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Direito processual do trabalho aplicado ao empregado no setor público

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO APLICADO AO EMPREGADO DO SETOR PÚBLICO
Competência da Justiça do Trabalho 
(Empregado Público x Funcionário Público – ADI 3395 e 
Tema de Repercussão Geral 0853 do E. STF).
Competência Material – Funcionários Públicos: 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
Empregado Público x Funcionário Público – ADI 3395
Liminar do Ministro Nelson Jobim, então presidente do STF, nos autos da ADIN nº 3.395: 
“... Concedo a liminar ... Dou interpretação conforme ao inciso I do art. 114 da CF, na redação da EC n. 45/2004. Suspendo, “ad referendum”, toda e qualquer interpretação dada ao inciso I do art. 114 da CF, na redação dada pela EC 45/2004, que inclua na competência da Justiça do Trabalho, a “... Apreciação ... de causas que ... Sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico administrativo...” (27/01/2005). 
Essa previsão do artigo 114 da CF está suspensa devido a ADIN nº 3395. E os funcionários públicos devem ajuizar demanda na justiça comum ou na justiça federal. Enquanto o empregado público e o empregado podem ajuizar suas demandas na justiça trabalhista.
Jurisprudência: 
“INCONSTITUCIONALIDADE. AÇÃO DIRETA. COMPETÊNCIA. JUSTIÇA DO TRABALHO. INCOMPETÊNCIA RECONHECIDA. Causas entre o Poder Público e seus servidores estatutários. Ações que não se reputam oriundas de relação de trabalho. Conceito estrito desta relação. Feitos da competência da Justiça Comum. Interpretação do art. 114, inc. I, da CF, introduzido pela EC 45/2004. Precedentes. Liminar deferida para excluir outra interpretação: O disposto no art. 114, I, da Constituição da República, não abrange as causas instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja vinculado por relação jurídicoestatutária” (ADI 3.395-6-MC/DF, Plenário do STF, Relator Ministro César Peluso, DJ 10.11.2006)
Tema de Repercussão Geral 0853 do e. STF
Servidor Público admitido SEM concurso público ANTES da CRFB/88. Eles não tem estabilidade.
01/10/2015 PLENÁRIO REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 906.491 DISTRITO FEDERAL RELATOR: MIN. TEORI ZAVASCKI RECTE.(S): ESTADO DO PIAUÍ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ RECDO.(A/S) :MARIA AUXILIADORA ALVES DE SOUSA CLEMENTINO ADV.(A/S) :FRANCISCO SALVADOR GONÇALVES MIRANDA EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRABALHISTA. COMPETÊNCIA. SERVIDOR PÚBLICO ADMITIDO SEM CONCURSO PÚBLICO, PELO REGIME DA CLT, ANTES DO ADVENTO DA CONSTITUIÇÃO DE 1988. DEMANDA VISANDO OBTER PRESTAÇÕES DECORRENTES DA RELAÇÃO DE TRABALHO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. REPERCUSSÃO GERAL CONFIGURADA. REAFIRMAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. 1. Em regime de repercussão geral, fica reafirmada a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de ser da competência da Justiça do Trabalho processar e julgar demandas visando a obter prestações de natureza trabalhista, ajuizadas contra órgãos da Administração Pública por servidores que ingressaram em seus quadros, SEM CONCURSO PÚBLICO, ANTES DO ADVENTO DA CF/88, sob regime da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. Inaplicabilidade, em casos tais, dos precedentes formados na ADI 3.395-MC (Rel. Min. CEZAR PELUSO, DJ de 10/11/2006) e no RE 573.202 (Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJe de 5/12/2008, Tema 43). 2. Agravo a que se conhece para negar seguimento ao recurso extraordinário. Decisão: O Tribunal, por unanimidade, reputou constitucional a questão. O Tribunal, por unanimidade, reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada. No mérito, por maioria, reafirmou a jurisprudência dominante sobre a matéria, vencidos os Ministros Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Roberto Barroso e Dias Toffoli. Ministro TEORI ZAVASCKI Relator.
Competência da Justiça do Trabalho para as Ações Resultantes da Fiscalização do Trabalho.
Art. 114, VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
Muitas violações de direitos trabalhistas ensejam também multas administrativas a serem aplicadas pela fiscalização do trabalho (DRT). Estas multas sempre foram discutidas na esfera da Justiça Federal Comum. 
Possibilidade de Mandado de Segurança no 1º Grau. 
Jurisprudência: 
RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. FISCALIZAÇÃO PROMOVIDA PELA SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO TRABALHO. LAVRATURA DE AUTO DE INFRAÇÃO. E IMPOSIÇÃO DE MULTA ADMINISTRATIVA. LEGALIDADE. A celebração posterior de Termo de Ajustamento de Conduta - TAC - com o Ministério Público do Trabalho - MPT -, ainda que com a cominação de multa inibitória, não possui o condão de elidir as penalidades anteriormente aplicadas. Denegação da segurança que se mantém. Apelo patronal improvido. TRT-1 - RECURSO ORDINÁRIO RO 00113702820135010014 RJ (TRT-1) 
Prescrição Trabalhista: 
A prescrição pode ocorrer de duas formas: a primeira ocorre quando o direito trabalhista que foi violado não está previsto em lei, nem mesmo em lei esparsa, mas decorre de fato. Essa prescrição começa a contar ainda dentro da vigência do contrato, quando o empregado toma ciência da violação (ex: direito previsto em convenção antiga e em convenção mais recente deixa de prever o direito); a segunda ocorre quando o direito trabalhista que foi violado está previsto em lei e começa a contar a prescrição apenas quando o contrato termina (ex: adicional noturno, jornada de trabalho, férias). Na iniciativa privada não é comum o empregado buscar resolver a questão da prescrição em andamento no contrato, pois teme que o empregador sacaneie ele. Na iniciativa pública é mais comum o servidor entrar com a ação.
A prescrição trabalhista é bienal e depois quinquenal. Quando o contrato de trabalho termina, conta 2 anos para frente para ajuizar a ação e depois que ajuíza, conta cinco anos para trás para saber o que pode requerer ou não, que não prescreveu.
• Da Prescrição Parcial 
O contrato de emprego é um negócio jurídico de trato sucessivo, na medida em que o tempo flui, diversos créditos vão sendo consumidos pela prescrição e outros tantos passam a ser devidos por conta de novos eventos celebrados a cada dia de prestação laboral. 
Daí, a “Prescrição Parcial”, que é a que se renova no tempo, desde que trate de direito trabalhista previsto em Lei. 
Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
O empregado, de modo geral, tem o prazo de cinco anos para pretender judicialmente o pagamento de créditos que lhe tenham sido inadimplidos. 
Assim, se estivermos diante de um contrato de trabalho vigente desde janeiro de 2014, é possível afirmar que as primeiras manifestações da “prescrição parcial” ocorrem a partir de janeiro de 2019. 
Desse modo, se um empregado tem inadimplida uma hora extraordinária ou qualquer outro direito trabalhista previsto em lei no mês de janeiro de 2014, ele teria até janeiro de 2019 para requerer judicialmente sua pretensão, sob pena de prescrição. 
Por outro lado, quando da rescisão do contrato de trabalho, inicia-se a contagem de um prazo prescricional de dimensão diferente, qual seja, a prescrição bienal para o ajuizamento da ação trabalhista. 
MARCO INICIAL DA CONTAGEM DA PRESCRIÇÃO
Quando a rescisão do contrato de trabalho for de iniciativa patronal, o período de duração correspondente ao aviso prévio deve integrar o contrato. 
Art. 487, § 1º da CLT - a falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integraçãodesse período no seu tempo de serviço. 
No mesmo sentido: 
OJ 83 da SDI-1 do TST - AVISO PRÉVIO. PRESCRIÇÃO. Começa a Fluir no Final da Data do Término do Aviso prévio. Art. 487, § 1º, CLT. Qual é a data do término do contrato de trabalho? Não é do dia da comunicação da demissão dada pelo empregador, pois no dia seguinte começa a contar o aviso prévio (30 dias). Depois desse aviso prévio, tem o aviso prévio da Lei 12.506/2011 (aviso prévio proporcional), que conta a cada 3 dias por ano (1 ano equivale a 3 dias, se trabalhou 8 anos, 3x8=24. Então são 24 dias de aviso prévio da Lei 12.506/2011). Então soma os 30 dias do aviso prévio normal + 24 dias do aviso prévio da Lei 12.506/11 e dá 54 dias de aviso prévio. Somente no dia 55 começará a contar o prazo bienal. O aviso prévio proporcional é indenizável, nunca trabalhado. O outro aviso prévio até pode ser trabalhado, mas no máximo 30 dias, não vai trabalhar os 54 dias. O pagamento das verbas rescisórias tem que ser feito 10 dias depois do término do aviso prévio de 30 dias.
OJ 82 da SDI-1 do TST - AVISO PRÉVIO. BAIXA NA CTPS. A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado. 
E o aviso prévio projetado da Lei 12.506/2011, terá o mínimo de trinta e o máximo de noventa dias. Se o aviso prévio proporcional do empregado passar de 90 dias, ele vai receber só até 90 dias.
Jurisprudência: 
"A) AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. PRESCRIÇÃO. Em face da configuração de aparente violação do artigo 775-A da CLT, dá-se provimento ao agravo de instrumento para determinar o processamento do recurso de revista. Agravo de instrumento conhecido e provido. B) RECURSO DE REVISTA. PRESCRIÇÃO. O art. 7º, XXIX, da CF preconiza que o empregado tem o prazo de até dois anos, a contar da data de extinção do contrato de trabalho, para pleitear os créditos resultantes da relação de emprego. Além disso, nos termos do art. 132, § 3º, do CCB, " Os prazos de meses e anos expiram no dia de igual número do de início, ou no imediato, se faltar exata correspondência". Nesse contexto, recaindo o termo final do prazo prescricional bienal sobre dia sem expediente forense, o prazo fica prorrogado para o primeiro dia útil com expediente, subsequente ao fim da contagem, por aplicação dos artigos 775, § 1º, da CLT e 184, § 1º, do CPC/73 (art. 224 do CPC em vigência). Assim, considerando que, no caso, o termo final da prescrição bienal ocorreria em 5/1/2015, ou seja, durante o recesso forense de 20/12/2014 a 6/1/2015, tem-se que o referido termo deve ser prorrogado para o dia 7/1/2015 e, tendo sido a presente reclamação ajuizada em 6/1/2015, não há prescrição bienal a ser pronunciada. Recurso de revista conhecido e provido" (RR-10006-05.2015.5.01.0029, 8ª Turma, Relatora Ministra Dora Maria da Costa, DEJT 08/06/2021). 
Ou seja, o juiz entendeu que estava prescrito o prazo da prescrição bienal porque o empregado não distribuiu durante o recesso forense. O empregado perdeu e recorreu por meio de recurso ordinário para o TRT e o entendeu da mesma forma. Então o empregado recorreu por meio de recuso de revista para o TST, ENTÃO FINALMENTE o TST reconheceu e anulou tudo, voltando o processo para a Vara de origem.
Como fazer a contagem do prazo prescricional: 
Art. 1º da Lei n. 810/49 - Considera-se ano o período de doze meses contado do dia do início ao dia e mês correspondentes do ano seguinte. 
Ex.: Se o contrato de trabalho findou no dia 10 de maio de 2018, o empregado terá exatamente até o dia 10 de maio de 2020 para ajuizar a RT, sob pena de prescrição bienal, ou seja, permanecerá o direito material, mas o processo não. 
Exatamente nesse sentido a Súmula 308, I e II do TST: 
Súmula 308, TST. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. I. Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao quinquênio da data da extinção do contrato. II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação trabalhista para 5 (cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge pretensões já alcançadas pela prescrição bienal quando da promulgação da CF/1988.
Jurisprudência: 
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. PRAZO INICIAL. DATA DE EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. A norma do art. 7º, inciso XXIX, da Constituição da República, deve ser interpretada no sentido de que após a extinção da relação contratual tem o empregado dois anos para ajuizar a reclamatória trabalhista, retroagindo cinco anos da data da propositura desta. Se contado a partir da extinção do contrato, o prazo prescricional poderia ser ampliado para sete anos, contrariando a própria Constituição. A sentença está em conformidade com a Súmula 308, item I do TST. Mantenho. TRT-2 - RECURSO ORDINÁRIO RECOR 2677200800302006 SP 
Portanto, encerrado o contrato de trabalho dois prazos prescricionais paralelos correram juntos. 
Por outro lado, durante a vigência do contrato de trabalho somente existirá um prazo prescricional em curso, qual seja, o prazo de cinco anos contados do ato violador que pode proporcionar o ajuizamento da RT para a discussão de pretensões resistidas. 
• Da Prescrição Total 
Inicia-se o cômputo da prescrição “total” a partir da lesão e se consuma no prazo quinquenal subsequente, caso o contrato de trabalho ainda estiver ativo. 
Referida LESÃO ocorrerá quando da alteração do contrato/regulamento/convenção de trabalho (começa a contar a prescrição de 5 anos), SALVO se referida alteração esteja prevista em lei, caso em que, a prescrição será parcial e não total. 
A previsão da prescrição total está na Súmula 294 do TST: 
Súmula 294 do TST. PRESCRIÇÃO. ALTERAÇÃO CONTRATUAL. TRABALHADOR URBANO. Tratando-se de ação que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração do pactua do, a prescrição é total, exceto quando o direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei.
REFORMA TRABALHISTA 
A previsão da súmula 294 do TST foi colocada no parágrafo 2º do artigo 11 da CLT.
Art 11, § 2º da CLT - Tratando-se de pretensão que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração ou descumprimento do pactuado, a prescrição é total, EXCETO quando o direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei. 
São requisitos da prescrição total: 
a) envolver pedido de prestação sucessiva; 
b) ter a parcela sofrido supressão mediante alteração do pactuado por ato jurídico único, e 
c) ocorrer durante o transcurso do pacto laboral. 
Jurisprudência: 
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL TOTAL. ATO ÚNICO DO EMPREGADOR. APLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 294 DO C. TST. Se o pedido autoral decorre de ato único do empregador, é inequívoco que este figura como marco inicial da contagem da prescrição quinquenal, que no caso é total, e não parcial. Esta é a inteligência da Súmula nº 294 do Colendo TST. 
Registre-se, pois, a suposta lesão sofrida pelos reclamantes teve seu marco ainda em 15.07.2012, ou seja, há quase 07 anos antes do ajuizamento da demanda, quando as reclamadas, mansa e pacificamente, vinham pagando a complementação da aposentadoria. Ora, considerando que a presente reclamação trabalhista foi ajuizada em 05.06.2019, quando já transcorrido o quinquênio prescricional (2017), da data da última modificação denunciada, em 15.07.2012, quando aprovado novo “realinhamento da remuneração de funções gratificadas”, entendo que resta fulminado o direito de ação dos demandantes pela prescrição total, vez que as supostas lesões perseguidas decorreram de ato único do empregador, sendo aplicável o entendimento do Colendo TST, consubstanciado na Súmula nº 294. TRT-6 - RECURSO ORDINARIO RO 76700702009506 PE 
Os empregados deveriam ter entrado com a ação até 2017, pois se tratando de uma aposentadoria complementar, algo que não é previsto em lei como obrigatoriedade do empregador, aplica-se a prescrição total, portanto, começa a contar ainda no curso do contrato, com prazo de 5 anos, a ser contado da data da alteração (ou seja, domomento em que o empregador deixou de pagar).
Nessa linha de raciocínio o TST editou Súmulas e OJs, vamos à análise: 
Orientação Jurisprudencial 76 da SDI-1 do TST 
Orientação Jurisprudencial 76 da SDI-1 do TST. Substituição dos Avanços Trienais por Quinquênios. Alteração do Contrato de Trabalho. Prescrição Total. CEEE. Inserida em 14-3-94 (inserido dispositivo). A alteração contratual consubstanciada na substituição dos avanços trienais por quinquênios decorre de ato único do empregador, momento em que começa a fluir o prazo fatal de prescrição.
Na referida orientação jurisprudencial, o TST entende que a “substituição” (espécie do gênero “alteração do pactuado”) dos avanços trienais por quinquenais — que, obviamente, implica uma situação desfavorável para o empregado — é suscetível de prescrição total a contar do instante em que substituída. 
Por outro lado, é possível postular eventuais diferenças (prescrição parcial).
Portanto, passados cinco anos do momento em que foi alterada a sistemática de avanços, não há mais falar-se em exigibilidade judicial da pretensão. 
Jurisprudência: 
PRESCRIÇÃO. Tratando-se de pleito relativo a prestações sucessivas decorrente de alteração do pactuado, aplicável ao caso a primeira parte da Súmula 294 do C. TST (prescrição total) e, analogicamente, as Orientações Jurisprudenciais nºs 76 e 175 da SDI-1 do C.TST. Tendo sido o ato único do empregador praticado em 1999 e ajuizada a presente ação trabalhista em 2011, não há o que alterar na r. sentença. (2004). Nego provimento ao apelo do reclamante, no particular. TRT-1 - Inteiro Teor. Recurso Ordinário: RO 6696120115010019.
ATENÇÃO! No caso de acidente de trabalho, começa a contar a prescrição do momento em que se tem ciência inequívoca da lesão e não do momento em que o acidente ocorreu.
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE
É intercorrente porque ocorre dentro do processo. Esse tipo de prescrição interessa mais ao empregado privado.
Prescrição Intercorrente - (Súmula 327 do STF X Súmula 114 do C. TST): 
Súmula nº 327 do STF - O direito trabalhista admite a prescrição intercorrente. 
Súmula nº 114 do TST - É inaplicável na Justiça do Trabalho a prescrição intercorrente. Impossível inércia do Exequente se a execução é de ex officio. 
E mais, se o devedor não indica bens à penhora, ele que é o inerte! 
REFORMA TRABAHISTA.
Art. 11-A. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos. § 1º A fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando o exequente deixa de cumprir determinação judicial no curso da execução. 
§ 2º A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de ofício em qualquer grau de jurisdição.
Orientação para casos em que o exequente deixa de cumprir determinar judicial no curso da execução: pede a suspensão nos termos do cpc, de 1 ano, para começar a contar só depois; depois desse 1 ano, que o processo voltar a andar, faz nova busca de bens; nesse momento será arquivado, então peça o desarquivamento para dar um novo andamento e ver o que consegue. E ver se consegue discutir para que a prescrição bienal comece a contar do segundo arquivamento.
Vedação do Rito Sumaríssimo para Administração Pública. 
Do Procedimento Sumaríssimo
Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário-mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo. Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional. Ainda que a Fazenda Pública tenha terceirizado o serviço e tenha responsabilidade subsidiária, será rito ordinário.
• Petição inicial. 
• Audiência Trabalhista. 
• Defesa do Reclamado/Réu. 
• A questão da revelia para Fazenda Pública. 
Petição inicial. 
DO PEDIDO: Trata-se do objeto da Reclamação Trabalhista, sempre com base em cada fato relatado, formulando os pedidos de forma clara e separadamente. 
A decorrência lógica da narrativa fática deve desaguar no pedido. 
NOVA REDAÇÃO DO § 1º DO ART. 840 DA CLT 
O artigo 840, §1º da CLT indica que a inicial deve conter “o pedido”: 
Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. 
§ 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. 
§ 3º Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1º deste artigo serão julgados extintos sem resolução do mérito. 
IN 41 TST – ART. 12, § 2º - Para fim do que dispõe o art. 840, §§ 1º e 2º, da CLT, o valor da causa será estimado, observando-se, no que couber, o disposto nos arts. 291 a 293 do Código de Processo Civil.
O que significa pedido CERTO, DETERMINADO e COM INDICAÇÃO DE SEU VALOR? 
* CERTO – De forma expressa, com precisão, de conteúdo explícito. (bem da vida); É o direito material que se entende violado. Ex: equiparação salarial.
* DETERMINADO (aspectos qualitativos e quantitativos). Ex: equiparação salarial nos períodos x e y com relação aos empregados a e b porque exerciam a mesma função, independente do cargo (aplicar o artigo 461 da CLT)
* INDICAÇÃO DO VALOR (R$ ....,..) 
O pedido dever ser certo “E” determinado, somente se admitindo pedido genérico nas hipóteses legais ou quando for impossível liquidá-los. 
Art. 324. O pedido deve ser determinado. 
§ 1o É lícito, porém, formular pedido genérico: 
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; 
Não há como apurar a extensão do dano provocado, não há como prever todas as consequências e prejuízos causados ao autor, torna-se impossível determinar o valor de algo que ainda não foi apurado. 
Trata-se de pedido que demanda produção de prova pericial, Acidente de Trabalho (Típico ou Atípico), Insalubridade e Periculosidade. 
Não há como calcular o dano material (pensionamento, dano emergente e lucro cessantes), mas DEVEMOS pedir.
Jurisprudência: 
AGRAVO INTERNO EM RECURSO DE REVISTA. PRESCRIÇÃO. ACIDENTE DE TRABALHO. RECLAMANTE EM GOZO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. (...) CUMULAÇÃO DAS INDENIZAÇÕES POR DANOS MORAIS, MATERIAIS E ESTÉTICOS. Os direitos tutelados, diferentemente do que entende a agravante, são distintos, apesar de relacionados ao mesmo fato, o que não impede a cumulação das indenizações. Nego provimento. condenação ao custeio do valor das cirurgias de remoção de placas e reparadora para redução de cicatrizes. Não há falar-se em condicionalidade da condenação. Nos termos do art. 286, II, do CPC/1973, vigente à época da interposição do apelo, há a possibilidade de formulação de pedido genérico quando não for possível determinar, de modo definitivo, as consequências do ato ilícito perpetrado pela agravante, o que, de fato, se enquadra perfeitamente na hipótese de reparação de ordem material decorrente de acidente do trabalho. Nego provimento. (...)" (Ag-RR-1182-62.2010.5.09.0594, 1ª Turma, Relator Ministro Luiz Jose Dezena da Silva, DEJT 14/08/2020). 
Já se admitia pedido genérico antes da reforma trabalhista, conforme se depreende do julgado acima. Apesar disso, deve o advogado atentar-se ao fato de que alguns juízes estão limitando a condenação ao valor pedido pelo advogado, pois entendem que o valor a ser pago é aquele. Contudo, tal valor é apenas indicativo, pois o empregado não detém as informações completas para que o advogado possa indicar o valor real da condenação na inicial. Caso o juiz limite a condenação ao valor indicado na inicial, deve o advogado recorrer até o TST se preciso for ou ação rescisória para obrigar a aplicação da norma do artigo 840, parágrafo 1º do CPC.
No Rito Sumaríssimo, os pedidos também devem conter indicação de valor. 
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: 
I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente; 
Cuidado com a Limitação do valor indicado ao pedido 
RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE. APELOSOB A ÉGIDE DA LEI 13.467/2017. PEDIDOS LÍQUIDOS. LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO AOS VALORES DE CADA PEDIDO. APLICAÇÃO DO ART. 840, § 1º, DA CLT, ALTERADO PELA LEI 13.467/2017. TRANSCENDÊNCIA RECONHECIDA. A controvérsia gira acerca da aplicação do artigo 840, § 1º, da CLT, que foi alterado pela Lei 13.467/2017. No caso em tela, o debate acerca do art. 840, § 1º, da CLT, detém transcendência jurídica, nos termos do art. 896-A, § 1º, IV, da CLT. A controvérsia acerca da limitação da condenação, aos valores liquidados apresentados em cada pedido da inicial, tem sido analisado, pela jurisprudência dominante, apenas sob a égide dos artigos 141 e 492 do Código de Processo Civil. Por certo que aludidos dispositivos do CPC são aplicados subsidiariamente no processo trabalhista. Entretanto, no que se refere à discussão acerca dos efeitos dos pedidos liquidados, apresentados na inicial trabalhista, os dispositivos mencionados do CPC devem ceder espaço à aplicação dos parágrafos 1º e 2º do artigo 840 da CLT, que foram alterados pela Lei 13.467/2017. Cumpre esclarecer que o TST, por meio da Resolução nº 221, de 21/06/2018, considerando a vigência da Lei 13.467/2017 e a imperativa necessidade de o TST posicionar-se, ainda que de forma não exaustiva, sobre a aplicação das normas processuais contidas na CLT alteradas ou acrescentadas pela Lei 13.467/2017, e considerando a necessidade de dar ao jurisdicionado a segurança jurídica indispensável a possibilitar estabilidade das relações processuais, aprovou a Instrução Normativa nº 41/2018, que no seu art. 12, § 2º, normatizou que "para fim do que dispõe o art. 840, §§ 1º e 2º, da CLT, o valor da causa será estimado (...)". A Instrução Normativa nº 41/2018 do TST, aprovada mediante Resolução nº 221, em 02/06/2018, registra que a aplicação das normas processuais previstas na CLT, alteradas pela Lei 13.467/2017, com eficácia a partir de 11/11/2017, é imediata, sem atingir, no entanto, situações pretéritas iniciadas ou consolidas sob a égide da lei revogada. Portanto, no caso em tela, em que a inicial foi ajuizada no ano 2018, hão de incidir as normas processuais previstas na CLT alteradas pela Lei 13.467/2017. Assim, a discussão quanto à limitação da condenação aos valores constantes nos pedidos apresentados de forma líquida na exordial deve ser considerada apenas como fim estimado, conforme normatiza o parágrafo 2º do artigo 12 da IN 41/2018 desta Corte. A decisão regional que limitou a condenação aos valores atribuídos aos pedidos na inicial configura ofensa ao art. 840, § 1º, da CLT. Reconhecida a transcendência jurídica do recurso de revista. Recurso de revista conhecido e provido. PROCESSO Nº TST-ARR-1000987-73.2018.5.02.0271

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