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cancer de pulmão

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Câncer de pulmão
Profº Jonh Neves
Os cânceres de pulmão originam-se de uma única célula epitelial
transformada nas vias traqueobronquiais. A causa mais comum de
câncer de pulmão consiste em carcinógenos inalados. Um carcinógeno
(p. ex., fumaça de cigarro, gás radônio, outros agentes ocupacionais e
ambientais) provoca lesão da célula, causando crescimento anormal e
desenvolvimento em tumor maligno.
Os cânceres de pulmão são, em sua maioria, classificados em duas
grandes categorias: câncer de pulmão de pequenas células (10 a 20%
dos tumores)
Câncer de pulmão de células não pequenas (aproximadamente 85 a
90% dos tumores).
Os tipos celulares no Câncer de pulmão incluem o carcinoma de células
escamosas (25 a 30%), que costuma ser de localização mais central; o
carcinoma de células grandes (10 a 15%), que é de crescimento rápido
e que tende a surgir perifericamente; e o adenocarcinoma (40%), que
se manifesta na forma de massas periféricas, metastatiza com
frequência e inclui o carcinoma broncoalveolar.
Células escamosas e Carcinoma de células 
grandes 
Pequenas células
Os cânceres de pequenas células surgem, em sua maioria, nos 
brônquios principais e disseminam-se por infiltração ao longo da 
parede brônquica.
No CPPC, os dois tipos celulares gerais incluem a célula pequena e a
célula pequena combinada. Além da classificação de acordo com o tipo
celular, os cânceres de pulmão são submetidos a estadiamento com
base no tamanho do tumor, sua localização, comprometimento de
linfonodos e disseminação do câncer.
Os fatores de risco ambientais incluem tabagismo, tabagismo passivo e 
exposições ambientais e ocupacionais. Outros fatores de risco incluem 
sexo masculino, predisposição genética, deficiências nutricionais e 
doença respiratória subjacente (p. ex., doença obstrutiva crônica e 
tuberculose).
De acordo com a American Cancer Society (ACS), o tabagismo é 
responsável por aproximadamente 78% dos casos de câncer de pulmão 
em homens e por 44% nas mulheres. Os fumantes que usam produtos 
à base de tabaco sem fumaça aumentam o seu risco de câncer de 
pulmão. Quase todos os casos de CPPC são decorrentes do tabagismo; 
no entanto, o tabagismo passivo foi identificado como causa de câncer 
de pulmão em não fumantes.
Manifestações clínicas
• Com frequência, o câncer de pulmão desenvolve-se de modo 
insidioso e é assintomático até um estágio avançado de sua evolução
• Os sinais e sintomas dependem da localização e do tamanho do 
tumor, do grau de obstrução e da existência de metástases para locais 
regionais ou distantes
• O sintoma mais comum consiste em tosse ou alteração na tosse 
crônica.
• Mudança na característica da tosse deve levantar a suspeita de câncer
de pulmão.
• A dispneia é proeminente no início da doença
• Pode-se expectorar hemoptise ou escarro tinto de sangue
• As dores torácica ou no ombro podem indicar comprometimento da
parede torácica ou pleural. A dor constitui um sintoma tardio e pode
estar relacionada com metástases para o osso
• A febre recorrente pode constituir um sintoma precoce
• Ocorrem dor torácica, sensação de aperto no tórax, rouquidão,
disfagia, edema de face e pescoço e sintomas de derrame pleural ou
pericárdio quando o tumor se dissemina para estruturas adjacentes e
linfonodos
• Os locais comuns de metástases são os linfonodos, os ossos, o
cérebro, o pulmão contralateral, as glândulas suprarrenais e o fígado
• Pode-se verificar a ocorrência de fraqueza, anorexia e perda de peso.
Avaliação e achados diagnósticos
• Obter uma história de tabagismo (pregresso e atual) e presença de fatores de
risco relevantes
• Efetuar uma radiografia de tórax, TC, cintigrafia óssea, cintigrafia abdominal,
RM ou PET e ultrassonografia do fígado
• Realizar exames de escarro, broncoscopia de fibra óptica, aspiração por agulha
fina transtorácica, endoscopia com ultrassonografia esofágica, mediastinoscopia
ou mediastinotomia e biopsia endobrônquica com ultrassonografia
• Realizar provas de função pulmonar, análise da gasometria arterial (GA), 
cintigrafias de ventilação-perfusão (V/Q) e prova de esforço
• O estadiamento do tumor refere-se ao tamanho e localização do tumor, 
comprometimento de linfonodos e disseminação do câncer. (Ver “Estadiamento e
gradação histológica do tumor” em Câncer, para informações mais detalhadas.)
Manejo clínico
• O objetivo do manejo consiste em obter sobrevida, quando possível.
O tratamento depende do tipo celular, do estágio da doença e do
estado fisiológico do cliente
• • O tratamento pode envolver cirurgia (tratamento preferido),
radioterapia ou quimioterapia – ou uma combinação dessas
modalidades. Terapias mais modernas e mais específicas para
modular o sistema imune (p. ex., terapia gênica, terapia com
antígenos tumorais definidos ou inibidores dos receptores de
fatoresdo crescimento) estão em fase de estudo e mostram-se
promissoras.
Radioterapia
• A radioterapia pode oferecer maior sobrevida em uma pequena 
porcentagem de clientes; é também utilizada para reduzir o tamanho 
do tumor, para aliviar os sintomas e, algumas vezes, como profilaxia 
para tratamento de metástases microscópicas para o cérebro. 
• A radioterapia é tóxica para o tecido normal dentro do campo de 
radiação; as
complicações incluem esofagite, pneumonite e fibrose pulmonar por 
radiação.
Quimioterapia
• A quimioterapia é usada para alterar os padrões de crescimento do 
tumor, para tratar metástases a distância ou como adjuvante da 
cirurgia e da radioterapia.
Alívio dos problemas respiratórios
• Manter a permeabilidade das vias respiratórias; remover as secreções por meio
• de exercícios de respiração profunda, fisioterapia respiratória, tosse dirigida, 
aspiração e, em alguns casos, broncoscopia
• Administrar medicamentos broncodilatadores; provavelmente, haverá 
necessidade de oxigênio suplementar
• Incentivar o cliente a assumir posições que promovam a expansão pulmonar e a
• realizar exercícios respiratórios
• Orientar o cliente sobre a conservação de energia e as técnicas de desobstrução
• das vias respiratórias
• Encaminhar o cliente para reabilitação pulmonar, quando indicado.
Considerações gerontológicas
• Por ocasião do diagnóstico, a maioria dos clientes tem mais de 65
anos de idade e apresenta doença avançada (estádio III ou IV)
• • A idade não é um fator prognóstico significativo para a sobrevida
global no Celulas Pequenas ou Celulas não pequenas; no entanto,
podem ser necessários ajustes dos tratamentos com base na
presença de comorbidades e estado cognitivo, funcional, nutricional
• e social do cliente.
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