do comportamento social e das interações humanas, explicando as mudanças de comportamento social. Evidente, portanto, que somente com o estudo da Sociologia Urbana, nós, como futuros arquitetos, poderaemos melhorar as cidades em que vivemos, tornando-as ambientes mais inclusivos, acessíveis e melhor habitáveis, além de amenizar os riscos trazidos pela imparável modernização.