Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Reator Tanque Contínuo (CSTR) • Nesse reator temos fluxo. • Desejamos determinar o volume total do reator para processar uma determinada reação e atingir uma desejada conversão final. • Já conhecemos a cinética da reação. • Só precisamos acrescentar dados adicionais, como o fluxo de alimentação e o tempo de residência médio. • O tempo de residência das moléculas não é uniforme e há volumes mortos com caminhos preferencias. SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Reator Tanque Contínuo (CSTR) • Para desenvolvermos o balanço do reator CSTR vamos considerar regime permanente, sem levar em conta o acúmulo, resultando em: 𝐹𝑗0 − 𝐹𝑗 + 𝑟𝑗𝑉 = 0 • Essa equação se aplica a reagentes e produtos SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Reator Tanque Contínuo (CSTR) • Como esse tipo de reator é mais utilizado para processar reações em fase líquida, podemos considerar o volume constante. • Considerando a conversão de A (sendo A o reagente limitante): 𝐹𝐴 = 𝐹𝐴0 1 − 𝑋𝐴 ⇒ 𝐹𝐴0 − 𝐹𝐴 = 𝐹𝐴0𝑋𝐴 • Logo: 𝐹𝐴𝑜𝑋𝐴 = −𝑟𝐴 𝑉 𝑉 = 𝐹𝐴𝑜𝑋𝐴 −𝑟𝐴 Equação geral para o reator CSTR SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Reator Tanque Contínuo (CSTR) • Para o produto: 𝐹𝐴𝑜𝑋𝐴 = Τ 𝑟 𝑎 𝑟𝑅 𝑉 • Para o caso particular da fase líquida, podemos usar a concentração como variável principal de medida, pois: 𝐹𝐴0 = 𝐶𝐴0𝑣0 e 𝐹𝐴 = 𝐶𝐴𝑣0 = 𝐶𝐴0𝑣0 1 − 𝑋𝐴 • Resultando na seguinte equação para o cálculo do volume do CSTR: 𝑉 𝑣0 = 𝜏 = 𝐶𝐴0 𝑋𝐴 −𝑟𝐴 SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Reator Tanque Contínuo (CSTR) • Tempo de residência médio no CSTR: • O tempo de residência dos reagentes num reator tanque não é homogêneo e tem uma distribuição de tempo variável. • Podemos calcular o tempo médio de residência: ҧ𝑡 = 𝑉𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑣𝑠𝑎í𝑑𝑎 • Se o sistema ocorre a volume constante (no caso dos líquidos) o fluxo de saída é igual ao fluxo de entrada e portanto, igual ao tempo espacial. SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Reator Tanque Contínuo (CSTR) • Se a reação se dá em fase gasosa e há variação de volume (contração ou expansão) então o fluxo 𝑣 varia e: ҧ𝑡 = 𝑉𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑣𝑠𝑎í𝑑𝑎 = 𝑉𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑣0(1 + 𝜀𝐴. 𝑋𝐴) = 𝜏 (1 + 𝜀𝐴. 𝑋𝐴) SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Exercício (CSTR) • A saponificação do acetato de etila (C4H8O2) em solução de hidróxido de sódio (NaOH) é rápida e a cinética foi determinada sendo a velocidade específica de 318,5 L/(mol.min). • Se a concentração do éster é de 6 g/L e do sódio 5 g/L, calcule o fluxo molar na entrada do reator CSTR de 100 L. A temperatura é igual a 40 °C, sendo a conversão final desejada 98%. V=100L SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Reator tubular contínuo (PFR) • No reator tubular ideal a velocidade é constante na seção transversal, já que o fluxo é empistonado. • Não há gradientes de velocidade radial e axial. • No entanto, a concentração varia ao longo do reator e dessa forma o balanço molar deve ser diferencial. • O fluxo molar varia ao longo do reator. • Admite-se o reator isotérmico nessa primeira etapa. SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Reator tubular contínuo (PFR) • Faz-se o balanço molar para qualquer componente no elemento de volume dV: 𝐹𝑗0 − (𝐹𝑗 + 𝑑𝐹𝑗) + න𝑟𝑗𝑑𝑉 = 𝑑𝑛𝑗 𝑑𝑡 • Considerando regime estacionário: න𝑑𝐹𝑗 = න𝑟𝑗𝑑𝑉 Integra-se para 𝐹𝑗0 e 𝐹𝑗 e no volume dV de 0 a V. SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Reator tubular contínuo (PFR) • Considerando o reagente A como limitante da reação A + B → R em função da conversão XA. • Para o reagente: 𝐹𝐴 = 𝐹𝐴0 1 − 𝑋𝐴 → −𝑑𝐹𝐴 = 𝐹𝐴0𝑑𝑋𝐴 න 0 𝑋𝐴 𝐹𝐴0 𝑑𝑋𝐴 = න 0 𝑋𝐴 −𝑟𝐴 𝑑𝑉 𝑑𝑉 = 𝐹𝐴0𝑑𝑋𝐴 −𝑟𝐴 SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Reator tubular contínuo (PFR) • Integrando: 𝑉 𝐹𝐴0 = න 0 𝑋𝐴 𝑑𝑋𝐴 −𝑟𝐴 Ou 𝜏 = 𝑉 𝜐0 = 𝐶𝐴0න 0 𝑋𝐴 𝑑𝑋𝐴 −𝑟𝐴 Equação geral para o reator PFR SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Reator tubular contínuo (PFR) • A equação é válida para quaisquer sistemas gasosos e líquidos. • A taxa de reação vai depender do modelo cinético da reação. • A reação pode ser irreversível, reversível, simples, elementar ou não. • Se a reação se dá com variação do número de moles ou a volume variável, deve-se considerar o fator ε, já definido anteriormente. SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Reator tubular contínuo (PFR) • Para os casos particulares: a) Reação irreversível a volume constante (A → Produtos) −𝑟𝐴 = 𝑘𝐶𝐴 = 𝑘𝐶𝐴0 1 − 𝑋𝐴 𝜏 = − 1 𝑘 ln 1 − 𝑋𝐴 SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Reator tubular contínuo (PFR) • Para os casos particulares: b) Reação irreversível de 2ª ordem a volume constante (A + B → Produtos) −𝑟𝐴 = 𝑘𝐶𝐴𝐶𝐵 = 𝑘𝐶𝐴0 2 1 − 𝑋𝐴 𝑀 − 𝑋𝐴 𝜏 = 1 𝑘𝐶𝐴0 𝑀 − 1 ln 𝑀 − 𝑋𝐴 𝑀 1 − 𝑋𝐴 Se as concentrações são iguais (M=1) 𝜏 = 1 𝑘𝐶𝐴0 𝑋𝐴 1 − 𝑋𝐴 SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Reator tubular contínuo (PFR) • Para os casos particulares: c) Reação reversível a volume constante (A ↔ R) 𝑟 = 𝑘𝐶𝐴 − 𝑘 ′𝐶𝑅 = 𝑘𝐶𝐴0 1 − 𝑋𝐴 − 𝑘 ′𝐶𝐴0 𝑅 + 𝑋𝐴 Admitindo que 𝐶𝑅0 não é nulo, ou seja 𝑅 = ൗ 𝐶𝑅0 𝐶𝐴0 𝜏 = − 𝑅 + 𝑋𝐴𝑒 𝑘 1 + 𝑅 ln 1 − 𝑋𝐴 𝑋𝐴𝑒 SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Reator tubular contínuo (PFR) • Para os casos particulares: d) Reação irreversível a volume variável (A → R + S ou A + B → R) −𝑟𝐴 = 𝑘𝐶𝐴 ou 𝑟𝑅 = 𝑘𝐶𝐴𝐶𝐵 Para primeira e segunda ordem Nesse caso temos que considerar o coeficiente de expansão, logo: 𝐶𝐴 = 𝐶𝐴0(1 − 𝑋𝐴) (1 + 𝜀𝐴. 𝑋𝐴) 𝑒 𝐶𝐵 = 𝐶𝐴0(𝑀 − 𝑋𝐴) (1 + 𝜀𝐴. 𝑋𝐴) SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Reator tubular contínuo (PFR) • Para os casos particulares: d) Reação irreversível a volume variável (A → R + S ou A + B → R) Substituindo as concentrações na equação da taxa e esta na equação do balanço temos: a. Para primeira ordem 𝜏 = − 1 𝑘 1 + 𝜀𝐴 𝑙𝑛 1 − 𝑋𝐴 + 𝜀𝐴. 𝑋𝐴 SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Reator tubular contínuo (PFR) • Para os casos particulares: d) Reação irreversível a volume variável (A → R + S ou A + B → R) Substituindo as concentrações na equação da taxa e esta na equação do balanço temos: b. Para segunda ordem (𝐶𝐴0 ≠ 𝐶𝐵0) 𝜏 = − 1 𝑘𝐶𝐴0 1 + 𝜀𝐴𝑀 2 (𝑀 − 1) 𝑙𝑛 𝑀 − 𝑋𝐴 𝑀 − 1 + 𝜀𝐴 2 𝑀 − 1 𝑙𝑛 1 − 𝑋𝐴 − 𝜀𝐴 2. 𝑋𝐴 SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Reator tubular contínuo (PFR) • Para os casos particulares: d) Reação irreversívela volume variável (A → R + S ou A + B → R) Substituindo as concentrações na equação da taxa e esta na equação do balanço temos: c. Para segunda ordem (𝐶𝐴0 = 𝐶𝐵0) 𝜏 = − 1 𝑘𝐶𝐴0 1 + 𝜀𝐴 2 𝑋𝐴 1 − 𝑋𝐴 + 𝜀𝐴 2. 𝑋𝐴 + 2𝜀𝐴(1 + 𝜀𝐴) 𝑙𝑛 1 − 𝑋𝐴 SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Tempo de residência médio no PFR • O tempo de residência no reator tubular depende da velocidade de escoamento do fluido. • Considerando o escoamento pistão no reator PFR ideal, todas as moléculas têm a mesma velocidade ao longo da secção transversal, mas variam ao longo do reator. • Define-se, de maneira geral, o tempo de residência médio no reator por: 𝑡 = න 𝑑𝑉 𝑣 SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Tempo de residência médio no PFR • Mas, 𝑑𝑉 = 𝐹𝐴0𝑑𝑋𝐴 −𝑟𝐴 • E, se a reação ocorre a volume variável ou com variação de número de moles 𝑣 = 𝑣0 1 + 𝜀𝐴. 𝑋𝐴 • Substituindo em 𝑡 = 𝑑𝑉 𝑣 𝑡 = 𝐶𝐴0න 0 𝑋𝐴 𝑑𝑋𝐴 1 + 𝜀𝐴. 𝑋𝐴 −𝑟𝐴 SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Tempo de residência médio no PFR • Se não há variação de volume (𝜀𝐴=0) obtém-se a mesma expressão encontrada antes para o tempo espacial, significando que o tempo de residência médio é igual ao tempo espacial. • Quando há variação de volume (de moles) então 𝜀𝐴≠0 e os tempos de residência médio e espacial são diferentes. • A expressão da taxa depende da ordem de reação e do fator 𝜀𝐴, para qualquer tipo de reação. • 𝑡 = 𝜏 → para reações que ocorrem a volume constante • 𝑡 ≠ 𝜏 → para reações com variação do número de moles SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Exercício (PFR) • Uma reação A→R + S se dá em fase gás num reator PFR. Introduz-se o reagente A com 30% de inerte (molar), operando isotermicamente a 300 °C e a pressão ambiente. A reação é de 1ª ordem e constante cinética é dada: • k=[110 + 0.8 (T−200) ] × 10−3 s−1 and T(K). • O tempo médio de residência é de 5 s. (a) Calcule a conversão e o tempo espacial. (b) Se a reação fosse feita num CSTR e nas mesmas condições, qual seria a conversão? Compare os dois casos. SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013 Referência Bibliográfica do Capítulo • SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação à Engenharia Química. 2ª edição. Rio de Janeiro: Synergia editora, 2013.
Compartilhar