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COMÉRCIO 
ELETRÔNICO
Anya Révillion 
Marketing digital
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Conceituar marketing digital.
  Descrever as estratégias do varejo no e-commerce.
  Explicar o papel das mídias sociais e dos influenciadores digitais no 
processo de compra.
Introdução
As tecnologias digitais modificaram praticamente todas as dimensões 
da vida humana. Na área de marketing, os objetivos de conquistar novos 
clientes e fidelizar os atuais continuam sendo a base do planejamento, 
mas as estratégias e ações para alcançá-los precisam levar em conta o 
comportamento do consumidor, cada vez mais conectado e empoderado.
Para isso, as empresas vêm utilizando várias estratégias, desde o tra-
dicional e-mail marketing até campanhas de mobile marketing, que se 
utilizam da onipresença do celular na vida das pessoas. As mensagens 
— ou seja, o conteúdo gerado pelas marcas — precisam ser relevantes e 
criativas para que sejam capazes de gerar relacionamento e engajamento.
Neste capítulo, você vai aprender sobre o marketing digital, o seu con-
ceito e as suas vantagens em relação ao marketing tradicional. Também 
vai conhecer as estratégias de marketing digital utilizadas no e-commerce, 
como presença digital, e-mail marketing, marketing de conteúdo, mobile 
marketing, marketing de busca e marketing em redes sociais. Finalmente, 
vai estudar sobre as mídias sociais e os influenciadores digitais, bem 
como sobre o seu papel no processo de compra do consumidor atual.
Conceitos fundamentais
Antes de falarmos sobre marketing digital, precisamos entender o conceito 
de marketing. Segundo Kotler e Armstrong (2013, p. 3), “[...] marketing é 
administrar relacionamentos lucrativos com o cliente. Os dois objetivos prin-
cipais do marketing são: atrair novos clientes, prometendo-lhes valor superior, 
e manter e cultivar os clientes atuais, proporcionando-lhes satisfação”. Isso 
signifi ca que o principal trabalho do marketing é, por um lado, identifi car e 
conquistar clientes que ainda não conhecem o produto ou serviço e, por outro, 
estabelecer um relacionamento próximo com aqueles que já compram o produto 
ou serviço. Portanto, podemos afi rmar que o consumidor é o elemento central 
de qualquer estratégia ou plano de marketing.
Em função da popularização da internet e do surgimento dos canais digitais 
como e-mail, site, blog, mídias sociais e buscadores, o trabalho de marketing 
está cada vez mais voltado ao ambiente digital. Nesse sentido, o marketing 
digital é o conjunto de ferramentas, plataformas e estratégias de marketing 
utilizadas para promover uma empresa, marca ou produto na internet. Consiste 
em ações que buscam fazer com que os usuários da web conheçam a empresa, 
confiem e estabeleçam um relacionamento com ela, tomando a decisão de 
compra em favor dela (TORRES, 2010).
Por exemplo, antes do surgimento da internet, como um consumidor bus-
cava informações sobre um produto ou serviço que desejava comprar? Vamos 
imaginar que esse consumidor precisava comprar uma televisão nova em 
1990. Provavelmente a primeira ação seria buscar na memória as opções de 
marcas de TV disponíveis. Essa lembrança de marcas específicas era bastante 
influenciada pela presença delas nos meios de comunicação de massa: quanto 
mais uma marca anunciava na televisão, no rádio, em jornais e revistas, maior 
a chance de o consumidor considerá-la no momento da compra. Escolhida 
a marca, o consumidor se deslocava até uma loja física da sua preferência e 
efetuava a compra do produto. 
Essa lógica mudou bastante após a disseminação da internet. Atualmente, 
uma grande parte das pessoas que procura informações sobre um produto ou 
serviço utiliza um buscador (Google, Bing, Yahoo, etc.), sites de comparação 
(Buscapé, Zoom, Já Cotei) ou as mídias sociais para avaliar as opções dispo-
níveis. É claro que estar presente nos meios de comunicação tradicionais ainda 
Marketing digital2
é importante; porém, não ter uma estratégia de presença digital significa 
“não existir” para milhares de potenciais consumidores que navegam todos 
os dias na internet. 
No Quadro 1, você encontra as principais vantagens de utilização do marketing 
digital em relação aos meios tradicionais.
Interatividade 
com o consumidor 
ou usuário
Na internet, o conteúdo gerado pelas empresas 
é publicado em suas plataformas (site, blog, 
mídias sociais). Com esse formato, o usuário se 
sente mais confortável em interagir por meio de 
comentários, perguntas, sugestões ou críticas. 
Porém, é importante que as empresas estejam 
preparadas para responder e atender às necessidades 
e aos anseios dos consumidores. A satisfação 
deles dependerá da agilidade e capacidade de 
interação das empresas nesse processo.
Melhor 
mensuração 
dos resultados
Na web praticamente todos os passos do consumidor 
podem ser rastreados e registrados. No marketing 
tradicional, esses dados normalmente não são 
tão precisos. Por exemplo, quem pegou o seu 
folheto nas ruas? Quem ouviu o seu anúncio 
no rádio? Quantos realmente se interessaram e 
quantos compraram em função desse anúncio?
No marketing digital, existem diversas ferramentas 
que realizam essa análise de resultados on-line. Por 
exemplo, o Google Analytics indica, entre outros, 
a quantidade de pessoas que visitaram o site da 
empresa, as páginas que foram visualizadas e o 
tempo de permanência em cada sessão. Já com o 
Facebook Insights, é possível contabilizar a quantidade 
de compartilhamentos que um post teve, qual o 
número de pessoas que curtiu e quantas reações 
(positivas ou negativas) o post causou. Assim, é 
possível analisar, interpretar e utilizar os resultados 
alcançados sobre o comportamento e perfil dos 
consumidores para planejar campanhas mais eficientes. 
Quadro 1. Vantagens das estratégias de marketing focadas no ambiente digital
(Continua)
3Marketing digital
Embora seja muito relevante, o marketing digital não substitui o marketing tradicional. 
Os anúncios em jornais, rádio e televisão, assim como outdoors e painéis de mídia 
externa ainda são parte importante da estratégia de comunicação de muitas empresas. 
No caso de consumidores idosos ou para aqueles que moram em regiões sem acesso 
à internet, estes são meios essenciais de divulgação. 
Estratégias de marketing digital no e-commerce
Uma das metodologias de marketing digital mais conhecidas no Brasil são 
os 8 Ps. Criadas pelo especialista em marketing Conrado Adolpho, as etapas 
Fonte: Adaptado de Gabriel (2010).
Melhor 
segmentação
Todo produto ou serviço promovido na internet possui 
um público-alvo determinado. Segmentar é anunciar 
ou estabelecer relacionamento com os consumidores 
certos. As mídias sociais permitem a segmentação do 
público por gênero, faixa etária, região, preferências 
e interesses, entre outros fatores. Essa determinação 
de perfis permite que anúncios e ações digitais sejam 
direcionados apenas às pessoas que se deseja atingir.
Custos mais 
baixos de 
investimento 
em mídia
Os custos de veiculação em TV, rádio, revistas, jornais 
e mídia externa costumam ser mais altos, quando 
comparados aos custos de links patrocinados e 
anúncios on-line. Além disso, nos veículos tradicionais 
há ainda o custo de produção das peças (por exemplo, 
a impressão em papel, a gravação e edição de um 
comercial, etc.). Na internet o preço é mais flexível, 
pois é possível definir o quanto se está disposto a 
investir para alcançar as metas, independentemente 
do formato escolhido para o anúncio. 
Quadro 1. Vantagens das estratégias de marketing focadas no ambiente digital
(Continuação)
Marketing digital4
ensinam a coletar dados, planejar uma estratégia de divulgação e tornar a 
empresa relevante na internet. Segundo Adolpho (2011), essas etapas consistem 
no seguinte.
1. Pesquisa: é a etapa em que se busca conhecer e compreender o perfil 
do consumidor. O processo de criação de um produto e serviço e as 
suas estratégias de marketingserão muito mais efetivos se a empresa 
souber as preferências dos seus clientes em potencial.
2. Planejamento: é a etapa em que se analisam todos os dados coletados 
e se elabora um caminho para a estratégia de marketing.
3. Produção: é a etapa em que se avalia a utilização ou criação das platafor-
mas e ferramentas digitais necessárias para colocar o plano em prática.
4. Publicação: é a etapa em que se busca formatar e otimizar o site, blog, 
redes sociais e outras plataformas da empresa de forma que apareçam 
nos primeiros lugares dos mecanismos de busca como o Google.
5. Promoção: é a etapa de criação de conteúdos relevantes que atraiam 
os consumidores e potenciais clientes para as plataformas digitais da 
empresa.
6. Propagação: é a etapa de elaboração de estratégias que fomentem o 
compartilhamento e a propagação de conteúdos e campanhas da empresa 
entre os internautas.
7. Personalização: é a etapa de criação de conteúdos segmentados e 
focados em perfis específicos de consumidores, por meio de linguagem 
e abordagem adequadas.
8. Precisão: é a etapa de mensuração dos resultados em relação ao plano 
de marketing digital que foi implantado.
Uma estratégia de marketing digital é um plano abrangente, que engloba 
o negócio, os objetivos e as ações para atingir esses objetivos. Essa estratégia 
parte de uma avaliação criteriosa do ambiente competitivo e evolui constante-
mente com base no controle do desempenho, ou seja, das métricas utilizadas 
para indicar se os objetivos estão sendo ou não atingidos. A estratégia digital 
abrange toda a atividade on-line e a utilização de canais digitais, que podem 
incluir presença digital, e-mail marketing, marketing de conteúdo, mobile 
marketing, marketing de busca e marketing em redes sociais. 
5Marketing digital
Presença digital
Segundo Gabriel (2010), a presença digital signifi ca que a empresa existe 
dentro da internet. Pode ser na forma de um site da empresa ou um banner 
de anúncio dessa mesma empresa em um portal de notícias. Veja a seguir as 
três formas de a empresa estar presente na internet.
  Mídia própria ou pertencente: são os conteúdos desenvolvidos e 
mantidos pela própria empresa, como site, blog, perfis em redes sociais, 
jogos e aplicativos. Exige compromisso e recursos para que seja possível 
construir e consolidar uma audiência significativa.
  Mídia adquirida: são os conteúdos gerados de forma orgânica (gratuita) 
como parte dos resultados de busca, assim como da interação com o 
consumidor, como os compartilhamentos, comentários e recomenda-
ções nas mídias sociais. Transmite credibilidade, por se tratar de uma 
comunicação entre usuários/consumidores; porém, a empresa não tem 
controle sobre o que é dito sobre ela.
  Mídia paga: é a promoção do conteúdo por meio de anúncios pagos 
em banners e displays de sites, blogs, redes sociais, aplicativos e jogos, 
assim como os links patrocinados em mecanismos de busca. O patro-
cínio de influenciadores digitais também se encaixa nessa categoria. 
Atrai potenciais consumidores que não seriam alcançados pelas mídias 
própria e adquirida, mas pode ser ignorada pelo consumidor, se usada 
em excesso.
E-mail marketing
Para planejar uma campanha efi ciente de e-mail marketing, é necessário 
iniciar com uma base de contatos (lista de endereços de e-mail) que tenha 
sido construída a partir do consentimento dos usuários. O e-mail marketing 
deve ter conteúdo segmentado e personalizado, o que garante mais chances 
de despertar o interesse de um grupo específi co de pessoas. Segundo Turchi 
Marketing digital6
(2012, p. 79), “[...] sua principal característica é a agilidade, tanto para envio, 
quanto para resposta (confi rmação de recebimento) e pela facilidade de medir 
o retorno, o que pode ser feito através de estatísticas”.
De acordo com o relatório da The Radicati Group (2016), até 2020, 3 bilhões de pessoas 
no mundo utilizarão e-mail, sendo que somente o Gmail tem cerca de 1,4 bilhões de 
usuários.
https://goo.gl/CMfftm
Marketing de conteúdo
O principal objetivo das empresas que investem em marketing de conteúdo 
é educar o público-alvo de um negócio. O conteúdo pode trazer informações 
sobre produtos, serviços ou segmento de atuação. Com isso, é possível atrair 
visitantes mais qualifi cados para a empresa, o que aumenta as chances de 
conversão, ou seja, de que o consumidor realmente venha a comprar o produto 
ou serviço.
Nesse sentido, o marketing de conteúdo consiste em desenvolver mate-
riais ricos em informação para que o consumidor da marca se sinta atraído 
a interagir com ela. No meio digital, esses conteúdos podem ser em formato 
de textos, artigos, e-books, podcasts, vídeos, infográficos, templates, games, 
entre outros (REZ, 2016). Porém, o marketing de conteúdo é uma estratégia 
que não precisa ser exclusivamente digital. Há inúmeros exemplos em que a 
aplicação de marketing de conteúdo em meios tradicionais de comunicação 
também obteve sucesso, como o caso do Guia Michelin, na França, e dos 
Livros de Receitas do açúcar União, no Brasil.
O autor Farnworth (2016) apresenta algumas das principais diferenças 
entre marketing tradicional e marketing de conteúdo, conforme o Quadro 2.
7Marketing digital
Fonte: Adaptado de Farnworth (2016).
Marketing tradicional Marketing de conteúdo
Necessita de altos investimentos 
em mídia, espaços publicitários e 
produção. Acessível, na maioria dos 
casos, somente por grandes empresas.
O anunciante é proprietário da 
mídia, que pode ser um site, 
blog, canal de vídeo, perfil em 
rede social, entre outros. 
Geralmente tem curto prazo, 
com campanhas que costumam 
durar de 3 a 6 meses.
Focado no médio e longo prazo, 
buscando construir autoridade e 
desenvolver a confiança dos públicos.
O foco da comunicação é o produto 
ou serviço, buscando aumentar o 
retorno sobre o investimento.
Cerca de 90% do orçamento é 
investido para criar conteúdo que 
educa, inspira e entretém o usuário. 
O foco não é o produto ou serviço.
A mensagem desaparece ao fim 
da campanha, além de o tempo 
de exposição dos anúncios e 
espaços de mídia ser limitado.
O conteúdo está sempre 
disponível, podendo ser localizado 
em resultados orgânicos nos 
mecanismos de busca, sem custo, 
além de poder ser compartilhado 
pelos usuários em redes sociais.
Quadro 2. Comparativo entre marketing tradicional e marketing de conteúdo
E-commerces que adotam o marketing de conteúdo contam 
com 10 vezes mais visitantes e quase 15 vezes mais clientes, 
quando comparados aos que não adotam, segundo dados 
do E-commerce Trends 2018. Leia mais sobre o assunto no 
link a seguir ou código ao lado.
https://goo.gl/EApJnK
Marketing digital8
Mobile marketing
Para Gabriel (2010), as tecnologias móveis são consideradas ferramentas im-
portantes de comunicação pessoal e processamento de dados, permitindo, além 
do acesso à internet, novas estratégias de marketing baseadas em mobilidade, 
geolocalização, convergência e crossmedia.
  Mobilidade: celulares e tablets permitem que o consumidor esteja co-
nectado à internet 24 horas, aonde quer que ele esteja. Isso permite uma 
presença constante e uma intimidade com o consumidor que nenhuma 
outra mídia possui (GABRIEL, 2010).
  Geolocalização: é a possibilidade de descobrir a localização de um 
usuário a partir da posição geográfica de um aparelho celular, por 
meio de tecnologias como GPS e Wi-Fi. Isso possibilita conhecer a 
localização exata do consumidor para aumentar a relevância das ações 
que o impactam, com base no local em que se encontra ou no trajeto 
realizado (GABRIEL, 2010).
  Convergência: o aparelho celular é um exemplo de tecnologia con-
vergente, possibilitando a integração de diversos dispositivos digitais, 
como telefone, áudio, texto, vídeo, aplicativos, navegador web e câmera 
— que pode ser usada para escanear códigos, fotografar, filmar, fazer 
videoconferências, entre outros. A integração de todas essas mídias 
convergentes em um dispositivo mobile permite combinar inúmeraspossibilidades de engajamento do consumidor (GABRIEL, 2010).
  Crossmedia: é uma estratégia que usa diversos canais de comunicação, 
como a televisão, o rádio, o jornal e o celular, entre outros, para contar 
uma história ou passar uma mensagem. Um exemplo é o uso dos QR 
Codes, que podem ser disponibilizados em diversas mídias (outdoors, 
revistas, aplicativos), levando o consumidor a outras plataformas, como 
site ou e-commerce (GABRIEL, 2010).
9Marketing digital
O termo “cultura da convergência” foi apresentado por Henry Jenkins no livro de mesmo 
nome, publicado em 2008. Nessa obra, Henry Jenkins propõe a convergência como 
um conceito para definir as transformações tecnológicas, mercadológicas, culturais e 
sociais percebidas no cenário contemporâneo dos meios de comunicação. 
Marketing de busca
Existem basicamente duas formas de busca: a orgânica, em que os resultados 
são listados conforme a sua relevância (em função do termo digitado); e a paga, 
em que os resultados são links patrocinados, ou seja, anúncios de empresas 
que pagaram ao buscador para aparecerem nos primeiros lugares.
No caso da busca orgânica, há um conjunto de técnicas de otimização 
chamado de search engine optimization (SEO), que inclui o aperfeiçoamento da 
estrutura do site e a criação de conteúdos relevantes no seu desenvolvimento. 
Essas técnicas são utilizadas para posicionar o site de uma empresa entre os 
primeiros resultados, de forma gratuita.
No caso da busca paga, a empresa escolhe palavras-chave para patrocinar. 
Em resumo, quando esses termos forem digitados, o link com o anúncio da 
empresa aparecerá em destaque na primeira página do buscador, e o pagamento 
é feito conforme o número de cliques que o link receber (TURCHI, 2012).
Mídias sociais
Kaplan e Haenlein (2010, p. 61) defi nem mídias sociais como “[...] um grupo 
de aplicações para Internet construída com base nos fundamentos ideológi-
cos e tecnológicos da Web 2.0, permitindo a criação e compartilhamento de 
conteúdo gerado pelo usuário”. Em outras palavras, são sites e aplicativos que 
permitem a conexão e interação entre pessoas que compartilham interesses 
semelhantes. Algumas das mídias sociais com maior número de usuários no 
Brasil são Facebook, YouTube, Instagram e WhatsApp. 
Para Gabriel (2010, p. 307), o marketing nas mídias sociais “é o processo de 
promover os produtos e serviços de uma empresa nas redes sociais de forma a 
atrair links, visitantes e seguidores para o seu site ou e-commerce”. Uma das 
características dessa estratégia é estabelecer o relacionamento entre empresas 
e usuários, fomentando o engajamento de clientes atuais e potenciais.
Marketing digital10
Segundo dados do relatório Global Digital 2018, o Brasil está entre os três países do 
mundo em que a população passa, em média, mais de nove horas ao dia navegando 
na internet e onde o tempo diário gasto nas redes sociais supera três horas e meia. 
Analisando esses dados, é possível ter uma ideia da importância das redes sociais 
para a estratégia de marketing digital de uma empresa. Acesse o relatório completo 
no link a seguir.
https://goo.gl/phWsDc
O papel das mídias sociais e dos influenciadores 
digitais no processo de compra
O objetivo das empresas ao utilizar a comunicação nas mídias sociais é o de:
[...] transmitir e divulgar suas mensagens, estimulando o surgimento de co-
munidades de marca. Nessas comunidades, os consumidores interagem com 
outras pessoas que adquiriram o mesmo produto ou serviço em que estão 
interessados, obtendo, assim, benefícios de caráter emocional, cognitivo 
ou financeiro (SALGADO, 2016 apud NEVES, 2016, documento on-line).
Nesse sentido, as ações nas mídias sociais devem promover o engajamento 
dos consumidores, conforme o tipo de comportamento que apresentam. Veja 
a seguir (GABRIEL, 2010).
  Contemplativos: pessoas que consomem conteúdo acessando redes 
sociais, lendo blogs ou assistindo a vídeos em busca de entretenimento 
ou informação.
  Propagadores: pessoas que compartilham informações com outros 
com intenção de deixá-las mais acessíveis e para exercer autoridade, 
demonstrando conhecimento sobre determinado assunto. Frequente-
mente atualizam seus perfis em redes sociais, assim como compartilham 
fotos, vídeos e textos.
  Comentaristas: pessoas que respondem ao conteúdo produzido por 
outros, por exemplo, deixando comentários em blogs ou notícias, reviews 
ou avaliações de produtos. Buscam participar, dar ideias e opiniões.
11Marketing digital
  Produtores: pessoas que desenvolvem e publicam o seu próprio conte-
údo em sites, blogs ou redes sociais. Desejam expressar a sua identidade 
e ser reconhecidas na sua área de atuação.
  Curadores: pessoas que moderam ou estão envolvidas em comunidades 
on-line como Wikipédia, páginas de fãs, comunidades de marcas ou 
fóruns de discussão.
As redes sociais são um dos principais canais por meio dos quais os con-
sumidores se relacionam com as marcas, tanto para compartilhar experiências 
positivas quanto negativas. Todas as etapas do processo de compra foram 
modificadas com esse novo modelo de comportamento. Embora esteja ciente 
de que tem uma necessidade, a grande quantidade e variedade de produtos, 
serviços e marcas disponíveis faz com que o consumidor precise iniciar o seu 
processo de compra buscando conhecer melhor quais são as suas opções. Por 
exemplo, em 1995, o consumidor tinha em torno de 10 modelos de celulares 
para escolher; atualmente são cerca de 80 modelos. 
Conforme Blackwell, Miniard e Engel (2013), o processo de compra inicia 
com a busca de informações, na qual os consumidores acessam as redes 
sociais de forma mais genérica, procurando opiniões e sugestões para solu-
cionar o seu problema. De posse dessas informações, o reconhecimento do 
problema se torna mais claro, fazendo com que o consumidor entenda melhor 
qual a sua real necessidade e direcione a sua busca pela solução. Em seguida, 
na avaliação das alternativas, ele procura visitar os perfis das marcas que 
considera adquirir, avaliando as interações e os comentários presentes nesses 
espaços. Finalmente, a decisão de compra pode envolver a comparação de 
preços na internet ou em lojas físicas e a visita a mídias sociais especializadas 
na manifestação de opiniões, como o Reclame Aqui, que tem como objetivo 
disponibilizar as avaliações de usuários a respeito de produtos e serviços.
Marketing digital12
A pesquisa “Futuro do Varejo: Experiência de Compra On-line”, com 1.000 responden-
tes de todo o Brasil, mostrou que 54% dos entrevistados seguem os perfis das suas 
marcas preferidas nas redes sociais e cerca de 21% utilizam essas mesmas páginas 
como fonte de pesquisa antes de efetuar a compra. O estudo também mostrou que 
81% dos consumidores assumem que leem os comentários de outros usuários antes 
de comprar determinado produto ou serviço pela primeira vez. E mais: 71% confiam 
plenamente nas avaliações. 
É importante notar que as opiniões negativas são as que mais impactam o processo 
de compra, pois 83% admitiram que os comentários depreciativos costumam ser 
mais relevantes para eles do que os positivos, exercendo maior influência na decisão. 
Nesse estudo, constatou-se também que as redes sociais se tornaram um importante 
canal para as empresas de e-commerce: 38% dos entrevistados já compraram algum 
produto por meio de um link que viram em uma rede social. Saiba mais sobre esse 
estudo no link a seguir.
https://goo.gl/W9aW6c
Influenciador digital é um indivíduo que exerce impacto significativo so-
bre um segmento ou nicho de consumidores. São reconhecidos pela capacidade 
de produzir conteúdo relevante para o seu público, formando uma audiência 
fiel e engajada. Em muitos casos, influenciam a tomada de decisão de compra 
de seus seguidores, assim como as suas opiniões e atitudes.
Eduardo Vieira (2016, documento on-line) define o influencer marketing (marketing de 
influência) como “[...] a maneira pela qual as empresas recompensam influenciadores 
dasmídias sociais para criar conteúdos em prol das marcas, gerando endosso — e, 
assim, influenciando consumidores”.
13Marketing digital
O que caracteriza o influenciador digital é o alto desempenho em três 
aspectos: alcance, relevância e ressonância. Esses três elementos funcionam 
como pilares da influência:
  alcance é o número total de pessoas diferentes atingidas por determinada 
mensagem;
  relevância é o nível de interesse que a mensagem provoca nas pessoas;
  ressonância é a capacidade de uma mensagem gerar engajamento.
Por exemplo, um usuário de rede social que tem uma grande quantidade 
de seguidores (alcance), mas que não gera engajamento (ressonância) e cujo 
conteúdo não provoca interesse (relevância) não deve ser considerado um 
influenciador digital. Da mesma forma, um usuário que produz conteúdo 
relevante e gerador de engajamento, mas que possui somente 50 seguidores 
também não é um influenciador digital (CORONADO, 2017).
No final de 2015, o Youpix (plataforma focada em discutir a 
cultura da internet) publicou no YouTube um vídeo sobre 
a revolução cultural e comportamental promovida pelos 
influenciadores digitais. Assista ao vídeo no link a seguir 
ou no código ao lado.
https://goo.gl/Jo9f4L
Em função da grande quantidade de publicidade presente nas mídias di-
gitais, o consumidor vem utilizando cada vez mais software específicos para 
bloquear anúncios, evitando perda de tempo com o que não lhe interessa. 
Enquanto isso, um influenciador fala diretamente para os seus seguidores 
e com a permissão deles. Nesse sentido, é uma estratégia mais espontânea 
e orgânica de promover a marca. O influenciador consegue ter uma grande 
afinidade com o seu público, que o considera uma pessoa comum e acessível. 
O engajamento tende a ser maior em função desse espelhamento. 
A internet permite que o consumidor possa escolher o que quer assistir, 
bem como onde e quando, de acordo com o que ele considera relevante. Além 
Marketing digital14
disso, é possível interagir com o conteúdo fazendo da relação entre produtor de 
conteúdo e público uma via de mão dupla. Os influenciadores digitais dialogam 
diretamente com a nova geração de usuários da internet, conhecem os seus 
anseios e a sua linguagem, e por isso conseguem gerar engajamento para os 
mais diversos temas com muita facilidade. Assim, os influenciadores têm 
conseguido renovar conceitos que funcionam como alternativa de comunicação 
para empresas e marcas (SILVA; TESSAROLO, 2016).
ADOLPHO, C. Os 8 Ps do marketing digital: o guia estratégico de marketing digital. São 
Paulo: Novatec, 2011.
BLACKWELL, R. D.; MINIARD, P. W.; ENGEL, J. F. Comportamento do consumidor. São 
Paulo: Cengage Learning, 2013.
CORONADO, R. Influenciador digital: o que é e como classificá-lo? Influency.me, 2017. 
Disponível em: https://www.influency.me/blog/influenciador-digital. Acesso em: 5 
mar. 2019.
FARNWORTH, D. Content marketing and advertising meet in a dark alley: who wins, 
and why? Copyblogger. 2016. Disponível em: https://www.copyblogger.com/content-
-marketing-vs-advertising. Acesso em: 12 mar. 2019.
GABRIEL, M. Marketing na era digital: conceitos, plataformas e estratégias. São Paulo: 
Novatec, 2010.
KAPLAN, A. M.; HAENLEIN, M. Users of the world, unite! The challenges and opportu-
nities of Social Media. Business Horizons, v. 53, nº. 1, p. 59–68, jan./feb. 2010. Disponível 
em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0007681309001232. Acesso 
em: 5 mar. 2019.
KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2013.
NEVES, A. Relação com o consumidor: impactos das redes sociais no comportamento 
de consumo. Canal Tech, 2016. Disponível em: https://canaltech.com.br/redes-sociais/
redes-sociais-os-novos-comportamentos-de-compra-e-consumo-70329. Acesso em: 
5 mar. 2019.
REZ, R. Marketing de conteúdo: a moeda do século XXI. São Paulo: DVS Editora, 2016.
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Marketing digital16

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