Buscar

Exame físico do nariz

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Exame físico do nariz 
 
Função do nariz: levar o ar em boas condições 
para os alvéolos a fim de realizarem a 
hematose. 
↳ As cavidades nasais também 
possuem a função de filtração, 
aquecimento e umidificação do ar 
inspirado. 
Filtração: é assegurada pela ação mecânica 
das vibrissas, pela função ciliar, pelo reflexo 
esternutatório e pela ação química bacteriana 
do muco nasal. 
↳ A secreção mucosa e os cílios 
vibráteis formam um “tapete mucoso-
ciliar” que está em contínuo trabalho 
de eliminação e expulsão de partículas 
estranhas e micro-organismos. 
Aquecimento: é garantido pela irradiação de 
calor proveniente de intensa vascularização 
da mucosa. 
Umedecimento: é assegurada pela secreção 
mucosa, pela transdução serosa e pela 
secreção lacrimal. 
 
 
 
 
O nariz apresenta 2 paredes, a medial 
formada pelo septo nasal e a parede lateral 
formada pelas conchas nasais inferior, média 
e superior. 
As reentrâncias das cavidades nasais 
servem para aumentar a superfície de 
contato com o ar, além de imprimir direção ao 
fluxo aéreo. Inicialmente o ar é turbulento, o 
que vai proporcionar maior contato com a 
mucosa nasal com máxima umidificação e 
aquecimento. 
 A concha nasal inferior é um osso 
individual, articulado à parede lateral da 
cavidade nasal, em um plano longitudinal, 
quase horizontal, com convergência 
posterior. 
A região da parede lateral da 
cavidade nasal, localizada sob a concha 
inferior, é denominada meato nasal inferior. 
Nesse meato, próximo ao ponto onde a concha 
se articula à parede nasal lateral, entre seus 
terços anterior e médio, encontrasse o óstio 
do ducto nasolacrimal. 
A concha nasal média apresenta 
estrutura anatômica semelhante à concha 
nasal inferior. Sua cabeça está próxima ao 
teto do nariz e da lâmina cribriforme do 
etmoide. 
A concha nasal superior é menor e está 
localizada superior e posteriormente à 
concha nasal média, próximo ao recesso 
esfenoetmoidal. O meato nasal superior, 
abaixo dessa concha, é bastante pequeno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Toda mucosa que reveste essas 
paredes é coberta por epitélio 
pseudoestratificado colunar ciliado. 
Os seios paranasais são extensão da 
cavidade nasal e são denominados de acordo 
com o osso onde se desenvolve e crescem, 
tendo-se, então os seios frontais, seios 
maxilares, seio etmoidal e seio esfenoidal. 
 
 
 
 
Anatomia e fisiologia 
Exame físico do nariz 
 
- Obstrução nasal: alterações anatômicas, 
rinites, manifestações alérgicas, pólipos, 
neoplasias benignas e malignas, imperfuração 
coanal congênita. 
↳ Obstrução nasal crônica gera 
respiração bucal de suplência e 
transtornos de reflexos pulmonares, 
com prejuízo da expansão torácica e 
da própria ventilação pulmonar. 
- Rinorreia (corrimento nasal): além de 
epistaxa (corrimento sanguíneo), também 
pode ocorrer hipersecreção serosa ou 
seromucosa, mucopurulenta, purulenta, com 
difteria nasal (fragmentos de falsas 
membranas). 
↳ Corrimento purulento por uma única 
narina: sinusite (supuração de um seio 
acessório) ou corpo estranho. Em caso 
de odor na secreção, pode ser sífilis 
nasal, neoplasias malignas ou ozena. 
 - Alterações no olfato: 
↳ Diminuição (hiposmia) ou abolição 
(anosmia): podem ter uma causa 
intranasal que impede a passagem das 
partículas odoríferas até a zona 
olfatória na abóbada das fossas nasais 
(pólipos, edema da rinite alérgica 
crônica, hipertrofia dos cornetos), 
atrofia da mucosa pituitária (ozena), 
lesões das terminações nervosas 
olfatórias ou, então, processos 
intracranianos que alcançam 
diretamente o bulbo olfatório 
(tumores, abscessos, traumatismos) 
ou atuam indiretamente sobre o 
mesmo por aumentar a tensão 
intracraniana, como meningites e 
tumores 
↳ Aumento (hiperosmia): às vezes 
surge na gravidez (não raro 
precocemente), no hipertireoidismo e 
nas neuroses. O olfato exagerado 
geralmente decorre de lesões da 
ponta do lobo temporal. Por vezes, a 
hiperosmia e também a parosmia 
podem instalar-se como aura 
epiléptica (surgem antes da crise) ou 
como equivalente da crise convulsiva 
↳ Cacosmia: consiste em sentir maus 
odores. Há duas variedades: uma 
subjetiva, na qual somente o indivíduo 
percebe o mau cheiro, como ocorre na 
sinusite purulenta crônica; e outra 
obje- 
tiva, na qual tanto o indivíduo como as 
pessoas que dele se aproximam o 
percebem. A cacosmia objetiva pode 
ser causada por sífilis nasal com 
sequestros, tumores e corpo estranho. 
Na rinite atrófica ozenosa, em geral, a 
cacosmia é só objetiva, isto é, a 
fetidez é percebida pelas pessoas que 
rodeiam o paciente, mas não pelo 
próprio paciente, devido a uma atrofia 
das terminações do nervo olfatório ou 
a uma fadiga do nervo em consequência 
da percepção contínua dos odores 
fétidos que se formam na rinite 
ozenosa 
↳ Parosmia: consiste na interpretação 
errônea de uma sensação olfatória. É 
a perversão do olfato. Surge em 
neuropatas ou em portadores de 
neurite gripal. Pode surgir também 
como aura na epilepsia. 
-Dor: ocorre principalmente em processos 
inflamatórios agudos das cavidades sinusais e 
nas neoplasias nasossinusais. A localização da 
dor depende do seio afetado e pode ser 
agravada com a palpação. 
- Alteração na fonação: certas afecções 
nasobucofaríngeas podem alterar a emissão 
vocal, dando origem à voz anasalada ou 
"rinolalia", cuja intensidade maior ou menor 
estaria na dependência do fator etiológico: 
véu palatino curto ou paralítico, vegetações 
adenoides hipertrofiadas, amplas 
destruições do septo nasal, obstrução nasal 
aguda ou crônica e fenda palatina. 
- Dispneia: todas as causas de obstrução 
nasal bilateral podem acarretar dispneia de 
maior ou menor intensidade. Outra 
eventualidade de dispneia e até apneia de 
origem nasal é constituída pela síndrome de 
apneia do sono. 
- Ronco: É causado por obstáculo à livre 
passagem da corrente aérea pelas fossas 
nasais e faringe. Em consequência deste, a 
úvula e o véu palatino vibram durante a 
passagem do ar inspiratório e provocam o 
Sinais e sintomas 
ronco, que pode adquirir a incrível 
intensidade de 80 decibéis durante o sono 
profundo. É mais frequente em homens e 
pessoas obesas, mas é preciso lembrar que 
crianças também roncam. O individuo que 
ronca com frequência apresenta síndrome de 
apneia do sono. 
- Epistase: sangramento nasal, sinal 
frequente em patologias nasossinusais. 
 
 
O exame se resume a inspesão e palpação do 
nariz e rinoscopia anterior e posterior. 
Inspeção e palpação 
 Durante a inspeção se pode observar 
diversos tipos de nariz, variando de acordo 
com a direção da pirâmide nasal: nariz reto, 
nariz grego (não existe o sulco nasofrontal e 
o dorso prossegue diretamente com a testa), 
nariz aquilino (recurvado como o bico da 
águia) e nariz arrebitado(aquele em que a 
ponta é virada para cima). 
 
As narinas são separadas uma da outra 
pela "columelá' ou subsepto, que é longo em 
caucasianos e curto em negros. Em 
consequência, as narinas são elípticas nos 
caucasianos e alargadas no sentido 
transversal nos negros. 
A inspeção possibilita também que as 
deformações traumáticas (fraturas) ou 
provenientes de destruição das cartilagens 
nasais e/ou partes ósseas sejam 
reconhecidas, como ocorre em certas 
entidades mórbidas. 
- Goma sifilítica: pode provocar o nariz em 
sela, com sua depressão característica na 
base, por destruição dos ossos próprios e do 
septo nasal. 
- Leishmaniose: pode destruir as narinas, 
lábio superior e pirâmide nasal, adquirindo o 
aspecto de focinho de anta. 
- Hanseníase: a pirâmide nasal se alarga e a 
face apresenta infiltrações nodulosas, 
adquirindo o clássico aspecto leonino. 
- Hipotireoidismo: provoca infiltração 
mixedematosa difusa e característica da 
face. 
- Hipertrofia de vegetações adenoides: 
obriga a uma respiração bucalpermanente e 
consequentes deformações dos traços 
fisionômicos, constituindo-se a chamada 
fácies adenoides: boca entreaberta, lábio 
superior levantado, fisionomia inexpressiva, 
tendência a babar, prognatismo do maxilar 
superior. 
- Rinoscleroma. Doença infecciosa (bacilo de 
Frisch) crônica e progressiva, rara no Brasil, 
que acarreta infiltração hipertrófica e densa 
da mucosa nasal, com tendência a invadir as 
narinas e a pirâmide nasal, que se alarga. 
 Além de identificar o tipo de nariz e a 
forma, também se deve procurar os seguintes 
itens: 
• Desvios da linha média; 
• Lesões na pele; 
• Sinais sugestivos de processos infecciosos; 
• Hiperemia (aumento do fluxo de sangue), 
edema e abaulamento; 
• Luxações do subsepto; 
• Deformidades. 
 
Ordem em que deve ser examinado o nariz: 
narinas – vestíbulo – septo 
 
 Já a palpação deve ser feita 
externamente nas áreas frontal, maxilar e 
Exame físico 
seio frontal exercendo pressão com o polegar 
acima e sob a sobrancelha e seios maxilares, 
acima e abaixo do processo zigomático, para 
detectar sensibilidade. Ao realizar a 
palpação, utiliza-se os dedos indicadores e 
polegar e sustenta-se a cabeça do paciente 
com o resto dos dedos. Nesse ponto, a 
palpação pode detectar pontos dolorosos. 
Rinoscopia 
Rinoscopia é o exame das fossas 
nasais, dividida entre anterior e da posterior. 
O segredo do exame das fossas nasais 
é posicionar a cabeça do paciente da maneira 
correta: inclinada para trás. Além desse 
posicionamento correto, uma boa iluminação é 
muito importante, uma lanterna pequena já 
serve como bom foco de luz. 
A intenção desse exame é analisar a 
mucosa interna, que deve ter uma tonalidade 
vermelho-opaca, deve estar úmida, com 
superfície lisa e limpa. A presença 
desecreção (aquosa, turva, purulenta, 
sanguinolenta) é um dado importante no 
diagnóstico, avaliar o septo e eventuais 
estruturas anormais (crostas, pólipos, 
neoplasias, corpo estranho) também é 
importante. 
A rinoscopia anterior consiste em 
afastar a asa do nariz por meio de um 
espéculo nasal, cujas válvulas são 
introduzidas no vestíbulo. Durante o 
procedimento, analisa-se os cornetos nasais e 
seus respectivos meatos, o septo nasal, o 
assoalho da fossa nasal e a fenda olfatória 
(entre a cabeça do cometo médio e o septo) e 
comprova-se a existência de exsudatos, 
pólipos, neoplasias, hipertrofia de cometos, 
desvios do septo e corpos estranhos. 
↳ Em crianças o exame pode ser feito 
com o espéculo auricular já que o nasal 
pode ser agressivo e gerar dor. 
Exames complementares que podem ser 
realizados: exames radiológicos, rinoscopia 
endoscópica ou biopsia. 
 
 
Semiologia Médica - Celmo Celeno Porto - 7ª 
Edição. 2013. Editora Guanabara Koogan. 
Resumo Andressa Santos: 
https://www.passeidireto.com/arquivo/9468
1470/exame-fisico-do-nariz-2-p 
 
Referências 
https://www.passeidireto.com/arquivo/94681470/exame-fisico-do-nariz-2-p
https://www.passeidireto.com/arquivo/94681470/exame-fisico-do-nariz-2-p

Continue navegando