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LARA FERNANDA ODONTOLOGIA/ CIRURGIA A�ticulaçã� Temporomandibula� � Disfunçõe� → ANATOMIA DA ATM - A articulação temporomandibular (ATM) é a principal conexão entre o crânio e a mandíbula. - Ela envolve a área participante da parte escamosa do osso temporal, o disco articular no interior da cápsula articular, a cabeça da mandíbula e os ligamentos adjacentes. - É uma combinação de gínglimo e articulação plana. É formada pela parte anterior da fossa mandibular do osso temporal, o tubérculo articular e o côndilo da mandíbula. - É uma articulação SINOVIAL (classificação geral) - Bicondilar - Bilateral (Duas articulações que fazem parte do mesmo osso- Mandíbula) → Superfícies articulares ↪ Cabeça da mandíbula - superfície elíptica - colo anatômico ↪ Fossa mandibular - ausência de força muscular ↪ Tubérculo articular - articulação funcional → Cartilagem articular (reveste superfícies articulares) ↪ Tecido - Fibrocartilagem ↪ Espessura - Não tem espessura uniforme (devido a maior funcionalidade) ↪ Nutrição - Líquido Sinovial → Cápsula articular - Tecido conjuntivo fibroso - Limites: base do arco zigomático e colo mandibular → Disco articular - Melhora adaptação entre as superfícies articulares - Recebe o impacto/ amortece - Espessura não uniforme - Se insere: cápsula articular- pólos- músculo pterigóideo lateral COMPONENTES DA ATM 1.Cápsula Articular – Se origina da borda da fossa mandibular, envolve o tubérculo articular do osso temporal e se insere no colo da mandíbula, acima da fóvea pterigóidea. 2.Disco Articular – é uma lâmina ovulada e fina situada entre o côndilo da mandíbula e a fossa mandibular. Divide a articulação em parte superior e inferior, cada qual guarnecida com uma membrana sinovial. Sua face superior é côncavo-convexa para se ajustar ao tubérculo e a fossa da mandíbula e sua face inferior é côncava para se ajustar ao côndilo da mandíbula. 3.Ligamento Temporomandibular Lateral – consiste em dois curtos fascículos estreitos. Está inserido acima no arco zigomático e abaixo na face lateral do colo da mandíbula. 4.Ligamento Esfenomandibular – é uma faixa fina e achatada que localiza-se medial à cápsula. Está inserido na espinha do esfenóide e abaixo na lígula do forame mandibular. 5.Ligamento Estilomandibular – posterior à cápsula, insere-se no processo estilóide e na margem posterior do ângulo da mandíbula. Separa a glândula parótida da submandibular. 6. Ligamentos colaterais - medial e lateral (também conhecidos como ligamentos discais) auxiliam na conexão entre os lados medial e lateral do disco articular com o mesmo lado do côndilo. Fonte: https://www.odontoup.com.br/atm-articulacao-temporo-mandibular/ A articulação é separada nos compartimentos superior e inferior pelo disco articular: ● O compartimento superior (maior volume de líquido sinovial) é limitado superiormente pela fossa mandibular do osso temporal e inferiormente pelo próprio disco articular. Ele contém 1.2 mL de líquido sinovial e é responsável pelo movimento de translação da articulação. ● O compartimento inferior possui o disco articular como limite superior e o côndilo da mandíbula como limite inferior. Ele é ligeiramente menor, com uma média de volume de líquido sinovial de 0,9 mL, e permite movimentos rotacionais. Movimentos 1. Abertura e fechamento da boca; 2. Protrusão mandibular e retrusão mandibular; 3. Desvio lateral da mandíbula SUPRIMENTO SANGUÍNEO A ATM recebe o sangue de três artérias. O suprimento principal vem da artéria auricular profunda (da artéria maxilar) e da artéria temporal superficial (um ramo terminal da artéria carótida externa). Além disso, a articulação recebe sangue da artéria timpânica anterior (também ramo da artéria maxilar). A drenagem venosa se dá através da veia temporal superficial e da veia maxilar. FIGURA: Artéria maxilar FONTE:https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/articulacao-temporomandibular INERVAÇÃO O nervo mandibular (terceiro ramo do nervo trigêmeo) fornece a principal inervação da ATM. Inervação adicional é realizada pelo nervo massetérico e pelos nervos temporais profundos. Fibras parassimpáticas do gânglio ótico estimulam a produção sinovial. Neurônios simpáticos do gânglio cervical superior atingem a articulação juntamente com vasos e possuem um papel na percepção da dor e na monitorização do volume sanguíneo. https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sangue RESUMINDO Compartimentos Superior: movimento de translação da articulação Inferior: movimentos rotacionais da articulação Cápsula articular Origem: borda da fossa mandibular e o tubérculo articular do osso temporal Inserção: colo da mandíbula, acima da fóvea pterigóidea Ligamentos Ligamentos: colaterais, temporomandibular, estilomandibular e esfenomandibular Irrigação Artérias: artéria auricular profunda, artéria temporal superficial e artéria temporal superficial Veias: veia temporal superficial e veia maxilar Inervação Nervos: nervo mandibular, nervo massetérico e nervos temporais profundos. → DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR Segundo a Academia Americana de Dor Oro-facial, a DTM é definida como um conjunto de distúrbios que envolvem os músculos mastigatórios, a articulação temporomandibular (ATM) e estruturas associadas (CARRARA et al, 2010). Sintomas Dores na face, ATM e/ou músculos mastigatórios, dores na cabeça e na orelha. Outros sintomas relatados pelos pacientes são as manifestações otológicas como zumbido, plenitude auricular e vertigem. Sinais Sensibilidade muscular e da ATM à palpação, limitação e/ou incoordenação de movimentos mandibulares e ruídos articulares, dificuldade na alimentação, dores de cabeça. Estudos epidemiológicos estimam que 40% a 75% da população apresentem ao menos um sinal de DTM, como ruídos na ATM e 33%, pelo menos um sintoma, como dor na face ou na ATM (CARRARA et al, 2010). Fonte: Okeson → ETIOLOGIA A causa das DTM é complexa e multifatorial. Existem inúmeras causas que contribuem para as DTM. (Okeson, 20) Estudos recentes demonstram que a DTM tem origem multifatorial, por isso, a tentativa de isolar uma causa nítida e universal não tem sido bem-sucedidas. Apesar disso, pesquisas relatam que a etiologia da DTM gira em torno de uma inter-relação entre três fatores: psicocomportamentais, oclusais e neuromusculares. Os fatores psicocomportamentais ou psicossociais, como ansiedade, estresse e depressão, são considerados atualmente como os principais fatores etiológicos da DTM. (Sartoretto et al, 2012). Os hábitos parafuncionais são bastante citados como fator desencadeante a DTM. Okeson (1998) descreve que, apesar de as pesquisas disponíveis e observações clínicas, em geral, sustentarem esta afirmação, o papel exato dos hábitos parafuncionais na etiologia da DTM ainda permanece obscuro, pois poucos são os estudos que avaliaram diretamente estes comportamentos. Segundo o autor, microtraumas oriundos da atividade parafuncional podem estar relacionados com o aparecimento de sintomatologia articular. Observou-se uma relação positiva entre o hábito de dormir com a mão sob o rosto freqüentemente e o aparecimento de DTM. Isso está de acordo com Colquitt (1987), que afirmou que certas posições adotadas para dormir podem exercer uma força lateral na mandíbula, contribuindo com o aparecimento de alterações funcionais no sistema mastigatório. RESUMINDO Uma vez que é multifatorial a condição engloba várias possíveis causas: Fatores psicológicos (depressão, ansiedade e estresse), hábitos parafuncionais (posições repetitivas como dormir com a mão sob o rosto, braço abaixo do rosto e estudar apoiando o queixo com o braço) , microtraumas e fatores oclusais que exercem uma parcela pequena dos casos. → CLASSIFICAÇÃO 1. Muscular (MIOFASCIAL) Os sinais e sintomas relacionam-se com a musculatura estomatognática; Possui diversos tratamentos, como placa e fisioterapia. 2. Articular (DISFUNÇÃO POR DESLOCAMENTO DE DISCO) Os sinais e sintomas estão relacionados à ATM; Casos cirúrgicos, quando incomoda muito ou impossibilita movimentos. - Deslocamentodo disco articular com redução; - Deslocamento do disco articular sem redução; -Doenças Articulares Degenerativas (Artrose, Osteoartrite); -Condições Artríticas Sistêmicas; -Deslocamento Recorrente Crônico; -Anquilose; -Neoplasias e infecções; → DIAGNÓSTICO DAS DESORDENS TEMPOROMANDIBULARES A separação destas desordens em grupos comuns de sintomas e etiologias é um processo chamado diagnóstico. O clínico deve ter em mente que para cada diagnóstico há um tratamento específico. Não existe um único tratamento que seja apropriado para todas as desordens temporomandibulares (DTM). Portanto, fazer um diagnóstico correto se torna uma parte extremamente importante no controle da desordem do paciente. Quando a pessoa procura o consultório odontológico, ambas as dores articular (dor nos tecidos intracapsulares) e muscular estão presentes. As informações recebidas durante o histórico e exame clínico devem ajudar a determinar que o paciente tem um problema primário com a articulação e um problema secundário com os músculos. Ainda não há método totalmente confiável de diagnóstico que define a presença e severidade das DTM que possa ser usado de maneira irrestrita por pesquisadores e clínicos. Diagnóstico de casos individuais → anamnese direcionada é o melhor caminho na determinação de um diagnóstico. ↪ ANAMNESE DIRECIONADA → Perguntas da saúde geral do paciente; → Perguntas direcionadas a saúde oral do paciente; ex: hábitos do paciente. (morder canetas, posição que dorme, alimentação, emprego, detectar problemas como depressão e ansiedade são de grande valia) → Perguntas direcionadas às disfunções de atm e dor orofacial; ex: início, tempo de duração, tipo de dor, percurso da dor, histórico de tratamento caseiros e medicamentos já utilizados. ↪ EXAME CLÍNICO E FÍSICO Todo o exame e avaliação, intra e extra oral. Palpação dos músculos da mastigação e da ATM. Fatores oclusais como o teste de crepitação, abertura e fechamento, lateralidade, protrusão, guia canina, função em grupo. Fonte: HUPP, 5 ED, Fonte: HUPP, 5 ED, Fonte: HUPP, 5 ED, ↪ EXAMES DE IMAGENS Ressonância magnética e tomografia computadorizada, em casos de descarte de problema de origem muscular e tratamentos alternativos não surgirem efeitos. Apesar do custo elevado, é essencial para descartar tumores e degenerações que podem ser as causas para o problema. → TRATAMENTO Variadas formas de tratamento: massagens, terapia física, placas miorrelaxantes, mioterapia, dentística, ajuste oclusal, placas e férulas, desgaste seletivo,técnicas cirúrgicas, encaminhamento ao psicólogo, fisioterapeuta para acupuntura e fisioterapia e outros profissionais. A parte cirúrgica é voltada para pacientes que apresentem problemas articulares. A terapia medicamentosa é um aspecto importante do tratamento conservador da DTM. Os medicamentos mais utilizados na DTM incluem: (1) AINEs; (2) ocasionalmente, analgésicos mais potentes; (3) relaxantes musculares e (4) antidepressivos (HUPP, 2008). FONTE: VILLELA. Temporomandibular Dysfunctions: Pharmacological Update Em geral, analgésico não opioide e anti-inflamatório não esteroide, como a DIPIRONA e o NAPROXENO (Tab. 1) são indicados para a melhora de dores de intensidades leves a moderadas, enquanto que os analgésicos opioides, como o TRAMADOL e a CODEÍNA (Tab. 1), são indicados para a abordagem da dor de intensidade moderada a intensa e que não respondam aos analgésicos não opioides. Os opioides são eficazes no controle da dor crônica, contudo o risco de tolerância e de dependência física são fatores limitantes ao uso prolongado. Neste contexto, é importante ressaltar que a farmacoterapia, mesmo que eficaz, quando prolongada poderá produzir efeitos adversos clinicamente significativos (FUCHS, WANNMACHER 2017). Em casos de fibromialgia os opioides isolados ou em associação com analgésicos são indicados especialmente quando os anti-inflamatórios estão contraindicados, porém, seu uso é controverso e geralmente não recomendado, por conta do elevado risco de tolerância, de dependência e dos efeitos adversos graves. Nos casos de dor de intensidade moderada à severa, o cirurgião-dentista poderá prescrever CODEÍNA (Tab. 1: Analgésicos opioides) em associação com PARACETAMOL na dose de 500 mg + 30 mg, respectivamente, a cada 12h; ou TRAMADOL (Tab.1: Analgésicos opioides), de 50 a 100 mg a cada 4 h, obedecendo a dose diária máxima de 400 mg. Contudo, apesar de incluídos em alguns protocolos terapêuticos para o manuseio da dor na clínica odontológica, não há estudos científicos que suportem a indicação de opioides na fibromialgia (ALMEIDA, FONSECA et al., 2016). PLACAS MIORRELAXANTES É indicada para reduzir/ sumir com sintomas, evitar o apertamento e ranger dos dentes em casos de bruxismo, além de prevenir a evolução da disfunção para situações limitantes. Reeduca o paciente e é bastante útil em crises, pode ser usada um período ou mais prolongada alternando, dependendo de cada caso e da recomendação do cirurgião dentista. A placa miorrelaxante não tem a função e não consegue regenerar os ligamentos rompidos. Por isso, é de grande importância um diagnóstico correto para passar seu uso. Fonte: http://luisgustavoleite.com.br/blog/placa-para-tratamento-da-atm/ TÉCNICAS CIRÚRGICAS Deve- se tratar essas cirurgias como procedimentos de exceção e não de eleição. Ou seja, são últimos casos e não devem ser recomendadas sem um diagnóstico preciso. São recomendadas quando necessárias e após terapias conservadoras. Artrocentese Pode ser empregada nos casos de deslocamento do disco com ou sem redução em fase aguda (com aderência à fossa, ou a vertente anterior do tubérculo articular), no qual a dor é a principal queixa). Tal técnica utiliza uma agulha ou cateter, duas agulhas ou mais agulhas, inseridas de forma transcutânea, podendo haver somente uma agulha de entrada, ou uma de entrada e outra de saída (Grossmann et al, 2011). Uso de substância biocompatível como solução fisiológica, anestésico local, solução de Ringer com lactato, opioides e hialuronato de sódio. O objetivo de tal terapêutica é produzir uma lavagem articular, diluir substâncias algogênicas locais, restabelecer a normopressão intra-articular e avaliar quais as substâncias estão presentes no fluido sinovial. A artrocentese é uma técnica simples e de fácil execução, podendo ser realizada sob anestesia local, com ou sem sedação, de baixo custo, replicável, pouco invasiva, de baixa morbidade com excelentes resultados (Grossmann et al, 2011). Fonte: https://www.odontoup.com.br/artrocentese/ http://luisgustavoleite.com.br/blog/placa-para-tratamento-da-atm/ https://www.odontoup.com.br/artrocentese/ Artroscopia É uma técnica mais invasiva do que a artrocentese tendo as mesmas indicações. Essa é realizada sob anestesia geral envolvendo cânulas, trocateres, um artroscópio de diminuta dimensão conectado a um sistema de câmeras que projeta a imagem maximizada em um monitor. Pode-se promover a lise de aderências, ou adesões a lavagem e a manipulação do complexo cabeça e disco articular. Há ainda a possibilidade, através de uma pequena incisão junto à região pré-auricular, de se realizar o reposicionamento para posterior do disco e sua estabilização (Grossmann et al, 2011). As grandes desvantagens de tal técnica são: treinamento prévio em serviço especializado, disponibilidade em nível hospitalar de material e instrumental adequados, um espaço diminuto para o procedimento cirúrgico propriamente dito (Grossmann et al, 2011). As Complicações: Perfuração da cápsula; Extravasamento do fluido auricular; Danos aos tecidos moles e cartilaginosos causado pelo cirurgião; Fraturas de instrumentos; Necessidade de conversão da cirurgia artroscópica para cirurgia aberta. As vantagens de tal técnica cirúrgica são: a inexistência de cicatriz, ou uma cicatriz diminuta, a visualização do campo operatório quando comparado à artrocentese e menor tempo de internação, com melhor recuperação do paciente no pós-operatório, quando comparada à artrotomia (Grossmann et al,2011). Ancoragem do disco Realiza uma perfuração na porção póstero-lateral da cabeça da mandíbula, fixando nessa uma âncora, que servirá de apoio para que se realize a fixação do disco à mesma. Podem-se empregar ao invés da âncora, parafusos reabsorvíveis com a mesma finalidade. As indicações são nos casos de deslocamento do disco sem redução, onde as terapias conservadoras clínicas, ou as cirúrgicas, pouco invasivas, (artrocentese, manipulação mandibular assistida com aumento de pressão hidrostática) tenham falhado, assim como nos casos de deslocamento da cabeça da mandíbula. Empregam-se também nos casos de osteoartrite primária, ou secundária (Grossmann et al, 2011). Reposicionamento discal O reposicionamento do disco da ATM está indicado nos casos de leve interferência mecânica da função articular. Quando o disco está intacto, embora fora de posição, o mesmo pode ser reposicionado com sutura, sem tensão, tendo-se o cuidado de remover o excesso de tecido junto à porção posterior do mesmo. Uma plastia óssea da fossa e/ou do tubérculo articular pode(m) ser necessário(s) nos casos de doença degenerativa, ou quando o complexo cabeça mandibular, fossa e disco, no ato transoperatório, apresenta algum ruído articular ou contatos grosseiros. Finalizada essa etapa lava-se o espaço articular e procede-se o fechamento por planos (Grossmann et al, 2011). A fisioterapia deve ser iniciada tão logo o paciente esteja desperto a fim de evitar a formação de aderências e adesões (Grossmann et al, 2011). Discectomia É um procedimento cirúrgico que visa a completa remoção do disco, assim como seus elementos de fixação-ligamentos. Indica-se nos casos de neoplasias benignas, malignas em casos avançados de deterioração, ou fratura do disco. Após a remoção do disco é recomendável empregar enxertos autógenos a base de fáscia temporal, cartilagem da orelha, músculo temporal, derme e tecido adiposo retirado da parte interna da coxa, ou abdômen. Tuberculotomia Tal técnica é indicada nos casos de subluxação com quadro de dor associada, ou deslocamento da cabeça da mandíbula (luxação) de repetição no qual o tratamento clínico produziu pouca ou nenhuma resposta adequada. É um procedimento que objetiva a remoção, ou redução do tubérculo articular, no qual se procura alterá-lo no sentindo latero-medial, propiciando uma superfície plana e suave. Com isso, evita-se o travamento da cabeça da mandíbula junto à vertente anterior desse tubérculo (Grossmann et al, 2011). Tal procedimento cirúrgico parece ser o de mais fácil execução, com menor tempo cirúrgico, apresentando um resultado imediato no pós-operatório, sem que haja restrição alimentar, com menor grau de morbidade, permitindo um movimento adequado do complexo cabeça-disco articular. Pode-se, também, ao invés de eliminar o tubérculo articular, criar uma barreira biomecânica à movimentação da cabeça da mandíbula. Tal técnica pode ser realizada colocando-se um pino metálico (implante osteointegrado), enxerto ósseo, uma miniplaca fixada por parafusos junto ao tubérculo articular, ou ainda realizar uma fratura em galho verde do arco zigomático (Grossmann et al, 2011). Condilectomia Trata-se de uma técnica cirúrgica que envolve a remoção completa da cabeça da mandíbula por acesso extrabucal (pré-auricular e/ou submandibular, ou pós-auricular). Pode ser realizada por acesso intrabucal por meio de vídeo, com a remoção no mesmo ato cirúrgico do processo coronoide da mandíbula. Tal técnica é indicada nos casos de neoplasias malignas, ou benignas como anquilose óssea, anquilose fibrosa, hiperplasia do processo condilar, doenças degenerativas em evolução. É importante interpor entre o remanescente mandibular e a fossa uma fina lâmina de silicone, fáscia temporal, músculo temporal, ou empregar enxertos ósseos condrocostal, fíbula e próteses metálicas articulares. O objetivo maior é tentar evitar a neoformação óssea e, consequentemente, a recidiva do caso (Grossmann et al, 2011) . ANOTAÇÕES
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