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Família, Escola - A Inclusão no Contexto Afetivo

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22/08/2020 Roteiro de Estudos
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A escola exerce um papel central no desenvolvimento dos estudantes, que vai além da sala de
aula, e contribui com a construção da cidadania. Assim, a atuação dos educadores afeta não
apenas os alunos, mas também suas famílias, e a comunidade onde a escola está inserida. O
papel da família nesta relação também deve estar claro, para que possam contribuir com a
formação e construção do ser humano.
Caro(a) estudante, ao ler este roteiro você vai:
compreender o papel da família como estrutura social;
conhecer a concepção histórica da relação família-escola;
contextualizar a comunicação e parceria entre família e escola;
identi�car a in�uência de membro com necessidades educativas especiais nas relações
familiares;
analisar os processos de inclusão/exclusão na escola e o papel dos pais.
Bons estudos!
Introdução
A parceria entre escola e família é importante para a construção do caráter, personalidade do
aluno, para a formação de um cidadão. A escola deve acolher os pais ou responsáveis,
especialmente aqueles que têm �lhos com necessidades educacionais especiais, e oferecer
Família, Escola - A Inclusão no Contexto Afetivo
Roteiro deRoteiro de
EstudosEstudos
Autor: Ma. Gladys Garcia
Revisor: Dra. Rosangela Silveira Garcia
22/08/2020 Roteiro de Estudos
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canais de comunicação efetivos com a escola, devem ser chamados e incluídos não apenas
para resolver alguma questão do estudante, mas em outros momentos da vida escolar, como
eventos etc.
Ao participarem do cotidiano escolar, os pais podem colaborar com o desenvolvimento de seus
�lhos e ainda disseminar essa relação na comunidade, para construir novas parcerias.
Família como Estrutura Social
A família é uma instituição que foi construída ao longo da história, e que está sujeita às
mudanças que ocorrem nas sociedades, sejam elas econômicas, sociais, culturais. Vejamos
algumas de�nições de família.
A noção de família está presente nos diferentes contextos sociais e em
diferentes épocas históricas. Falar em família nos remete a pensar em um
grupo ordenado composto pelos seus membros, em que cada um desempenha
um papel especí�co (CAMPOS, 2019, p. 3)
A família é o primeiro grupo social a qual um indivíduo pertence. É neste grupo que se inicia o
processo de socialização e formação para a vida. A família pode ser estabelecida por laços
biológicos, mas não se limita a isso, sendo um fenômeno social.
As famílias são grupos que têm suas relações baseadas na subjetividade, por exemplo, quando
pensamos no amor existente entre pessoas sem laços de sangue, como pais e �lhos adotivos.
Portanto, podemos dizer que a família é um grupo de pessoas que convivem, e que estão
juntas por a�nidade.
Uma família continua sendo uma família, mesmo que haja con�itos, e que os membros não
residam mais sob o mesmo teto. Especialmente quando se trata do aspecto legal. O Estado
passou a regulamentar as famílias e relações familiares, com o passar dos anos e com as
relações se tornando mais complexas.
As famílias são grupos que estão presentes em todas as culturas, porém de formas diferentes,
com regras distintas. Muitas vezes, as relações familiares sofrem mudanças dentro da própria
cultura. Padrões são alterados devido a transformações na sociedade, na economia e política.
Uma prova disso são as diversas famílias existentes hoje, com a mulher sendo “chefe” da
família; família com apenas um casal, que pode ser homoafetivo; família com avós cuidando de
netos, entre outras con�gurações possíveis. A família tradicional (pai, mãe e dois �lhos) tem se
transformado.
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Novos padrões familiares fazem parte de nosso dia a dia, e a mulher tem assumido um papel
cada vez mais importante nessa nova sociedade.
Portanto, cabe aqui uma re�exão sobre a família, não apenas como era e como está hoje, mas
como um grupo que se respeita, se ama e vive em harmonia. Assim, ela contribui para a
socialização dos indivíduos, e para o desenvolvimento do cidadão, colaborando na construção
de um ser humano.
Concepção Histórica da Relação
Família e Escola
Agora que tivemos uma compreensão do que é família, vamos discutir a concepção histórica da
relação entre escola e família.
A família tem papel central na educação dos �lhos, especialmente no tocante à transmissão
dos valores e comportamentos (BOURDIEU, 1996). Antes do século 17, as famílias eram
responsáveis por transmitir valores e ensinar as práticas pro�ssionais e morais. Os membros
LIVRO
Família: redes, laços e políticas públicas.
Autoras: Ana Rojas Acosta e Maria Amália Faller Vitale (org.)
Editora: Cortez
Ano: 2007
Comentário: esse livro é fruto de um seminário, e compila
re�exões e experiências sobre famílias, criando espaços de
conversação entre os membros. Também discute-se o papel das
políticas públicas. Leia atentamente a primeira parte do livro
Vida em família.
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mais velhos transmitiam o que aprendiam aos mais novos, para a sobrevivência do grupo
familiar.
Além disso, as crianças não eram vistas como crianças, mas como miniadultos. Portanto, não
havia a preocupação com cuidados especiais com elas. Como exemplo desse tratamento de
adultos dado às crianças, não existia educação infantil, por exemplo.
Entretanto, nesse período que costumava ser a obrigação da família instruir e educar, a
sociedade não era tão complexa quanto nos dias atuais. Segundo Cunha (2000), esses
conhecimentos técnicos e valores que eram transmitidos aos membros mais novos garantia a
sobrevivência do grupo na sociedade.
Com a Revolução Industrial, e a divisão social do trabalho que veio com o capitalismo, esse
modelo de educação familiar não atende mais às demandas de uma sociedade mais civilizada.
Assim, nesse cenário, a escola começa a ganhar importância, pois precisava atender às
necessidades do desenvolvimento das sociedades. A família não é mais a única responsável
pela educação de seus membros, pois a escola ensina os conhecimentos técnicos.
Com as transformações vividas pela sociedade, a criança passa a ser alguém relevante, que
precisa ter suas necessidades atendidas. Fraboni (1998) a�rma que as mudanças na sociedade
legitimam a criança como sujeito social. Assim, surge a educação infantil, para atender as
crianças de 0 a 6 anos.
No Brasil, essa tendência se iniciou no século 19, após o processo de independência. A
urbanização das cidades, desenvolvimento das indústrias, propiciou o surgimento de
trabalhadores que precisavam de quali�cação. Assim, dá-se início à expansão do ensino nas
escolas, com atenção aos programas, materiais e equipe pedagógica.
Em um primeiro momento, a escola era ine�ciente. Havia muito analfabetismo, e o Estado não
era e�caz em elaborar políticas públicas. Com as reformas educacionais, a escola se apropriou
de vez da responsabilidade de educar os indivíduos e a família surgiu como uma importante
colaboradora.
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) 9.394, de 20 de dezembro de 1996, institucionalizou o dever da
família de participar efetivamente do processo educacional das crianças, em seu artigo 2º.
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por �nalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
quali�cação para o trabalho (BRASIL, 1996, on-line).
Em suma, a família sempre possui um papel central na educação dos �lhos, mas hoje divide a
responsabilidade com a escola, e não pode se furtar a ela.
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ARTIGO
Família e Escola: um olhar histórico sobre as origens dessa relação no contexto
educacional brasileiro
Autor: Alexandra Resende Campos
Ano: 2019
Comentário: de forma didática, a autora menciona o percurso histórico da relação entre escola
e família no contexto educacional no Brasil. A autora fez um recorte do período do �nal do
século 19 e início do século 20, quando os projetos educacionais foram desenvolvidos pelos
movimentos da Escola Nova.
A C E S S A R
LIVRO
A relação família e escola: desa�os e perspectivas
Autor: Heloísa Szymanski
Editora: Liber Livro
Ano: 2011
Comentário: esse livro convida a uma re�exão sobre as famílias
não a partir de um modelo tradicional, e idealizado, mas para
considerar outros modelos de família.  Além de tratar de
desa�os e perspectivas da relação família e escola. O capítulo
sobre a relação família e escola auxilia na compreensão do
tópico.
https://ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/vertentes/v.%2019%20n.%202/Alexandra_Campos.pdf
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Comunicação e Parceria Entre
Família e Escola
Nos últimos anos, as escolas vêm tentando estreitar suas relações com as famílias, propondo
que os pais ou responsáveis participem mais da vida escolar das crianças. No entanto, com a
vida corrida que todos têm, muitas vezes �ca difícil conciliar as agendas, e os pais acabam não
participando de reuniões e outros eventos importantes. E isso tem consequências na formação
de seus �lhos, especialmente para aqueles que têm necessidades educacionais especiais (NEE).
A escola precisa se abrir para essa participação mais ativa dos pais e atraí-los para participarem
da vida escolar dos �lhos. É papel da escola tentar engajar os pais, especialmente por meio de
uma comunicação e�caz.
A comunicação entre a escola e as famílias é fundamental para que os pais ou responsáveis se
engajem mais com a escola. Uma comunicação bem feita, estabelecida com e�ciência, acaba
envolvendo mais os pais, pois transmite con�ança. Assim, os pais acabam cooperando mais,
pois são mais facilmente engajados e podem acompanhar melhor seus �lhos e o progresso
deles.
Para que a comunicação seja, de fato, e�ciente, vários canais de comunicação devem ser
estabelecidos, de modo que alcancem todas as famílias. Essa comunicação deve ser feita por e-
mail, caderneta, telefone, telegrama.
A escola é responsável por promover o desenvolvimento das famílias, por meio de programas
de educação parental, que atendam às necessidades particulares dos alunos e das suas
famílias. Para isso, podem contar com a ajuda especializada de pro�ssionais da escola como
psicólogos, psicopedagogos, educadores parentais, coordenadores, entre outros.
A comunicação da escola deve englobar momentos diversos do aluno na escola, como suas
di�culdades, e participações em atividades. As reuniões feitas com as famílias, de modo
individual, podem tratar das di�culdades e progressos dos alunos, mas especialmente de como
as famílias podem contribuir para atender às necessidades dos estudantes, a �m de auxiliá-los
a se desenvolverem e superar os obstáculos. Quando a criança tem necessidades especiais,
essa participação é ainda mais importante, ou seja, a relação com a escola deve ser a mais
próxima possível.
A escola deve garantir que as famílias conheçam os objetivos pedagógicos, bem como as
políticas e regras. A escola também pode e deve envolver os pais e responsáveis nos processos
de tomada de decisão, proporcionando, assim, uma gestão mais democrática.
As famílias devem ser convidadas a participar nos tradicionais dias comemorativos, por
exemplo, no dia da família, mas também podem participar na rotina diária, com supervisão de
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salas de estudo, organização de tempos livres, entre outras atividades. Quanto mais a família
participar da rotina da escola, mais poderá contribuir com o desenvolvimento de seus �lhos, da
escola e da família em si. Para que isso aconteça deve haver o diálogo, uma comunicação
transparente entre escola-família (PARO, 2007).
Os pais possuem papel fundamental na aprendizagem e no progresso acadêmico das crianças.
Assim, o professor deve estar sempre informando os pais sobre o que é esperado de seus
�lhos academicamente, e articular o estudo com o apoio da família, que ajuda a supervisionar
o cumprimento dos objetivos.
ARTIGO
A importância da parceria entre a família e a escola para a formação e
desenvolvimento do indivíduo
Autor: Elisandra Leite André e Reginaldo José Barboza
Ano: 2018
Comentário: o artigo trata da importância da relação entre a família e a escola para o
desenvolvimento e a formação do indivíduo, bem como das barreiras que existem entre essa
parceria. Os autores ainda trazem um panorama sobre a evolução do conceito e estrutura de
família, contribuindo com os tópicos estudados.
In�uência de Membro com
Necessidades Educativas
Especiais nas Relações Familiares
Ter um �lho com NEE pode ser algo complexo para as famílias lidarem. Goiten e Cia (2011)
a�rmam que as famílias que possuem crianças com NEE passam por diversas fases, tais como:
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(a) fase de choque – ocorre ao saberem que a criança tem alguma de�ciência ou transtorno;
(b) fase de negação – muitas famílias, mesmo depois do diagnóstico, acabam ignorando a
de�ciência ou até questionando ou não concordando com o diagnóstico;
(c) fase de reação – nessa fase a família vive sentimentos como irritação, culpa e depressão,
mas que precisam ser expressados, pois essa é a primeira parte da fase de adaptação;
(d) fase de adaptação – aqui já aceitaram e procuram se orientar no intuito de ajudar os �lhos.
Essas fases e sentimentos que os pais e responsáveis vivenciam são reforçados pelos
preconceitos que nossa cultura impõe, pois as NEEs ainda são vistas como castigo, e por isso os
pais se envergonham ou se culpam (PANIAGUA, 2004).
Assim, com maior probabilidade de vivenciarem situações de angústia e estresse, as famílias de
crianças com NEE quase não têm apoio social (MATSUKURA et al., 2007). Além disso, segundo
Petean e Suguihura (2005) existe uma sobrecarga da mãe em relação aos cuidados da criança,
pois o pai acaba usando o trabalho como fuga, e não se envolve com os cuidados com a criança
tanto quanto a mãe.
Ainda podemos acrescentar a escassez de serviços públicos de saúde e educação e
considerando as di�culdades de uma família lidar com as necessidades e demandas de uma
criança com NEE. Dessa maneira, os pais acabam se adaptando ao contexto da criança, e
abdicando de suas vidas pessoais, o que pode gerar muito estresse. Isso impacta no
desenvolvimento da criança com NEE, das famílias e pode adoecer tanto o indivíduo quanto a
família também.
Outra situação é quando os pais têm di�culdades de aceitar os �lhos com NEE, e “terceirizam” o
cuidado, se envolvendo com outras atividades para não ter que lidar com as de�ciências e
transtornos. Nesse caso, alguns pais podem temer enfrentar a sociedade, com o preconceito
que ainda há com os indivíduos com NEE e preferirem “terceirizar” os cuidados ou até mesmo
deixar seus �lhos em casa, para que não tenham contato com outras pessoas.
Diante desse cenário, educadores, juntamente com psicólogos, devem trabalhar com a
mudança de mentalidade, conscientizando as famílias sobre o desenvolvimento das crianças
com NEE, além de responsabilidade civil e direitos dentro das escolas, e outros locais.
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ARTIGO
Inclusão escolar de crianças com síndrome de down: experiências contadas
pelas famílias
Autoras: Flávia Mendonça Rosa Luiz e Lucila Castanheira Nascimento
Ano: 2014
Comentário:esse artigo traz experiências de famílias que possuem crianças com síndrome de
Down e seu processo de inclusão na rede de ensino. Conhecer a visão e perspectiva dessas
famílias sobre inclusão e o papel da família nesse processo contribui para a formação do
educador.
A C E S S A R
LIVRO
Inclusão escolar e suas implicações
Autor: José Raimundo Facion
Editora: Ibpex
Ano: 2009
Comentário: o livro reúne discussões importantes para a
re�exão sobre a inclusão e exclusão educacional. Recomenda-se
a leitura do capítulo “Perspectivas da inclusão escolar e sua
efetivação”.
Esse título está disponível na Biblioteca Virtual da Laureate.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382012000100009
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Os Processos de Inclusão /
Exclusão na Escola e o Papel dos
Pais
O papel da família e da escola no processo educativo inclusivo das crianças com NEE deve
assegurar a aprendizagem desses alunos de forma ética e cidadã. Portanto, os educadores
precisam se esforçar para estabelecer essa parceria e trabalhar para que ela aconteça de forma
a contribuir com o desenvolvimento dos alunos.
Há muitos séculos, a escola, como um re�exo da sociedade, tem sido excludente. O diferente, o
desigual provoca estranhamento e repulsa. É preciso educar e conscientizar para combater um
preconceito que leva à exclusão e que está enraizado em nossa cultura ao longo da história.
Ao re�etirmos sobre quem poderia estudar quando surgiu a escola, temos um cenário
bastante excludente.
Neste cenário de exclusão estavam os pobres, os negros, os índios, os
de�cientes, en�m, aqueles considerados inferiores pela sociedade dominante, e
só poderiam servir como mão de obra, pois não tinham capacidade de pensar,
sendo o estudo um investimento desnecessário. Mesmo com todo o aparato da
legislação ainda percebem-se formas de exclusão, hoje, mascaradas e com
outros discursos, então se justi�ca a necessidade de pensar a garantia do
direito à educação a partir do binômio inclusão/exclusão (FONSECA; PIMENTA,
2012, p. 2).
Uma sociedade inclusiva se faz com uma mudança de mentalidade. Esse preconceito que a
sociedade ainda possui, e que as famílias muitas vezes acabam incorporando, só acabará com
muita luta e consciência para mudar esse cenário. Neste sentido, é imprescindível que a Escola
e família trabalhem juntas, numa parceria.
Se considerarmos o que diz a LDB e o Estatuto da Criança e do Adolescente, constatamos que
as escolas devem se comunicar e desenvolver um trabalho conjuntamente com as famílias, e os
pais ou responsáveis têm o direito a acompanhar todo o processo pedagógico. Os pais têm o
papel de encorajar os �lhos e prepará-los ensinando habilidades para a vida. A escola reforça e
complementa tudo isso.
Vasconcelos (1989) a�rma que os pais têm delegado cada vez mais a responsabilidade para a
escola, especialmente no tocante ao estabelecimento de limites. É preciso assumir a tarefa de
educar um ser humano e entender que a escola é parceira nisso, mas não a única responsável.
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Quanto às famílias com �lhos com NEE, apesar do medo e insegurança, é possível ser bem
sucedido na adaptação. A escola contribuir no desenvolvimento dessa criança se puder contar
com o apoio da família.
Os pais ou responsáveis são articuladores ou mediadores da aprendizagem, pois são as pontes
entre a escola e seus �lhos, e podem fazer com que a comunicação se desenvolva. A família
que se envolve com o processo escolar de seus �lhos têm resultados mais efetivos, rápidos e
duradouros.
Com essa participação, há uma construção de afeto mais intensa entre a escola-família e aluno,
que facilita a aprendizagem e o desenvolvimento. A escola inclusiva garante o respeito à
diversidade e fomenta o desenvolvimento de cada indivíduo, focando em suas potencialidades
e demandas.
Esta parceria depende do empenho de ambas as partes. Tanto os educadores precisam estar
abertos e preparados para lidar com os alunos com NEEs, tanto os pais, com empenho e
esforço para compreender as limitações e estimular as possibilidades.
Segundo Petean e Suguihura (2005), a participação efetiva da família promove o
desenvolvimento da criança. Os pais devem procurar ajuda para vencer os preconceitos, e
caminhar para a aceitação e apoio incondicional no intuito de contribuir para o
desenvolvimento pleno da criança com NEE.
Os pais precisam manter uma boa relação com a escola, pois isto auxilia no processo de
inclusão. Os alunos com NEEs precisam de muito apoio, estímulo e atenção para vencer as
di�culdades de aprendizagem, e para que não desistam. Ferraz, Araújo e Carreiro (2010)
alegam que uma relação saudável e forte entre os pais e a escola é essencial para que a
inclusão tenha sucesso.
A atitude positiva dos pais em relação à inclusão favorece o processo. Barbosa, Rosini e Pereira
(2007) a�rmam que, se os pais se comportarem de modo mais positivo, melhor e mais rápido
será o processo da inclusão.
Os pais ou responsáveis devem ver a escola como uma oportunidade de crescimento e
desenvolvimento para as crianças com NEEs. Um lugar de inclusão e inserção social. Assim, é
esperado dos pais que tenham a seguinte conduta: aceitar a condição da criança; reconhecer e
con�ar no trabalho da escola; respeitar os educadores e outros pro�ssionais que interagem
com a criança; questionar os pro�ssionais com respeito; garantir a frequência do aluno e
principalmente, estar presente na escola, participando de reuniões, eventos e atividades (SILVA;
MENDES, 2008)
Portanto, a importância da participação dos pais no desenvolvimento da criança com NEE é
clara, sendo que a atitude de cada família é determinante no processo de desenvolvimento do
aluno.
22/08/2020 Roteiro de Estudos
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ARTIGO
A chegada dos desiguais à escola: novas formas de inclusão/exclusão
Autores: Jorge Alberto Lago Fonseca e Renata Waleska Pimenta
Ano: 2012
Comentário: artigo que problematiza a diversidade na escola e as novas formas de inclusão e
exclusão, expondo o problema da permanência dos desiguais na escola.
A C E S S A R
LIVRO
A hora e a vez da família em uma sociedade inclusiva
Autor: Ana Rita de Paula e Carmem Martini Costa
Editora: Ministério da Educação
Ano: 2007
Comentário: o livro é uma cartilha bem didática que trata de
temas como a relação família-escola, melhor método de ensino,
disciplina mais rígida ou mais liberal, reabilitação, vida social,
entre outros assuntos pertinentes para compreendermos
melhor a inclusão de alunos com NEE, e foi desenvolvida pelo
Ministério da Educação. Como é uma cartilha curta (apenas 22
páginas), dá para ler tudo.
http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/2796/421
22/08/2020 Roteiro de Estudos
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 13/15
Conclusão
O papel da família no processo educativo e na promoção da aprendizagem de qualquer criança
é fundamental, especialmente se ela tiver uma necessidade educacional especial. Portanto,
compreender este papel e assumir a responsabilidade é essencial no desenvolvimento da
criança com NEE.
Para isso, a parceria escola-família deve funcionar, estabelecendo uma comunicação
transparente e e�ciente com as famílias, comunicando sobre a rotina escolar dos �lhos, a �m
de engajar os pais nas atividades da escola. Só assim o desenvolvimento social e cognitivo pode
ser proporcionado aos estudantes.
Referências Bibliográ�cas
ACOSTA, A. R.; VITALE, M. A. F. Família: redes, laços e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 2007.
ANDRÉ, E. L.; BARBOZA, R. J. A importância da parceria entre a família e a escola para a
formação e desenvolvimento do indivíduo. Revista Cientí�ca Eletrônica dePedagogia, ano
17, n. 30, jan. 2018. Disponível em:
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/lupTy4EkojpUN2D_2018-10-6-10-
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BARBOSA, A. J. G.; ROSINI, D. C.; PEREIRA, A. A. Atitudes parentais em relação à educação
inclusiva. Rev. bras. educ. espec., v. 13, n. 3, p. 447-458, 2007. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1413-
65382007000300010&lng=en&nrm=iso&tlng=pt Acesso em: 24 fev. 2020.
BOURDIEU, P. Razões práticas sobre a teoria da ação. São Paulo: Papirus Editora, 1996.
BRASIL, Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional. Diário O�cial da União. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 24 fev. 2020.
CAMPOS, A. R. Família e escola: um olhar histórico sobre as origens dessa relação no contexto
educacional brasileiro. 2019. Disponível em: https://ufsj.edu.br/portal2-
repositorio/File/vertentes/v.%2019%20n.%202/Alexandra_Campos.pdf. Acesso em: 24 fev. 2020.
CUNHA, M. V. da. A escola contra a família. In: FARIA FILHO, L. M.; LOPES, E. M. T.; VEIGA, C. G.
(org.). 500 anos de Educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2000. p. 447-468.
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/lupTy4EkojpUN2D_2018-10-6-10-36-41.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1413-65382007000300010&lng=en&nrm=iso&tlng=pt
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
https://ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/vertentes/v.%2019%20n.%202/Alexandra_Campos.pdf
22/08/2020 Roteiro de Estudos
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 14/15
FACION, J. R. Inclusão escolar e suas implicações. Curitiba: Ibpex, 2009.
FERRAZ, C. R. A.; ARAÚJO, M. V; CARREIRO L. R. R. Inclusão de crianças com Síndrome de Down e
paralisia cerebral no ensino fundamental I: comparação dos relatos de mães e professores.
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