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CAPÍTULO 2 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS PROF. REGINALDO ALVES NOGUEIRA. Na perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem: Identifi car os principais componentes e registros de processo e as maiores difi culdades quanto a sua utilização e entendimento. Relacionar a relevância em compreender a própria estrutura interna (fornecedor) versus externa (cliente) e vice-versa nas organizações. Aplicar os principais componentes e registros de processo, com desenvolvimento da melhor estratégia gerencial, no caso concreto. Realizar a correlação sistêmica dos processos da organização com visão holística para o cliente. 54 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DE PROCESSOS E DA QUALIDADE 55 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS Capítulo 2 CONTEXTUALIZAÇÃO Neste capítulo veremos assuntos referentes aos Componentes de Processo, descrevendo suas características funcionais, até chegar a sua menor parcela. Também abordaremos a questão dos Registros de Processos, que nos fazem ver claramente sua importância para a organização (tanto para sua história como para solução de problemas referentes à comprovação de ações e procedimentos), seus desdobramentos menores visuais. Prosseguindo, trataremos também da Classifi cação de Processos, enfatizando os Processos Críticos de Negócios, haja vista que seu desempenho compromete a imagem e a atuação efi caz da organização. E, por último, veremos as Relações Cliente versus Fornecedor. Boa leitura! COMPONENTES DE PROCESSO Olá! Agora vamos começar nossa caminhada rumo ao entendimento de conceitos dos principais componentes de um processo. Já vimos no capítulo an- terior várias defi nições de um processo. Veremos a partir deste momento seus componentes (ou elementos), e identifi caremos as subdivisões genéricas de um processo como: a atividade, a tarefa, o evento. a) Principais elementos de um processo Nossos estudos, no capítulo 1, começaram com a defi nição de processo e seus vários desdobramentos. De forma resumida, processo é um conjunto de atividades com certa sequência defi nida, originário de inputs (entradas), as quais serão transformadas e ao fi nal resultarão em um produto a um interessado. E esse processo não é unicelular!! Possui outras decomposições em sua estrutura. Para você visualizar e entender melhor, veja a seguir uma estrutura detal- hada. Uma estrutura genérica de um processo pode possuir os seguintes compo- nentes (ou elementos): • Processo – Ex.: comprar produtos ou serviços. Atividade – Ex.: cadastrar fornecedor/cliente no sistema. Tarefa – Ex.: atender/ligar para fornecedor/cliente. ο Evento – Ex..: reunião às 15h30min com fornecedor/cliente. Defi nindo melhor passo a passo: acompanhe! E esse processo não é unicelular!! Possui outras decomposições em sua estrutura. 56 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DE PROCESSOS E DA QUALIDADE • Processo: A defi nição da palavra processo pode ser sintetizada como sendo um conjunto de atividades inter-relacionadas, visando transformar certas entradas ou insumos em novos resultados ou saídas - como pro- dutos e serviços - com maior valor agregado, para grupos interessados de usuários ou clientes específi cos. • Atividade: É uma subdivisão do trabalho em ações que serão desen- volvidas no processo ou subprocesso - com o início e fi m já preestabele- cidos, ou seja, é um conjunto de tarefas úteis para gerar parte exclusiva e defi nível de um produto ou serviço. Para Harrington (1993), as atividades são ocorrências que acontecem dentro do processo ou subprocesso, e em geral são realizadas por pessoa ou departamento e geram um resul- tado específi co. Nesse ponto, a ênfase é dada em o que fazer. • Tarefa: É a divisão máxima das atividades em ações ou passos sequen- ciais para a realização de um trabalho, com explicações minuciosas - sua ênfase está em como fazer. É a menor parte de um processo e dá fun- damentação aos procedimentos. • Evento: Todo e qualquer impulso que ocorre e ative os processos no ambi- ente organizacional a produzirem uma resposta. Pode está no início, meio ou fi m, e pode ser de tempo, exceção, erro, mensagem, dentre outros. A título de exemplifi cação - Início da reunião às 15h30min é um exemplo de tempo. Atividades de Estudos: 1) Analise as defi nições acerca dos principais elementos de um processo e marque a alternativa na ordem correta: • Conjunto de atividades inter-relacionadas, visando transformar certas entradas ou insumos em novos resultados ou saídas como produtos e serviços de maior valor agregado, para grupos interessados de usuários ou clientes específi cos. • Ocorrências que acontecem dentro do processo ou subprocesso, e em geral são realizadas por pessoa ou departamento para gerar resultado específi co. • Decomposição de atividades em conjunto de passos ou ações para desenvolver o trabalho em determinado cenário. 57 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS Capítulo 2 • Estímulo que ocorre e que ativa os processos na organização produzindo uma resposta, que podem ser iniciais, fi nais ou intermediários. Alguns tipos são de: tempo, exceção, erro, mensagem, entre outros. A alternativa na ordem correta de sua respectiva defi nição é: a) Processo, Evento, Atividade, Tarefa. b) Atividade, Processo, Tarefa, Evento. c) Processo, Atividade, Evento, Tarefa. d) Processo, Atividade, Tarefa, Evento. e) Tarefa, Atividade, Evento, Processo. 2) Exemplifi que um tipo de processo com seus elementos principais (lembre-se que um processo genérico divide-se em: atividade, tarefa e evento). ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ REGISTRO DE PROCESSOS A partir da identifi cação das estruturas mais comuns de um processo, passemos à fase de fazer o registro dele, que em analogia ao que acontece na vida das pessoas, há o registro dos eventos mais signifi cativos de cada um - registro do nascimento, do casamento, da compra e venda de um imóvel/bem etc. Maranhão e Macieira (2010, p. 126-127) dizem que "os registros são evidências ou a materialidade de um determinado fato ou feito para fi ns de comprovação administrativa ou legal. Os registros perenizam a história. Na realidade, toda história do homem é construída e mantida mediante respectivos registros recuperados". Os registros são afetados pela quantidade e complexidade de alguns fatores, que são (MARANHÃO; MACIEIRA, 2010): • A complexidade do produto - fabricação de produtos complexos (aviões, usinas, aplicativos tecnológicos, etc.) Em oposição à fabricação de produ- tos menos complexos (confecção de roupas, picolé, pão, etc.). 58 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DE PROCESSOS E DA QUALIDADE • O tipo de contrato com o cliente - quanto mais complexo em suas cláu- sulas contratuais, maiores serão também as exigência de registros. • A natureza do negócio - há setores que são naturalmente complexos (medicamentos e químicos, por exemplo) em razão dos riscos envolvidos. O Quadro 8 a seguir nos permite visualização de alguns desses registros dos processos. Quadro 8 - Registros de processos Tipos de Registros Finalidade Exemplos Obrigatórios pela legislação vigente Cumprir a Lei → Registros de pessoal → Registros de acidentes Especifi cações de produtos Comprovar a conformidade e solucionar demandas judiciais → Relatórios de testes fi scais → Relatórios de inspeção de recebimento Especifi cações de processos Controlar e manter a história dos processos e reforçar a defesa de demandas judiciais → Cartas de controle de processos → Registros de parâmetros de processos (pressão, temperatura, etc.) → Calibração de equipamentos Especifi cações que impliquem segurança Segurança, redução do preço de apólices de seguros → Recarga deextintores → Inspeções de segurança Pontos críticos de processos Controle de processos e redução de custos → Vários, conforme a natureza do processo Auditoria e inspeções Rastreabilidade e defesa de demandas judiciais → Relatórios de auditoria → Relatórios de inspeção Ação corretiva e ação preventiva Follow-up → Relatórios de Ação Corretiva → Relatórios de Ação Preventiva → Registros de controles das ações Reclamações de clientes Follow-up → Cartas de reclamações → Gravações telefônicas de reclamações Projetos Memória de projeto, follow-up e comprovações de conformidades → Dados de entradas e de saídas → Relatórios de verifi cações e de validações Fonte: Maranhão e Macieira (2010, p. 128). 59 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS Capítulo 2 Dessa forma, percebemos o quanto é importante fazer registros - corretos e bem elaborados - para a continuidade próspera da organização. Como diria o poeta "registrar é preciso" Assista o vídeo indicado no link a seguir e imagine quantos registros foram feitos para que esse processo tivesse êxito: <https:// www.youtube.com/watch?v=MqTv6sFDWXY>. Atividades de Estudos: 1) Analise as sentenças a seguir: I - São evidências ou materialidade de um determinado fato ou feito para fi ns de comprovação administrativa ou legal; II - Perenizam a história com dados recuperados; III - São afetados pela quantidade e complexidade de alguns fatores, como: complexidade do produto; tipo de contrato com o cliente; e, natureza do negócio. De acordo com os itens acima Identifi camos um tipo de: a) Processo Crítico. b) Estruturas. c) Registro. d) Atividade. e) Elementos. 2) É possível uma organização não utilizar do registro em seus processos? Justifi que. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 60 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DE PROCESSOS E DA QUALIDADE CLASSIFICAÇÃO DE PROCESSOS Então, alguém pergunta: - Como podem ser os processos? É simples já vou explicar! Quando elaboramos uma classifi cação, na verdade estamos hierarquizando algo, ou seja, é um exercício de redução ou pormenorização. Diante disto, é importante compreender que este formato de categorização dos processos é relativo ou dinâmico, pois dependerá do ambiente, “in loco”, que está enquadrado na organização. Mas essa dependência ambiental não impede de fazer surgir os níveis de processos. Veja, de modo detalhado, como os níveis dos processos estão divididos: Os processos podem ser de nível macro (macroprocessos) que poderão derivar processos de menor porte (processos e sub-processos ou falando de outra forma, processos de 1º nível, 2º nível, 3º nível, e assim por diante); depois em detal- hamento maior, surgem as atividades (ações a serem real- izadas dentro de um processo) e por fi m as tarefas (que são elementos individuais de uma atividade) (IPHAN, 2015, p. 9, grifo nosso). Há um fenômeno de intercambiação entre os níveis de processo que os torna conectados numa ligação sem fi m. Observe a fi gura a seguir, para maiores esclarecimentos de conceituações de processos. Quando elaboramos uma classifi cação, na verdade estamos hierarquizando algo, ou seja, é um exercício de redução ou pormenorização. 61 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS Capítulo 2 Figura 11 - Generalização e especialização das defi nições de processo Fonte: Baldam, Valle, Rozenfeld (2014). Uma forma prática de se compreender esse conjunto de processos existentes em um ambiente organizacional é a classifi cação. Podemos classifi cá- los em macroprocessos (aqueles considerados mais amplos e mais abrangentes), processos e subprocessos (sendo que estes últimos são uma subdivisão do processo) (MARANHÃO; MACIEIRA, 2010). Figura 12 - Classifi cação de processos Fonte: Adaptado de Maranhão e Macieira (2004 apud MARSHALL JUNIOR et al., 2012). 62 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DE PROCESSOS E DA QUALIDADE “A hierarquia de processos é uma abordagem que permite à organização visualizar como seus processos desdobram-se desde uma "visão do todo" – normalmente representada pela Cadeia de Processos - até uma "visão operacional", em geral representada por fl uxogramas e procedimentos” (FNQ, 2017, p.16). As grandes corporações possuem tamanho organizacional e processos mais complexos. E, no geral estão classifi cadas no formato da fi gura a seguir: Figura 13 – Hierarquia dos processos Fonte: Brasil (2014, p. 11). A Cadeia de valor de uma organização é representada pelos macroprocessos, os quais proporcionarão a capacidade para atingir os objetivos estratégicos, a missão e concretizar a visão. De acordo com o Guia de Referência em Gestão de Processos “a Cadeia de Valor é o conjunto de atividades criadoras de valor desde as fontes de matérias-primas básicas, passando por fornecedores de componentes e até o produto fi nal entregue nas mãos do consumidor” (BRASIL, 2014, p.11). Desse modo, é possível compreender que com a categorização dos processos, a gestão de processos permitirá melhor condução de atitudes para indicar de forma sistemática e plena o ambiente de atuação, em prol da estabilidade deste, e conforme as necessidades da organização, deve implementar ações que venham proporcionar maiores resultados em prol de um desenvolvimento sustentável da organização e demais interessados (stakeholders). A Cadeia de valor de uma organização é representada pelos macroprocessos, os quais proporcionarão a capacidade para atingir os objetivos estratégicos, a missão e concretizar a visão. 63 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS Capítulo 2 Stakeholders – signifi ca público estratégico e descreve uma pessoa ou grupo que tem interesse em uma empresa, negócio ou indústria, podendo ou não ter feito um investimento neles. É uma palavra em inglês muito utilizada nas áreas de comunicação, administração e tecnologia da informação cujo objetivo é designar as pessoas e grupos mais importantes para um planejamento estratégico ou plano de negócios, ou seja, as partes interessadas. Fonte: Disponível em: <http://www.signifi cados.com.br>. Acesso em: 28 abr. 2017. NÍVEIS DO PROCESSO Maranhão e Macieira (2010, p. 18) afi rmam que "os processos não possuem fronteiras perfeitamente defi nidas; tanto os limites quanto o fracionamento de processos em outros é uma decisão discricionária, de acordo com as fi nalidades da respectiva modelagem de processos". Há pelo menos dois tipos de nivelamento de um processo. Um pela ótica tradicional e outro pela ótica do PBM (mais moderna). Por enquanto, neste capítulo apenas enfocaremos a visão tradicional, onde temos genericamente os termos: • Macroprocessos; Processos; Subprocessos. Agora é com você! Veja as defi nições para compreender melhor. • Macroprocessos: São aqueles que formam o conjunto de processos fundamentais ou críticos para o alcance dos objetivos e a efetiva realização da missão organizacional. Estão diretamente linkados a fornecedores e clientes. Visam primordialmente à obtenção de soluções integradas de produtos e serviços que tenham a capacidade de satisfazer às necessidades dos clientes. Em síntese, são os processos mais abrangentes e de maior alcance nas organizações, pois envolvem mais de uma função. 64 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DE PROCESSOS E DA QUALIDADE O Fornecedor: “É a pessoa ou a empresa que abastece algo a outra empresa ou comunidade. O termo deriva do verbo fornecer, que faz referência a prover ou providenciar o necessário para um determinado fi m. Por exemplo: “Estamos a fi car sem folhas: por favor, chama o fornecedor para trazer várias resmas”, “O João está à procura de um novo fornecedor de matérias-primas, pois oseu atual não está em conformidade”, “O fornecedor de água ainda não chegou, pelo que não te posso oferecer nada fresco por enquanto”. Fonte: Disponível em: <http://conceito.de/fornecedor>. Acesso em: 28 abr. 2017. O Cliente: Do latim cliens, o termo cliente permite fazer alusão à pessoa que tem acesso a um produto ou serviço mediante pagamento. A noção tende a ser associada a quem recorrer ao produto ou serviço em questão com assiduidade, ainda que também existam os clientes ocasionais (ou pontuais). Dependendo do contexto, a palavra cliente pode ser usada como sinônimo de comprador (a pessoa que compra o produto), utilizador (a pessoa que utiliza o serviço) ou consumidor (quem consome um produto ou serviço). Fonte: Disponível em: <http://conceito.de/cliente>. Acesso em: 28 abr. 2017. • Processos: Os processos são defi nidos como conjuntos de atividades inter-relacionadas, visando transformar certas entradas ou insumos em novos resultados ou saídas como produtos e serviços de maior valor agregado, para grupos interessados de usuários ou clientes específi cos. • Subprocessos: De modo sucinto, os subprocessos nada mais são do que as subdivisões dos processos. Formam um conjunto de atividades necessárias e sufi cientes para que os processos sejam executados. A existência de subprocessos depende basicamente da complexidade de cada processo. Seu detalhamento se desdobra em descrições de tarefas e se destina a alcançar um objetivo específi co. 65 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS Capítulo 2 TIPOS DO PROCESSO Como todo substantivo da língua portuguesa, o processo também exige suas nomenclaturas, que tipifi cam as suas categorias. Através desta categorização, é possível determinar inúmeros procedimentos relacionados que poderão ser implementados em cada tipo de processo na organização, conforme Paim et al. (2009). Destacam-se as categorias básicas de processo, como: • Processos de Negócio ou Finalístico: caracterizam a atuação da organização ou empresa (suportados por outros processos internos) - resulta no produto ou serviço adquirido pelo cliente externo; • Processos Gerenciais: direcionado nos gerentes e suas relações; abrangem ações de intervenção ou mediação visando ajustes no desempenho da organização, para promover o funcionamento da organização e seus processos; • Processos Organizacionais (Integração Organizacional): com foco na organização para o funcionamento dos diversos subsistemas desta, visando seu desempenho global, e assegurar apoio adequado aos processos de negócio da organização. Para Marshall Junior et al. (2012), segundo os critérios de excelência (FNQ/ PNQ), os tipos de processos podem ser classifi cados conforme apresenta o Quadro 9. Quadro 9 - Classifi cação por tipo de processos Classifi cação Defi nição Processos Principais do Negócio (ou fi nalístico, primários, de cliente, fi ns, críticos) Processos que, com suas operações, agregam valor diretamente para os clientes. Estão envolvidos na geração do produto e na sua venda e transferência para o cliente, bem como na assistência após a venda e na disposição fi nal. Processos de Apoio (ou organizacional) Processos que sustentam, com suas operações, os processos principais do negócio e a si mesmos, fornecendo bens e serviços. Processo Gerencial (ou processo de gestão) Processo de natureza gerencial, não operacional. Fonte: Adaptado de Marshall Junior et al. (2012, grifo nosso). 66 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DE PROCESSOS E DA QUALIDADE Uma visão estrutural dos conceitos de processo (generalização versus especialização), segundo Baldam, Valle e Rozenfeld (2014) está demonstrada na fi gura a seguir: Figura 14 - Visão estrutural dos principais conceitos de processo Fonte: Baldam, Valle e Rozenfeld (2014, p. 641-642). A importância de categorização dos processos repousa na identifi cação de seus principais elementos e sua estrutura; o objetivo é poder administrá-lo no formato mais adequado, que proporcione resultados positivos para a organização. Na fi gura a seguir, podemos ter um entendimento mais consolidado de processos e suas interrelações. Trata-se de uma visão holística do que estudamos até aqui. A importância de categorização dos processos repousa na identifi cação de seus principais elementos e sua estrutura; o objetivo é poder administrá- lo no formato mais adequado, que proporcione resultados positivos para a organização. 67 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS Capítulo 2 Fonte: Baldam, Valle e Rozenfeld (2014). Neste modelo, Baldam, Valle, Rozenfeld (2014) mostram que é necessário ter habilidade em conhecer o todo, possuir visão do processo de modo sistêmico, para proceder a uma análise mais acurada e tomar decisões estratégicas. Comentam também que as perspectivas de um processo variam de organização para organização, mas que no fundo, processo envolve transformação dos insumos de entrada (materiais, energia, informações, pessoas) em um produto ou resultados com valor agregado na saída, que nem sempre são desejáveis, como, por exemplo, a poluição causada por certo processo de fabricação. As características principais de processo, para Paim et al. (2009), entre outros autores, no que concerne a esse conjunto de atividades integradas estão listadas a seguir: • Complexos e longos (tamanho e/ou duração); • Dinamicidade; • Propriedade - possuem um ou mais responsáveis; • Condicionados à tecnologia; • Interfuncional; • Existência de clientes e/ou usuários; • Utilizam recursos; • Possui controlabilidade; • Suscetível à medições e ações corretivas. Figura 15 - Esquema geral de funcionamento de processos nas organizações 68 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DE PROCESSOS E DA QUALIDADE Com as classifi cações dos processos, a organização ganhará celeridade na uniformização da visão estratégica do negócio, identifi cando melhor o processo principal a ser monitorado e gerido em prol da obtenção de maiores resultados. Hora de movimento (mental)!! Atividades de Estudos: Assista os vídeos indicados nos links a seguir e analise-os pela perspectiva do assunto estudado até aqui: <https://www.youtube.com/watch?v=_JLSZw4Nsqs>. <https://www.youtube.com/watch?v=hepIiFKG54Q>. <https://www.youtube.com/watch?v=GWET5PUn7BQ>. Agora, faça o que se pede: 1) Identifi que quais os macroprocessos, processos e subprocessos que se desenvolvem em cada um. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 2) Quais são os produtos nos processos identifi cados da questão 1? ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 3) Analise as defi nições acerca das classifi cações de um processo e marque a alternativa na ordem correta: • São defi nidos como conjuntos de atividades inter-relacionadas, visando transformar certas entradas ou insumos em novos resultados ou saídas como produtos e serviços de maior valor agregado. 69 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS Capítulo 2 • São os processos mais abrangentes e de maior alcance nas organizações, pois envolvem mais de uma função; formam o conjunto de processos fundamentais ou críticos para o alcance dos objetivos e a efetiva realização da missão organizacional. • São subdivisões dos processos; formam um conjunto de atividades necessárias e sufi cientes para que os processos sejam executados; seu detalhamento se desdobra em descrições de tarefas e se destina a alcançar um objetivo específi co. A alternativa na ordem correta de sua defi niçãoé: a) Macroprocesso, Processo, Subprocesso. b) Processo, Macroprocesso, Subprocesso. c) Subprocesso, Processo, Macroprocesso. d) Processo, Subprocesso, Macroprocesso. e) Macroprocesso, Subprocesso, Processo. PROCESSOS CRÍTICOS DE NEGÓCIOS Como vimos, uma organização vive em função do desenvolvimento de seus processos e como se alcançarão os resultados pretendidos por meio desses processos. Agora, vamos aprofundar mais o estudo e conhecer o ambiente estratégico da organização que agrega valor direto ao cliente – processos críticos principais. Na fi gura a seguir, podemos começar a perceber como todas as peças numa organização estão inter-relacionadas. 70 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DE PROCESSOS E DA QUALIDADE Figura 16 - Cadeia cliente-fornecedor Fonte: GAV-UFSC (apud UNICAMP, 2003, p. 14). Essa inter-relação é tanta que uma interfere na outra. Por exemplo, se a expectativa dos clientes for bem atendida, o processo vai continuar existindo. Caso contrário, seu fi m se aproxima. a) Processos Críticos Os processos críticos estão relacionados à natureza estratégica da organização, visando ao sucesso da instituição. A defi nição de processos críticos tem sido bastante diversifi cada, e isto tem difi cultado pesquisas e entendimento acerca desta temática na literatura. Os processos críticos são conhecidos com várias nomenclaturas na literatura, das quais citamos: • Processos de Geração de Receita Real; • Processos Principais do Negócio; • Processos de Produção; • Processos de Finalístico; • Processos de Cliente; • Processos Primários; • Processos Chaves; • Processos Fins. Os processos críticos são conhecidos com várias nomenclaturas na literatura. 71 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS Capítulo 2 Ressalto que quando os processos críticos não são gerenciados de modo adequado na organização, isso pode ocasionar difi culdades ou haver impedimentos na concretização dos objetivos estratégicos. Mesmo existindo alguns processos de apoio, como os processos intermediários, que são considerados críticos pela sua relevância ou pelo efeito impactante nos resultados da organização, enfatiza-se que, os processos críticos são considerados fi nalísticos principais, pois estes estão relacionados ao foco maior do negócio da instituição – o cliente e demais interessados do negócio. O Quadro 10 a seguir nos mostra a categorização básica dos processos. Ressalto que quando os processos críticos não são gerenciados de modo adequado na organização, isso pode ocasionar difi culdades ou haver impedimentos na concretização dos objetivos estratégicos. Quadro 10 - As 3 categorias dos processos de negócio C at eg or ia LIGADOS AO CLIENTE OU DE NEGÓCIO ORGANIZACIONAIS OU DE INTEGRAÇÃO GERENCIAIS O ut ra s N om en cl at ur as na L ite ra tu ra → Processos Principais do Negócio → Processos de Produção → Processos Finalístico → Processos de Cliente → Processos Primários → Processos Críticos → Processos Chaves → Processos Fins → Processos de Geração de Receita Real → Processos de Apoio → Processo Organizacional → Processos de Geração de Receita Virtual → Processo Gerencial → Processos de Gestão A tr ib ut os • São ligados à essência do funcionamento da organização. • São suportados por outros processos internos. • Resultam no produto ou serviços que é recebido pelo cliente. • São centrados na organização. • Viabilizam o funcionamento coordenado dos vários subsistemas da organização • Garantem o suporte adequado aos processos de negócio. • São centrados nos gerentes e nas suas relações • Incluem ações de medição e ajuste do desenvolvimento da organização • Incluem as ações de suporte que os gerentes devem realizar. 72 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DE PROCESSOS E DA QUALIDADE Ex em pl os Vendas Desenvolvimento de produtos Distribuição Cobrança Atendimento de pedidos Atendimento de garantia Planejamento estratégico Orçamento Empresarial Recrutamento e seleção Compras Treinamento operacional Fixação de metas Avaliação do resultado da empresa Gestão de interfaces Alocação de recursos Processos Primários Processos de Suporte Fonte: Adaptado de Gonçalves (2000a, p. 7). Em toda e qualquer organização, percebemos uma preocupação comum a todas elas: como melhorar seus processos internos/externos, tornando-os mais efi cientes e duradouros em seu ambiente de atuação. Há uma certa inquietação para saber o que faz a organização ir para a frente ou andar para trás. Para Ricardi (2014), elas procuram saber quais são seus processos críticos. E tentam aplicar uma metodologia sistemática que objetive melhorias naqueles seus processos que têm muita relevância e aqueles de baixo impacto para o alcance de seus resultados almejados. "Nas organizações que aplicam esse conceito [...] os processos não têm um valor em sim mesmos, mas buscam, em seu conjunto, atingir as melhorias para o sistema todo" (RICARDI, 2014, p. 88). Então, surge a pergunta: o que são esses processos críticos? Vamos tentar elucidar mais essa questão a seguir! b) Processo Principal (ou Crítico) e de Apoio Quando pensamos em algo crítico - seja a simples ação de atravessar uma rua ou a fabricação de um complexo habitacional, somente para exemplifi car, nos vêm à cabeça algo que é decisivo ou crucial para o prosseguimento de qualquer empreendimento humano/organizacional. Os processos, dentro de uma organização se mostram como principal ou críticos, dependendo de seu enfoque; também há outras nomenclaturas, como, por exemplo, processos-chave, processos de produção, etc; por hora, focaremos apenas como principal ou críticos, conforme preconiza Couto e Soares (2004). Pois bem, "processo principal de uma organização [...] é qualquer arranjo de operações e atividades que produzam bens ou serviços, visando essencialmente atender à necessidade de cliente ou usuário externo à organização” (COUTO; SOARES, 2004, p. 64). 73 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS Capítulo 2 Apesar de visar primeiramente ao atendimento de clientes de fora da organização, eventualmente poderá atender também aos clientes pertencentes à própria unidade criadora dessas atividades produtoras. Além dos processos principais, há os processos de apoio que signifi cam "qualquer arranjo de operações e atividades que produzam bem ou serviço que, essencialmente, atendam à necessidade do cliente ou usuário interno à própria organização" (COUTO; SOARES, 2004, p. 65). De igual modo, aos processos principais, os de apoio também podem se destinar o atendimento ao público externo. E como o nome sugere, os processos de apoio servem para dar suporte aos principais ou ainda a outro processo de apoio. Não se engane! Um processo que é entendido como principal numa organização, pode ser visto como processo de apoio em outra; e vice-versa - tudo depende do foco organizacional dado a ele. No tratamento de cada um desses dois tipos, principal e de apoio, há uma diferenciação de resultados, pois: O processo principal, quando seus produtos são repassa- dos para clientes externos, passa a exigir cobrança de direitos, que podem gerar atrasos e chegar à total sonegação do pag- amento das obrigações. Já os processos de apoio têm resul- tado garantido e imediato, uma vez que a realização de sua receita é virtual, automática e imediata, porque corresponde a um não-desembolso. Por isso, não cometeria disparate quem chamasse os processos principais de "processos de geração de receita real" e os processos de apoio de "processos de ger- ação de receita virtual". A característica de não-desembolso dos processos de apoio é importante para a avaliação de seu desempenho (COUTO; SOARES, 2004, p. 66, grifo nosso). Em resumo, o objetivo de cada um vai nortear seus resultados. No que se refere aos processos principais (ou críticos), ressalto que são eles quedão o tom de sucesso ou fracasso a qualquer unidade organizacional - depende de como são desenvolvidas suas operações e atividades para o alcance dos objetivos. Processos principais (ou críticos), ressalto que são eles que dão o tom de sucesso ou fracasso a qualquer unidade organizacional - depende de como são desenvolvidas suas operações e atividades para o alcance dos objetivos. 74 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DE PROCESSOS E DA QUALIDADE Couto e Soares (2004) consideram críticos aqueles processos que se referem às seguintes operações e atividades: CCL - contato inicial com cliente ou usuário dos produtos dis- ponbilizados pela unidade de negócio; CCMPS - negociação para a internalização de insumos (con- tratação para a compra de matéria-prima ou a contratação da prestação de serviços de terceiros); LDO - liquidação das obrigações devidas ao fi sco, a parceiros, fornecedores de matéria-prima e prestadores de serviços; (EN) - efetiva internalização de insumos contratados (entrada de insumos); PP - processo principal; (SD) - efetiva disponiblização de produtos a clientes ou usuári- os (saída de produtos); CVBPS - negociação para disponibilização de produtos (con- tratação de venda de bens ou contração de prestação de serviços a terceiros): CDH - cobrança de direitos havidos junto ao fi sco, a parceiros, clientes ou usuários; APV - atendimento após a disponibilização de bens ou serviços (atendimento pós-venda) (COUTO; SOARES, 2004, p. 71, grifo nosso). Dentre essas atividades, podemos dizer que, fora o PP - processo principal -, as demais são atividades de apoio. Relembrando que o que é dado como principal em uma organização (ou ainda unidade organizacional) poderá ser apenas um processo de apoio em outra. Atividades de Estudos: 1) Conceitue o que são processos críticos e identifi que quais são as nomenclaturas que mais aparecem na literatura sobre eles. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 2) Analise as informações: “Além dos processos principais, há os processos de apoio que signifi cam “qualquer arranjo de operações e atividades que produza bem ou serviço essencialmente atender a necessidade de cliente ou usuário interno à própria organização” (COUTO; SOARES, 2004, p. 65). 75 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS Capítulo 2 a) Imagine que você é gerente de um projeto da venda de um apartamento. Quais seriam os processos críticos desse processo? ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ b) Quais seriam os processos de apoio? ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ RELAÇÕES CLIENTE VERSUS FORNECEDOR Se olharmos ao nosso redor, poderemos perceber que a todo instante nos envolvemos em situações que nos colocam em posição de responsáveis para prover algo (um pagamento, uma compra, um atendimento qualquer, por exemplo) a alguém, ou então fi camos à espera de receber algo dessa mesma natureza. Dependendo da situação, agimos como fornecedores ou como clientes. Ao refl etirmos sobre essa relação, concluímos que: [...] há uma sequência de tarefas; de pessoas interessadas no seu desempenho, que atuam em conjunto com você no proces- so e que recebem serviços seus; há materiais que são usados e transformados; há recursos de tecnologia ou equipamentos [...]; e, claro, tudo isso gera custos ou é fi nanciado de alguma maneira, ou seja, há o emprego de recursos fi nanceiros para que o processo seja desempenhado. E, ainda, há expectativas e resultados esperados desse processo (SILVA, 2015, p. 100). Silva (2015) nos confi rma que nas organizações isso também acontece semelhantemente ao que ocorre na vida de cada um - tudo é resolvido por meio de processos produtivos, e o resultado é entregue a um cliente, que pode entregar esse mesmo produto a um terceiro e assim sucessivamente. Observe a fi gura: 76 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DE PROCESSOS E DA QUALIDADE Figura 17 - Modelo de uma estrutura de processos de negócios Fonte: Silva (2015, p. 110). Quanto a esse tópico, fi ca nítida a separação, e por vezes antagônica, de interesses entre cliente e fornecedor. Contudo, ocorrem situações que ora uma ponta está na posição de fornecedor, ora está na de cliente - é a tão celebrada conversibilidade, que signifi ca a mobilidade célere de posições e atuações de cada um. [...] ao compreender a empresa como um conjunto de proces- sos, coloca que as áreas são fornecedoras e clientes inter- nas – em uma abordagem estritamente orientada a proces- so, ora um processo pode ser fornecedor de um processo, ora cliente de outro. Afi rma ainda que todo o processo é com- posto por: “entradas, saídas e clientes específi cos (SLACK, 2002, p. 42-46 apud SILVA, 2015, p. 182, grifo nosso). Segundo Ferreira (2014, p, 18), "a cadeia cliente-fornecedor é o conjunto de processos integrados, e não raro em que um processo ora é cliente de um processo anterior a ele, ora é fornecedor daquele que vem logo depois dele" - que pode ser um processo ou um subprocesso. O objetivo primordial de processos em uma organização é a transformação de insumos (inputs) em produtos (outsputs) de valor a clientes - tanto internos quanto externos. E as necessidades desses clientes são os requisitos dos processos organizacionais. Temos uma visualização mais clara desse assunto na fi gura a seguir: A cadeia cliente- fornecedor é o conjunto de processos integrados, e não raro em que um processo ora é cliente de um processo anterior a ele, ora é fornecedor daquele que vem logo depois dele 77 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS Capítulo 2 Figura 18 - Requisitos e atendimento: fornecedor, processo e cliente Fonte: FNQ (2017, p. 4). Aqui vale a pena dizer que existem os Fundamentos da Excelência, que orientam os processos pela busca da efi ciência e efi cácia em seu desenvolvimento operacional, acresce valor aos olhos dos clientes e de todas as partes que têm interesse nele. Fundamentos da Excelência - modelo de gestão do trabalho da FNQ (Fundação Nacional da Qualidade), fundada em 1991, está baseado no Modelo de Excelência da Gestão® (MEG), uma metodologia de avaliação, autoavaliação e reconhecimento das boas práticas de gestão. Estruturado em oito fundamentos, o modelo defi ne uma base teórica e prática para a busca da excelência, dentro dos modernos princípios da identidade empresarial e do atual cenário do mercado. Para a Fundação, as organizações são sistemas vivos integrantes de ecossistemas, que necessitam entender e exercitar os princípios da interdependência, do pensamento sistêmico e da sustentabilidade na gestão. Fonte: Disponível em: <http://fnq.org.br/sobre-a-fnq>. Acesso em: 9 jun. 2017. 78 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DE PROCESSOS E DA QUALIDADE Esses fundamentos são espelhos que revelam os padrões culturais intrínsecos às organizações de classe mundial e são de reconhecimento internacional, declarados em seus processos gerenciais, conforme mostra a fi gura a seguir: Figura 19 - Modelo de excelência da gestão em processos Fonte: FNQ (2017, p. 18). Uma organização bem estruturada - com plena consciência de seus processos e cativa de um desejo de melhorar constantemente o seu modo operandis - terá grandes chances de melhorias com esses instrumentos de excelência.E caso queira aprofundar esta temática que vimos até aqui, basta consultar nosso referencial teórico a seguir e bons estudos! No próximo capítulo, vamos estudar um assunto muito importante para uma organização que prima pela excelência: ferramentas e técnicas para mapeamento e modelagem de processos. Até o próximo capítulo! 79 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS Capítulo 2 Atividades de Estudos: 1) Qual o maior antagonismo entre fornecedor e cliente? Dê exemplo. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 2) A atuação como fornecedor e cliente é fi xa? Justifi que. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 3) Qual dessas atuações é a mais complexa no seu ponto de vista? Justifi que. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Ao fi nalizar esse capítulo, relembramos que a gestão de processos é apontada para dar suporte ao gerenciamento que busca os resultados mais promissores. E este fato tem sido a base para que as organizações o adotem mais frequentemente - visam a melhorias através de metodologias efi cazes, aprimoramento contínuo dos seus processos, tendo como base as estratégias e capacidades da organização em identifi car de forma plena seus processos principais do negócio. O método escolhido deve ser capaz de representar os objetivos estratégicos em metas mensuráveis, atingíveis por meio de processos consistentes, de forma a demonstrar a agregação de valor, com fundamentos de excelência, no trabalho realizado para o cliente fi nal e participantes do processo 80 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DE PROCESSOS E DA QUALIDADE REFERÊNCIAS BALDAM, R.; VALLE, R.; ROZENFELD, H. Gerenciamento de processos de negócio – BPM: uma referência para implantação prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. BRASIL. Guia de referência em gestão de processos. Programa de Modernização Integrada do Ministério da Fazenda – PMIMF. Versão 2.0. Brasília: Ministério da Fazenda, 2014. COUTO, L. E.; SOARES, T. D. Três estratégias para turbinar a inteligência organizacional. Rio de Janeiro: FGV, 2004. FERREIRA, A. R. Gestão de processos. Apostila. Brasília: ENAP, 2014. Disponível em: <http://repositorio.enap.gov.br/bitstream/handle/1/2332/1.%20 Apostila>. Acesso em: 20 abr. 2017. FNQ. 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