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Universidade Estadual De Santa Cruz - UESC. Prof ª Larissa Brito de Oliveira Disciplina: Análise Combinatória Aluna: Natália Alencar. Teoria de Grafos 1 Tipos Especiais de Grafos 1.1 Grafo Completo Um grafo completo é definido como um grafo onde todo par de vértices é ligado por uma aresta. Um grafo completo com n vértices é denotado por Kn. Figura 1: O grafo completo de k6 1.2 Grafo Complementar O grafo complementar do grafo G, é denotado por G. Temos que V(G)=V(G) e que A(G) ∪ A(G) inclui todas as arestas de G. Figura 2: Dois grafos complementares 1 1.3 Grafo nulo ou vazio Um grafo G é nulo ou vazio quando o conjunto de arestas A(G) é vazio. Figura 3: Grafo nulo ou vazio 1.4 Grafo Regular Um grafo é regular (de grau k ou ainda k-regular) quando todos os seus vértices têm o mesmo grau (k). Exemplo - A figura 4 mostra um grafo 3-regular, isto é, todos os vértices tem grau 3. Figura 4: Um grafo k-regular de grau 3 1.5 Ciclo Um ciclo é um grafo conexo regular de grau 2. A notação é Cn Figura 5: Exemplos de ciclo: C5 e C6 2 1.6 Caminho Um caminho é um ciclo do qual retiramos uma aresta. O comprimento do caminho é dado pelo número de arestas. Assim, o caminho Pn é obtido retirando uma aresta do ciclo Cn + 1 Figura 6: Exemplos de ciclo: P4 e C5 1.7 Árvores Uma árvore é um grafo conexo sem ciclos como subgrafos. Figura 7: Exemplos de Árvores 1.7.1 Folha É todo vértice de grau 1 de uma árvore. Figura 8: Exemplos de Folhas 3 1.7.2 Floresta Um grafo cujas componentes conexas são árvores. Figura 9: Exemplo de Floresta 1.8 Grafos Bipartidos É um grafo em que o conjunto V de vértices pode ser particionado em dois subconjuntos disjuntos V1 e V2 tal que toda aresta de G tem uma extremidade em V1 e outra em V2. O subconjunto V1 é dito um subconjunto independente de vértices do grafo G pois não há arestas ligando dois vértices de V1. Temos também que V2 é um subconjunto independente de vértices de G. Figura 10: Exemplo de Bipartido 1.8.1 Grafos Bipartidos Completos É um grafo bipartido em que todos os vértices de V1 são ligados a todos os vértices de V2. Denotado por Kp,q. Figura 11: Exemplo de Bipartido Completo K2,4 4 2 Árvores Um dos tipos mais frequentes de grafos são as árvores, já definidos anteriormente como grafos conexos sem ciclos. Um grafo cujas componentes conexas são árvores é chamado de floresta. E todo vértice de grau 1 da árvore é uma folha. Teorema 1. Toda árvore, com ao menos uma aresta, possui uma folha. Demonstração: Escolhemos um vértice da árvore. • Se o vértice tem grau 1, a proposição é válida. • Se o vértice tem grau maior que 1, podemos seguir uma das arestas para outro vértice. O caminho é único Suponhamos que existam 2 caminhos distintos P e Q ligando dois vértices x,y ∈ VG. Logo, existe uma aresta δ = (u,v) ∈ AG tal que δ ∈ P e δ /∈ Q ( sem perda de generalidade ) . PQ é um subgrafo conexo de G, logo, em PQ - δ existe um passeio de u a v. Então, pelo item anterior, existe um caminho R de u a v em PQ - δ . Portanto, R ∪ δ é um ciclo em G. Absurdo, visto que G é árvore. Teorema 2. Se G é uma árvore com n vértices, então G possui n-1 arestas. Demonstração: Vamos mostrar usando indução matemática sobre n. Vamos verificar o resultado para um valor particular de n. Por exemplo, Base: n = 1 e n = 2. Para n = 1, temos 0 arestas. Para n = 2 temos 1 aresta. Hipótese de Indução Se G é uma árvore com k < n vértices, então G possui k-1 arestas. Passo: n > 1. Vamos supor agora que o resultado vale para um grafo G’ com k − 1 vértices. Isto é, se G’ é uma árvore então G’ é conexo e possui k − 2 arestas. Vamos acrescentar uma nova aresta (v,w) a este grafo. Para manter o grafo conexo e sem circuitos um e apenas um dos vértices em (v,w) pode pertencer a G’. Assim ao acrescentar a aresta(v,w) a G’, precisamos acrescentar também um vértice. Assim teremos um novo grafo G”com k vértices e k − 1 arestas. A forma como G”foi constrúıdo garante que é conexo e sem circuitos. Portanto temos que G”é uma árvore. Mostramos assim que se G é uma árvore então G é conexo com n− 1 arestas. Exemplo - (Rede de Vôlei):Uma certa rede de vôlei possui 20x50 quadradinhos. Com o passar do tempo, alguns dos barbantes que conectam os vértices dos quadradinhos podem se romper, entre- tanto, será necessário que vários barbantes arrebentem para que a rede se desfaça em dois ou mais pedaços. Qual é o número máximo de barbantes que podemos cortar de modo que a rede continue em um pedaço após os cortes? 5 Resposta: Contando inicialmente o total de arestas e vértices que contem na rede, temos Total de Arestas: 20 x 51 + 21 x 50 Total de nós (vértices): 51 x 21 então, no grafo obtido após todos os cortes haverá 51 x 21 -1 arestas. Portanto, o número máximo de barbantes que podemos cortar será de = 20x51 + 21x51− (51x21− 1) = 20x51 + 21x51− (20x51 + 51− 1) = 21x50− 50 = 20x50 6
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