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22/08/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 1/15 A escola exerce um papel central no desenvolvimento dos estudantes, que vai além da sala de aula, e contribui com a construção da cidadania. Assim, a atuação dos educadores afeta não apenas os alunos, mas também suas famílias, e a comunidade onde a escola está inserida. O papel da família nesta relação também deve estar claro, para que possam contribuir com a formação e construção do ser humano. Caro(a) estudante, ao ler este roteiro você vai: compreender o papel da família como estrutura social; conhecer a concepção histórica da relação família-escola; contextualizar a comunicação e parceria entre família e escola; identi�car a in�uência de membro com necessidades educativas especiais nas relações familiares; analisar os processos de inclusão/exclusão na escola e o papel dos pais. Bons estudos! Introdução A parceria entre escola e família é importante para a construção do caráter, personalidade do aluno, para a formação de um cidadão. A escola deve acolher os pais ou responsáveis, especialmente aqueles que têm �lhos com necessidades educacionais especiais, e oferecer Família, Escola - A Inclusão no Contexto Afetivo Roteiro deRoteiro de EstudosEstudos Autor: Ma. Gladys Garcia Revisor: Dra. Rosangela Silveira Garcia 22/08/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 2/15 canais de comunicação efetivos com a escola, devem ser chamados e incluídos não apenas para resolver alguma questão do estudante, mas em outros momentos da vida escolar, como eventos etc. Ao participarem do cotidiano escolar, os pais podem colaborar com o desenvolvimento de seus �lhos e ainda disseminar essa relação na comunidade, para construir novas parcerias. Família como Estrutura Social A família é uma instituição que foi construída ao longo da história, e que está sujeita às mudanças que ocorrem nas sociedades, sejam elas econômicas, sociais, culturais. Vejamos algumas de�nições de família. A noção de família está presente nos diferentes contextos sociais e em diferentes épocas históricas. Falar em família nos remete a pensar em um grupo ordenado composto pelos seus membros, em que cada um desempenha um papel especí�co (CAMPOS, 2019, p. 3) A família é o primeiro grupo social a qual um indivíduo pertence. É neste grupo que se inicia o processo de socialização e formação para a vida. A família pode ser estabelecida por laços biológicos, mas não se limita a isso, sendo um fenômeno social. As famílias são grupos que têm suas relações baseadas na subjetividade, por exemplo, quando pensamos no amor existente entre pessoas sem laços de sangue, como pais e �lhos adotivos. Portanto, podemos dizer que a família é um grupo de pessoas que convivem, e que estão juntas por a�nidade. Uma família continua sendo uma família, mesmo que haja con�itos, e que os membros não residam mais sob o mesmo teto. Especialmente quando se trata do aspecto legal. O Estado passou a regulamentar as famílias e relações familiares, com o passar dos anos e com as relações se tornando mais complexas. As famílias são grupos que estão presentes em todas as culturas, porém de formas diferentes, com regras distintas. Muitas vezes, as relações familiares sofrem mudanças dentro da própria cultura. Padrões são alterados devido a transformações na sociedade, na economia e política. Uma prova disso são as diversas famílias existentes hoje, com a mulher sendo “chefe” da família; família com apenas um casal, que pode ser homoafetivo; família com avós cuidando de netos, entre outras con�gurações possíveis. A família tradicional (pai, mãe e dois �lhos) tem se transformado. 22/08/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 3/15 Novos padrões familiares fazem parte de nosso dia a dia, e a mulher tem assumido um papel cada vez mais importante nessa nova sociedade. Portanto, cabe aqui uma re�exão sobre a família, não apenas como era e como está hoje, mas como um grupo que se respeita, se ama e vive em harmonia. Assim, ela contribui para a socialização dos indivíduos, e para o desenvolvimento do cidadão, colaborando na construção de um ser humano. Concepção Histórica da Relação Família e Escola Agora que tivemos uma compreensão do que é família, vamos discutir a concepção histórica da relação entre escola e família. A família tem papel central na educação dos �lhos, especialmente no tocante à transmissão dos valores e comportamentos (BOURDIEU, 1996). Antes do século 17, as famílias eram responsáveis por transmitir valores e ensinar as práticas pro�ssionais e morais. Os membros LIVRO Família: redes, laços e políticas públicas. Autoras: Ana Rojas Acosta e Maria Amália Faller Vitale (org.) Editora: Cortez Ano: 2007 Comentário: esse livro é fruto de um seminário, e compila re�exões e experiências sobre famílias, criando espaços de conversação entre os membros. Também discute-se o papel das políticas públicas. Leia atentamente a primeira parte do livro Vida em família. 22/08/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 4/15 mais velhos transmitiam o que aprendiam aos mais novos, para a sobrevivência do grupo familiar. Além disso, as crianças não eram vistas como crianças, mas como miniadultos. Portanto, não havia a preocupação com cuidados especiais com elas. Como exemplo desse tratamento de adultos dado às crianças, não existia educação infantil, por exemplo. Entretanto, nesse período que costumava ser a obrigação da família instruir e educar, a sociedade não era tão complexa quanto nos dias atuais. Segundo Cunha (2000), esses conhecimentos técnicos e valores que eram transmitidos aos membros mais novos garantia a sobrevivência do grupo na sociedade. Com a Revolução Industrial, e a divisão social do trabalho que veio com o capitalismo, esse modelo de educação familiar não atende mais às demandas de uma sociedade mais civilizada. Assim, nesse cenário, a escola começa a ganhar importância, pois precisava atender às necessidades do desenvolvimento das sociedades. A família não é mais a única responsável pela educação de seus membros, pois a escola ensina os conhecimentos técnicos. Com as transformações vividas pela sociedade, a criança passa a ser alguém relevante, que precisa ter suas necessidades atendidas. Fraboni (1998) a�rma que as mudanças na sociedade legitimam a criança como sujeito social. Assim, surge a educação infantil, para atender as crianças de 0 a 6 anos. No Brasil, essa tendência se iniciou no século 19, após o processo de independência. A urbanização das cidades, desenvolvimento das indústrias, propiciou o surgimento de trabalhadores que precisavam de quali�cação. Assim, dá-se início à expansão do ensino nas escolas, com atenção aos programas, materiais e equipe pedagógica. Em um primeiro momento, a escola era ine�ciente. Havia muito analfabetismo, e o Estado não era e�caz em elaborar políticas públicas. Com as reformas educacionais, a escola se apropriou de vez da responsabilidade de educar os indivíduos e a família surgiu como uma importante colaboradora. A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) 9.394, de 20 de dezembro de 1996, institucionalizou o dever da família de participar efetivamente do processo educacional das crianças, em seu artigo 2º. Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por �nalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua quali�cação para o trabalho (BRASIL, 1996, on-line). Em suma, a família sempre possui um papel central na educação dos �lhos, mas hoje divide a responsabilidade com a escola, e não pode se furtar a ela. 22/08/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller5/15 ARTIGO Família e Escola: um olhar histórico sobre as origens dessa relação no contexto educacional brasileiro Autor: Alexandra Resende Campos Ano: 2019 Comentário: de forma didática, a autora menciona o percurso histórico da relação entre escola e família no contexto educacional no Brasil. A autora fez um recorte do período do �nal do século 19 e início do século 20, quando os projetos educacionais foram desenvolvidos pelos movimentos da Escola Nova. A C E S S A R LIVRO A relação família e escola: desa�os e perspectivas Autor: Heloísa Szymanski Editora: Liber Livro Ano: 2011 Comentário: esse livro convida a uma re�exão sobre as famílias não a partir de um modelo tradicional, e idealizado, mas para considerar outros modelos de família. Além de tratar de desa�os e perspectivas da relação família e escola. O capítulo sobre a relação família e escola auxilia na compreensão do tópico. https://ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/vertentes/v.%2019%20n.%202/Alexandra_Campos.pdf 22/08/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 6/15 Comunicação e Parceria Entre Família e Escola Nos últimos anos, as escolas vêm tentando estreitar suas relações com as famílias, propondo que os pais ou responsáveis participem mais da vida escolar das crianças. No entanto, com a vida corrida que todos têm, muitas vezes �ca difícil conciliar as agendas, e os pais acabam não participando de reuniões e outros eventos importantes. E isso tem consequências na formação de seus �lhos, especialmente para aqueles que têm necessidades educacionais especiais (NEE). A escola precisa se abrir para essa participação mais ativa dos pais e atraí-los para participarem da vida escolar dos �lhos. É papel da escola tentar engajar os pais, especialmente por meio de uma comunicação e�caz. A comunicação entre a escola e as famílias é fundamental para que os pais ou responsáveis se engajem mais com a escola. Uma comunicação bem feita, estabelecida com e�ciência, acaba envolvendo mais os pais, pois transmite con�ança. Assim, os pais acabam cooperando mais, pois são mais facilmente engajados e podem acompanhar melhor seus �lhos e o progresso deles. Para que a comunicação seja, de fato, e�ciente, vários canais de comunicação devem ser estabelecidos, de modo que alcancem todas as famílias. Essa comunicação deve ser feita por e- mail, caderneta, telefone, telegrama. A escola é responsável por promover o desenvolvimento das famílias, por meio de programas de educação parental, que atendam às necessidades particulares dos alunos e das suas famílias. Para isso, podem contar com a ajuda especializada de pro�ssionais da escola como psicólogos, psicopedagogos, educadores parentais, coordenadores, entre outros. A comunicação da escola deve englobar momentos diversos do aluno na escola, como suas di�culdades, e participações em atividades. As reuniões feitas com as famílias, de modo individual, podem tratar das di�culdades e progressos dos alunos, mas especialmente de como as famílias podem contribuir para atender às necessidades dos estudantes, a �m de auxiliá-los a se desenvolverem e superar os obstáculos. Quando a criança tem necessidades especiais, essa participação é ainda mais importante, ou seja, a relação com a escola deve ser a mais próxima possível. A escola deve garantir que as famílias conheçam os objetivos pedagógicos, bem como as políticas e regras. A escola também pode e deve envolver os pais e responsáveis nos processos de tomada de decisão, proporcionando, assim, uma gestão mais democrática. As famílias devem ser convidadas a participar nos tradicionais dias comemorativos, por exemplo, no dia da família, mas também podem participar na rotina diária, com supervisão de 22/08/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 7/15 salas de estudo, organização de tempos livres, entre outras atividades. Quanto mais a família participar da rotina da escola, mais poderá contribuir com o desenvolvimento de seus �lhos, da escola e da família em si. Para que isso aconteça deve haver o diálogo, uma comunicação transparente entre escola-família (PARO, 2007). Os pais possuem papel fundamental na aprendizagem e no progresso acadêmico das crianças. Assim, o professor deve estar sempre informando os pais sobre o que é esperado de seus �lhos academicamente, e articular o estudo com o apoio da família, que ajuda a supervisionar o cumprimento dos objetivos. ARTIGO A importância da parceria entre a família e a escola para a formação e desenvolvimento do indivíduo Autor: Elisandra Leite André e Reginaldo José Barboza Ano: 2018 Comentário: o artigo trata da importância da relação entre a família e a escola para o desenvolvimento e a formação do indivíduo, bem como das barreiras que existem entre essa parceria. Os autores ainda trazem um panorama sobre a evolução do conceito e estrutura de família, contribuindo com os tópicos estudados. In�uência de Membro com Necessidades Educativas Especiais nas Relações Familiares Ter um �lho com NEE pode ser algo complexo para as famílias lidarem. Goiten e Cia (2011) a�rmam que as famílias que possuem crianças com NEE passam por diversas fases, tais como: 22/08/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 8/15 (a) fase de choque – ocorre ao saberem que a criança tem alguma de�ciência ou transtorno; (b) fase de negação – muitas famílias, mesmo depois do diagnóstico, acabam ignorando a de�ciência ou até questionando ou não concordando com o diagnóstico; (c) fase de reação – nessa fase a família vive sentimentos como irritação, culpa e depressão, mas que precisam ser expressados, pois essa é a primeira parte da fase de adaptação; (d) fase de adaptação – aqui já aceitaram e procuram se orientar no intuito de ajudar os �lhos. Essas fases e sentimentos que os pais e responsáveis vivenciam são reforçados pelos preconceitos que nossa cultura impõe, pois as NEEs ainda são vistas como castigo, e por isso os pais se envergonham ou se culpam (PANIAGUA, 2004). Assim, com maior probabilidade de vivenciarem situações de angústia e estresse, as famílias de crianças com NEE quase não têm apoio social (MATSUKURA et al., 2007). Além disso, segundo Petean e Suguihura (2005) existe uma sobrecarga da mãe em relação aos cuidados da criança, pois o pai acaba usando o trabalho como fuga, e não se envolve com os cuidados com a criança tanto quanto a mãe. Ainda podemos acrescentar a escassez de serviços públicos de saúde e educação e considerando as di�culdades de uma família lidar com as necessidades e demandas de uma criança com NEE. Dessa maneira, os pais acabam se adaptando ao contexto da criança, e abdicando de suas vidas pessoais, o que pode gerar muito estresse. Isso impacta no desenvolvimento da criança com NEE, das famílias e pode adoecer tanto o indivíduo quanto a família também. Outra situação é quando os pais têm di�culdades de aceitar os �lhos com NEE, e “terceirizam” o cuidado, se envolvendo com outras atividades para não ter que lidar com as de�ciências e transtornos. Nesse caso, alguns pais podem temer enfrentar a sociedade, com o preconceito que ainda há com os indivíduos com NEE e preferirem “terceirizar” os cuidados ou até mesmo deixar seus �lhos em casa, para que não tenham contato com outras pessoas. Diante desse cenário, educadores, juntamente com psicólogos, devem trabalhar com a mudança de mentalidade, conscientizando as famílias sobre o desenvolvimento das crianças com NEE, além de responsabilidade civil e direitos dentro das escolas, e outros locais. 22/08/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 9/15 ARTIGO Inclusão escolar de crianças com síndrome de down: experiências contadas pelas famílias Autoras: Flávia Mendonça Rosa Luiz e Lucila Castanheira Nascimento Ano: 2014 Comentário:esse artigo traz experiências de famílias que possuem crianças com síndrome de Down e seu processo de inclusão na rede de ensino. Conhecer a visão e perspectiva dessas famílias sobre inclusão e o papel da família nesse processo contribui para a formação do educador. A C E S S A R LIVRO Inclusão escolar e suas implicações Autor: José Raimundo Facion Editora: Ibpex Ano: 2009 Comentário: o livro reúne discussões importantes para a re�exão sobre a inclusão e exclusão educacional. Recomenda-se a leitura do capítulo “Perspectivas da inclusão escolar e sua efetivação”. Esse título está disponível na Biblioteca Virtual da Laureate. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382012000100009 22/08/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 10/15 Os Processos de Inclusão / Exclusão na Escola e o Papel dos Pais O papel da família e da escola no processo educativo inclusivo das crianças com NEE deve assegurar a aprendizagem desses alunos de forma ética e cidadã. Portanto, os educadores precisam se esforçar para estabelecer essa parceria e trabalhar para que ela aconteça de forma a contribuir com o desenvolvimento dos alunos. Há muitos séculos, a escola, como um re�exo da sociedade, tem sido excludente. O diferente, o desigual provoca estranhamento e repulsa. É preciso educar e conscientizar para combater um preconceito que leva à exclusão e que está enraizado em nossa cultura ao longo da história. Ao re�etirmos sobre quem poderia estudar quando surgiu a escola, temos um cenário bastante excludente. Neste cenário de exclusão estavam os pobres, os negros, os índios, os de�cientes, en�m, aqueles considerados inferiores pela sociedade dominante, e só poderiam servir como mão de obra, pois não tinham capacidade de pensar, sendo o estudo um investimento desnecessário. Mesmo com todo o aparato da legislação ainda percebem-se formas de exclusão, hoje, mascaradas e com outros discursos, então se justi�ca a necessidade de pensar a garantia do direito à educação a partir do binômio inclusão/exclusão (FONSECA; PIMENTA, 2012, p. 2). Uma sociedade inclusiva se faz com uma mudança de mentalidade. Esse preconceito que a sociedade ainda possui, e que as famílias muitas vezes acabam incorporando, só acabará com muita luta e consciência para mudar esse cenário. Neste sentido, é imprescindível que a Escola e família trabalhem juntas, numa parceria. Se considerarmos o que diz a LDB e o Estatuto da Criança e do Adolescente, constatamos que as escolas devem se comunicar e desenvolver um trabalho conjuntamente com as famílias, e os pais ou responsáveis têm o direito a acompanhar todo o processo pedagógico. Os pais têm o papel de encorajar os �lhos e prepará-los ensinando habilidades para a vida. A escola reforça e complementa tudo isso. Vasconcelos (1989) a�rma que os pais têm delegado cada vez mais a responsabilidade para a escola, especialmente no tocante ao estabelecimento de limites. É preciso assumir a tarefa de educar um ser humano e entender que a escola é parceira nisso, mas não a única responsável. 22/08/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 11/15 Quanto às famílias com �lhos com NEE, apesar do medo e insegurança, é possível ser bem sucedido na adaptação. A escola contribuir no desenvolvimento dessa criança se puder contar com o apoio da família. Os pais ou responsáveis são articuladores ou mediadores da aprendizagem, pois são as pontes entre a escola e seus �lhos, e podem fazer com que a comunicação se desenvolva. A família que se envolve com o processo escolar de seus �lhos têm resultados mais efetivos, rápidos e duradouros. Com essa participação, há uma construção de afeto mais intensa entre a escola-família e aluno, que facilita a aprendizagem e o desenvolvimento. A escola inclusiva garante o respeito à diversidade e fomenta o desenvolvimento de cada indivíduo, focando em suas potencialidades e demandas. Esta parceria depende do empenho de ambas as partes. Tanto os educadores precisam estar abertos e preparados para lidar com os alunos com NEEs, tanto os pais, com empenho e esforço para compreender as limitações e estimular as possibilidades. Segundo Petean e Suguihura (2005), a participação efetiva da família promove o desenvolvimento da criança. Os pais devem procurar ajuda para vencer os preconceitos, e caminhar para a aceitação e apoio incondicional no intuito de contribuir para o desenvolvimento pleno da criança com NEE. Os pais precisam manter uma boa relação com a escola, pois isto auxilia no processo de inclusão. Os alunos com NEEs precisam de muito apoio, estímulo e atenção para vencer as di�culdades de aprendizagem, e para que não desistam. Ferraz, Araújo e Carreiro (2010) alegam que uma relação saudável e forte entre os pais e a escola é essencial para que a inclusão tenha sucesso. A atitude positiva dos pais em relação à inclusão favorece o processo. Barbosa, Rosini e Pereira (2007) a�rmam que, se os pais se comportarem de modo mais positivo, melhor e mais rápido será o processo da inclusão. Os pais ou responsáveis devem ver a escola como uma oportunidade de crescimento e desenvolvimento para as crianças com NEEs. Um lugar de inclusão e inserção social. Assim, é esperado dos pais que tenham a seguinte conduta: aceitar a condição da criança; reconhecer e con�ar no trabalho da escola; respeitar os educadores e outros pro�ssionais que interagem com a criança; questionar os pro�ssionais com respeito; garantir a frequência do aluno e principalmente, estar presente na escola, participando de reuniões, eventos e atividades (SILVA; MENDES, 2008) Portanto, a importância da participação dos pais no desenvolvimento da criança com NEE é clara, sendo que a atitude de cada família é determinante no processo de desenvolvimento do aluno. 22/08/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 12/15 ARTIGO A chegada dos desiguais à escola: novas formas de inclusão/exclusão Autores: Jorge Alberto Lago Fonseca e Renata Waleska Pimenta Ano: 2012 Comentário: artigo que problematiza a diversidade na escola e as novas formas de inclusão e exclusão, expondo o problema da permanência dos desiguais na escola. A C E S S A R LIVRO A hora e a vez da família em uma sociedade inclusiva Autor: Ana Rita de Paula e Carmem Martini Costa Editora: Ministério da Educação Ano: 2007 Comentário: o livro é uma cartilha bem didática que trata de temas como a relação família-escola, melhor método de ensino, disciplina mais rígida ou mais liberal, reabilitação, vida social, entre outros assuntos pertinentes para compreendermos melhor a inclusão de alunos com NEE, e foi desenvolvida pelo Ministério da Educação. Como é uma cartilha curta (apenas 22 páginas), dá para ler tudo. http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/2796/421 22/08/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 13/15 Conclusão O papel da família no processo educativo e na promoção da aprendizagem de qualquer criança é fundamental, especialmente se ela tiver uma necessidade educacional especial. Portanto, compreender este papel e assumir a responsabilidade é essencial no desenvolvimento da criança com NEE. Para isso, a parceria escola-família deve funcionar, estabelecendo uma comunicação transparente e e�ciente com as famílias, comunicando sobre a rotina escolar dos �lhos, a �m de engajar os pais nas atividades da escola. Só assim o desenvolvimento social e cognitivo pode ser proporcionado aos estudantes. Referências Bibliográ�cas ACOSTA, A. R.; VITALE, M. A. F. Família: redes, laços e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 2007. ANDRÉ, E. L.; BARBOZA, R. J. A importância da parceria entre a família e a escola para a formação e desenvolvimento do indivíduo. Revista Cientí�ca Eletrônica dePedagogia, ano 17, n. 30, jan. 2018. Disponível em: http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/lupTy4EkojpUN2D_2018-10-6-10- 36-41.pdf. Acesso em: 24 fev. 2020. BARBOSA, A. J. G.; ROSINI, D. C.; PEREIRA, A. A. Atitudes parentais em relação à educação inclusiva. 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